Radioactive escrita por LastOrder


Capítulo 5
Acho que isso não vai dar certo


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, sinto muito por ter demorado tanto para postar. É que estou com alguns problemas aqui em casa e ainda tive que arranjar moradia em Ouro Preto por que passei lá na Federal. ( IYeee!!) Isso sem falar que, é claro, sou muito preguiçosa. hahaha
Bem, mas estou aqui.
^^
Lembrem-se que o capítulo não foi revisado ok?
Au revoir



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Duas horas antes...

O Chevy Impala preto cruzou a estrada velha em alta velocidade. Havia poucos carros no caminho dos quais tinha que desviar e a neblina de poeira e fuligem já não incomodava, pelo contrário, havia uma outra coisa que conseguia esgotar a paciência do motorista do carro.

– Eu realmente não sei qual é o problema dele! - A loira sentada ao seu lado gritou pela quinta vez. - Eu só estava fazendo o combinado! Como eu iria imaginar que aquela criatura extremamente fofa era o nosso alvo... - Parou um pouco para pensar. E continuou agora meio confusa. - Alias, achei que nosso alvo fosse o cara da pedra.

E de fato era mesmo. Não admitiria para ninguém, mas ele próprio ficara a noite toda pensando no que havia se passado pela cabeça de Snow para botar tudo a perder daquele jeito. E ao que parecia, ninguém estava disposto a compartilhar informações.Nem mesmo Kore, que sempre acabava dizendo algo para inteirar ele e Snixx dos assuntos da gangue, colaborou de modo significativo.

Sua intuição praticamente gritava que havia algo grande aí. Grande e sujo.

– Ei, Lucky, está me ouvindo?

O garoto bateu a mão com força no volante e respondeu rispidamente:

– É claro que estou! Nem mesmo um surdo seria capaz de não ficar com dor de cabeça de tanto ouvir suas ladainhas e... - Foi silenciado com um soco na cabeça. - Ei! Por que fez isso?!

– É pra você aprender a respeitar os mais velhos, pirralho. Não esqueça que sou eu quem manda aqui!

Riu irônico.

– Não me faça rir Snixx, é melhor nem pensar no que aconteceria se você tivesse que assumir a liderança de qualquer coisa.

– Pare o carro. -Lucky a ignorou e fixou sua visão na estrada. - EU DISSE PARA PARAR O CARRO!

Snixx jogou-se contra o volante sem que Lucky tivesse a chance de pará-la. Felizmente, os reflexos do garoto eram rápidos o bastante para pisar no freio antes que os ambos rolassem pelo barranco na lateral da estrada.

Parou o carro.

Respirou profundamente tentando se acalmar. Suas mãos fundidas no volante assim como suas costas no assento de couro. Quando finalmente se recuperou virou-se lentamente para a causa de todos seus problemas - e de sua quase morte.

– O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊ?! - Segurou a loira pelos ombros, chacoalhando-a. - Se você quer morrer então não me meta nisso!

Soltou-a ao ver os olhos marejados em puro espanto. Fechou os olhos e pousou os dedos contra a têmpora. Odiava ver Snixx daquele jeito, ela era sua única família; estava ao seu lado desde que podia se lembrar, cuidando dele e o protegendo. E quando ela resolveu entrar no grupo de Snow, Lucky nem pensou duas vezes e a seguiu... O som da porta se abrindo chamou sua atenção.

Ao ver a loira caminhando pela estrada colocando o sobretudo preto saiu e chamou-a.

– EI! Onde você vai?! - foi até ela.

– Eu não preciso de você. - Disse sem se virar. - Vou sozinha.

Fechou os punhos apertados do lado do corpo.

– Perfeito! Vá, ninguém te quer aqui!

Snixx não respondeu, apenas continuou andando até sumir entre a névoa. Lucky grunhiu baixo foi com passos lentos até o carro e descontou sua raiva contida na lataria. Do que? Nem mesmo ele tinha certeza, mas faria o que fosse precisa para afastar aquele sentimento amargo do peito.

Chutou o pneu com o tênis e entrou, ainda revoltado, batendo a porta sem a menor delicadeza.

– Porcaria, porcaria, porcaria! - Segurou o volante com força, os nós de seus punhos já ficavam pálidos devido a pressão que exercia sobre eles. Levou os olhos para o retrovisor a sua frente encarando-se pela primeira vez naquela manhã.

Seus cabelos loiros arrepiados completamente bagunçados não viam um pente desde ontem. Os olhos azuis claros lacrimejantes brilhavam, mas não sabia o motivo daquilo.

" Por que está chorando, garoto?"

Lembrou-se das primeiras palavras que Snixx lhe disse quando o encontrou... Quando ela o tirou da sua solidão forçada.

" E-eu não estou chorando.- a voz infantil do garoto respondeu teimosa - Deixe-me em paz.

Mas a única coisa que teve como resposta foi a risada divertida da loira desconhecida."

O ruído do celular tirou Lucky das suas lembranças e com um brusco movimento do braço limpou qualquer vestígio de choro que houvesse em seu rosto. Respirou fundo para se acalmar e atendeu.

– O que foi?

– Seu contato chegou.

– Obrigado, diga que já estou a caminho. - Desligou sem maiores cerimônias e ligou o carro.

Já estava na hora de parar de se preocupar com essas coisas de mulherzinha. Tinha um trabalho a fazer.

–--*---

A lanchonete La Florenza ficava no bairro central da cidade. Sua fachada, embora simples, era limpa e bem cuidada. Todos os dias a filha do dono do estabelecimento gastava a manhã limpando minuciosamente cada vitral que formava a parte da frente da lanchonete. E escola? A adolescente não precisava de escola; os luxos do estudo eram caprichos destinados apenas para os que detinham muito poder.

Emmanuelle estava satisfeita apenas em saber ler e escrever. E ter o negócio da família ao qual herdar.

Naquela manhã a jovem de 15 anos estava especialmente ocupada. Algumas luzes do grande letreiro que ficava sobre o teto haviam queimado após a tempestade da noite passada. E agora, por ser a mais velha e a mais disposta, era sua obrigação pendurar-se a dez metros do chão para trocar as lâmpadas.

Os cabelos negros curtos colavam-se em sua testa devido ao suor. Passou o braço pela testa tentando se livrar das gotas salgadas que escorriam.

Ouviu o ruído de um carro estacionando. O sorriso se abriu em seu rosto juvenil quando identificou o dono do veículo.

– Hey, Lucky, olha eu aqui! - Emmanuelle balançou os braços e se balançou nas cordas que a prendiam. Tudo para conseguir chamar a atenção do loiro. A única resposta que obteve: Uma sobrancelha arqueada. - Iiii, que humor ein?

– Me erra Emmanuelle. - Suspirou deixando os ombros caírem cansados. - O que você está fazendo afinal? - Não havia muito interesse no seu tom de voz.

– Exatamente o que parece. - Respondeu com um sorriso. - Trocando as lâmpadas. E você, veio se encontrar com seus capangas de novo?

– Mais ou menos isso, preciso de mercadorias.

Ela balançou a cabeça compreendendo.

– Sei... - E então sorriu novamente. - A propósito, recebemos uma encomenda das suas pimentas vermelhas, já pode pedir seu lanche quando quiser.

– Certo, obrigado. Eeerrr... Preciso ir agora. - Mas antes de entrar pôde vê-la acenando e então parou. - Vê se não vai cair daí.

A morena revirou os olhos castanhos.

– Lucky, per favore, eu sei me cuidar.

O garoto balançou o cabeça, descrente. Já havia ouvido aquilo milhares de vezes e não apenas da italiana. Seus pensamentos foram logo para Snixx, onde será que ela estaria agora?

– Jovem ragazzo,que bom vê-lo depois de tanto tempo. - O senhor de cabelos grisalhos, gordo e baixinho cumprimentou detrás do balcão.

"Foram apenas três dias" Pensou consigo mesmo. Mas sabia que era melhor pelo menos tentar parecer educado na frente do pai de Emmanuelle, afinal, precisava de um ponto de encontro para seus negócios.

– Onde está o contato?

– Na mesa de sempre. - Disse sorridente. - Vai querer seu lanche?

– Não, desta vez não.

Deu um sorrisinho de agradecimento e foi andando até a mesa mais afastada da lanchonete. Tirou o sobretudo e o jogou sobre a mesa de madeira . O homem que estava de costas para Lucky sobressaltou-se com a chegada repentina e sem querer deixou cair o café sobre seu colo.

– Deus! - levantou-se e com o guardanapo tentou tirar o máximo que pôde da bebida quente. - Isso é jeito de tratar um cego?!

O mais jovem sentou-se na cadeira da frente fazendo pouco caso.

– Pare de fazer drama, Raccoon, você só é cego de um olho. - E ainda mais sério continuou. - Imagino que Morphin já falou com você?

– Já, já, já! - Reclamou. Por mais que tentasse não parecia que a mancha de café sairia da sua calça jeans. Suspirou desistindo.

Raccoon tinha 16 anos - dois anos mais velho que Lucky - e era o responsável pelas encomendas e transações no grupo de Morphin, por isso, tinha uma relação amigável com Lucky. Ou pelo menos tentavam.

Sua aparência chamava a atenção pelas muitas tatuagens que tinha no corpo e pelos pierciengs e alargadores. O cabelo era escuro e bem curto. Tinha um olho de vidro e o outro, o normal, era castanho escuro. Ninguém sabia como havia perdido o olho pois sempre contava uma história diferente para cada um que perguntasse.

– Consegui falar com o Chefe. - O moreno disse ao jogar o guardanapo sobre a mesa. - Foi um inferno, todos os capangas dele me cercaram e ficavam me ameaçando com aquelas armas sem nem me deixar falar. - Revirou o olho que não era de vidro. - Como se eu fosse querer matar aquele ser, o que eu ia ganhar com isso? Me diz!

– Vá direto ao ponto.

–Pois bem... - Tirou um papel do bolso e o desdobrou sobre a mesa. Era um mapa com rotas do mercado paralelo de armas e ferro. - Consegui fazer o acordo com ele no final.

–Mas...

Raccoon suspirou coçando a cabeça.

– É... Então, conseguiu tudo com ele. O aço e o titânio, armas, raio repulsor e reator.Mas ele disse que não tem como transportar isso até a base de Morphin.

– Como assim?!

Raccoon pegou uma caneta do bolso e fez um grande "X" azul em um ponto da estrada que passava pela parte de trás das minas no sul.

– Os policiais estão tendo ajuda de militares para patrulhar as estradas. Eles fizeram uma base bem aqui, pois sabem que é o lugar onde há maior movimento. Chefe disse que já perdeu duas encomendas só nessa semana e não está afim de se arriscar com um pacote tão grande.

Lucky franziu o cenho. Tinham que pensar numa solução o mais rápido possível.

–Não há nenhuma rota alternativa?

– Bem, poderíamos tentar aqui. - Pegou a caneta e riscou o percurso que ia pela floresta.

– Acho que não vai dar certo, - Lucky respondeu com o cenho franzido. - O caminho será muito maior e duvido que Chefe vá querer arriscar seus caminhões pela estradinha da floresta.

–Maaas...Estaremos encobertos pelas árvores e a área é de domínio do seu grupo. Podemos conversar com Snow para montar uma patrulha e escoltar o caminhão. - O loiro abriu a boca para retrucar e foi cortado por Raccoon - Ah, Lucky, para de ser chato, vai! O plano é ótimo!

–Não é que eu sou chato, alguém tem que pensar em tudo o que pode acontecer. Quem você acha que vai levar o prejuízo se formos atacados?

O moreno pegou o mapa e o enrolou guardando-o dentro do casaco.

– Certo, como quiser. - Fez um sinal rápido pedindo a conta e voltou-se novamente para o mais novo. - E como Snixx está?

Lucky, que até então havia se ocupado em mandar um rápido SMS para Snow, fechou o celular e olhou para Raccoon com a sobrancelha arqueada.

– Ela já te disse que não quer nada com você.

– Não foi por isso que perguntei! - Lucky deu de ombros e se levantou sem cerimônias. - Ei!

– Tenho que ir está bem? Assim que tudo estiver acertado me avise.

– Certo... Hmpf.

Lucky saiu pela porta despedindo-se do pai de Emmanuelle com um aceno rápido e foi em direção ao seu carro. Não sem antes notar que a garota havia desaparecido do telhado... "Provavelmente foi procurar alguém para incomodar." Abriu a porta e entrou apenas para receber uma nova mensagem de Alice.

O código de emergência brilhava na tela do seu aparelho.

Jogou-o no banco ao lado e pisou no acelerador bruscamente. A Taverna do Thor era a cinco minutos de onde estava, mas não sabia se esse tempo seria suficiente para todos os tipos de perigos que sua mente já projetava.

–-------*----------

O cenário era mais caótico que o normal. Havia manchas de sangue na calçada e nas paredes. Alguns corpos caídos no chão. Lucky não se demorou muito neles quando não os reconheceu. Algo muito errado havia acontecido. A área da Taverna era neutra, não podiam ocorrer ataques ali!

– Alice. - Saiu do carro apressado e foi correndo em direção a loira. - Alice! Alice?! - Ela estava ajoelhada no chão ao lado de um garoto com roupas estranhas. Mas Lucky estava mais preocupado com a segurança da companheira.

Ajoelhou-se perto dela e a tomou pelos ombros obrigando-a a encará-lo. Ela estava chorando. As lágrimas lavavam seu rosto sujo de vermelho. E Lucky arregalou os olhos, nunca havia visto Alice chorar, sempre achou que ela disputasse o posto de "dama de gelo" da casa com BlackCat.

– O que houve? - Perguntou baixo. Como se soubesse que ficar nervoso só a deixaria mais desesperada... Não sabia.

– E-eles atacaram de repente. - Disse entre soluços. - Estavam atrás de Kore... Ela gritou e fomos ajudar, mas... - O choro a interrompeu novamente. Lucky, hesitantemente, tentou reconfortá-la com tapinhas no ombro. Mas sua mente estava tão preocupada quanto a de Alice.

Olhou para o garoto deitado no chão. Ele estava inconsciente e o sangue se espalhava pelo tecido marrom escuro enrolado na região do seu estomago. Nunca o havia visto, mas ele devia ter ajudado Alice, visto que era um pedaço de seu vestido que tentava conter a hemorragia.

– Quem é ele?

Alice respirou fundo. Seus olhos marejados caíram sobre o corpo inerte do moreno esquisito que conhecera a pouco tempo. Nem tivera chance de perguntar seu nome, embora já estivesse ciente que ele sabia o dela.

– Eu não sei. - Respondeu baixo. - Mas ele me salvou, Lucky. - Disse com firmeza. - Nós temos que ajudá-lo.

– Ele pode ser um inimigo, Alice. Não sabemos nada sobre ele. É muito perigoso levá-lo direto para a casa.

Ela arregalou os olhos.

– Você está me pedindo para deixá-lo aqui nesse estado?!

– É o mais sensato a se fazer. Estamos em guerra agora. A zona neutra foi atacada e Kore foi seqüestrada. Snow não vai levar as coisas pela diplomacia.

A loira fechou as mãos com força. Como se estivesse prestes a socar o garoto a sua frente.

– Ele tomou um tiro no meu lugar! Um tiro! Me recuso a abandoná-lo aqui. E se você quiser continuar a segurar-se nessas teorias ridículas, ótimo. Eu vou sozinha!

E dizendo isso passou um dos braços do moreno sobre seus ombros e com muita dificuldade o levantou do chão.

Lucky suspirou. Alice estava passando tempo demais com Kore, só podia ser isso.

Balançou a cabeça e levantou-se indo até a loira que havia conseguido dar três passos para longe dele. Lucky passou o outro braço do ferido sobre seu ombro. Ignorou o olhar surpreso de Alice.

– Vamos levá-lo para Rosa de Sangue?

Ela o olhou desconfiada a principio, mas logo se convenceu da verdade nas intenções de Lucky.

– Vamos.


–------------*-------------

Alice encarou o corpo do garoto moreno de olhos estranhos e jeito esquisito que a havia salvado naquela manhã. Um suspiro cansado saiu pelos seus lábios rosados. "Eu nem tive a chance de perguntar o seu nome". Pensou com tristeza.

Felizmente, ela e Lucky haviam chegado a tempo para que Rosa de Sangue tratasse do ferimento rapidamente. Era profundo e grave, a bala havia se alojado na base do estômago e ele havia perdido bastante sangue. Mas tudo estava bem agora.

Rosa garantiu que ele acordaria a qualquer momento e Alice queria estar presente quando isso acontecesse. Ela tinha que saber seu nome e mais importante que isso, tinha que saber por que ele, um completo estranho, havia se usado como escudo para protegê-la de uma bala.

"Quem em sã consciência faria isso?!"

Olhou para as mãos e os dedos finos sobre o lençol branco. As manchas em sua pele eram conseqüência do uso de mercúrio, segundo Rosa. Mas ninguém mais utilizava esse metal pesado hoje em dia.

Alice franziu o cenho. E estava tão concentrada em seus pensamentos que nem ouviu a porta se abrir e fechar, permitindo a entrada da única pessoa que, além dela, estava acordada àquela hora da madrugada.

– Quanto tempo mais pretende ficar aqui?

Ela levantou o olhar para Echo que puxou um dos banquinhos de metal e sentou-se ao seu lado. Devido ao silêncio dela, continuou.

– Sabe, nunca gostei muito deste cômodo. Não sei como Rosa consegue trabalhar aqui. É branco e limpo demais. - O cômodo do caso era o pequeno quarto hospitalar com duas camas. Ficava no terceiro andar ao lado do quarto de Rosa.

– O que exatamente você quer, Echo?

– Só estou preocupado com você. - Disse baixo olhando para o paciente adormecido. - Você não é do tipo que vela o sono dos outros.

Deu de ombros e segurou a barra do vestido branco limpo que havia posto assim que soubera do estado estável do seu "salvador". O silêncio reinou por longos cinco minutos. Foi Alice quem o cortou com um longo suspiro.

– Estou preocupada com ela.

Echo abaixou o olhar. É claro que sabia de quem estavam falando. Coçou a nuca com uma das mãos.

– É... Todos nós estamos.

– Como ele está?

O ruivo fitou Alice pela lente dos óculos. Podia ver a culpa em seus olhos e ouvi-la em seu tom de voz. Pousou a mão em seu ombro.

– Ninguém está culpando você Alice, muito menos Reaper. Ele não está com raiva de você.

O sorriso amigável fez com que a garota se sentisse melhor. Na maioria das vezes era Kore quem a consolava e cuidava dela. Ela cuidava de todos.Mas por hora, podia deixar que Echo fosse seu ombro amigo temporário.

– Eu sinto falta dela.

Ele olhou para a janela. As árvores balançavam na batida ritmada do vento violento.

– Eu também.


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