O Outro Lado do Livro escrita por Mirela


Capítulo 21
Quando eu sonhei - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ooi oi!
Gente, desculpe não ter postado no dia que eu ia postar, mas eu tenho uma justificativa, bom, primeiro eu não postei antes de ontem por que o Fanfiction parece que deu um problema, dai eu não pude postar, e eu não postei ontem porque deu uma enorme chuva aqui em São Paulo, dai acabou a energia, fiquei no escuro por 4 horas.
Bom, mas pelo menos eu postei e este capitulo está grande mesmo.
Neste capitulo a Emily vai descobrir novas emoções lol.
Acho que vocês vão me amar depois disto, ou talvez não, mas espero que me amem, pois eu amo d+++++.
E queria agradecer aos comentários



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– Acorda! - Rebeca havia pegado uma panela e batido com toda força na porta - Até que em fim - falou ao perceber que acordei e antes de sair da casa.

Vesti-me com um short e uma camiseta branca comum. Não queria usar mais vestido. Eu já estava toda assada nas cochas. Não usava aquelas ceroulas enormes.

Fui para o rio onde Rebeca dava banho nas crianças. Quando ela me viu seus olhos se arregalavam.

– O que está usando menina?!

– É que eu estava com calor de usar aquelas roupas, e não acho que só os homens devem usar calça.

– Tire isso imediatamente. Não vou permitir que use algo tão vulgar perto das minhas crianças! - ela tampou o rosto das crianças como se eu fosse uma pessoa totalmente vulgar e que desse um péssimo exemplo para as pessoas.

Foi nesse momento que eu me toquei que eu não deveria fazer isso, não deveria simplesmente fazer o que eu quero numa era que não é a minha. Sou uma ridícula mesmo.

– Senhora Rebeca, será que a senhora me da permissão para ir até o centro da cidade para eu comprar algumas roupas para mim? Não tenho muitas roupas aqui, deixei as roupas que compraram para mim lá na casa da senhora Agnes.

– Se você tiver dinheiro para isto, então vá.

Agradeci e fui me trocar. Não podia ir para o centro com aquelas roupas. Coloquei o mesmo vestido de ontem, e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto.

Iria comprar algumas roupas e sapatos com o dinheiro que Agnes me dera todos os dias. Não era muito, mas servia para alguma coisa.

Coloquei havaianas que pegara na minha era.

Antes de segui caminho, perguntei para alguns moradores de como chegar a cidade. Eles me disseram que era só seguir reto, e que provavelmente demoraria algumas horas para chegar lá.

Meu caminho era comprido, então não podia demorar muito.

Passei por uma longa estrada que ainda tinha casas, e depois de alguns 40 minutos as casa foram acabando e virou só mato.

Agora só era eu caminhando numa estrada que as laterais eram só mato. O sol acima de mim parecia que queria me torrar. Por sorte, um senhor havia me emprestado um chapel.

Continuei a caminhar.

Continuei...

Continuei...

Continuei...

E depois de uns 42 minutos, cheguei a cidade.

Antes de qualquer coisa, fui a igreja orar. Não acredito em nenhum santo, mas acredito no nosso senhor.

A igreja só tinha velinhas colocando velas e orando. Me ajoelhei em um dos bancos e comecei a horar.

– Meu pai celeste. Se o senhor está mesmo ai, olhando como eu sempre acreditei que esteve, por que o senhor não me ajuda a compreender como eu posso voltar para a minha casa? Não quero ficar mais aqui, vivendo na casa das pessoas. Não gosto disso meu senhor. Me de uma luz para o que eu poça fazer para me sentir melhor, meu senhor. Ajude-me... Meu pai celeste, por favor, ajude Dimitri a achar a moça certa para ele. Ajude a família de Agnes a se reerguer só não financeiramente, mas sim emocionalmente. Ajude a Ester tomar a escolha certa sobre o casamento. Ajude a pequena Emma, que ela tenha um ótimo futuro e que...

Perai, Emma não é o nome da senhorinha que me deu este colar, quando eu estava em 2013?

– Sim, sou eu. Mas quem é a senhora? - pergunto.

– Sou eu minha querida, Emma.”

Veio a minha mente aquele momento em que encontrei a senhora. Aquela voz soava pelo meu ouvido.

Meu caixãozinho dourado! Será que a pequena Emma é aquela senhora? Mas como? Como pode? Nunca falei para ela onde eu morava, quer dizer, onde eu moro.

Mas, se eu for a casa dela e falar para ela, ela vai saber. Mas... Já sei! Vou fazer uma aposta com o destino, eu vou à casa da pequena Emma, e vou falar a ela onde eu moro, e quando ela estiver no ano de 2013 ela poderá ir a minha casa. Mas se eu for na casa dela, e não conseguir falar com ela, então quer dizer que não é a pequena Emma.

– Destino, eu te desafio. – pensei tanto que nem percebi que ainda estava na igreja.

Me levantei e sai dali.

Fui para a casa dos Winers. Não sabia muito aonde era, mas depois de dar um giro pela cidade consegui achar a casa.

Na entrada havia alguns empregados dando uma limpada na grama e na sacada. Sabia que se entrasse alguém iria me ver. Não queria isso. Ninguém pode me ver, pelo menos agora.

Fui para o jardim de trás. Lá estava a janela do quarto de Ester e Agata.

O meu plano é subir pelo quarto da Agata, que a essa hora deve estar tirando um sono, e ir escondida até o quarto de Emma. Que o Pai celeste me ajude.

Pulei as grades, o que não foi muito difícil, por não ser tão altas, e ter apenas algumas com pontas. Depois de pular me certifiquei que ninguém estava olhando.

Pulei, e corri para a porta dos fundos, onde era a cozinha. Antes de entrar, olhei pela janela, para ver se tinha alguém lá dentro. Por sorte ninguém estava lá.

Entrei com o maior cuidado. Subi as escadas principais com outro maior cuidado.

Tinha algumas empregadas limpando o banheiro e o quarto de Agnes. Sinceramente esta casa mais parece um hotel que casa.

Passei pelos corredores sem ser vista, e fechei a porta ao chegar ao quarto da pequena.

– Emily, você veio me ver! - disse Emma deixando os brinquedos de lado e vindo me abraçar.

O quarto estava como eu me lembrava.

Os ursinhos encima da cama. O tapete felpudo no chão.

– Minha querida, não tenho muito tempo agora. Logo alguma empregada vai vir aqui e me ver.

– Por que elas não podem te ver?

– Eu não quero mais existir na vida de vocês. Não quero. Não quero que vocês saibam que eu ainda estou viva.

– Mas, eu quero que você esteja viva. – a pequena já estava com lagrimas nos olhos.

– Desculpe minha querida. Mas, não vim aqui para discutir isto, meu bem. Estou aqui, pois acredito que nunca mais vou te ver, mas quero que quando você estiver uma velinha bem velinha venha me ver.

– Mas como? – ela virou a cabeçinha feito um yorkshire.

– Quando for o ano de 2013, minha querida, vá a este endereço que vou deixar aqui, neste horário você vai me encontrar na praia. Provavelmente eu nem vou saber que você é, mas depois de saber, vou ficar muito feliz de ter te visto, meu amor.

Peguei um papel e anotei o meu endereço, e o horário que ela deveria me encontrar.

– Minha querida, obrigada por você ser tão fofa. Obrigada por você ter se lembrado de mim.

– Como assim. Eu nunca me esqueceria da senhorita.

– Agora eu sei que sim. Agora eu sei que você nunca vai se esquecer de mim. E eu prometo nunca me esquecer de você.

Encarava os olhinhos da pequena, enquanto ela me olhava. Estava ajoelhada e de costas para a porta, então nem percebi que ele entrou.

– Emma, vamos a confeita...

Virei-me para a pessoa da porta, e pude ver quem era a pessoa, Dimitri.

Cara, eu não sabia o que falar, não sabia o que olhar. Apenas fiquei ali com os olhos arregalados olhando para ele. Emma também era só silencio.

– Achei que estaria no trabalho. – falei.

Meu cara, tanta coisa para falar, tantos milhões e milhões de palavras no mundo inteiro, eu vou escolher uma tão patética como esta? “Achei que estaria no trabalho.” Como assim? Como assim, achei que estaria no trabalho, eu sou uma idiota mesmo!

– Emma estava triste, pois você tinha sumido, voltei mais cedo para comermos um doce. – falou ele, ainda assustado.

– Então... – falei tentando achar algo para falar.

Entreguei o bilhete para Emma, e falei:

– Adeus.

Antes que qualquer um deles pudesse dizer algo, sai correndo dali. Passei pela escada, antes de ouvir Dimitri dizer:

– Espera, Emily! Não pode ir embora assim.

Dimitri consegue me pegar pelo braço, e me puxa para perto de si. Tão perto que em sinto incomodada com aquilo. Me viro de costas para ele.

– Não posso mais ficar aqui. – falo.

– Eu sei, você disse isto na carta.

Fiquei vermelha. É muito horrível você escrever uma carta de despedida para alguém e da mesma forma você vê a pessoa.

– Como escrevi, não quero ver mais vocês! Não quero mais prejudicar ninguém!

– E quem disse que você prejudica?

– Eu sinto quando incomodo, Dimitri, por favor, não minta! – digo, ainda virada.

– Como alguém como você pode incomodar?

Sinto ele se aproximar de mim.

Suas mãos vão a minha cintura, e viro, encarando seus lindos olhos.

– Alguém como eu? – pergunto sem entender.

– Tão... educada, mas também rebelde, - ele riu - linda, amorosa com as minhas irmãs...

– Sei a fama da sua família, não quero aumentar isso. Também, imagino como deve ser triste casar com alguém que você não ama.

– E quem disse que eu não amo a moça que a minha mãe me indicou?

O tempo atrás de nós parou. Não senti mais nada, além da nossa respiração quase se tocando.

Não conseguia nenhum estantes desgrudar o meu olhar do dele. Nossos lábios foram se encostando aos poucos.

Sabia que Dimitri era respeitador, então não senti em nenhum estante sua mão descendo para o meu traseiro, o que foi bom, pois pude perceber que ele não queria só aquilo, como sei que me ex-namorado queria.

Coloquei minhas mãos em seu pescoço, deixando nosso beijo ainda mais perto.

Quando a respiração pediu, paramos o beijo.

Percebi o que tinha feito, não posso chegar e beijar alguém. Nem sei se o amo. Não sei de nada neste momento.

– Desculpe. – digo colocando a mão na boca.

– Não se beija alguém e se pede desculpa depois. – disse ele rindo.

O sorriso em seus lábios desapareceu quando ele voltou a falar.

– Só se está arrependida.

Continuei o olhando sem saber o que falar. Bom, o que dizer? Acabei de beijar Dimitri. O meu noivo, ou EX-NOIVO.

– Estou confusa. Preciso pensar.

Sai de seus braços e corri para a porta.

Odeio a adolescência, odeio odeio odeio!

Por que quando nós somos adolescentes nos apaixonamos tão rápido? Por que que quando somos adolescentes fazemos coisas que não devíamos? E por que quando somos adolescente choramos quando não deveríamo?

Coloquei a mão no rosto para ninguém perceber que eu chorava. Corri para a estrada, corri para onde ninguém poderia me achar. Não queria voltar para a casa de Rebeca, mas eu não tinha nenhum lugar para ficar. O que fazer?

Automaticamente me lembrei do dinheiro que tinha no bolso. Era um bom dinheiro para comprar algumas coisinhas, e ficar esta noite em uma pensão.

Voltei para a cidade, o que foi rápido, pois não tinha me afastado tanto. Entrei em uma loja de roupas. Comprei alguns vestidos que eram baratos e bonitos. Comprei sapatos, sapatos eram caros, então só comprei um sem salto.

Ante de procurar um lugar para passar a noite, passei em uma lojinha de brinquedos.

Uma senhora me atendeu. Não dava para parar de olhar a verruga que ela tinha na bochecha, mas o sorriso dela apagava qualquer coisa.

– O que foi moçinha? – perguntou ela – O que deseja minha querida?

– Queria uma boneca de pano, e dois carrinhos de brinquedo, por favor.

– Ah, sim querida. Acompanhe-me.

Ela foi até uma prateleira cheia de lindas bonecas. Me lembro de ir em algumas lojas antigas e ver essas mesmas bonecas..

– Pode escolher, minha querida. – falou a senhora, novamente com um sorriso no rosto.

– Bom, desculpe perguntar, senhora, mas qual destas é a mais barata.

Ela pensou enquanto olhava para as bonecas, e logo esticou a mão para pegar uma pequena boneca que se escondia perto das outras. Ela era pequena, tinha cabelos lisos em duas trancinhas nos ombros, usava um vestidinho vermelho rodado, com uma faixa na cinturinha, e usava um sapatinho preto.

– Esta custa apenas 5.

– Nossa, por que tão barato? – eu e a minha boca.

– Bom, é que quando sobre tecido e cabelo, eu faço uma bonequinha menor, e vendo ela na promoção.

– Aaah, entendi.

Comprei a bonequinha e os dois carrinhos.

Perguntei a senhora onde se encontrava uma pensão para eu passar apenas a noite, e ela me disse que havia uma ótima pensão perto da estrada.

Segui caminho e logo a encontrei. Quando entrei, achei o lugar horrível! Eu podia ouvir barulho de baratas subindo as paredes e caindo no chão, era apavorante.

Quando abri a porta de entrada a única luz que entrou foi a de sol, e juro que vi um rato entrando em um buraco da parede.

– Pois não? – perguntou a recepcionistas com uma voz aguda.

– Quero um quarto para uma noite senhora.

– Por favor, assine aqui. – ela me deu uma folha, e eu a assinei.

Paguei com o ultimo dinheiro que eu tinha.

No meu quarto tinha uma cama, um banheiro, uma penteadeira toda velha, e um guarda roupa. Parecia que tudo iria cair.

Me troquei e coloquei a minha roupa de dormir. Era uma camisola branca, também comecei a me a costumar a usar ceroulas, parecia que eu estava de short branco.

Quando deitei na cama só fiquei pensando nele, no Dimitri. Não tinha como não pensar, ele é gato, querido, fofo, gentil, e eu ainda beijei ele, tipo, como não pensar.

Será que estou apaixonada por ele? Ou será que é só uma coisa da adolescência?

Espero sinceramente que seja algo real. Queria tanto ficar coladinha com ele, dar vários beijos. Cara, como ele beija bem.


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Notas finais do capítulo

Gente, esse capitulo foi enorme, não?
No próximo capitulo vai ser o ultimo desta série "Quando eu sonhei"
Deixem comentários, ok?
E estou revisando os primeiros capítulos da minha história, então não achem estranho se tiver algo diferente, ok?
Amo vcs, tchau, e deixem comentarios :*