O Outro Lado do Livro escrita por Mirela


Capítulo 23
Medos


Notas iniciais do capítulo

Ooi oi oi!
Muita gente achou o outro capitulo muito confuso. Mas aquele capitulo foi mais para dar um empurrãozinho para a nossa protagonista Emily. vocês vão saber qual foi o empurrão, ok?
Obrigada pelos comentarios, vocês são uns amores.
Estou muito feliz que chegamos a 40 pessoas acompanhando a história.
Espero que todas comentem, en?
Boa leitura :*



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Nunca pensei em uma pessoa que poderia ter dificuldades para abrir os olhos. Tipo, abrir os olhos é a coisa mais fácil do mundo. Mas, agora digo que tive dificuldades de abrir os meus olhos, era como fazer 50 flexões. Mas, com toda a força os abri.

Por um milésimo segundo, tive medo de abrir os olhos. Será que alguém estaria do meu lado dizendo que sou louca? Encontraria Rebeca me xingando? Ou veria Jenna ao meu lado cuidando de mim? O medo não me fez parar, mas me fez acreditar por alguns estantes que eu estava realmente louca.

Fiquei feliz ao ver que não estava mais em um quarto todo cinza, e que se tratava de um quarto antigo. Então eu havia voltado ao século 20?

Sabia que não estava no quarto em que costumava ficar na casa de Rebeca, pois estava em um quarto muito luxuoso.

A cama era muito macia, e me cobria com belos lençóis brancos, e um belo cobertor dourado com detalhes em marrom.

Tentei levantar, mas, o meu corpo doía tanto. Olhei para os meus braços e vi vários roxos enormes, os mesmo roxos que vi quando me diziam que estava louca. Na minha testa havia um curativo. Alguns dos meus dedos estavam enfaixados, na mão esquerda o mindinho, o do meio, e o indicador estavam enfaixados, os dedos da mão direita, eram o polegar e o anular. Uma das minhas pernas estava engessada, acho que na queda devo ter a quebrado. A minha barriga doía muito, como se eu tivesse levado mais de mil socos nela.

Naquele momento, achei mesmo que eu tivesse caído de um penhasco. Meu corpo inteiro estava doido.

Mas, mesmo com a dor imensa que eu sentia, tentei levantar. Apoiei-me no criado-mudo e fiquei de pé. Mesmo com uma perna só consegui chegar até a porta. Me apoiei nela para abrir.

No momento em que abri a porta daquele quarto, e observei o corredor, eu já sabia onde me encontrava. E já sabia quem havia me pegado daquele penhasco.

A casa de Agnes é a resposta para onde eu estava. O corredor era o corredor dos quartos principais, e mesmo que eu quisesse negar, eu sabia de quem era aquele quarto. O segundo quarto principal era de Dimitri.

Meu esforço foi grande para descer as escadas e chegar na sala. Uma empregada que passava se surpreendeu comigo ali.

– O que a senhora esta a fazer? – perguntou ela – Suba novamente. Eu lhe ajudo.

– Não, por favor, não faça o esforço que eu fiz para descer aqui inútil. Me diga, onde está os seus patrões? Como eu vim para aqui?

Ela me ajudou a sentar, e começou a me explicar tudo.

– O senhor Dimitri apenas nos disse que a encontrou jogada em um penhasco, e lhe trouxe até aqui. Exigiu que a senhorita ficasse no quarto dele, e que fosse tratada com os melhores médicos.

– Nossa. E onde os seus patrões estão?

– Bom, senhora Agnes está passeando com as meninas no parque. Senhorita Ester está na desceria com o noivo. E o senhor Dimitri está na empresa.

– Poderia me dar um conselho? – perguntei.

– Sim, claro.

– O que a senhorita acha que eu devo fazer em relação ao Dimitri?

– Como assim, senhorita?

– Eu o amo. Mas, e se o meu amor for só por que as adolescentes se apaixonam rápido?

Escondo meu rosto com as mãos. Estou cansada desta incerteza!

A empregada se sentou na escrivaninha a minha frente, e tirou minhas mãos de meu rosto,

– Minha querida, não sei como funciona em sua era. Nem sei como é sonhar estar lá, mas lá ou aqui os sentimentos são os mesmo. As vezes devemos seguir nossos impulsos, e deixar de lado a nossa boa educação.

– Mas, e se não der certo? O que eu vou fazer?

– Se não der certo? – ela colocou a mão no queixo pensando – Apesar de tudo, continue sorrindo. Mesmo que você não esteja feliz. É como se chovesse muito, e ficamos tristes quando chove, e daí o sol nunca aparece, mas quando ele aparece nós ficamos felizes.

– Desculpe – disse sendo mais que sincera – mas eu não entendi.

– O sol significa o seu sorriso, a chuva representa as suas lagrimas, e o lugar onde o sol e a chuva veio, representa o seu corpo.

– Então, se eu sorrir mesmo se parecer que não vai fazer nenhuma diferença, vai fazer?

– Sim.

Ouvi a porta bater. Eu não deveria ter olhado, eu não deveria nem ter pensado quem entrou, mas, como eu sou uma burra, olhei.

Dimitri tirou o casaco e o jogou no cabide da parede. Quando percebeu que eu estava ali ficou paralisado me olhando.

– É a sua chance de dizer o que você me disse. – sussurrou ela em meu ouvido.

A empregada, que eu nem sei o nome, entrou na cozinha e nem saiu de lá. Sabia que provavelmente ela ouviria a minha conversa, mas eu queria isso, se eu entrasse em uma encruzilhada sabia que ela iria me salvar.

– Achei que te encontraria no quarto. – comentou ele.

Levantei de onde eu estava e me virei para ele.

Um monte de sensações passou por mim. Quando me disseram que eu era louca eu fiquei com medo, medo de não ver mais o rosto dele, medo de não poder mais tocar ele.

Sem ter mais nenhum pensamento, corri para o abraçar.


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Notas finais do capítulo

Ooi de novo.
Devo lembrar a vocês que eu tenho um blog.
Link: http://sabedoria-a.blogspot.com.br/
Deixem comentarios, por favor. Quero ficar com muito comentarios, ok?
Beijos, e até a próxima :)