Chegando ao hospital levam Olivia para a UTI e Elliot para a emergência. Alguns minutos depois, quando ele sai do raio-X Cragen chega ao hospital com Munch.

Don vai para à emergência ver Elliot, que está imobilizando o braço.

–Como você está? – Pergunta Cragen.

–Vou sobreviver. Como ela está?

–Não sei ainda, Munch foi verificar.

–Damn, that’s all my fault.

–Pare com isso Elliot, você não tinha como saber. Vai ficar tudo bem. Liv é forte, vai sair dessa. – Elliot recosta a cabeça no travesseiro para o médico aplicar a medicação. Munch entra na sala.

–Já amputaram? – Brinca.

–Deixe suas brincadeirinhas para outra hora, Munch. – Diz Elliot franzindo as sobrancelhas por causa da agulha no braço lesionado. – Como está Olivia?

–Estabilizada. Já a encaminharam para o quarto. Levou alguns pontos na testa, e disseram que a parada respiratória foi por causa da fumaça que ela inalou. Tiveram que sedá-la, mas vai ficar bem.

–Ótimo. – Diz Cragen.

O médico se dirige a Elliot e diz:

–Você terá que ficar repousando em casa por alguns dias

–Quanto? – Pergunta Munch.

–No mínimo, duas semanas. Não invente, por favor, para não sobrecarregar o músculo. Já está liberado. Vá direto para a casa.

–Ah, excelente, doutor. – Diz Munch. – Alegrou meu dia.

Ironicamente dizendo, é claro, referindo-se ao fato de ficar longe de Elliot por duas semanas.

–Que bom, Munch! – Diz Don. – Por que você é quem vai levá-lo para a casa. Podem ir. E, Elliot, não se atreva a aparecer na delegacia nessas duas semanas.

–Mas, Capitão, Merritt está solt...

–Isso é uma ordem. – Então eles vão embora e Cragen vai ficar com Olivia.

–13 HORAS DEPOIS–

Tudo parece estar girando, e um tanto embaçado. Uma luz branca e nenhuma movimentação. “Onde estou?”, pensa ela. Tudo que vê são borrões brancos e uma mancha preta; parece ser Don. Ele se levanta e caminha até o leito. Aos poucos ouve uma voz perguntando:

–Hey, Liv? – Pergunta ele. – How you feeling? – Ela demora um pouco a responder. E de fato, não responde a pergunta que lhe foi feita.

–What’s going on? What happened? – Pergunta ela, passando as mãos nos olhos, ainda um pouco confusa. Sua cabeça dói, e também seus ouvidos.

–Houve uma explosão na gravadora. Você feriu a cabeça quando caiu, mas já está tudo bem. O doutor disse que você poderá ir pra casa em alguns dias. – Ela assente e passa a mão na cabeça.

–Minha cabeça dói! – Diz com a testa franzida. Cragen está preocupado, mas sente-se aliviado por ela ter acordado, afinal, ele a tem como sua própria filha.

–O médico disse que isso é normal, por causa da pancada e dos pontos. Vai ficar bem logo.

Olha em volta, tentando se situar, passa a mão sobre a face para tirar a franja dos olhos e, então lembra-se que Elliot estava junto. Começa a se desesperar e pergunta:

–Captain, what about Elliot? Is He okay? Where is he? – Pergunta, aflita. Cragen já prepara-se para acalmá-la.

–It’s okay, Liv! Ele está bem. Machucou apenas o braço, mas nada grave. O doutor o mandou para casa. – Ela então respira aliviada. Nada a machucaria mais do que perder seu parceiro. Muito mais do que isso; seu melhor amigo, e o amor de sua vida, embora ainda não demonstrado romanticamente.

Depois, eles ficam em um silêncio perturbador por alguns instantes e ela volta a fazer perguntas sobre o ocorrido; mas desta vez sobre Merritt.

–Capitão, e o Merritt? Ele mor...

–Liv, ele...

–O que? – Pergunta, angustiada. – O que, Capitão?

–Acalme-se, não pode se estressar. – Diz ele, pondo-lhe a mão sobre o ombro. – Ele fugiu do local, mas Fin foi para lá comandar as buscas. Ele não pode ter ido muito longe algemado e, ainda mais com a idade que ele tem. Não se preocupe com isso. – Ela recosta a cabeça no travesseiro, e fita Cragen com um olhar de má vontade. Odeia depender de outros, e mais ainda, odeia ter que ficar no hospital.

Enquanto isso o doutor entra no quarto para checar como ela está e para medicá-la por causa da dor.

–Olá, Mrs. Benson. Eu sou o Dr. Astaroth. Como está se sentindo? – Pelo fato de odiar estar em um hospital é claro que se sente mal.

–Melhor impossível. Posso ir embora? – Diz ela.

–Ah, sim. Acabou de voltar de um acidente, levou quinze pontos na testa, teve uma parada respiratória e só acordou após 13 horas, ainda quer me dizer que se sente bem? Lamento, mas terei que mantê-la aqui por pelo menos três dias. – Diz ele, para a tristeza de Olivia, que não aguenta ficar mais nem um segundo naquele hospital.

–Doutor e quanto à dor? – Pergunta Don.

–Sim, sim. Eu já trouxe a medicação. – Responde, pegando a seringa com o conteúdo da medicação dentro. – Fará efeito em alguns minutos e provavelmente a fará dormir novamente. É só para que não tenhamos surpresas durante a noite. – Ele termina e sai. – Se me dão licença. Capitão Cragen, posso lhe falar um instante? – Cragen assente e vai.

Os dois saem do quarto deixando uma enfermeira com Olivia enquanto conversam.

–Por favor, procure não mencionar os detalhes de sua investigação para a paciente. É aconselhável que não tenha nenhum tipo de stress desnecessário durante a recuperação.

–Sim, doutor. Pode deixar. Ah, e obrigado!

Ele volta para o quarto e ao chegar Olivia já dormiu novamente. Ele, então, senta-se novamente ao seu lado e logo cai no sono.

–EM ALGUM LUGAR DE NEW YORK–

“Olá, detetives. Ainda estou a sua espera. Sigam as instruções dadas neste bilhete, para que eu não exploda a bomba situada nos subterrâneos do Mercy Hospital.

Broadway with 5th Ave, 156, apartment 6E.

PS: Detetive Stabler, como está sua parceira?- Att, M.R.”

–Pronto para enviar!