A Maldição De Afrodite escrita por Rafael Piotto


Capítulo 12
Invasão




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Passamos dois dias procurando pela fabrica, se vocês soubessem quantas fabricas abandonadas existem em Nova York provavelmente ficariam surpresos, eu fiquei pelo menos. Nesses dois dias nosso grupo ficava variando de hotel em hotel, perguntando pelas ruas e olhando no Google Maps na esperança de encontrar algo. O clima entre o grupo em si estava bem pesado, eu não conseguia olhar Sarah nos olhos, eu não conseguia olhar Marco sem querer arrancar os olhos dele e o Franky.... Bem, ele é um caso a parte.

Mesmo estando ocupados procurando pela fábrica abandonada e de vez em quando lutando com monstros que eventualmente nos encontravam (quatro semideuses andando juntos por aí atraem muitos monstros, era na verdade algo já esperado. Geralmente eu que lidava com eles para me distrair um pouco, mas às vezes Sarah os matava antes de eu poder fazer algo, provavelmente só para me irritar.) Ninguém do grupo conseguia conversar muito bem sem ficar um tipo de clima estranho e eu não conseguia resolver isso.

No terceiro dia de buscas, assim que acordei olhei pela janela e vi um caminhão passar pelo farol vermelho, com aproximadamente sete monstros o seguindo (imagino como isso deveria parecer estranho pelos olhos dos mortais.) E causando um grande caos no transito. Acordei Franky o mais rápido possível com um copo d’água (Hey ele tem sono pesado, não é como se eu tivesse feito aquilo só para rir da cara dele) e juntos nós seguimos o caminhão até ele chegar a uma fábrica abandonada, onde ele entrou atraindo os monstros. Após barulhos vindos de dentro da fábrica tudo ficou um pouco calmo com o tempo, após meia hora uma serie de caminhões saiu, todos eles com destino a atlanta.

—Se isso fosse poker, eu apostaria todas minhas fichas em que aquela fábrica é a que estamos procurando. –disse Franky. – vamos voltar para o hotel e nos preparar.

Concordei e voltei com ele ao hotel, após almoçarmos enquanto discutíamos o plano, esperamos anoitecer para irmos até a fábrica.

—Ok, vamos revisar o plano. – Sussurrou Franky, estávamos abaixados perto da entrada de trás da fabrica. – Len e Marco, vocês dois vão entrar levando esse dispositivo USB. –tirou do bolso um pen drive e entregou em minhas mãos. – dentro dele já tem um programa que vai puxar todas as informações de qualquer computador onde ele for conectado, junto de um vírus que vai apagar toda a memória do mesmo computador impedindo que alguém descubra que foi hackeado. Vocês dois vão entrar lá, encontrar algum computador que pareça ser importante, conectar o pen drive nele e esperar por cinco minutos enquanto o processo termina. Se tudo sair como planejado vocês podem entrar e sair com o banco de dados deles pronto. Pelo visto Pierre é um bom administrador, pois eles parecem ser muito organizados, estou apostando que esse pen drive vai poder copiar um banco de dados com vendar registradas ou algo do tipo.

—Uau, você realmente pode ser alguém serio quando quer. – disse para Franky que apenas concordou com um sorriso de orgulho – E porque eu vou com Marco mesmo? Eu trabalho muito melhor com a Sarah principalmente quando se trata de roubar coi– fui interrompido por um olhar do tipo “Cala a boca antes que eu te esfole vivo. ” Vindo de Sarah.

—Confie no Marco. –Disse ela me encarando. – ele é mais do que capaz de fazer isso, sem contar que eu e Franky vamos estar aqui fora com o carro que EU roubei para escaparmos caso algo de errado. Então que tal se você apenas calar a boca e seguir o plano?

Após esse comentário agradável ela se levantou e foi em direção ao carro.

—Nem eu a vi tão brava assim antes. – comentou Marco conosco. – da até um pouco de medo.

—Fale por você mesmo, um guerreiro como eu nunca teria medo de alguém como ela. – Disse enquanto enchia o peito de ar, tentando parecer superior a Marco, mas na verdade eu morria de medo de Sarah. Franky deve ter percebido minhas intenções devido a minha má atuação e abafou uma risada. Eu apenas soltei um suspiro e me levantei. – Vamos logo com isso.

Marco tinha alguns truques na manga, isso ninguém poderia discordar. Ele poderia começar um pequeno fogo em qualquer lugar que estivesse a pelo menos três metros de distância apenas com sua magia. (Imagino como um poder desses seria destrutivo nas mãos de um filho de Hermes acho, o acampamento não agüentaria uma semana de pé). Enfim, estávamos dentro da fábrica, conforme nós fomos entrando ele ia provocando pequenos incêndios sempre na direção oposta à nossa para chamar a atenção dos guardas. O lugar não tinha muita segurança, mas todos eles tinham mais de dois metros de altura e lanças que pareciam ser feitas de bronze celestial. Eu não me importava muito com eles mas Marco parecia realmente apreensivo.  

—Vamos tomar mais cuidado aqui Len esses guardas parecem meio estranhos, não sei o que eles são exatamente, mas não seria bom lutar com todos eles atualmente. Sinto um ar estranho vindo deles...

Será que ele achava que eu já não tinha pensado isso? Idiota. A fabrica em si era grande em comprimento mas tinha dois andares somente. Dentro dela tinham caixas grandes e pequenas por toda a fabrica, mas mesmo a menor das caixas era maior que eu em termos de altura e isso me preocupou na mesma hora. Tinha uma escada que levava ao segundo andar onde ficavam apenas escritórios, se podia ouvir vozes vindas do andar acima

Enfim, conseguimos chegar nas escadas até que Marco parou e sussurrou para mim. – Len, aquilo é um “Ate”.

—Ate o que?

—Um Ate. – Ele pegou minha mão e escreveu na palma com o dedo dele o nome da criatura em grego “Ατη” – Um espírito da Ilusão


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