POV Ally

-Ally por favor, acredita em mim! –Austin choramingou pela milésima vez.

-Austin, para com isso! Admite logo que você beijou! –reclamei.

-Eu não posso! Porque isso nunca aconteceu! –ele já estava ficando impaciente e eu também!

-Tá bom Austin, tá! –tentei o fazer parar de falar.

-Você acredita em mim? –ele pergunta sorrindo.

-Não! -cruzei os braços.

-Mas...

-Austin, -o interrompi- Só porque estamos presos nessa droga de elevador, não significa que eu queira falar com você! –ele bufou, mas finalmente parou de falar.

-Ótimo! –falo pegando meu celular- Está sem sinal!

-O meu também! –ele fala olhando seu celular, logo em seguida ele se senta no chão.

-O que você está fazendo? –estranho.

-Esperando... –ele fala e me sento também.

Abro minha mochila, pego meu fone e começo a escutar musica. Olho para o Austin ele está com uma cara de tédio.

-Você não trouxe fone? –pergunto.

-Não... –ele responde. Tá eu sei que posso me arrepender disso, mas lá vai:

-Quer escutar comigo? –ele se surpreende com minha pergunta. Ele chega mais perto, e coloca seu lado do fone.

Então começa a tocar They Dont Know About Us.

-Adoro essa musica! –falo e ele sorri.

-O que foi? –pergunto olhando pra ele.

-Essa musica me lembra de uma noite especial! –ele sorri se lembrando de algo.

-Que coincidência, me lembra de uma noite especial também! –falo sorrindo e ele me olha assuntado.

-A noite do baile! –falamos juntos.

POV Austin

 Não acredito, quando Ally fala aquilo, eu olho no fundo de seus olhos, e me lembro da garota linda de máscara.

-Era você... –falo sorrindo e não acreditando.

-Eu não sei... Acho que sim... –ela fala olhando em meus olhos, estávamos a cinco centímetros um do outro.

A música ainda tocava, e isso ajudou no clima, fui me aproximado devagar, ela fechou seus olhos só esperando o beijo, coloquei uma das mãos em sua bochecha... Logo nossos lábios estavam selados. A melodia tornava tudo mais perfeito, pedi passagem com a língua e quase no mesmo segundo ela cedeu. Nossas línguas se movimentavam conforme a musica, meu coração batia rápido e borboletas dançavam no meu estomago.

Nos separamos com um longo selinho.

-Senti sua falta... –sussurrei. Ainda estávamos muito próximos.

-Isso não significa que eu não esteja brava, eu... –a calei com outro beijo.

-Ally me fala uma coisa... –falei olhando em seus olhos- você viu o beijo, quer dizer você viu mesmo nossos lábios se tocando?

-Bom... Não exatamente... –ela falou sem graça.

-Então... Podíamos estar fazendo qualquer coisa! –tentei convencê-la.

-Qual é Austin, o que você estaria fazendo? Vendo se os cílios postiço dela estavam bem presos? –ela falou brava e virou seu rosto.

-Ally... –virei seu rosto delicadamente, olhei com uma cara tipo, “acredita em mim!”.

-Como vou saber que você está falando a verdade? Quer dizer, eu quero acreditar, mas eu tenho medo de me arrepender depois... –ela fala sem jeito.

-Bom... Você vai ter que confiar em mim... E no que eu cinto... –sorri.

Ela fica sem falar nada por uns segundos, e isso me estava me preocupando... Tenho que consegui-la de volta.

-Por favor... Não me faça se arrepender disso! –ela sorriu e me abraçou.

-Eu não vou... –falo ainda nos abraçando, e então nos soltamos- Prometo!  -ela sorriu.

Depois de ver o quanto ela é importante pra mim... Eu realmente quero muito uma coisa em especial.

-Ally... Namora comigo? –pergunto segurando em sua mão. Nunca fiquei com tanto medo de uma resposta em minha vida.

-Eu não sei Austin... –ela fala e eu engulo seco.

-Por favor, esqueça o que você passou... Olhe para o agora... –peço.

-Não é tão fácil... –ale tenta explicar, mas eu a corto.

-Então me deixe te ajudar a esquecer! –falo quase implorando.

Ela fica calada... Tudo bem, hora de apelar...

Me  levanto e faço ela se levantar juto comigo, tiro meu “colar” que na verdade é um cordão preto com uma palheta como pingente, e me ajoelho... Ela fica me olhando com uma cara tipo “o que esse louco está fazendo?”.

-Ally Dawson... –falo pegando em sua mão- Você gostaria de namorar comigo? –falo, ela percebe que estou fazendo gracinha e começa a rir.

-Eu aceito! –ela sorri, eu me levanto e a beijo apaixonadamente.

-Como agora eu não tenho um anel... Vai meu colar mesmo... –falo, ela ri e eu coloco em seu pescoço- Eu prometo que depois eu compro um anel...

-Não precisa... É perfeito... –ela sorri.

Nos beijamos mais uma vez.. OMG! Não a acredito, finalmente ela é só minha, quero ver alguém tentar chegar perto da minha princesa!

O elevador começa a andar de novo... Mas estávamos ocupados demais para perceber isso... Você sabe do que eu estou falando...

A porta finalmente se abre e saímos de mão dada, fomos direto para seu apartamento... Até agora estou sorrindo como um bobo!

-Pai... –Ally chamou assim que abriu a porta e ninguém respondeu- Ele deve estar na loja...

-Que bom... –dou um sorrisinho e a puxo até o sofá. Íamos nos beijar, mas o celular dela toca, tento beija-la mesmo assim, mas ela se levanta.

-Preciso atender! –ela ri. Eu reviro os olhos.

POV Ally

Meu celular. Tocando sempre nas horas mais inconvenientes... Vejo a tela e é o Elliot. Ele está sendo muito meu amigo, seria chato se eu não atendesse.

-Alô... –falo sorrindo.

{Oi! Como você está?}

-Estou bem obrigada...  –dou outro sorriso. Olho pro Austin e ele está me olhando estranho.

{Mesmo?}

-Mesmo! 

{E você se entendeu com seu amigo?}

-Mais do que você imagina! –dei risada e ele também.

{Que bom pra vocês! Só que, por favor, não me esqueça!}

-Nunca! –dou um sorriso.

{Eu espero!}

Olha para o Austin ele está com uma cara “estou esperando...”.

-Tenho que desligar!

{Já?}

-Foi mal, por que não marcamos de sair... -Austin me olhou assustado- Todos juntos! –completei e o loiro se aliviou.

{Claro! Tchau!}

-Tchau! –desliguei o celular sentando ao lado de Austin.

-Finalmente! –ele sorriu- Quem era?

-Era o Elliot... –falei. Lá vem...

-Affe! Eu não gosto desse garoto! –ele cruzou os braços.

-Austin, o Elliot é muito simpático! –dou um sorriso- Você pelo menos tenta ser amigo dele! Por favor... –fiz biquinho.

-Tá, eu vou tentar... –ele revirou os olhos.

-Ótimo!  -sorri.

-Agora onde nós estávamos... –ele foi se aproximando com um sorrisinho sapeca no rosto.

Quando ele ia me beijar eu coloco o dedo em sua boca fazendo-o rir.

-Eu estou com fome... –ri e ele também- Vou buscar algo para nós comermos!

-Sério? Agora! –ele riu.

-É agora! –mostrei a língua e me levante para ir até a cozinha, quando a campainha toca. Quem será agora?

Abro a porta e pra minha surpresa:

-Kira?