Pediu Por Isso... escrita por Sweet Nothing


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Espero que gostem, quem ainda não leu e quem já leu e vai poder ler de novo ^^

Mudei pouquinhas coisas.
Boa leitura!



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Será que aproximar-se do sequestrador não é uma doença? Será que é apenas uma estratégia de sobrevivência em uma situação sem saída?



Nem tudo acaba, foi ele que pediu por isso, nós somos tão felizes, não ia deixar tudo acabar assim.

Ele pediu por isso...

Depois de tudo que passamos juntos ele queria me deixar? Não, não podia acreditar.

Confesso que no começo sentia nojo quando ele me tocava, seu toque era repugnante para mim e me dava ânsia.

E ainda mais por ser totalmente contra a minha vontade. Perdi a conta de quantas vezes ele me violava com força e violência ou quando ele me cortava e me fazia sangrar, meu sangue puro, meu sangue inocente, meu sangue intensamente vermelho.



Amá-lo é como guiar um Maserati novo numa rua sem saída

Mais rápido que o vento, apaixonado como o pecado

Terminando tão de repente

Amá-lo é como tentar mudar de ideia

Uma vez que você já está voando em queda livre

Como as cores no outono, tão fortes antes de esmaecerem



Mas aprendi a amá-lo, aprendi a gostar dos seus toques, era uma sensação boa, era viciante, e me confortava. Ele ainda me machucava algumas vezes quando se excedia um pouco, mas eu sentia prazer, era assim que ele me mostrava seu amor. Por que ele me amava, eu sabia disso, eu sei. E ainda o amo, um amor doentio, gostoso, quente e vermelho.


Ele pediu por isso...


Ele tinha cortado meus cabelos uma semana depois que eu havia chegado ali, meus lindos e longos cabelos rosados, mas segundo ele:


“_São lindos e macios, amo seus cabelos, mas quero-os curtos. Não quero você com cara de menininha, porque você será minha mulher, minha vadia, e te quero assim. - disse com um chumaço de cabelo nas mãos, enquanto me cheirava.

– Quero ver seu belo rosto enquanto estiver lhe fodendo. – mas mesmo tirando seus cabelos, não sei se conseguirei tirar-lhe essa inocência de seus olhos, isso é irritante, e me deixa fodidamente excitado.”


Já iria fazer uns três anos que ele me sequestrou, tinha quinze anos e ele vinte e três. Eu sempre soube que ele me desejou, mas achava que era só por causa da forte rixa que tinha com seu irmão, o qual era meu namorado.

Trouxe-me para uma cidade desconhecida, que descobri que era do outro lado do país. Com muito custo conseguia fazê-lo me levar para dar uma volta, com o tempo, ele ficou mais flexível, mas não me deixa sair sozinha. Ele só me deixa sozinha quando vai trabalhar, quase nunca sai em viagens da empresa.

Há algum tempo ele passou duas semanas fora de casa, a viagem mas longa que ele foi, pensei que ele tinha me deixado, foi uma das sensações coisa que já senti.

Dor... Abandono... Perda...



Perdê-lo foi azul como eu nunca havia conhecido

Sentir a sua falta foi cinza escuro, completamente sozinha

Esquecê-lo foi como tentar saber sobre alguém

Que nunca encontrei

Mas amá-lo foi vermelho

Amá-lo foi vermelho



Moramos em uma bela casa afastada do centro, é tão lindinha por fora, não levanta nenhuma suspeita do monstro que tem aqui dentro.


*

Enquanto eu cortava lentamente seus cabelos que tanto amo, cabelos negros como o breu, cabelos que são meus, porque tudo nele era meu, assim como tudo que eu fosse ou tivesse seria dele, ele mesmo me disse isso ele gritava, dizia para eu parar, e que quando eu saísse dali iria me dar um de seus piores castigos.

Mas eu sabia que ele se ver livre de mim. Ele havia me falado que iria me soltar, iria me deixar, que queria que eu fosse livre, livre dele.

Ele não queria falar, mas sabia que ia ser difícil para ele. Aquilo era como uma prova de amor para mim. Mas quem disse que queria uma porra de uma prova de amor?! Eu sabia que ele me amava, eu sei que ele me ama, daquele jeito torto dele, mas é real.

Estava me sentindo estranha de novo, mas não liguei e eu fui rápida e o prendi com mais força ainda, o amarrei bem forte. Ele disse que iria me torturar até que não restasse nada de mim, eu sabia que se ele se soltasse, eu ia apanhar muito feio, ele ama estar no controle, era primordial para ele, sempre.

Oh não, mas aquela era a minha vez de brincar. – diz uma voz na minha cabeça.

Não sei a quanto tempo passei a escutá-la , era como se outra pessoa tomasse meu corpo, eu me sentia anestesiada.



Tocar nele foi como perceber que tudo o que eu queria

Estava na minha frente

Memorizá-lo foi tão fácil quanto saber todas as palavras

Da sua velha canção favorita

Brigar com ele foi como tentar resolver palavras-cruzadas

E perceber que não há resposta certa

Lamentar por ele foi como desejar

Que você nunca tivesse descoberto

Que o amor pudesse ser tão forte



No momento em que eu lhe passava a faca nos dedos, passeando superficialmente por ali, ele me encarava frio e sério, mas com fúria contida. Eu queria que ele me implorasse misericórdia. Nunca havia me sentido tão viva! Sempre seríamos eu e ele, nós, e sempre seríamos um. Eu o encarava memorizando cada traço daquele belo rosto.

Como não amá-lo? Ele é tão perfeito, e tão defeituoso ao mesmo tempo, mas amo todos seus defeitos, por que eles fazem o homem que ele é.


Forte... quente... violento... inatingível...


Eu caminhava com a faca por todo seu corpo maravilhoso e assassino, corpo que amo , o sangue vermelho se destacava na sua pele branca, apenas uma lágrima fujona escapou de seus olhos.



Oh, vermelho

Vermelho ardente



Oh mas apenas uma, ele que já me fizera derramar tantas. – aquela maldita voz disse.

Não chore meu amor você pediu por isso...

Como ele podia ser tão inexpressivo, umas das coisas que eu odiava nele. Não, eu o odeio por completo, com a mesmo intensidade que o amo.

Ele desmaiou pela perda de sangue.

Isso ás vezes me assusta, eu amava tanto seu irmão, Sasuke era meu amor e Itachi tirou tudo de mim.

Eu queria tanto matá-lo, tirar-lhe a vida, nada mais justo não?

Aproximei a faca de sua garganta, era só dar um corte certeiro e pronto, tudo estaria resolvido. Vamos Sakura! Vamos! Você consegue! – falava para mim mesma.

Ele pediu por isso...

Mas no fundo sabia que nunca faria isso.

Ele era meu, meu tudo, e eu era o nada dele, aquilo que o preenchia seu vazio, aquele vazio que tanto o atormentava. Claro que ele nunca me dissera isso, mas com o tempo aprendi a desvendar seus olhos, esses olhos inigmáticos e tristes.

Negros... Profundos... Perdidos...

Senti minha sanidade voltando aos poucos, mas não me arrependi do que fiz.

Bom como não faria nada, o desamarrei e limpei seus ferimentos com cuidado para que não inflamassem ou algo do tipo. Tive que aprender a me virar desde que cheguei aqui, por que não era toda vez que ele estava disposto a limpar os ferimentos que ele mesmo havia feito. Seu humor era tão instável.

Com muito custo o deitei na nossa cama e o coloquei em posição em que achava que ficaria confortável. Fui me tomar um banho, estava toda suja de sangue, e pela primeira vez não do meu sangue, e sim do meu amado.

Fiz uma comida bem gostosa, seu prato favorito, lasanha, nunca entendi essa obsessão dele por lasanhas.

Fiquei vendo televisão na sala e sempre ia lá ao quarto, mas ele não acordava. Não sei se ficava preocupada caso ele não acordasse ou com o que ele irá fazer depois de acordado, cheguei perto e senti que ele estava respirando.

A lasanha ficou pronta eu desliguei o forno, não estava com fome, mas estava cansada, então fui para o quarto e me deitei ao lado dele, e adormeci tão rápido.

Acordei, logo que abri meus olhos quase tive um enfarto, ele estava de pé me encarando intensamente. Parecia que já havia tomado banho. Não gostei de seu cabelo curto, fiz merda, assim ele me lembra ainda mais ao Sasuke, que consequentemente me lembra a minha vida antiga, não gosto de relembrar o passado, não mesmo.

_Ita.. – ia começar, mas ele me interrompeu.

_A lasanha estava uma delicia. – disse ele com um sorriso de canto.

Como eu o amava, que ódio que isso me dá, mas uma coisa de muito errado nisso. Ele parecia calmo, e muito tranquilo, uma tranquilidade que me aterrorizava.

_Que bom que gostou. – disse disfarçando meu nervosismo, se ele não iria falar sobre o acontecimento de mais cedo, eu não que não iria falar.

Tentei me levantar, mas percebi que estava presa á cama.

Ah merda! Estava muito ferrada.

_Não tão depressa flor. Eu queria te soltar, para que você pudesse viver uma vida normal longe de mim, mas eu nunca iria conseguir, e pelo visto você também não. – disse aparentando estar feliz, eu não estava entendo nada. – Você se divertiu com o que fez?

_... – não respondi e ele se aproximou, ele ia me matar, sempre odiou ser dominado, ou preso, qualquer coisa do tipo.

_Perguntei se você se divertiu? – perguntou segurando meu rosto de modo bem rude.

_Me deliciei com cada momento. – eu disse sorrindo cínica.

_Se gostou, porque ainda está com esse maldito brilho inocente em seus olhos? – disse me dando um tapa forte no rosto.

E eu ri, na verdade gargalhei. Merda, a insanidade estava voltando novamente.

_E o que vai fazer agora ita-kun? – perguntei com inocência fingida.

_Vou lhe dar seu castigo. – disse subindo em cima de mim e me beijando de maneira tão rude e violenta que chegava a machucar, como doía, mas eu gostava, eu amava – ri mentalmente.

Luxúria... Paixão... Amor


Eu pedi por isso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Alguém ai já tinha lido?
Música da linda da Taylor - Red
Logo começo a respostar as outras fics ^^
Aguardem.
Kissus