Uma mulher jovem que devia ter por volta dos seus vinte e seis anos. Ela vestia uma capa com capuz lilás e quando ela levantou seu rosto, pode-se ver que era uma bela mulher com cabelos pretos e lisos. Seus olhos puderam ser bem vistos quando ela levantou sua cabeça e abaixou o capuz à luz da lua que refletia no azul claro deles.

As ruas da cidade eram bem limpas. Dali só se podia escutar alguns jovens rebeldes gritando enquanto consumiam bebidas com alto teor de álcool, mas o barulho ecoava ao longe, apenas. A cidade não era muito grande: um pouco de altitude e já se podiam ver as grandes florestas que a rodeavam, cheias de altos pinheiros, uma característica típica do Maine.  As casas tinham a mesma estrutura, o que é típico de cidades pequenas. Elas pareciam ser até mesmo iguais, mas isso não deixava a cidade não ser bonita. A maioria feita com madeira boa e forte, pintada de branco com um teto meio lilás.

Era o mês de abril, primavera, o que só fazia os pinheiros ficarem mais folheados e uma vegetação mais viva.

Aquela mulher começou a dar passos curtos e vagarosos. Pôde-se ver uma lágrima que corria no rosto dela. A feição dela estava chorosa, era de dar pena. Ela pôs suas mãos para fora da capa e nelas havia um cesto em que carregava o seu bebê recém-nascido. Continuando com seus passos na mesma velocidade, a mulher pôs o cesto bem cuidadosamente no pé da porta de uma casa.

- Fique bem, Castiel, meu filho. Talvez um dia você compreenda... Mas eu espero que não – disse ela e deu-lhe um beijo na testa.

Tocou a campainha da casa e saiu como se estivesse bailando no ar.

Parecia até que a mulher tinha asas.