POV Ally

Fiquei sem ar quando vi o Austin. Primeiro, ele estava sem expressão e seus olhos não estavam me dizendo nada. Eu o conheço muito bem e sempre que o via, seu olhar estava brilhando como uma criança, mas agora... Ele parecia frio. E segundo, por que ele estava muito bem arrumado, porém com profundas olheiras em baixo de seus olhos o que comprovava sua insônia durante esses dias.

Ficamos os quatro em silêncio, até a Trish vir em minha direção e me dar um forte abraço, coisa que eu particularmente não esperava.

- Eu sabia que você não iria fazer uma coisa dessas. No começo pensei em te bater, mas eu sempre tenho que ouvir o segundo lado, nem sempre eu faço isso, mas você é mega querida, então esperei e eu estava certa. Você é mesmo um doce de pessoa! - Ela me soltou e continuou com um sorriso no rosto, que eu retribui fracamente.

- Oi Ally. - O Austin me disse coçando a nuca e não encontrando meu olhar.

- Oi Austin. - O Dez começou a olhar para nós dois estranhamente.

- Me poupe vocês dois! Estão agindo como crianças birradas! Um de vocês por favor dê o primeiro passo antes que eu fique com raiva dos dois.

- Amor, acho que eles querem ficar à sós.

- Ah certo. - O ruivo pegou seus sapatos e saiu do quarto com a Trish. - Crianças, não façam nada de errado e se fizerem... - Ele piscou para nós dois e enfim fechou a porta. O Austin sorriu por causa de meu amigo e depois me olhou, desta vez sorrindo mais fraco.

- Seu amigo é doido.

- Nosso amigo. Acho que em parte ele também gosta de você.

- É verdade. - Ele se aproximou de mim fazendo meu coração acelerar cem vezes mais rápido. - Ally... - Ele passou a mão pelo meu rosto enquanto uma lágrima rolava pelo meu rosto e a limpou. Segurei sua mão contra minha face e comecei a falar.

- Eu já começo me desculpando pelo negócio da Tilly. Eu queria te contar, mas achei que não deveria.

- O que aconteceu naquela noite?

- Ela invadiu seu apartamento e me mandou uma mensagem dizendo que você queria terminar comigo e tudo mais. Acabei ficando furiosa e fui em seu apartamento tirar minhas próprias conclusões. No final acabei batendo nela com uma frigideira e chamei um segurança para escoltar ela para fora.

- Você bateu nela com uma frigideira? - O loiro começou a rir e eu também em meio as lágrimas.

- Sim.

- E o negócio com o Dallas?

- Ele me beijou, mas não foi por mal. O garoto disse até que ia vir falar com você e não se importava de levar uns socos na cara pelo que fez.

- Ótimo, por que quando eu o ver não vou ter pena dele. - Ficamos em silêncio um instante até ele me dizer uma coisa que fez meu coração se apertar. - Eu não consigo ficar longe de você.

- Muito menos eu.

- Eu não quero te perder Ally. - Ele me encarou e sentou-se na cama ao meu lado. - Nunca. - Soltei um grande suspiro e comecei a sentir aquela vibração magnética que só sinto quando estou ao seu lado. Eu o amo demais e cada parte do meu corpo, coração e alma deseja ele.

Passei a língua pelos meus lábios e o Austin os encarou um momento, encontrando meu olhar com aquele desejo, aquela luxúria que eu conhecia muito bem. Sorri um instante e depois senti seus lábios nos meus. Ele me beijou lentamente, aprofundando tudo com sua língua. O beijo saiu meio salgado por causa de minhas lágrimas, mas perfeito ao mesmo tempo. Sua paixão, misturada a minha, me levou a loucura e eu me agarrei com força ao tecido de sua blusa. Soltei um gemido baixinho e me derreti em seus braços que faziam minha pele se arrepiar. Passei os dedos por entre seus cabelos loiros aproveitando cada segundo. Eu agarrei a barra de sua camisa e a puxei, a retirando e sentindo seus músculos se enrijecerem ao meu toque. Seus lábios encontraram o meu pescoço e minha pele parecia ter aumentado a temperatura radicalmente. Quando sua boca voltou para minha mordi de leve seu lábio inferior sentindo ele gemer baixinho e me levando a loucura.

- Acho que não posso esconder que estou com um puta tesão certo? - Sorri em meio a nosso beijo e respondi.

- Não precisa, por que eu também estou.

Ele tirou minha blusa rapidamente e eu deitei, o puxando para cima de mim nunca o soltando do beijo. Ele apertou meus quadris e depois sua boca já estava nos meus seios, chupando-os com vontade enquanto eu gemia um pouco mais alto. Levantei sua cabeça em direção a minha sentindo seus lábios e abaixei minhas mãos em direção a sua calça. Pressionei a palma de minha mão contra seu pênis, já o sentindo excitado e comecei a pressionar um pouco o sentindo morder um pouco meu lábio.

- Porra, eu vou acabar arrancando minha calça se você continuar fazendo isso.

- Tire ela então. - Ele me olhou surpreso e tirou suas calças rapidamente as colocando no chão em cima da camisa e depois voltou para cima de mim. - Achei que você ia tirar a cueca também, mas deixa que eu faço isso. - Antes que ele pudesse dizer algo inverti nossas posições e passei a mão novamente por cima da sua excitação mesmo estando coberto pelo material de sua cueca e a tirei em seguida. Ele gemeu e inverteu novamente nossas posições ficando em cima de mim.

- Quer dizer que eu fico sem roupa e você fica ai, ainda com a parte de baixo? Nada feito. - Ele tirou minha calça e minha calcinha juntamente. - Agora sim.

Ele me beijou com mais paixão que nunca e eu tremi a seu toque. Meu desejo me deixou extasiada e eu o puxei para mim, arqueando meu quadril instintivamente. Sua mão se moveu entre minhas pernas e seus dedos penetraram em meu sexo. Ele me acariciou estimulando meu tesão e depois meu corpo todo derreteu quando ele enfiou o dedo em mim devagar. Agarrei o lençol com força quando senti mais dois dedos.

- Austin. - Eu gemia tão alto quando podia e depois ele tirou os dedos de dentro de mim me beijando lentamente. Fiquei com tanto tesão, e acabei agarrando seu pau fazendo-o sentir o mesmo prazer que eu estava sentindo. O segurei bem firme e depois comecei a acariciar sua extensão.

- Eu preciso de você. - Ele falou um pouco antes de tirar minhas mãos de seu pênis. Agarrei sua nuca quando senti sua ereção quente e sólida exercendo um certa pressão sobre meus clitóris. Ele apertou minha bunda e com um hábil movimento entrou dentro de mim. Senti o prazer se espalhando pelo meu corpo e meus seis se enrijecendo e se esfregando com força contra seu peito forte e nu. Minhas unhas arranharam suas costas e ele arqueou diante daquela carícia um tanto brusca, gemendo mais alto desta vez.

Eu gemi diante da sensação familiar de tê-lo profundamente dentro de mim.

- Mais rápido. - Eu quase choraminguei o implorando para ir mais depressa e o mesmo obedeceu. Ele me penetrou com mais força e mais rápido obedecendo aos comandos dos meus movimentos. Meus quadris começaram a se remexer involuntariamente e minhas coxas se contraíram. Extrai todo prazer que estava recebendo e senti meu ventre pulsar, um sinal de que eu estava próxima de meu orgasmo. O senti ir um pouco mais rápido e depois seus dedos começaram a acariciar meu clitóris, sabendo que ele já estava mais perto de seu orgasmo.

O senti gozar dentro de mim e eu gozei também, chegando ao fim de meu clímax e arranhei mais levemente suas costas. Ele me deu mais um beijo e tirou seu pau de dentro de mim, se deitando ao meu lado, e eu me aninhei em seu peito. Ele começou a acariciar meus cabelos e depois nos cobriu, me relaxando totalmente.

POV Austin

Quando eu escutei a Ally explicando toda a situação ao Dez, eu me senti cem vezes mais leve e até mesmo mais feliz. Entrei no quarto quando o Dez tentou explicar para ela o por que dele estar fazendo tantas perguntas e quando a vi meu corpo todo relaxou.

Ela se desculpou e eu a beijei, sentindo todo o tesão em meu corpo. Fizemos sexo e depois ela se aninhou em meu peito enquanto eu acariciava seu cabelo e eu decidi contar uma coisa para ela.

- Ally?

- Sim?

- Eu preciso te contar uma coisa. - Ela olhou para mim e pediu para eu prosseguir. - Bem, meus pais voltaram e me visitaram.

- Oh. Sério? - Compreensão era evidente em seu olhar e eu acenei com a cabeça.

- Sim.

- E o que eles queriam?

- Eles descobriram que eu vou para faculdade por causa de algumas notícias de que eu iria dar uma pausa na carreira.

- E como eles reagiram?

- Não muito bem para falar a verdade. Me pediram para ficar e disseram que iam se tornar pais mais presentes em minha vida.

- E você?

- E eu o quê?

- O que você pretende fazer?

- Não sei. O que você acha? - Ela olhou para mim e sorriu, mesmo seus olhos dizendo outra coisa.

- Pais são pais. Você os ama e acho que você deveria ficar com eles.

- Mas a banda disse que vai ir para faculdade também. Já fomos aceitos e eu não quero perdê-los. Eu não quero perdê-la. - Ela me beijou suavemente.

- Você não vai me perder. Siga seu coração e veja o que você quer.

- Eu quero estudar com você, com meus amigos. Com todos que eu amo. - Ela se levantou e começou a colocar sua roupa, depois se deitou ao meu lado novamente e me abraçou.

- Eu também te amo Austin.

- Te amo mais minha pequena.

- Que tal se nós descansarmos um pouco e quando acordamos falamos mais calmamente sobre isso?

- Pode ser. - Ela ficou aconchegada em mim e eu dormi sentindo o cheiro de seu cabelo e suas mãos macias envolvendo meu abdômen.

POV Ally

Senti o Austin relaxar e sua respiração ficar mais lenta, foi ai que eu me libertei de seus braços e fui lentamente ao andar de baixo procurar o Dez. Ele estava deitado junto com a Trish no sofá só de cueca enquanto ela estava vestida com a de sua blusa. Quando me viu, levantou uma sobrancelha como se estivesse me questionando. Eu o chamei e ele saiu lentamente de perto da latina que já estava dormindo. Colocando sua calça jeans, ele foi para a varanda comigo.

- E ai Ally? O que aconteceu lá em cima? - Ele sorriu maliciosamente para mim e eu me senti meio triste e radiante ao mesmo tempo.

- A mesma coisa que aconteceu aqui em baixo entre você e a Trish.

- Hum, sexo selvagem então? - Dei um tapa de leve em seu ombro.

- Dez! Eu e o Austin somos pessoas mais descentes, não fazemos este tipo de coisa.

- Sei. Mas vocês se entenderam?

- Acho que sim, mas ele me disse uma coisa que me fez me ficar um pouco abalada.

- O que aconteceu? - Vi alguns carros passando pela rua e os encarei enquanto falava.

- Ele me disse que seus pais apareceram e disseram que não querem que ele vá para faculdade.

- Como assim?

- É que os pais dele não são muito presentes e querem ganhar dinheiro a custa de sua fama.

- E ele te disse que vai ficar?

- Não.

- Então disse que vai ir?

- Ele disse que quer ficar com as pessoas que ama, mas eu sei que isto também contam seus pais.

- Ally, ele te ama. Dá para perceber pelo seu olhar. É o mesmo jeito que eu olho para Trish, o mesmo jeito que a Trish olha para mim, e o mesmo jeito que você olha para ele.

- Não tem aquele ditado que diz... - Tentei buscar em minha memória a frase e acabei lembrando. - Quando se ama alguém é para deixá-la ir e se ela te amar ela vai voltar?

- Ditados são feitos para não serem ouvidos. - Ri baixinho com seu argumento.

- Então o que devo fazer?

- Dizer a ele o que sente.

- Mas eu só quero sua felicidade. - Comecei a chorar baixinho e o Dez me abraçou.

- Faça um pedido para Lua.

- Um pedido para Lua? Não deveriam ser para as estrelas cadentes?

- Quando você precisa, não importa o cosmo que estiver no céu, só a paixão que você impor em deu desejo.

- Tudo bem. - Suspirei fundo e desejei mentalmente. Que o Austin siga o seu coração.

- Desejou?

- Sim.

- Agora é só esperar. - Sorri para ele e continuei um instante ali, ignorando o friozinho que eu estava sentindo dentro de mim.

15 dias depois...

- Dez, já pensou em ficar quieto?

- Eu estou nervoso tudo bem?

- Já fomos aprovados na faculdade, terminamos o Ensino Médio com ótimas notas e você me diz que está nervoso?

- Sim. Como nossa formatura, eu digo que sim, eu estou nervoso.

- Eu também estou. - Sorri ao ver me reflexo no espelho e coloquei meus brincos. Eu estava com um vestido branco, que me abraçava perfeitamente deixando minhas curvas acentuadas e um sapato não muito alto. Minha maquiagem estava perfeita e o colar de nota musical que o Austin me deu ainda estava em meu pescoço. - A Trish vai ir não vai?

- Claro, eu a convidei no primeiro instante após eu saber de minhas notas perfeitas.

- Isso é que é amor.

- Querida, eu sou um bom namorado ok? - Ele tentava ajeitar sua gravata e eu comecei a rir daquilo. - Uma ajudinha seria boa. - O ajudei a arrumá-la e quando acabei, vi meu amigo dos pés a cabeça e me senti satisfeita com meu trabalho de transformá-lo em um deus grego.

- Vai que dizer que eu não sei de moda agora? - Pisquei para ele que abriu a boca em estado de choque.

- E quem lhe ensinou todos os truques? Ah, isso mesmo, fui eu. HA-HA-HA. - Mesmo debochadamente, eu ri de seu comentário, sabendo que nada estragaria meu dia. - E o loiro? Ele vai ir não vai?

- Sim, e a primeira dança da noite que eu terei será com ele.

- Me traindo é isso? Eu esperando ansiosamente que ele iria me tirar para dançar primeiro, mas não, tinha que ser a namorada dele.

- Vou fingir que não escutei isso.

- Tudo bem, tudo bem. Agora vamos? - Ele pegou seu celular e botou no bolso do paletó.

- Claro. - Peguei minha bolsa e encaixei meu braço no seu descendo as escadas. Como estávamos em sua casa tive o deslumbre de vê-la pela última vez e fiquei muito feliz. Suas malas já estavam no sofá e o nervosismo tomou conta de mim.

- Já está com frio Ally? Achei que você iria pedir o paletó do loiro e não o meu.

- Não é isso. Acho que foi mais um tremor. - Quando ele ia falar, a Miranda apareceu no pé da escada com uma câmera.

- Meus lindos! Eu quero tirar uma foto dos dois. - Sorrimos e ficamos parados, sorrindo meio forçadamente como sempre quando vamos tirar uma foto. - Pronto!

- Eu vou sentir muito sua falta. - A abracei fortemente e uma lágrima rolou pelos meus olhos.

- Não chore querida, lembre-se de sua maquiagem. - Comecei a rir e limpei a lágrima que estava rolando.

- Vamos Ally, antes que você acabe chorando rios e rios aqui e eu acabe ficando emocionado também. - Acenei e nos despedimos da Mirando indo em direção ao carro. - Acho que vou sentir falta de Miami?

- Você acha? Eu já estou sentindo saudades.

- Hoje você fica com seu carro, e amanhã eu peço para o motorista nos levar ao aeroporto.

- Tudo bem.

- Não fica assim mi amore. Vamos todos juntos para faculdade e vai ser incrível.

- Eu sei, mas sei lá... Eu me sinto meio estranha e com um enorme vazio na barriga.

- O loiro não lhe disse ainda se ele vai certo?

- Ele disse que ainda vai me informar, possivelmente hoje à noite.

- Não se preocupe, o Austin não é burro e vai saber o que fazer.

- Eu sei.

Fiquei olhando pela última vez a praia pela qual estávamos passando e senti uma vertigem.

Quando chegamos a escola, fiquei feliz em ver aquele local todo arrumado para o baile de formatura e sorri como uma louca. Os professores que estavam ali nos olhavam e sorriam, vindo nos abraçar em seguida e nos parabenizando pela nossa conquista. Eu sentei-me com o Dez em uma mesa e ficamos conversando tranquilamente, e foi ai que vi meu loiro e seus amigos. Ele estava tão lindo com seu terno branco, que parecia um príncipe (só estava faltando o seu cavalo). O colar que eu lhe dei de nota musical (com um A&A na parte de trás) estava exposto em seu pescoço junto com o colar da banda. Quando ele me viu, sorriu e andou em direção a nossa mesa.

- Você não dançou ainda certo? - Ele se aproximou da mesa e falou com a voz mais grossa que conseguiu e me fez rir.

- Não Austin, eu estou livre se você quiser me chamar. - O Dez piscou para ele fazendo todos nós rirmos.

- Bem Dez, se eu já não estivesse comprometido com certeza você seria minha primeira opção.

- Que fofo! Já te amo, viu Austin? - O ruivo sorriu maliciosamente para ele e se aproximou da Trish a chamando para dançar. Os outros rapazes puxaram suas namoradas para a pista de dança e o Ratliff, que estava sem seu par, já que ela estava doente, puxou a Rydel para um dança.

- Então, quer dançar? - O meu cavalheiro estendeu a mão, que eu facilmente segurei.

- Claro. - Chegamos na pista de dança e coloquei meus braços em vola de seu pescoço e os seus foram em direção a minha cintura. Eu não sou muito boa de dança, mas pelo menos eu conseguia dar conta desta.

- Ally?

- Sim?

- Você não quer dar uma saidinha? - O loiro piscou maliciosamente para mim.

- Mas acabamos de chegar.

- Vamos, é importante. - Ele ficou com aqueles olhinhos de cachorrinho abandonado e eu logo cedi, pegando minha bolsa em seguida.

- Vamos lá. - Ele entrelaçou sua mão na minha e eu o segui para o estacionamento. Entramos em seu carro e ele deu a partida, me levando para um lugar que eu ainda não tinha identificado. - Para onde vamos?

- Você vai ver.

E não tivemos mais nenhuma conversa, até chegarmos na praia, que naquele momento estava vazia, dando um aspecto de abandono.

- Achei que um lugar um tanto clichê seria legal para te levar e dizer que eu decidi ir à faculdade com você. - Quando eu o escutei dizendo isso, meu coração deu um super pulo e eu o agarrei lhe dando um beijo apaixonado e profundo.

- Um lugar perfeito você quis dizer? - Tirei meus sapatos e sai de seu carro, sentindo a areia em meus pés descalços. Ele fez o mesmo e depois segurou minha mão me levando para cima de uma duna (com um tanto de dificuldade para ser mais exata, já que eu não tenho um equilíbrio muito bom). Quando chegamos no topo, começamos a observar a imensidão do céu do mar, não conseguindo distinguir aonde terminava um e começava o outro.

- Eu lembro quando fomos para o farol. - Falei e apontei para torre alta que se alcançava a alguns metros de nós. - Acho que foi lá que tudo começou.

- Acho que no momento em que eu pisei na Sonic Boom tudo começou.

- É verdade, mas acho que foi no farol que eu percebi realmente meus sentimentos por você. - Soltei um suspiro profundo e uma lágrima escapou de meus olhos. - Uma parte de mim não queria se apaixonar por você, ela dizia que seria fútil, que seria até mesmo desperdício de tempo, e no final eu acabaria me ferindo, tendo mais um relacionamento complicado. - Encarei o céu novamente e depois pude sentir a mão do loiro em minha face, limpando aquela lágrima que tinha caído.

- E a outra parte? O que ela dizia?

- Que eu deveria cair no amor por você. Quando eu te vejo sinto um tipo de força que nos liga, nos deixa unidos. As malditas borboletas - ri um instante lembrando da sensação boa delas estarem voando dentro de mim - voam feito loucas em meu estômago. Sinto aquele formigamento da cabeça aos pés, e sinto que o tempo passa mais rápido quando estamos juntos por que eu me sinto extremamente feliz. - Ele sorriu ainda mais..

- Eu sinto todas essas sensações também Ally, além daquela em que minha cabeça, coração, corpo e alma me dizem que você é a mulher da minha vida. Eu posso ser novo ainda, mas meus sentimentos por você nunca vão mudar. Eu prometo. - Sorri ainda mais e ele me deu um beijo, porém uma chuvinha começou a cair, o que o fez aprofundar ainda mais o beijo. Sua língua brincava com a minha e em alguns momentos eu mordia seu lábio inferior fazendo-o soltar um gemido baixinho. A chuva começou a engrossar e nos separamos. Eu já estava com o cabelo um tanto molhado e ele também e assim decidimos ir para o seu carro. Enquanto descíamos a duna, parecia que ele tinha se lembrado de algo, por que me puxou para seu braço e me deu um selinho demorado.

- Achei que você ia esperar chegarmos até o carro para continuar a seção de beijos.

- Eu tinha que realizar seus desejos. Lembra que um deles era beijar na chuva? Então, eu disse que ia cumprir, e cá estou eu, lhe dando um beijo apaixonado. - Meus lábios começaram a doer de tanto que eu sorri naquele momento. Ele não sabia que aquele era um desejo quase esquecido meu, e que meu real pedido foi cumprido. O dele seguir seu coração. E claro, estar comigo, por que o meu coração está com ele.