Trouble! escrita por MyParadise


Capítulo 8
No friends, new life.


Notas iniciais do capítulo

É agora, é agora que chegamos ao ponto crucial da história. E podem ter certeza que daqui em diante muita coisa vai acontecer que, eu espero, que deixem vocês de queixo caído. KKKKK Bom, garotas, muito obrigada pelos comentários, fico muito feliz viu? Um beijo e um cheiro em todas vocês, suas lindas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/380646/chapter/8

Acordei no dia seguinte e Greg ainda dormia. Abri um sorriso, estava feliz por tê-lo ali ao meu lado. Passei meus dedos levemente pelas madeixas de seu cabelo e dedilhei meus dedos pela curvatura do seu rosto, até a altura de seus lábios. Ele dormia com um anjo e apesar de querer acordá-lo para ficar comigo, era bom vê-lo dormindo.

Levantei-me tentando não fazer movimentos bruscos e fui para o banheiro. Escovei meus dentes e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo mal feito. Minha barriga já começava a dar sinal de vida... Bendita fome!

Desci as escadas para a cozinha e comecei a mexer nos armários em busca do que fazer para o café da manhã. Peguei alguns ovos na geladeira, com queijo. Os coloquei dentro da frigideira e comecei a mexê-los com um pouco de manteiga. Não demorou muito e o ovo já estava com formato de ovo mexido. Meus dotes culinários não eram nem um pouco apreciáveis, por isso nunca me arriscava muito na cozinha.

Fiz um pouco de café e fui com tudo para a sala, arrumando a mesa do café da manhã. Comecei a colocar as duas xícaras na mesa quando senti alguns dedos correrem em minha cintura, me puxando para trás.

— Bom dia, flor do dia. — sussurrava Gregory em meu ouvido, dei risada do que tinha dito e me virei para ele.

— Bom dia, Greg lindo. — encostei meus lábios nos dele, enquanto começávamos um beijo lento. As mãos dele correram para minha bunda a apertando, abri um sorriso entre o beijo, firmando meus dedos em seu cabelo.

Ele me apertava contra seu corpo e eu começava a sentir seu membro rígido em contato com a minha intimidade. Suas mãos subiram da minha bunda até o cós da minha blusa e começaram a puxá-la para cima. Ergui meus braços no alto, dando a ele total liberdade para tirá-la. E não deu outra, logo já estava sem minha blusa. O ajudei, rindo, a abrir o fecho do meu sutiã, coisa que Greg achara bastante dificuldade em fazer. Ele tirava sua blusa e começava a abrir o zíper da sua calça. Em poucos minutos já estávamos vestidos apenas em nossas roupas íntimas. Meu corpo estava quente e eu estava querendo sentir a mesma sensação prazerosa quando tinha tido minha primeira vez.

Greg com um braço me erguera em seu colo, enquanto eu prendia minhas duas pernas em sua cintura. Ele estava me guiando para o sofá. Me jogou deitada ali e veio por cima, abocanhando um de meus seios. Arqueei minhas costas para trás, abrindo minha boca em um gemido baixo. O membro de Greg latejava e minha intimidade já estava bastante úmida. Nossas intimidades estavam em contato, a não ser pelo pano da calcinha e da cueca. Em movimento rápido, Greg tinha abaixado sua cueca e empurrado minha calcinha para o lado. Aos poucos fui sentindo o membro de Greg me invadir por completo. Era uma sensação extremamente prazerosa. Ele fazia tudo muito calmamente, bem devagar. Aos poucos foi me penetrando com mais força e de um jeito mais selvagem. Eu gemia e encravava minhas unhas em suas costas.

Ficamos nessa posição por um longo tempo, até Greg sentar-se ao sofá e eu ficar em pé, de frente para ele. Ele me olhava com certa admiração. Pousou suas mãos em minha cintura e me puxava para cima dele. Eu queria dar prazer pra ele de outro jeito. Tirei suas mãos da minha cintura e comecei a me ajoelhar em sua frente. Ele me olhava mais excitado que nunca. Aos poucos segurei seu membro em minhas mãos e me deixei levar, o abocanhei e comecei a chupá-lo na mesma intensidade que Greg o estocava em minha boca. O chupei por mais algum tempo, até me levantar e sentar em seu colo, encaixando nossas intimidades perfeitamente. Eu quicava, rebolava, cavalgava, fazia tudo e poderia continuar ali pra sempre. As mãos de Gregory apertavam minha cintura, minha bunda, vez ou outra dando um tapa, que me estimulava mais ainda. Tinha acontecido igual da outra vez, alcançamos o ápice juntos, caindo cansado um ao lado do outro no sofá.

Depois que terminamos, subimos ao meu quarto e tomamos um banho juntos. Greg tentava me afogar no chuveiro e eu dava risada o empurrando. Parecíamos duas crianças bobonas. Depois do banho vestimos nossas roupas e voltamos para a sala para, por fim, tomar nosso café da manhã.

— Belo jeito de começar o dia. — Greg sorria para mim maliciosamente. — Vamos ver se você cozinha tão bem como eu.

— Impossível. — fiz uma cara triste, que logo se desfez. — Até porque você não cozinha porcaria nenhuma!

— Ainda terei outra oportunidade de lhe mostrar meus dotes culinários, madame. — Greg falava em um tom todo formal, extremamente diferente dele, o que me fez rir.

Passamos o dia inteiro assim um agarrado ao outro, entre beijos e brincadeiras que me faziam perder o fôlego de tanto rir. No fim da tarde minha mãe tinha me ligado e perguntado como eu estava, disse que estava tudo bem e menti dizendo que estava sozinha em casa. Não conversamos por muito tempo.

Os dias de semana passavam depressa. Aquela era a melhor semana de toda a minha vida! Ou eu estava com Greg em minha casa ou estava no apartamento dele, ou nós dois estávamos em alguma balada a noite, enchendo a cara, fumando e transando em algum banheiro. Ou até mesmo transando na cozinha da minha casa, na sala da minha casa. Claro, que depois começamos a usar camisinha, não podíamos nos arriscar mais. Eu só sei que nunca fiz tanta coisa errada em uma semana só. E aquilo tudo só me fazia me apegar mais e mais a ele.

No domingo, o último dia que eu tinha livre com Gregory, pois minha mãe retornava pra casa na segunda. Eu estava no apartamento dele, Greg deitado na cama e eu sentada. O violão estava em seus braços e ele dedilhava alguma canção que eu não sabia qual era. Eu estava com um cigarro entre os dedos e sorria, admirada para ele.

— Cante alguma coisa. — pedi.

— O que?

— Alguma música sua, que tal? — fiz um biquinho pra ele e pedi, dando uma tragada no cigarro em seguida.

— Sabia que você fica incrivelmente sexy fumando? — ele se sentou a cama e me beijou.

— Sim, eu sei. — abri um sorriso entre o beijo. — Agora cante, por favor.

Aerosmith Crazy, conhece?

— Com certeza! — me animei com a ideia de vê-lo cantando, enquanto Greg posicionava o violão em seu colo na posição certa.

Say you're leavin on a seven thirty train and that you're headin' out to Hollywood. Girl you been givin me the line so many times. It kind gets like feelin bad looks good.

O meu coração palpitava em ouvi-lo cantar. Ele tinha uma voz doce, mas ao mesmo tempo grave e rouca. A música eu já conhecia, mas não me atrevia a cantar junto com ele. Era perfeito de mais, para que eu intereferrisse.

That kind lovin' turns a man to a slave. That kind lovin' sends a man right to his grave. I go crazy, crazy, baby, I go crazy.

Escutei atentamente a música enquanto ele cantava, até terminar a música e me depositar um beijo na testa. Deixou o violão de lado e levou uma de suas mãos até a minha nuca. Seus lábios foram de encontro ao meu e começaram a me beijar suavemente. Também levei uma de minhas mãos a sua nuca e a segurei firme. Aos poucos fomos deitando na cama, com minha cabeça sobre o peito de Greg.

Paramos de nos beijar por um tempo e ergui minha cabeça para poder olhá-lo, ele era a pessoa mais linda que eu já tinha visto em toda a vida. Seus olhos, seus lábios, o sorriso, esse mesmo que ele esboçava para mim.

— Eu te amo. — ouvi ele sussurrar, no mesmo instante que depositou um beijo em minha testa. Meu coração começou a bater com mais força e senti minha respiração parar por uns segundos.

— Eu também te amo, Greg. Muito. — eu havia dito com toda a certeza do mundo, me abraçando mais forte a ele.

Naquele domingo, decidimos que não era uma boa eu dormir lá. Era melhor ir pra casa e esperar minha mãe chegar na segunda-feira. Com certeza, ela chegaria cedo. Aquela noite eu dormi sozinha com o sorriso mais bobo que alguém poderia ter. Fechei meus olhos, eu estava explodindo de tanta felicidade. Era a primeira vez na semana que eu estava dormindo sozinha e sentia saudades de Greg, saudades do seu braço em volta de mim, saudades de sentir sua respiração de encontro a minha nuca. Saudades dele por perto.

Acordei na manhã seguinte e olhei a hora: 11 horas da manhã! Fiz minha higiene matinal no banheiro e desci para o andar de baixo. Minha mãe estava sentada à mesa tomando café.

— Mãe! — depositei um beijo no topo de sua cabeça. — Já chegou faz quanto tempo? Por que não me acordou?

— Ah, querida, você dormia tão bonitinho, com um sorriso tão lindo no rosto. — minha mãe sorria pra mim. — E não cheguei faz muito tempo não.

— Então, como foi na casa da sua irmã? Se divertiu por lá?

— É, conversamos bastante. Ter sua tia por perto é sempre algo muito bom, ela é outra que odeia James. — minha mãe sorria, me servindo com um pouco de café na xícara. — E o que fez durante essa semana?

— Ah, fiquei em casa, saí com Greg... — murmurei e no mesmo tempo olhei para o rosto de minha mãe, que me olhava desaprovando o que eu tinha dito. — Mãe, eu realmente estou gostando dele!

— Gostando? Ah, querida, ele...

— Não me diga que ele não é certo para mim, ele pode não ser perfeito, mas ele é certo para mim, está bem? — argumentei. — Por favor, entenda.

— Então vocês estão... Namorando? — minha mãe perguntou um pouco mais calma. Ela tinha me perguntado algo que nem eu mesma sabia. Estávamos namorando? Eu e Greg estávamos namorando? Bem, ele nunca tinha me pedido e nem nunca tínhamos tocado nos assunto. Nós só ficávamos juntos e nada mais. Mas levando em conta o nosso grau de proximidade e outras coisas mais, podia ser dizer que estávamos namorando, certo?

— Sim, mamãe, estamos. — assenti, mas nem eu mesma tinha certeza do que estava dizendo.

— Por que não trás ele aqui para jantar e me conhecer? Talvez eu o conheça e goste dele um pouco, ou deixe de não gostar dele um pouco menos.

— Eu vou falar com ele. — abri um sorriso gentil, enquanto imaginava Greg vindo jantar aqui em casa! Um desastre, para falar a verdade. Ele não era o tipo de cara que jantava com os pais da namorada, definitivamente não.

Não demorou muito depois do café e minha mãe decidiu sair de casa, falou que agora que não tínhamos mais meu pai, ela deveria arrumar um emprego. Então saiu em busca de um. Assim que ela saiu fui para o quintal de trás e tirei o meu maço de cigarros do bolso, estava louca para fumar um! Parecia que me deixava mais calma, tranquila. Ouvi a campainha tocar, não poderia ser minha mãe, por isso fui abrir sem apagar o cigarro.

— Amy! — a abracei. — Quanto tempo não vem me ver.

— Kate? — ela permanecia com os braços grudados ao corpo. — Você está fumando?

— Ah. — abri um sorriso sem graça. — Sim.

— Eu me pergunto se terei a minha Kate doce e meiga de volta.

— Entre. — a puxei para dentro e fechei a porta.

Apaguei o cigarro e o joguei na lata de lixo, bem no fundo para que a minha mãe não visse nada. Ela ficaria louca caso visse alguma coisa do tipo.

— A gente vai sair hoje para o Acampamento e vim te convidar. Se é que você ainda tem tempo para os amigos, essa semana todas as vezes que te chamamos pra sair você disse não.

— Eu estava ocupada com Greg, só isso.

— Como sempre. — Amy sorria ironicamente, isso estava me irritando. Por que ela e as outras tinham a necessidade de cuidar da minha vida?

— É. — apenas assenti com a cabeça e ficamos uma olhando para a cara da outra.

— Eu venho te buscar, então, pode ser? Que horas?

— A hora que estiver boa pra você, vai estar boa pra mim.

— Às 8, tudo bem?

— Sim.

— Eu... hm... Vou pra casa. — Amy girou os calcanhares e saiu pela porta. Eu iria dizer alguma coisa, mas era melhor ela ir embora mesmo. Não ia aguentar ouvir mais um xingamento em relação ao Gregory. Não mesmo.

Às 8, pontualmente, Amy veio me buscar. Eu já estava devidamente pronta. Um short jeans preto com uma cinta liga preso a ele. Uma blusa um pouco rasgada nas laterais deixando minha cintura a mostra e um salto preto. Ultimamente eu me vestia basicamente assim. Entrei no carro e Amy me olhava incrédula.

— Tá legal, não vou dizer nada. — ela apenas respirou fundo e começou a dirigir.

Assim que havíamos chegado ao acampamento nos juntamos aos nossos amigos e por onde eu passava arrancava olhares para mim.

— Ual, Kate, é você mesmo? — era John que me olhava espantado, com certa admiração. — Não estou te reconhecendo.

— Sim, é ela. — Josh assentia me olhando também, mas sem nenhum tipo de malícia, ele estava com Tiffany agarrado a ela.

— Onde você vai assim, Kate? — Meg me perguntava.

— Vocês vão realmente ficar falando da minha roupa? — abri um sorriso irônico pegando uma cerveja da caixa de isopor. A abri e me encostei a uma das mesas e comecei a beber. — Alguém tem um isqueiro aí? Deixei o meu em casa.

— Ela fuma também? — Meg sussurrava para Amy. — Meu Deus!

Senti meu celular vibrar no bolso e era Greg. Abri um sorriso lendo a mensagem: “Acho que vi uma gatinha. Você está incrivelmente gostosa, princesa.” O procurei no meio das outras pessoas no acampamento, mas não o vi. “Gostosa só sua, príncipe. Cadê você? Vem cá.”.

Não demorou muito e o vi vindo em minha direção. Ele vestia a mesma jaqueta preta de quando nos conhecemos, uma calça jeans preta e uma blusa branca por baixo da jaqueta. Usava na cabeça o chapéu que eu tanto gostava. Ele estava realmente muito lindo!

Aproximou-se de mim e me deu um beijo rápido. Não me importava nem um pouco para o que os meus amigos estavam pensando.

— Que bom te encontrar aqui. — ele dizia. — Eu e meus amigos estamos ali do outro lado, quer ir pra lá?

—Chegou quem não estava fazendo falta. — comentou Meg.

— Vai lá com ele, Kate. Não precisa ficar aqui não. — era Amy. Aquilo havia me enchido de raiva. Por que eles eram tão idiotas em relação ao Greg? Caso ele estivesse fazendo algum mal como eles diziam, ele faria mal a mim, por que se importavam tanto?

— Sim, vamos Greg. — deixei a cerveja em cima da mesa e segurei na mão de Greg. — Talvez se você não cuidasse tanto da minha vida eu ficaria aqui.

— Eu cuidando da sua vida? Então é assim que você pensa sobre alguém que quer te livrar de um cara idiota, que só pensa em te comer e te embebedar? Ótimo, Kate, parabéns! — Amy me fuzilava com os olhos.

— Cara, se ele quer me comer ou me embebedar o problema é meu! Ele não me forçou a nada e eu não sei se você percebeu, mas eu realmente gosto dele.

— Percebi e até demais. — Amy balançava a cabeça negativamente. — Vai embora daqui, por favor.

— Vou, com certeza.

R U Mine - Arctic Monkeys.

Segurei mais forte na mão de Greg e comecei a andar com ele, enquanto sentia as lágrimas brotarem de meus olhos. Aquilo doía demais. Se tinha uma única coisa que eu realmente não queria fazer, essa coisa era brigar com Amy ou qualquer um dos meus amigos. Greg olhava pra mim enquanto andávamos.

— Essa é a primeira vez que te vejo chorar. — dizia ele, parando em minha frente. Já estávamos um pouco distantes deles. — Não fica assim.

— A primeira e a última, eu prometo. — passei a mão pelo meu rosto, secando as lágrimas. Enquanto ele me puxava para um abraço apertado. Aquilo me confortava.

— Chorar faz bem e você é linda chorando. — ele dava risada, eu não aguentei e ri também.

Ficar com Greg e seus amigos estava mais divertido do que ficar com os meus amigos. Eles estavam bebendo, fumando e Richard com um violão tocava uma música enquanto Lorelay e Michelle cantavam também. Era divertido estar com eles, dava boas risadas das piadas que Greg e Richard contavam. Greg havia me emprestado um cigarro e nós dois compartilhávamos do mesmo cigarro.

— Você já está melhor? — perguntou Greg, dando uma tragada no cigarro e me entregando o mesmo em seguida. Ele estava encostado na mesa e eu estava de frente para ele, seus braços envoltos de mim.

— Estou, fique tranquilo. — respondi com um sorriso. Dei uma tragada no cigarro e passei para ele. — Minha mãe quer te conhecer.

— Sério? — ele arqueou as sobrancelhas com uma expressão divertida no rosto.

— É, ela quer fazer um jantar e quer que você vá lá. Sério, não precisa ir caso não queira. Não quero te forçar a nada. — eu realmente queria que Greg não fosse, minha mãe só gostaria menos dele.

— Quem disse que eu não vou? Claro que vou.

— Tenho uma pergunta. — joguei o cigarro no chão e pisei em cima dele. Eu estava formulando a pergunta na minha cabeça, mas não estava nervosa para fazê-la. Não me sentia envergonhada com Greg. — O que nós temos? Quero dizer, minha mãe perguntou se estamos namorando e...

— Não, Kate. — Greg encostou a testa na minha. — Não gosto de rotular as coisas, sabe? Estamos juntos, vamos dizer assim. Você é minha e eu sou seu, certo? Apenas isso.

— Tudo bem. Você é meu e eu sou sua. — repeti, me sentindo um pouco desconfortável com aquele assunto. Um leve desapontamento me invadiu, ou melhor, um grande desapontamento. Respirei fundo e fiz questão de ignorar a decepção.

Quando dera 1 hora da manhã, eu e Greg nos despedimos dos amigos dele e fomos para o carro dele. Entramos no mesmo e Greg deu partida.

— Onde vamos? — perguntei curiosa.

— Em direção a lugar nenhum! — ele respondeu, me olhando pelo canto do olho e sorrindo.

Eu gostava disso nele. Essa incerteza, ele me passava insegurança, mas ao mesmo tempo me deixava a garota mais segura do mundo. Ele me deixava tímida e sem graça, mas depois me deixava alegre e selvagem. Ele conseguia me fazer ficar triste, mas depois me deixava completamente feliz. Ele era ruim e bom ao mesmo tempo, mas as coisas boas sempre estavam mais evidentes. Eu curtia a companhia dele e, pelo que parecia ele curtia a minha. Sobre o fato de estarmos namorando ou não, no meu subconsciente eu tinha a certeza de que estávamos namorando. Não tive coragem de perguntar se pelo fato de apenas estarmos juntos, ele poderia ficar com outras garotas. De um jeito ou de outro eu tinha medo da resposta.

E assim foram se passando os dias, longos e divertidos. Minha mãe tinha conseguido um emprego em uma loja de roupas e estava feliz. Eu conseguia esconder meus cigarros muito bem dela e como ela trabalhava e ficava fora a tarde toda, Greg e eu tínhamos a casa só para nós. O que era algo bom. Ou jogávamos vídeo game, ou enchíamos a cara, ou Greg estava cantando para mim alguma canção engraçada que ele compunha na mesma hora e que me fazia morrer de rir. Eu nunca mais tinha falado com Meg, Amy, Tiffany ou qualquer um deles. Minha vida, ou melhor, minha vida social se resumia a Greg, seus amigos e minha mãe.

E assim se passou o primeiro mês das minhas férias de verão. Julho tinha chegado e o calor permanecia, em uma semana era meu aniversário e eu faria 17 anos, contei para Greg e ele tinha ficado animado, dizendo que estava preparando uma surpresa para mim. Mal podia esperar. Eu não tinha muita certeza de nada, só de uma coisa, eu estava perdidamente apaixonada por Gregory. E me apaixonava por ele cada dia um pouco mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trouble!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.