POV Paris

Acordei com o som do meu despertador tocando Tennage Dream, da Katy Perry, ótimo jeito de acordar, só que não.

Uma dica, nunca coloque uma música que você gosta muito, como despertador, porque pelo menos eu, não consigo voltar a escuta-la sem levar um susto.

Levantei e arrumei meu cabelo em um coque desajeitado, e fui em direção ao meu closet, paraescolher algo para vestir. Escolhi uma blusa vermelha tomara-que-caia e um jeans escuro, colocando meus saltos Gucci prata e sentando na minha penteadeira para fazer minha maquiagem. Soltei meus cabelos e fiz um babyliss, logo estando pronta.

Desci as escadas e fui até a sala de jantar, onde minha mãe e minha irmã mais nova, Rebekah, estavam comendo. Me sentei ao lado de minha mãe e logo alguma das empregadas veio me servir o café-da-manhã.

– Bom dia.- disse antes de beber um gole do meu suco.

– Bom dia filha.- minha mãe deu um sorriso e logo voltou a digitar algo em seu tablet.

– Bom dia Paris.- disse minha irmã de 8 anos de boca cheia.

– Bekah! Não fala de boca cheia!- minha mãe tirou sua atenção do aparelho para dar uma bronca em Rebekah.

Comi mais um pouco, mas logo fiquei satisfeita e voltei para o meu quarto, escovei os dentes e peguei minha bolsa e chaves do carro, pronta para ir para o colégio.

– Tchau!- disse enquanto passava pela sala de estar, onde minha mãe também pegava sua bolsa e dava um beijo em Bekah, que estava vendo TV, já que ela estuda no período da tarde.

– Também já vou indo querida, só vou pegar alguns desings novos lá em cima, mas não precisa esperar.- ela veio e me deu um beijo na testa, logo já subindo as escadas rumo ao seu ateliê.

Cheguei a garagem e entrei no meu Porche estilo conversível branco., já dando partida.

Tinha que passar na casa de duas de minhas amigas,já que uma delas tinha sido reprovada no teste de motorista e a outra tinha batido o carro. Pois é, só tenho amigas super responsáveis!(sintam a ironia).

Parei em frente a mansão Petrelli, e olhei no relógio do carro, 7:47, a aula começa as 8:00, oh droga.

– LOIRA! Corre! Estamos atrasadas!- gritei pra Sam enquanto ela corria em direção ao carro com a jaqueta de couro em mãos.

– Calma, calma!- ela sentou no banco de passageiro e colocou o cinto.

– São 7:48! E ainda temos que buscar a May.

– Então o que você esta fazendo estacionada?

Dei partida e seguimos até a casa de May, ao som de Rock N Roll da Avril Lavigne. Estacionei em frente a mansão Moore, vendo May parada com uma cara de tacho.

– Vocês tem uma noção de que horas são?

– Aham, então entra que não temos tempo a perder!- Sam disse e eu destravei a porta do banco de trás.

Assim que May fechou a porta do carro eu acelerei, chegando no colégio em 3 minutos, ou seja, eu furei muitos sinais vermelhos e deixei um monte de gente com raiva.

Estacionei em uma das vagas mais próximas da entrada, porque mesmo que seja tarde, ninguém que queira ter status social nesse lugar ousaria estacionar na minha vaga. Sam e May desceram, eu logo após delas. Fui em direção a James, Jéssica e Misake, que estavam todos reunidos e conversando animadamente em um canto, Sam saiu e foi sei lá pra onde e May provavelmente foi com ela.

– Oi!- disse enquanto dava um beijo na bochecha de James e sorria para Jéss e para Misake, um pouco falsamente.

– Hey!- James me puxou para mais perto dele.

– Por que demorou tanto? Você geralmente é uma das primeiras a chegar.- disse Misake retribuindo o sorriso, junto com a falsidade.

– Perdi a noção do tempo, por quê?

– Ela só estava sendo amigável.- disse Jéssica, sempre sabendo quando uma situação poderia virar uma briga.

– Talvez.- durante todo o dialogo eu e Misake estávamos nos fuzilando com o olhar. Não que eu não goste dela, mas não posso abaixar a guarda se quiser continuar com o meu lugar no colégio, e Misake é uma concorrente potencial, mas se ela me perguntar vou negar até a morte.

Ficamos conversando um pouco mais, aquela típica conversa que não é falado nada de interessante, mas de acordo com seu status social, você tem que se adaptar com o tipo de conversa que se é falado, então, já me acostumei, e até que gosto agora.

O sinal bateu e fomos todos para dentro. Passei no meu armário e peguei meu livro de Geografia, já que seria minha primeira aula, não que tenha muita gente interessante, o segundo semestre começou a um mês, e eu ainda não decorei todo mundo das novas classes, pois é, aqui eles mudam as classes a cada semestre.

Entrei na sala de aula, que só tinham poucas pessoas, uma 3 eu acho. Sentei na terceira carteira de uma fileira no meio, e abri meu caderno, começando a esboçar algo para passar o tempo.

– Ora essa, se não é a Lovegood! Parece que fui transferido para sua sala, e vamos ter que conviver pelo resto do ano!- ah não!

Stevan Topsom. Eu realmente acho que meu karma achou uma maneira de me punir, e agora ele achou uma constante! Mesmo ele sendo filho da melhor amiga de minha mãe, eu não suporto essa criatura! Desde pequena ele me atormenta, mas parece que desde meus 14 anos ele piorou, e muito! Não consigo imaginar como praticamente todos as garotas do colégio acham que ele é o "Garoto Perfeito", pra mim esta mais pra "Garoto Horrível".

– Então eu acho que vou ter que achar um jeito de mudar de classe,tchau!

POV Stevan

Ouch, essa doeu.

É eu sei, super clichê essa de o garoto esta apaixonado pela garota mais popular do colégio, mas eu tento constantemente, esquecer que Paris Lovegood sequer existe, mas agora vai ser um pouco difícil de se fazer isso.

Tento não me iludir, pois sei que ela é arrogante, mimada, mesquinha e chata, masfazer o quê?

Sentei e peguei meu celular, começando a mexer em qualquer rede social, logo tendo meus olhos cobertos por pequenas mãos.

– Advinha quem é?

– Hm, Brad Pitt?

– Não!- logo ouvi uma risada e logo depois vi uma morena na minha frente.- Errou feio.

– Hey Mel.

– Hey.- ela sentou em cima da minha mesa, e me encarou.- O que você pensa que esta fazendo nessa sala?

– Fui transferido.

– Ai, agora vai ser difícil.- Melany é a única pessoa em que eu confio o bastante para contar sobre Paris, então eu não escondo nada dela.

– Pois é.

– Bem, é pra isso que eu estou aqui! Te ajudar a ficar longe da tentação.

– Desde quando Paris é uma tentação?

– Desde que você foi transferido pra sala dela, dã. Vou te ajudar a não pedir pra fazer trabalho com ela, de você sentar do lado dela, ou perto dela, etc.

– Ok então.

Ficamos conversando até que o professor, Sr.Andrew chegou, com uma Paris emburrada, acho que ela não conseguiu mudar de classe, pedindo para todos irem para seus lugares. Ele começou com um papo-furado de é importante que os alunos tenham convivência entre si e blá blá blá. Só prestei a atenção mesmo quando ele falou que faríamos um trabalho em dupla, e que ele escolheria.

Fiquei vendo as pessoas que eram escolhidas ou praguejarem algo, ou sorrirem, as vezes discretamente, e em outros onde era um de cada. Até que chegou minha vez.

– Stevan Topsom e Samantha Petrelli.- ouvi o Sr. Andrew falar e ouvi Paris soltar um suspiro de alivio.

– Hey!- disse uma garota loira sentando do meu lado.- Sou Samantha, mas me chame de Sam.

Não que eu não soubesse quem ela era, mas bem, o plano "ficar longe de Paris" da Melany, incluía das amigas de Paris, então eu conhecia Sam, e até sabia que Mel era amiga dela, mas não converso com ela e tals, pra evitar ficar perto de Paris. Complicado, eu sei.

Paris acabou ficando de dupla com Justin Philips, e Melany com Henrick Evans, James com Jéssica Cardigan, e por ultimo mas não menos importante Melissa Venezian com Kevin Chernova. De pessoas que eu conheço nessa sala, é só.

– O trabalho vai ser o seguinte: vou dar a vocês um mês, para escolherem, produzirem e finalizarem, um relatório escrito, com imagens, fotos, que eu exijo que sejam vocês que tirem, informações e curiosidades, sobre um lugar, qualquer lugar de Nova York, que vocês quiserem, Long Island e Nova Jersey estão incluídos. Assim que escolherem, vão anotar em uma tabela na minha mesa, mas antes que vocês anotem, verifiquem que nenhuma outra dupla já tenha escolhido esse lugar, e assim que tenha passado metade do prazo, vou lhes dar uma noticia, uma surpresa sobre o trabalho, que eu não vou revelar até a data. O tempo começa... agora.

Uau, trabalho do ano. Vai dar um grande trabalho!

– Ah, e esqueci de mencionar, o trabalho vale 25% da nota final.

Continua...