O estrondo fora tão alto que Olivia fica inconsciente novamente. Cragen e Elliot se levantam e as enfermeiras logo vêm ajudá-los. Elliot cobrira Olivia para não ser atingida por estilhaços da janela quebrada.

–Liv?! – Diz ele retirando seu casaco de cima dela. Sem respostas as enfermeiras afastam o homem para ver o que houve.

–Foi por causa do estrondo. – Diz uma das mulheres. – Ela está com os ouvidos machucados. Ela vai ficar bem. – Elliot fica aliviado.

–Seu braço Elliot? – Diz Cragen. – Tudo bem?

–I’m fine... – Diz ele.

Ele e Cragen vão até a janela. Os agentes do esquadrão antibombas estão um tanto confusos lá embaixo. Os dois descem pelas escadas, pois a pressão da explosão desativou o sistema elétrico do hospital. Casey, que estava subindo pelo elevador ficara presa.

–O que houve aqui? – Pergunta Cragen, dirigindo-se ao tenente do esquadrão. – Estão todos bem?

–Meus homens estão bem, mas se alguém estava dentro daquele carro já era. – Diz o homem apontando para o carro queimando. Cragen olha bem para o veículo, que lhe parece familiar. Depois avista os médicos ajudando uma mulher que fora lançado para longe ao sair do carro.

–Oh my God...! – Diz Cragen. – É o carro da Dra. Cheng.

Eles correm até a mulher caída no chão do outro lado do estacionamento.

–Está tudo bem? – Pergunta Elliot.

–Dra. Cheng, você está bem? – Pergunta Cragen. A mulher levanta-se com a ajuda dos médicos segurando o próprio braço.

–Acho que feri meu braço. – Diz ela.

–Levem-na. – Diz ele aos médicos no local.

Alguns minutos depois, com a energia de volta, eles sobem para o quarto de Olivia, que acordou. Casey também seguira para lá, mas um pouco antes.

–O que aconteceu? – Pergunta Casey, ao ver os dois entrando no quarto.

–Explodiram uma das bombas no carro da Dra. Cheng... – Diz Elliot.

–Oh my God… how is she? – Pergunta Casey.

–Ela tinha acabado de sair do carro quando explodiu. Foi lançada longe por conta da explosão, mas machucou apenas o braço. – Diz Don.

–E ela? – Pergunta Elliot, referindo-se à Olivia.

–Ela acordou, mas as enfermeiras deram mais uma dose de morfina para que dormisse. Ela estava muito nervosa.

Todos ficam em silêncio então. O doutor vem ao quarto alguns minutos depois.

–Senhores! – Chama ele. Elliot e Don viram-se para o homem e vão até ele. – Aquela senhora quer vê-los. – Os dois concordam e vão até a ala de curativos, onde a doutora se encontra.

Imobilizaram seu braço e o outro médico vai pegar sua ficha para liberá-la.

–Doutora. – Diz Elliot. – Disseram que queria nos ver.

–Sim... – Diz ela assinando a ficha. – Quero lhes mostrar algo. – Então ela abre sua bolsa e pega um bilhete de Merritt. Don e Elliot observam. – Quando cheguei ao laboratório hoje encontrei esse bilhete de Merritt sobre minha mesa. – Ela então entrega na mão de Cragen. – Ele me pediu para levar a mala preta que guarda em seu escritório num endereço em Columbia Heights. Acredito que ele esteja lá... É onde fica o antigo apartamento de seu ex-ajudante. Mas eu já havia sido informada sobre as outras bombas e decidi entregar isso a vocês.

–Fez muito bem. – Diz Don. – Agora temos que ir.

–Só mais uma coisa, doutora. – Diz Elliot. – O que tem nessa mala?

–Eu não sei ao certo. – Diz ela. – Merritt nunca me mostrou. Só sei que ele fica uma fera quando perguntam a ele.

–Onde ela está? A mala. – Pergunta Cragen.

–Dentro de um cofre atrás da foto da mulher dele no escritório. – Ela pega então um papel e anota a senha. Elliot pega. – Aí está a senha.

–Obrigado, doutora! – Diz Elliot. Os dois deixam então o local.