A Maldição De Afrodite escrita por Rafael Piotto


Capítulo 10
Nova casa, nova vida, novos problemas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/381289/chapter/10

Ok chega de relembrar de meu passado maravilhoso recheado de más experiências, vamos continuar a historia no presente que, infelizmente, não é muito melhor. Eu definitivamente preciso de um hobby.

Três anos após os acontecimentos com Kikuo, após Pierre nos levar até a cidade mais próxima nós procuramos abrigo e passamos um ano nas ruas vivendo apenas de esmola e de roubos. Eu era um desastre em roubar qualquer ser vivo que tenha mais de dois anos, porém eu tinha uma aparência de certa forma fofa em comparação com os outros mendigos da área (Perdi a conta de quantas famílias tentaram-me ‘adotar’ a força durante esse tempo, não é porque uma criança está na rua que vocês podem pegar ela e levar para casa como se fosse um cachorro abandonado, pelos deuses.). Já minha amiga e parceira Sarah passava a maior parte dos dias roubando pessoas desavisadas que passeavam pelas ruas, pedir dinheiro aos outros não era a praia dela e apesar de seu charme agora ser mais forte do que nunca ela não gostava muito da idéia.

Conseguir sobreviver normalmente não era o problema, o problema maior era conviver com os monstros que agora apareciam quase diariamente. Normalmente nós fugíamos, fugir da policia por mendigar em local proibido ou por tentar roubar alguém que estava mais atento aos seus arredores do que o resto dos pedestres fez nossa agilidade melhorar muito conforme o tempo passou e pelo final de agosto éramos como ninjas correndo pela cidade e se misturando as sombras (pelo menos eu via dessa forma... Eu tinha 12 anos na época ok? Não me julguem.). Mas claro que de vez em quando os monstros eram mais rápidos que eu ou algo no caminho me fazia tropeçar antes de conseguir os despistar, nesse caso as habilidades de Sarah entravam em ação. Ela era alguém surpreendentemente versátil que conseguia lutar com qualquer coisa que estivesse por perto, e isso sempre nos dava tempo de fugir.

Não foi até o final de dezembro quando um Sátiro nos encontrou e levou até o acampamento, ok que ele demorou mais do que deveria e isso me irritou um pouco quando nos encontramos pela primeira vez, mas pelo menos nenhum Minotauro veio junto do Sátiro dessa vez.

Cheguei ao acampamento com 13 anos e agora tenho 14, passei o ultimo ano no acampamento treinando e tentando aprimorar minhas habilidades com espada. Na época que eu estava na rua eu acabei por encontrar livros jogados em lixeiras e às vezes tentava minha sorte com alguns deles, claro que não conseguia ler nada do que estava escrito nele devido a minha dislexia, porém com o tempo eu me tornei ambidestro e isso realmente acabou sendo produtivo quando eu cheguei ao acampamento, pois logo que comecei a treinar com espadas eu conseguia usar duas ao mesmo tempo criando uma forma bem rápida e brutal de se lutar. A maioria dos guerreiros geralmente leva um escudo ou algo para compensar o lado de seu corpo onde eles não conseguem atacar, porém eu me acostumei logo a essa forma de lutar.

Quanto ao resto do acampamento em si... Bem, as coisas não andam muito bem nesse departamento. As bênçãos que eu recebi de Ares quando era mais novo fez meu corpo se desenvolver mais rápido do que deveria. Com 14 anos eu já tinha barba pelo rosto todo e uma voz grossa que realmente não combina com alguém dessa idade. Mas isso não é a parte mais importante, isso fez meu corpo em si ser mais forte do que qualquer garoto de minha idade ( ou até mesmo mais velho em alguns casos) sem ter que malhar ou fazer algum exercício além do treino diário que eu fazia por conta própria. A maioria das pessoas da minha cabine não se dava bem comigo, quer dizer, eles gostavam de lutar comigo porque isso sempre nos dava uma boa experiência, porém no dia a dia não conversamos nem fazemos nenhuma atividade junta. Não que eu tenha me esforçado muito nesse aspecto... Eu passo todos os dias treinando na esperança de alguma informação sobre a Rin aparecer e eu poder finalmente sair em uma missão. Ao falar com Quíron ele mandou vários Sátiros atrás de Pierre ou qualquer informação que pudesse encontrar sobre ele, então os dias passam normalmente enquanto eu espero por alguma informação que possa me dar algum fio de esperança.

Agora com a Sarah já é uma historia completamente diferente. Hoje ela estava já com 17 anos, desde o dia que chegamos ao acampamento ela tem se dado bem com todos, não só por ser incrivelmente atrativa e isso fazer ela se destacar (mesmo entre outros filhos de Afrodite), mas também por ser incrivelmente habilidosa em batalha, coisa que não era muito comum entre seus irmãos.  Eu nunca liguei para isso até ela conhecer ele...

Marco, filho de Hestia, 18 anos. Apesar de ser um ano mais velho que Sarah, ele poderia se passar por meu irmão mais novo sem problema nenhum. Tínhamos a mesma altura, porém ele era incrivelmente magro e devia pesar uns 20 kg a menos que eu, sua saúde era frágil então ele nunca participava de atividades físicas em geral, ao invés disso ele passava o dia estudando magias antigas e como as usar em situações diferentes. Da prá acreditar? Um semideus que não tinha força suficiente para levantar uma espada! Ok que ele era filho da deusa mais domestica que se pode ter, e também a deusa que representava o fogo sagrado (magias com fogo eram a especialidade dele), mas pelo menos tente demonstrar um pouco de força de vez em quando.  Além disso, ele não era alguém que chamava muito atenção, um rapaz pálido com cabelo ruivo e olhos claros, o cabelo era raspado na maquina 4 e seu rosto cheio de sardas.

Por mais que não goste muito dele, devo admitir que ele é extremamente corajoso, já tendo experiências em verias missões antes de chegarmos ao acampamento e sobrevivido a todas sem nenhum ferimento, junto de sua equipe completa, sua inteligência sempre foi um ponto forte dele. E sua personalidade... Oh deuses! Eu nunca vi alguém mais amigável que ele antes, você poderia arrombar a casa dele de madrugada para roubar suas coisas que ele provavelmente te ofereceria uma xícara de café antes de você ir. Eu nunca escondi meu desprezo por ele e ele nunca pareceu se importar antes. Por que eu o odeio tanto? Pois não demorou uma semana dentro do acampamento para ele começar a namorar Sarah.

O que isso tem a ver comigo? Bem, tudo! Se coloque em meu lugar, além de minha irmã ela foi a única pessoa que se importou comigo durante esse tempo todo, eu literalmente cresci ao lado dela, ela me ensinou tudo sobre sobrevivência e sempre foi uma ótima companhia. Acho que seria estranho eu NÃO me apaixonar por ela. Não só isso, mas eu mal a via mais! Quando ela não estava com os irmãos, estava com o namorado, ela fez tantas novas amizades que eu cheguei a passar uma semana inteira sem nem ver ela. Claro que ele não tem culpa nisso tudo, mas eu tenho que ficar bravo com alguém, certo?

 Além deles dois só tinham mais duas pessoas no acampamento que importam. Franky, filho de Hefesto e possivelmente o único que era próximo o bastante de mim para ser considerado um amigo, ele tinha 19 anos e era enorme, tinha 2 metros de altura e músculos fortes, era aquele tipo de pessoa que não pode entrar em lugar nenhum sem chamar atenção, não só pelo tamanho, mas também pelo seu modo de falar alto e cabelo que era tingido em um azul tão claro que doía os olhos. Um dia, estávamos por perto quando alguns filhos de Hermes jogaram frutas podres na casa grande e Quíron nos obrigou a limpar tudo achando que era nossa culpa. O tempo que passamos juntos foi ótimo, conversar com ele é algo que animaria o dia de qualquer pessoa devido à grande quantidade de piadas a trocadilhos que ele costuma fazer.

—Eu só queria poder terminar isso logo, se só eu tivesse os poderes de uma coruja mágica... – dizia ele enquanto esfregava uma das janelas.

—Entendo a parte em que você queria ser mágico– disse enquanto recolhia restos de fruta podre do chão. – Mas porque uma coruja?

—Porque ai eu poderia ser conhecido pelo mundo como Hoodini. – Disse ele imitando o canto de uma coruja no “Hoo”.

Ok, as piadas não eram tão boas quanto eu achava que eram, mas foi o bastante para me fazer rir. Ele tinha uma habilidade incrível com maquinas e artefatos mecânicos, poderia consertar qualquer coisa.

E tinha a Monet, 15 anos, filha do deus Asclepio. Provavelmente uma das únicas filhas desse deus a chegar com vida no acampamento, ele era o deus da medicina então seus filhos não costumam ter habilidade em batalha, e ela não era exceção à regra. Ela era um pouco mais baixa que eu, tinha a pele tão pálida quanto, seu cabelo era castanho, mas com mechas verdes e apesar de não ter habilidade em batalha, ela participava de todos os treinamentos e quando não agüentava mais, ficava assistindo aos outros treinarem enquanto tomava notas de tudo.  Por conta disso, quando eu ficava até mais tarde treinando sozinho ela quase sempre estava por perto, com o tempo criamos uma amizade baseada em cooperação mutua. Eu a ensinava como se defender e usar uma espada e sempre que eu estivesse cansado ou machucado ela me curava. Só para depois eu poder treinar até ficar cansado e machucado novamente. Ela era alguém gentil que se importava bastante com todos ao seu redor mesmo não se dando muito bem com as pessoas do chalé de Hermes, devido a sua timidez natural, mas não se pode deixar de admirar sua persistência. Outro detalhe nela que sempre fazia eu me sentir desconfortável era seu busto. Não que eu tivesse algum problema com ele claro... Mas garotas de 15 anos não deveriam ter um busto tão grande, pelo menos não as que eu conheço...  A Sarah com certeza não chega nem perto (aposto que ela me bateria se ouvisse isso). Não é algo tão importante, mas graças a isso eu nunca consegui falar normalmente com ela sem ficar completamente vermelho.

Além de Quíron, essas são as cinco pessoas que interagiram comigo nos últimos anos, o resto ou sentia medo de mim, ou simplesmente indiferença. Sinceramente eu nunca me importei com isso, às únicas pessoas que realmente importam nesse mundo são minha irmã e a Sarah. E como elas estão tão longe de mim atualmente eu não posso evitar me sentir solitário a maior parte do tempo, o único pensamento que ocupa minha mente no dia a dia é que assim que eu resgatar minha irmã, tudo vai ficar melhor.

No dia do meu 14º aniversario, eu estava (é claro) treinando. Já eram 07h30min da noite quando ouvi alguma agitação atrás de mim, achava já saber quem era então sem me virar para a pessoa que veio me chamar

—Achava que não ia vir treinar comigo hoje, Monet. Já estava ficando preocupado.

—Olha só o que temos aqui, parece que o pequeno Len está apaixonado.

—O-oi? – disse me virando com um pulo só para ver Sarah rindo de mim. – ah, é você. O que foi? Seu namorado finalmente morreu de tanto ler e você decidiu passar um tempo comigo?

—Oh quanto drama, parece que alguém esta se sentindo minha falta. – disse ela enquanto me cutucava.

—Eu? Sentir sua falta? Nunca. Posso saber o porquê de você ter interrompido meu sagrado treino?

—Nada demais, só que os sátiros de Quíron acharam alguém que pode ter informações sobre Pierre e possivelmente sua irmã. – disse ela com um tom de sarcasmo – mas não que eu iria querer interromper o seu sagrado treino com algo tão trivial assim...

Nesse momento eu já havia largado minhas espadas e agarrado ela pelos ombros.

—QUEM? QUEM ELES ENCONTRARAM?

—Ninguém menos que o Sátiro que nós amamos tanto – disse ela com um sorriso travesso no rosto – Kikuo.

Eu não pude acreditar. Eu soube por Quíron que Kikuo já havia sido um importante sátiro do acampamento, mas que em algum ponto ele fugiu e começou a vender semideuses que ele encontrava ao invés de levar ao acampamento, virando assim alguém que eles procuravam há anos. Após o incidente que tivemos com ele, eu não achava que o encontraria de novo, não vivo pelo menos. Mas agora ele estava no acampamento conosco e contendo informações que dessa vez poderiam nos ajudar. Meu primeiro impulso foi pegar Sarah pela mão e pedir para ela me levar até lá, o que ela fez com grande prazer.

                                                       Cap 10.5

Uma grande comoção ocorria em volta da floresta, muitos sátiros estavam nas fronteiras da mesma impedindo os semideuses curiosos de se aproximarem mais

—Para trás gente, isso é um caso que nós, criaturas da floresta, vamos resolver.  Ele sempre foi um assunto nosso então Quíron junto dos espíritos da floresta irá fazer um julgamento nele amanha para decidir seu destino. – Disse um dos Sátiros com uma expressão séria no rosto – voltem para suas cabines.

—Eles estão levando isso bem a serio. – Comentei com Sarah que estava vendo tudo de longe comigo – O que vamos fazer?

—O que sempre fazemos. Entrar sem ninguém nos ver, pegar o que queremos e ir embora. – disse Sarah com um grande sorriso travesso no rosto.

E então corremos pela fronteira da floresta por 5 minutos até encontrar o final do rio que saia de dentro da floresta e ia até perto das cabines, a rio terminava em uma bifurcação onde ele se dividia e perdia força, então nadar por ele até dentro da floresta não foi difícil. Quando estávamos dentro da floresta fomos atrás dos barulhos até chegar novamente perto dos Sátiros que dessa vez estavam na parte de fora da floresta, porém outros barulhos chamaram minha atenção novamente.

—Sarah, por aqui.

Peguei na mão dela e fomos abaixados até encontrar outra pequena comoção que acontecia já perto do grande lago. Chegando mais perto do lago vi uma cena que era perturbadora, mas ao mesmo tempo satisfatória. Kikuo estava amarrado a uma das arvores, enquanto três outros sátiros (todos de grande porte físico, parecendo mais velhos que os demais. Nunca tinha visto esses sátiros antes) o chutavam e gritavam com ele.

—Seu maldito! – disse um deles enquanto chutava sua perna – Você tem noção de quanto tempo perdemos te procurando?

—Se eu não me importava antes porque acha que eu me importaria agora? – disse ele soltando uma gargalhada, ele estava completamente nojento, muito mais do que antes (sim, eu também não achava que era possível ficar ainda pior, mas de alguma forma ele conseguiu essa proeza.). Sua barba ia até o estomago, sua barriga estava enorme parecendo uma melancia, ele usava farrapos velhos ao invés de sua antiga camisa do acampamento e o cabelo estava longo e bagunçado, parecia um amontoado de pulgas (provavelmente era isso também, mas decidi não olhar pelo bem de meu estomago). – Um julgamento? Não me façam rir, vocês sabem que Quíron é mole demais para me machucar, eu o conheço desde antes de vocês bodezinhos nascerem!

Enquanto dizia isso ele ficava mais e mais agressivo, ele parecia estar ao efeito de algum tipo de entorpecentes, de certa forma ele lembrava minha mãe quando ficava bravo. Após mais alguns minutos de brigas os outros sátiros foram embora ajudar a conter a bagunça que acontecia fora da floresta, o barulho diminua aos poucos, porém ainda tinham muitos semideuses querendo entrar na floresta. Se você achava que adolescentes eram teimosos por natureza, adicione poderes divinos a mistura que você vai ver como tudo fica dez vezes pior. (sim, eu me incluo nisso também)

—Len, temos que ir rápido! Não temos muito tempo ago... – Disse ela antes de se interromper para me encarar com um olhar preocupado. –... Len?

Nesse momento eu mal prestava atenção nela, estava tão focado em arrancar qualquer tipo de informação que assim que tive uma chance corri na direção dele retirando uma das minhas espadas do cinto que eu levava comigo.

—Olha só o que temos aqui. –disse sorrindo. – Você parece horrível, até mesmo para alguém de seu nível

—Ok, quem é você? –disse ele com um sorriso sarcástico que foi desaparecendo aos poucos conforme eu cheguei mais perto e me ajoelhei na frente dele. –L-len? Seu maldito... você me fez perder tudo!

Interrompi-o encostando minha espada em sua garganta. – Não temos muito tempo então comece a falar logo tudo o que sabe sobre Pierre, para onde ele foi, para quem ele pode estar vendendo os semideuses ou qualquer tipo de informação útil.

—Por que eu deveria falar qualquer coisa para você? – então o sorriso sarcástico de antes voltou enquanto ele me olhava nos olhos. – Alias como anda sua irmãzinha?

Na mesma hora eu enfiei minha espada em seu ombro com tanta força que atravessou o outro lado da arvore que ele estava amarrado, ouvi Sarah tomar um susto e achei ter ouvido outras pessoas também terem se assustado, porém quando olhei não tinha ninguém a nossa volta. Com minha mão livre abafei o grito dele

—Len! – Sarah chegou perto de mim. – Não precisa fazer isso! Os sátiros o encontraram como um morador de rua ele provavelmente não sabe de nada!

—Pode até ser, mas não quero tomar riscos. – disse enquanto lentamente movimentava minha espada em seu ombro e o encarava sem piscar. – eu realmente não me importo de fazer isso Kikuo, se você não me contar nada de importante você vai morrer aqui.

Soltei a boca dele lentamente. –Se você fizer isso Quíron vai ficar furioso! – disse ele ofegante. – a filha de Afrodite está certa eu não sei de nada!

Comecei a afundar minha espada em seu ombro mais um pouco. – Quíron não precisa saber quem fez isso, e de qualquer forma, ninguém se importaria com a morte de alguém como você. –desembainho minha outra espada. – Se tem certeza que não se lembra de nada me avise agora que eu já termino isso e vou para minha cabine, dormir tranquilamente.

—Espere!T-tem uma fabrica abandonada, a três quilômetros daqui ao leste! – disse ele ofegante. – Eu sei que ele vem armazenando seu estoque lá, não só semideuses como monstros também, ele vem capturando todos para vender a Cronos e fortalecer seu exercito, existem rumores de uma guerra se aproximando. Mas isso é tudo o que sei então me solte logo!

—Ok, tenho meu destino. –disse enquanto tirava a espada que havia atravessado ele e ficando de pé para observar ele se contorcer aos meus pés.

—Já pegamos o que queríamos Len, agora vamos voltar rápido, os sátiros já estão voltando! – disse ela com um tom de desespero em sua voz, quando a olhei ela estava pálida.

Olhei Sarah nos olhos e com um olhar frio tomei uma decisão, de finalmente fazer algo que eu tinha planejado há muito tempo atrás.

—Sarah... – Segurei Kikuo pelo braço machucado e o encostei novamente na arvore. – Feche os olhos.

E com um arco passei minha lamina em sua garganta. O corte foi tão preciso que não só sua cabeça, como parte da arvore foram cortados e ambos caíram para o lado. Sarah conseguiu abafar seu grito, porém as náiades que estavam por perto (principalmente a que habitava naquela arvore) não tiveram a mesma intenção. E em menos de 10 segundos um grupo de Sátiros estavam em volta de mim enquanto uma poça de sangue se formava aos meus pés e a cabeça de Kikuo rolava até o grande lago.

Quíron havia ido até a floresta para despistar os semideuses curiosos, mas agora tanto ele quanto os semideuses entraram na floresta correndo.

 –Explique isso imediatamente, filho de Ares! – Gritou ele apontando seu arco para minha cabeça, todos os outros assistiam de longe, apenas um grupo de sátiros atendiam a Náiade que acabara por se ferir em meu ataque.

—Nada demais diretor, estou apenas realizando minha justiça. – disse olhando diretamente para ele e deixando que os outros sátiros me capturassem, quando olhei em volta não vi Sarah em lugar nenhum, fico feliz que ela continua tão ágil quanto antes.

E assim eu fui levado à casa grande para aguardar meu julgamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição De Afrodite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.