A Maldição De Afrodite escrita por Rafael Piotto


Capítulo 30
Conclusão




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Acordei aos poucos em uma cama simples com uma dor de cabeça fora do comum, eu sentia meu corpo como se estivesse enferrujado, me perguntei quanto tempo eu havia dormido. O quarto tinha somente uma cama, a decoração era velha e as paredes feitas de madeira, reconheci que aquele era o interior da grande casa. Um homem com uma camisa havaiana roxa e cabelos pretos estava sentado aos pés da cama de costas para mim. Assim que acordei e me sentei ele começou a falar.

                –Três dias se passaram desde a batalha com Crio... Pelo lado bom, um grande numero de semideuses foi resgatado, vários monstros foram mandados ao tártaro e um titã foi quase derrotado. Antes de morrer ele conseguiu usar um feitiço que o transportou para o monte ótris, atual base dos titãs. Então não, ele não esta morto. – Reconheci aquela voz sendo do Sr. D, ele continuou falando conforme andava pelo quarto. Eu não podia acreditar que Crio havia escapado... Mas tudo bem, pensei comigo mesmo, a hora dele vai chegar. – Pelo lado ruim, mais de 40 semideuses se feriram naquela batalha, além de 32 mortos. Outros três pégasos e quatro centauros acabaram mortos naquele dia. Por mais que eu esteja morrendo de vontade de te queimar vivo por ter feito o que fez, posso te deixar passar já que indiretamente você nos ajudou na guerra que esta por vir contra os titãs. –Ao dizer isso, ele se aproximou de mim e me puxou pela gola da camisa. Só agora percebi que finalmente havia recebido uma nova camisa do acampamento meio-sangue. – Por outro lado, você conseguiu se livrar do marcador que eu coloquei em você sem eu perceber e ISSO eu não posso deixar passar. O que você fez Hamilton Leon?!?

                –Primeiro, meu nome é Hanson Len. – Disse me soltando dele. – E para responder sua pergunta... Eu morri. Simples assim.

                –Então como você esta aqui, Hafley Leo?!?

                –Hanson. Len. Vamos lá, não é tão difícil assim. – Disse conforme me levantei, minhas pernas estavam bambas após passar três dias na cama e minha garganta estava inflamada, provavelmente por ter sido congelada por Crio. Achei ter sentido alguém atrás de mim, mas quando olhei a única coisa que estava lá era uma cadeira encostada ao canto mais escuro do quarto. – Eu morri e fui trazido de volta à vida por Monet, não sei como ela fez aquilo já que eu estava morto e tudo o mais. Se quiser saber mais você vai ter que perguntar a ela.

                –Eu sei de alguém que não vai ficar muito feliz em saber disso... – Disse Sr.D baixinho. – Enfim, irei avisar Quíron que você acordou, seu julgamento será daqui a 6 horas então se arrume logo. –E então ele desapareceu do quarto.

                Roupas novas estavam ao pé de minha cama, coloquei uma nova calça jeans escura e um novo par de sapatos All-Star, amarrei parte de meu cabelo em um rabo de cavalo como sempre e arrumei minha franja um pouco para o lado, ela já estava maior se comparado a quando eu parti atrás de Rin e isso me incomodava um pouco... Decidi que precisava cortar meu cabelo assim que saísse do julgamento. Terminei de arrumar as armas de Ares ao meu cinto e quando estava pronto para sair do quarto, ouvi uma voz falar comigo. – Meu pai não vai gostar disso.

                Quase morri do coração com o susto que levei naquele momento, me virei novamente para ver um garoto saindo das sombras de meu quarto. Ele usava uma jaqueta de aviador, era tão pálido quanto eu e seus cabelos eram longos e pretos assim como seus olhos. Ele se aproximou lentamente de mim conforme falava. – Eu sou Nico di Angelo, acabei de chegar ao acampamento, prazer.

                –Parece que essa miniatura de Marilyn Manson não sabe o significado da palavra “privacidade”. Digo isso por experiência própria, pare logo com isso a não ser que queira ser perseguido por 20 filhos de Apolo irritados durante a madrugada. Agora, quem é seu pai e porque eu deveria me importar com o que ele pensa?

                –Hades. – Disse Nico rispidamente, decidi que seria melhor parar de implicar com ele. – Eu tenho o poder de ver se alguém esta próximo de sua morte pela aura em torno desse alguém... Porém, sua aura é estranha, como se sua hora já tivesse chego... Por isso decidi te seguir desde o momento que você foi trazido ao acampamento. Agora entendo.

                – Como expliquei antes, minha hora JÁ chegou. Mas Monet conseguiu me ressuscitar com a ajuda de Afrodite e Asclépio, não tenho culpa.

                –Hades é muito rígido quando se trata de controlar as almas de quem morre e de quem vive. –Disse Nico enquanto me olhava seriamente. – Com certeza meu pai irá atrás de você... Só achei que seria uma boa te avisar.           

                –Olha, obrigado pelo aviso, mas eu sei me virar sozinho. Metade do Olimpio já me odeia então mais um Deus atrás de mim não é exatamente algo novo. – Nico já havia ido sumido nas sombras enquanto eu falava sozinho. Aquilo me deu arrepios, não só o fato de que aquele garoto podia entrar no quarto dos outros enquanto eles se trocam sem ninguém perceber (pra falar a verdade sentia um pouco de inveja daquele poder, minha infância com certeza teria sido mais divertida com uma habilidade daquelas.), mas também a idéia de ser perseguido pelo Deus do submundo, não me sentia mais seguro no acampamento meio-sangue.

                Seis horas se passaram e eu fui levado por Quíron até a floresta, ele parecia irritado, mas não comigo o que foi surpreendente considerando todo o trabalho que dei a ele. Fui levado ao coração da floresta do acampamento, ao redor de mim e de Quíron estavam todos os sátiros membros do Conselho do Casco Fendido, além de Franky, Sarah, Rin, um semideus moreno que eu não conhecia e outra semideusa pequena que eu não conhecia, seu rosto tinha algumas cicatrizes de queimaduras e ela me olhava com um sorriso estranho, não sabia dizer se ela queria me abraçar ou me sequestrar. Vi também algumas ninfas ao redor dos sátiros sendo uma delas a que eu atingi ao matar Kikuo, me senti culpado demais para conseguir olhá-la nos olhos. Sr.D também estava lá, mas ele parecia mais concentrado em cantar uma das ninfas ao invés de prestar atenção ao julgamento. Como se isso não tivesse o dado problemas o bastante no passado.

                Todos me encaravam com um olhar duro, até que o sátiro que estava logo a minha frente começou a falar. Ele era o mais velho do grupo e aparentemente era o líder do conselho – Hanson Len. Filho de Ares. Acusado de matar um sátiro dentro do acampamento, ferir uma das ninfas de nossa floresta, fugir do acampamento as vésperas de seu julgamento e levar vários semideuses a morrerem enfrentando um titã. Será que estou me esquecendo de algo? – Disse dirigindo um olhar severo a mim.

                –De fato, eu feri uma ninfa de nossa floresta... Queria poder me redimir por aquele acidente, mas a única coisa que posso fazer agora é pedir desculpas pelo que fiz... – Pela primeira vez olhei a ninfa que eu havia acertado anteriormente, ela ainda levava uma expressão de dor em seu rosto e parecia estar mancando, mas me olhou nos olhos como se aceitando minhas desculpas agora que sabia que foi um acidente. Prometi a mim mesmo cuidar da arvore dela ou fazer algum tipo de oferenda sempre que possível. – Sobre minha “fuga”, eu parti em missão para salvar minha irmã além de vários outros semideuses que estavam escravizados, eu não sabia que Pierre era na verdade o titã Crio nem que precisaria entrar em uma batalha daquele tamanho. Sobre a morte de Kikuo... Eu não me arrependo de nada, mataria ele mais 100 vezes se tivesse a chance. – Disse encarando aquele sátiro nos olhos. – Kikuo foi quem começou esse negocio de escravizar semideuses, se não fosse por ele nada disso teria acontecido e só os deuses sabem quantos semideuses ainda estão espalhados pelo mundo! Isso sem contar os que foram mortos e torturados por ele.

                –Não podemos ignorar o fato de você ter matado um de nós! – Gritou um dos sátiros que estava sentado ao meu redor, ele estava logo ao lado do mais velho e parecia consideravelmente mais jovem que os outros. – Vocês semideuses são nojentos, se acham superiores a todas as outras criaturas!

                –Mas acredito que você pode ignorar muito bem os semideuses que foram mortos pelas ações daquele mesmo SÁTIRO! – Gritei com ele. – Não é porque ele é um sátiro que ele não era mal!

                –Ele não era um sátiro qualquer, era meu filho. – Disse o líder do grupo enquanto me encarava nos olhos. – E o irmão desse rapaz entusiasmado aqui. – Assim que falou aquilo, o sátiro de antes se sentou ao seu lado novamente. – Não queremos esconder os pecados de Kikuo, mas decapitar ele dentro da floresta em que ele nasceu foi algo exagerado, prepotente e irracional.

                –Bom, acho que ser torturado por alguém sua vida inteira pode fazer um homem ter esse tipo de ações de vez em quando. – Falei com ironia. Realmente não me importava se ele era filho do líder do conselho ou não, nada me faria esquecer o inferno que eu, Sarah e Rin fomos obrigados a sofrer por conta da crueldade daquele sátiro.

                Quíron interrompeu nossa discussão.  – Muitos semideuses foram torturados, escravizados e mortos pelas ações de Kikuo, o verdadeiro culpado disso tudo sou seu... Tive a chance de matá-lo assim que ele começou a agir daquela forma, mas ele era um velho amigo então acreditei em suas palavras quando ele me disse que iria parar com aquilo... – Disse Quíron com a mão em meu ombro.

                E então os outros semideuses foram chamados, ouvimos os testemunhos deles um a um. Descobri que o semideus moreno era um filho de Apolo chamado Nathan cujo irmão havia sido morto na batalha com Crio, mas que mesmo assim ele me agradecia do fundo do coração por ter aparecido e dado a eles uma chance de escapar ou morrer no campo de batalha. A semideusa era chamada Silvia, não sabia quem era seu pai divino ainda por ter apenas oito anos, ela apenas me agradeceu por ter aparecido e contou sobre todas as torturas que ela sofreu em sua vida, além de nos contar algumas informações sobre os compradores de Pierre. Falou como a maioria deles eram mortais com interesses sádicos que se envolviam no mercado negro sem saber que estavam comprando semideuses, qualquer um que pudesse ser torturado ou tivesse órgãos saudáveis podia ser vendido a eles independente do sangue divino. Também contou sobre como ainda haviam semideuses sendo vendidos a outros titãs para serem usados em batalha e por ultimo comentou sobre um filho de Hermes chamado Luke, aparentemente ele foi quem mais estava interessado em reunir esse tipo de forças, mas que ele não era o único semideus mais velho a comprar monstros e semideuses de Crio. Todos nós ficamos chocados ao ouvir aquilo, ouvi algum dos sátiros falar algo sobre romanos. 

                Conforme os testemunhos foram ouvidos, os sátiros começaram a pegar um pouco mais leve comigo e fazer perguntas de forma mais amigável. Apenas o líder do conselho e seu filho ainda pareciam querer me transformar em comida de bode.

                O sol estava se pondo quando eles chegaram a uma decisão.

                –Após horas de discussão, conseguimos chegar a um acordo... Hanson Len, você será banido do acampamento meio-sangue. – Disse Quíron com um olhar melancólico nos olhos.

                Todos os semideuses gritaram em protesto, Sarah e Rin discutiam com os sátiros, Nathan e Silvia foram pedir para Quíron reconsiderar e por algum motivo Franky começou a gritar e quebrar os galhos que estavam ao redor dele enquanto gritava em fúria. Eu fiquei quieto, apenas observando a situação.

                –Esperem! – Gritou Quíron, interrompendo a todos. – A decisão inicial era de banir ele para sempre, porém conseguimos baixar sua sentença para que ele fosse banido apenas por três anos.

                –Apenas?!? – Exclamou Rin. – Quíron, você sabe como o mundo é perigoso para semideuses como nós, ele não pode ficar sozinho esse tempo todo sem proteção nenhuma!

                –Eu concordo, mas a opinião do conselho também é importante, isso é uma democracia afinal.

                –Esperem. – Falei alto, chamando a atenção de todos. – Eu posso me virar por três anos sozinho contanto que eu possa levar minhas armas. Eu também prometi encontrar minha mãe, acho que nem o acampamento é totalmente seguro para mim de qualquer forma... – Disse olhando para o chão. Se um Deus estivesse atrás de mim, a melhor coisa que poderia fazer seria ficar sempre viajando sem passar muito tempo no mesmo lugar. – Franky, você ainda tem como entrar naquele banco de dados de Pierre?

                –Não tem nada que eu não possa fazer! – Disse ele enquanto ainda quebrava pedaços de galhos que encontrava no chão. Fiquei feliz de ver que pelo menos alguém estava se divertindo.

                –Então me passe todas as informações que você puder reunir, nesses três anos pretendo viajar pelo mundo tentando salvar os outros semideuses que já haviam sido vendidos por Pierre e Kikuo, caso eu encontre alguém, mandarei uma mensagem de íris para o acampamento solicitando um sátiro para que o semideus chegue aqui sem mais problemas. Ou será que você também tem um problema com isso, oh, grande ancião? – Disse com ironia enquanto encarava o sátiro mais velho.

                –Faça o que achar melhor, fora daqui você não é problema meu.

                –Caso queira nos visitar, apenas mande uma mensagem se íris para mim e eu aviso seus amigos, assim nós te esperaremos na arvore de Thalia. – Disse Quíron com um sorriso amigável – Mas só poderemos deixar você entrar nas fronteiras do acampamento uma vez por mês...

                –Não se preocupem, devo passar aqui de vez em quando, eu me importo demais com esse lugar para abandoná-lo para sempre mesmo que grande parte dele me odeie.

                E então, voltamos para a cabine de Ares para arrumar minhas coisas. Os semideuses me receberam com animação, mesmo os que quase morreram na batalha com Crio pareciam felizes por terem saído em missão. Todos estavam um pouco melancólicos com a morte de alguns de nossos irmãos e se preparavam para o funeral que aconteceria naquela noite, ficaram ainda mais tristes quando disse que teria que ir embora, a maioria deles passou a me respeitar muito após me ver em batalha.

                Sarah estava irritada com aquela situação então não disse nada após sairmos da floresta, só foi para seu chalé pisando duro. Rin me olhava o tempo todo, por mais que ela estivesse um pouco animada com todos aqueles filhos de Ares querendo a conhecer, ela parecia realmente triste após saber que eu não ficaria ao meu lado novamente. Terminei de arrumar minhas coisas e fui ter um ultimo jantar com meus irmãos, como o funeral seria após o jantar todo o clima era incrivelmente melancólico.

                Terminamos de comer e fomos todos prestar nossas homenagens aos semideuses caídos em batalha em volta da lareira de Hestia. Eu, Rin e Sarah fomos os primeiros a chegar, aos poucos, outros semideuses começaram a chegar pouco a pouco até que todos estavam lá, Monet chegou ao meu lado e entrelaçou seus dedos aos meus, Marco fez a mesma coisa com Sarah. Franky chegou por ultimo enquanto conversava com uma recém-chegada ao seu lado, demorei a reconhecer que aquela era a semideusa ruiva que lutou contra ele no teto do centro de convenções, a mesma pessoa que deu a ele uma gigante cicatriz na testa.

                Fizemos um minuto de silencio e rezamos para os deuses enquanto Quíron falava o nome de cada semideus caído logo ao lado do Sr.D. Dos semideuses de Ares, apenas três morreram, todos os outros saíram com alguns ferimentos. Quando Crio liberou seu controle mental e causou aquele caos no campo de batalha, os semideuses de Apolo e Hermes eram quem estavam na linha frente enquanto os de Ares se recuperavam. Quatro do chalé de Hermes foram mortos, três do chalé de Hefesto e 10 do chalé de Apolo! Os outros 11 mortos eram semideuses que estavam escravizados anteriormente. O chalé de Apolo era o que mais chorava, eles já não se davam bem com o chalé de Ares antes, agora aquilo foi praticamente uma declaração de guerra.

                Aos poucos, os semideuses voltaram aos seus chalés, somente eu e meus amigos ficamos ao redor da lareira. – Bem... Acho que é hora de me despedir.

                Fomos caminhando até as fronteiras do acampamento, onde o velocino de ouro brilhava. Fomos lentamente como se buscando adiar aquela despedida, eu realmente não queria ir embora... Mas era preciso, milhares de semideuses deviam estar por ai, sofrendo nas mãos de pessoas doentes, não era justo deixá-los sozinhos no mundo.

                Assim que chegamos à fronteira, recebi um abraço tão forte que quase me fez desmaiar.

                –Eu vou sentir sua falta, maninho das espadas! – Disse Franky enquanto chorava.

                –Eu definitivamente não vou sentir falta dos seus abraços de urso nem dos apelidos que você me da. – Disse tentando recuperar o fôlego. – Mas com certeza vou sentir sua falta, parceiro. – E me despedi dele com um abraço de verdade.

                –É, acho que vou sentir sua falta também. – Disse Marco com um sorriso melancólico no rosto.

                –Que nada, minha irmã vai estar aqui para judiar de você por mim, não se preocupe. – E me despedi dele com um aperto de mão e um tapa no ombro, passei há respeitar ele muito mais desde que saímos em missão e ele parecia mais confiante que antes, não ligava mais pelo fato dele namorar Sarah. Pra falar a verdade minha mente estava focada apenas em Monet quando o assunto era amor.

                Sarah apenas me abraçou enquanto chorava e deu um soco no meu braço. – Mande uma mensagem de íris sempre que puder, tome cuidado com monstros e resfriados, não se esqueça de nos visitar sempre que possível!

                –Tudo bem mãe, não vou me esquecer de você. – Disse rindo, essa seria a primeira vez que me separaria de Sarah desde que nos conhecemos, tentei segurar o choro, mas não consegui evitar algumas lagrimas de escaparem.

                Quando fui me despedir de Monet, ela estava com sua faca na mão e uma mala nas costas. – Eu vou com você! – Disse ela decidida.

                –Me desculpe, mas dessa vez não posso te levar junto... Pode ser que seja mais perigoso dessa vez e você precisa treinar mais ainda, Rin me prometeu que te ajudaria a se virar sozinha e te ensinaria a batalhar. – Aquilo era só uma desculpa, eu estava com medo de que Hades me achasse e usasse Monet como refém ou algo do tipo... Não poderia arriscar ela nisso tudo. Assim que disse isso ela fez um bico enorme e seu rosto ficou vermelho, tentando segurar o choro. Eu a segurei em um longo abraço seguido de um beijo que eu desejei não acabar nunca. – Não se preocupe eu te mandarei uma mensagem de íris todo dia, estou levando uma boa quantidade de dracmas... E sempre que puder irei te ver, então não chore, por favor...

                E então... Fui até Rin, essa seria difícil. Abraçamos-nos sem falar nada por alguns minutos. –Lembre-se de sua promessa, irmão idiota... Não morra, não importa o que aconteça.

                –Não vou. Assim que achar nossa mãe, te mandarei uma mensagem de Íris. Então venha nos visitar assim que possível também, vai ser a primeira coisa que irei fazer ao sair daqui.

                Ela assentiu com tristeza e passou mais um tempo abraçada comigo sem falar nada. E então acenei uma ultima vez a eles e me virei para ir embora, não sabia o que aconteceria a partir de agora nem se eles ficariam bem, mas mesmo assim continuei em frente com lagrimas nos olhos, ajustei minha mala em minhas costas e parti sem olhar para trás. De certa forma me sentia satisfeito por ter resolvido a maioria de meus problemas, resgatado Rin e derrotar um titã! Também me sentia animado com a idéia de poder ver minha mãe de novo e salvar ainda mais semideuses, tinha a impressão de que minha vida seria um pouco mais tranquila de agora em diante... Pobre de mim, nunca poderia ter imaginado o que estava por vir.


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