Trouble! escrita por MyParadise


Capítulo 12
Inverno.


Notas iniciais do capítulo

Bem vindas de volta, minhas princesas! Preparem-se para muitas coisas que vão acontecer daqui pra frente viu? Estou com várias ideias e me animando muito em escrever de novo KK. Espero que vocês também em ler. Obrigada.



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Acordei no dia seguinte com ressaca, apesar de não ter bebido nada no dia anterior. Deveria se por isso que minha garganta estava seca, meu corpo precisava de ao menos uma gota de álcool. Levantei e corri para o meu celular, meio dia. Passei as mãos nos meus cabelos, enquanto as lembranças do dia anterior voltavam como um soco. É, tudo tinha sido real. Não era um pesadelo, eu só estava acordando de um sonho e entrando em um pesadelo.

Lavei meu rosto com um pouco de água fria e escovei meus dentes. Desci para a sala, minha mãe já tinha ido para o trabalho. Peguei da prateleira a última garrafa de tequila que tinha e deitei no sofá com ela. Liguei a televisão e em algum canal qualquer e passava 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você. Meu filme preferido antes de eu começar a criar uma grande repulsa por filmes de romance. Comecei a assisti-lo, não faltava muito para acabar.

Havia chegado a parta em que a Kat lia o poema que tinha escrito a Patrick. Respirei fundo, sentindo as lágrimas inundarem meus olhos.

“Odeio como fala comigo e como corta o cabelo. Odeio como dirigi meu carro e odeio seu desmazelo. Odeio suas enormes botas de combates e como consegue ler minha mente. Eu odeio tanto isso em você, que até me sinto doente. Odeio como está sempre certo e odeio quando você mente. Odeio quando me faz rir muito e ainda mais quando me faz chorar. Odeio quando não está por perto e o fato de não me ligar. Mas eu odeio principalmente o fato de não conseguir te odiar, nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.”

Eu não aguentei e me desatei a chorar com mais força, eu sentia minha garganta queimando e acabei bebendo o último gole da garrafa de tequila. Meu corpo doía, tudo doía. Eu sentia meu estômago revirando, minha visão estava turva. Acabei dormindo novamente no sofá.

— Kate, acorda, filha. — era minha mãe que me chacoalhava.

Abri os olhos depressa, não, não era um pesadelo. Tudo era real. Minha mãe estava sentada ao meu lado no sofá, olhei pela janela e já era noite. Estava tudo escuro do lado de fora.

— Você bebeu essa garrafa inteira, Kate? — minha mãe não estava querendo brigar comigo, ela segurava a garrafa de tequila com uma cara preocupada.

— Mãe... — mordi meu lábio, sentindo minhas pernas tremerem. — Ele foi embora. — encostei minha cabeça em seu ombro, chorando de novo pra variar.

— Como assim vai embora?

— O Greg, mãe. Ele vai me deixar, ele vai embora. — dos ombros de minha mãe, escorreguei para o seu colo, chorando feito uma criança que corria para a mãe com um joelho ralado.

— Tudo o que eu tinha pra dizer sobre ele e vocês dois eu já disse. Todos já disseram. O que eu posso fazer por você é ficar do seu lado, minha Kate. — sussurrou minha mãe em meu ouvido, enquanto seus dedos seu entrelaçavam levemente em meus cabelos.

E aquele era mais o fim de um dia. Os dias foram se passando lentos e torturantes. Eu tinha ligado para Gregory inúmeras vezes, mas em nenhuma das vezes ele me atendera ou retornara. Eu sonhava com ele todas as noites, eu podia sentir que ele iria voltar, só que isso não acontecia. As horas eram lentas e pareciam dias, meses, nada era a mesma coisa sem ele.

Minhas forças estavam esgotadas, eu me sentia sozinha, como se ninguém pudesse me socorrer e eu estivesse à beira de um precipício a ponto de me lançar de cima dele. Mas até pensar na morte me jogando de um precipício eu acabava por me lembrar de Greg e do dia que ele me levou para ver o nascer do sol do penhasco.  Os últimos dias de agosto já tinham acabado e agora começava o inverno, setembro tinha chegado.

O inverno chegou, as aulas voltaram, tudo voltou ao normal, menos ele. Ele não estava mais ali para me abraçar, para beijar meus lábios de um jeito que só ele sabia como fazer, ele não estava mais ali para sorrir daquele jeito tentador de sempre. Não estava mais ali para segurar minha mão e dizer que tudo iria ficar bem. Aliás, ninguém estava. Minha mãe trabalhava a maior parte do dia, agora ela era gerente da loja. E eu não tinha mais amigos. Tinha apenas uma garrafa de vodca sempre ao meu lado, meus cigarros e uma tatuagem, a marca de que Gregory realmente tinha existido.

Aquelas tinham sido as melhores férias de verão de toda a minha vida, pois eu o conheci, pois eu conheci o amor, mas também conheci a dor da perda, conheci o gosto amargo e salgado das lágrimas. Eu sei que fiz tantas coisas erradas nas minhas férias que quase perdi a conta de todas elas. E beber, fumar, se drogar com os amigos é a coisa mais louca que se pode fazer, mas quando se está sozinho fazendo isso, dói, você se sente mal, você se sente destruído.

Me olhei no espelho pela última vez antes de sair para o primeiro dia de aula, primeiro dia de aula do meu segundo ano no colegial. Meus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo, eu usava uma calça jeans, tênis e um moletom cinza. Sim, fazia muito frio nessa manhã de segunda-feira.

Saí de casa às 7 horas, o portão da escola fechava às 7:40. Acendi um cigarro antes de sair de casa e fui caminhando lentamente em direção ao ponto de ônibus. É, não tinha mais Amy para me dar carona. E pensar na carona de Amy me fez pensar em como era bom tê-la como amiga, em como era bom ter ela, Meg, Tiffany, John e Josh como amigos. O ônibus não demorou muito a chegar, entrei no mesmo e sentei em um banco no fundo.

Encostei minha cabeça na janela do ônibus, enquanto as lágrimas desciam lentamente pelo meu rosto. Como minha vida tinha ficado assim de uma hora pra outra? Eu não tinha amigos, minha família era só eu e minha mãe, a pessoa que eu mais amava, não me amava, tinha ido embora. Porra, eu preciso de um abraço. Eu preciso de alguém para desabafar, eu preciso de alguém para me amar.

— Droga. — mordi meu lábio. Eu sentia pena de mim mesma.

Desci em frente a minha escola e passei pelo portão, enxugando as lágrimas. Era meio impossível. Olhei para as pessoas ao meu redor e elas pareciam tão felizes, rindo e se abraçando depois de três meses sem ter aquele contato. Eu definitivamente não estava bem. Senti minha visão ficar turva de novo e no fim do pátio pude ver Meg, Tiffany e Amy. Corri para o banheiro.

Entrei em um boxe e sentei no vaso, abracei minha mochila contra o meu corpo e simplesmente chorei, chorei o que tinha que chorar. Eu me sentia vazia, sem vida, perdida, precisava de alguém. Não precisava mais de bebidas e nem de cigarros, porque eles eram apenas uma desculpa para preencher meu vazio. Peguei meu celular e fitei a foto de Greg na tela. A mesma foto que ele tinha tirado quando nos conhecemos, mostrando a língua. Como eu saberia? Como eu saberia que ele traria tantas tempestades assim?

Saí do boxe do banheiro e notei que não conseguiria assistir nenhuma aula. Saí da escola e voltei para o ponto de ônibus. Peguei um ônibus para o Parque Central e não demorou muito para já estar lá.

Caminhei lentamente para a árvore que tinha fumado maconha com Greg. Tudo me lembrava a ele. Sentei ali e encostei minha cabeça, em busca de alguma paz. E eu não conseguiria achar por mais que procurasse. Peguei meu caderno da bolsa e uma caneta, precisava escrever.

“Olá. Você é feliz? Eu não sou, não estou feliz. Ele quebrou meu coração, ele levou a minha alma embora. Eu preciso dar um fim em tudo isso. Eu não aguento mais!”

Morte. Por um momento morrer seria agradável, não, seria ótimo.

— Tudo bem? — um rapaz ruivo tinha se sentado ao meu lado.

— Não. — não fiz questão de reparar muito nele, mas ele era muito desagradável. Estava me tirando da minha privacidade.

— Eu percebi. — ele falava de um jeito bom, aliás, gostei da voz dele. — Posso ajudar em alguma coisa?

— Cara, como você senta assim do meu lado? Eu não te conheço. — me virei para ele e ele sorria. O mesmo sorriso do meu Greg.  Levei minha mão até a boca, ele era muito bonito. Branquelo, algumas sardas no rosto e o cabelo desgrenhado e ruivo, igual ao fogo. Seus olhos eram bem azuis. Engoli o seco quando fitei novamente o seu sorriso. Comprimi meu lábio e notei que estava chorando desesperada, mas eu nunca tinha chorado assim na frente de alguém antes.

— Desculpa, eu... — ele me fitava preocupado. — Quer conversar?

— Sim. — eu continuava chorando.

— Tem um café aqui perto... Gostaria de ir comigo até lá?

Olhei para ele e vi que seu olhar era um olhar simples e singelo. Abri um sorriso em meio aquelas lágrimas tão impertinentes e duras e assenti com a cabeça. O rapaz que eu não sabia nem o nome se levantou e me deu a mão para me ajudar. Segurei na mão dele e me levantei, o seguindo.

Andamos em direção a um café que não era muito longe. Entramos e sentamos em uma mesa próxima à janela. Era um ambiente agradável. Algumas pessoas estavam sentadas e tomavam café descontraidamente. Entre risadas e conversas e um cheiro inconfundível de café quente, me senti com um pouco de paz.

— Eu quero um café expresso, por favor. E você...?

— Kate. — disse. — O mesmo, por favor.

— E uma porção de pães de queijo, por favor. — completou o rapaz, enquanto a garçonete anotava tudo e depois nos deixando a sós.

— E você, como se chama?

— Jimi.

— Hendrix? — brinquei esboçando um sorriso agradável.

— Ah, conhece ele? — Jimi arqueou as sobrancelhas, com um sorriso caloroso.

— Apesar de morto, acho ele um músico incrível.

Não demorou muito e a garçonete voltou com duas xícaras de café expresso e uma cestinha com vários mini pães de queijo. Jimi tomou um gole de café com uma expressão maravilhada no rosto.

 — Gosta de café? — ele me perguntou, colocando a xícara de volta ao pirex branco.

— Não sou de tomar muito, mas acho bom.

— Pra mim é uma bebida revigorante, nada como uma boa xícara de café para começar o dia ou tomar o dia inteiro. — Jimi dizia sorrindo. — Sou meio que movido à cafeína.

— Um vício...

— É, um vício. — ele assentiu. — Você tem algum vício?

— Ah, digamos que eu estou viciada em uma pessoa. — abri um sorriso torto, em seguida tomei um gole do meu café. A bebida desceu quente por minha garganta, era uma delícia. Fazia um bom tempo que não sentia um prazer tão grande a não ser em bebidas, cigarros e drogas.

— E essa pessoa não está viciada em você... — Jimi me olhava, com o queixo apoiado em uma das mãos, me observava. No momento em que ele disse isso senti meu mundo desabar. É, era dolorido ouvir isso. Era dolorido, muito! Eu sentia vontade de sair correndo e me esconder em algum lugar.

— Sim. — murmurei. Gosto salgado. Droga! Estava chorando. — Eu sinto muito a falta dele. E é estranho dizer isso, mas pela primeira vez me sinto a vontade para falar isso com alguém.

— Quer falar sobre ele, Kate? — ouvi-lo pronunciar meu nome me passou confiança.

— Eu o amo, só isso. Mais do que a mim mesma e ele foi embora, ele me deixou. Ele disse que eu era única e por um segundo eu acreditei nisso, até ele ir embora e me deixar aqui. Como alguém pode dizer tantas coisas e não provar nenhuma delas? Eu me sinto despedaçada, eu perdi tudo. Eu ignorei minha mãe, meus amigos, por ele. E agora que ele se foi eu não tenho mais ninguém, Jimi. Ele mentiu da pior maneira que alguém pode mentir... — respirei fundo, sentindo as palavras me cortarem de um jeito profundo e ardente. — E mesmo assim eu não consigo esquecê-lo, odiá-lo ou até mesmo criar algum tipo de rancor por ele. É apenas magoa, porque eu sinto que ele ainda vai voltar.

— Ele não vai voltar. — Jimi balançava a cabeça e olhava dentro dos meus olhos. — As pessoas dizem coisas, porque é assim, elas tem que dizer. Não importa se é verdade ou não, elas dizem e nós acreditamos. É a vida, Kate. A vida é uma incerteza, não dá pra saber se a pessoa é verdadeira ou não.

— Como você pode saber? — cuspi as palavras, apesar de sentir a verdade na voz dele, eu havia me sentindo um pouco ofendida. Como se um tapa fosse me dado.

— Porque a pessoa por quem eu era viciado até um tempo atrás nunca voltou. Ela se foi e hoje está casada com outro. O amor, ele nos machuca.

— Eu não consigo imaginá-lo sem mim. — levei minha mão até a boca, me segurando para não chorar mais ainda.

— Mas ele se imagina muito bem sem você, pode ter certeza. — Jimi balançou a cabeça negativamente e tomou mais um gole de café. Fiz o mesmo e respirei fundo, precisando recompor minha calma. — O amor é assim. Você conhece alguém, se apaixona perdidamente e depois essa pessoa por quem você se apaixonou, dedicou todo o seu tempo vai embora. Sabe, não se preocupe, você vai conhecer muitos outros depois dele.

— Não preciso de nenhum outro.— mordi meu lábio.

— Eu acho que você deve voltar a falar com sua mãe, seus amigos.

— Eu sou muito orgulhosa.

— Foda-se o orgulho, Kate. Ele só nos fode nessas horas.

Ficamos em silêncio por um tempo, me perguntei o que eu estava fazendo ali com um estranho. Talvez eu tinha um problema muito sério em me relacionar com pessoas que eu não conhecia nem um pouco. Pensei em como tinha conhecido Gregory e como tudo tinha acontecido rápido depois disso.

— Por que foi falar comigo logo mais cedo? Sentiu pena? — indaguei.

— Na verdade eu não sei. Eu estava vindo na direção oposta e te vi de costas sentada. Achei que fosse uma pessoa, você se parece muito com ela. Mas quando vi que não era, decidi voltar, mas daí notei que você estava chorando e não resisti em perguntar o que tinha acontecido. Desculpe-me se fui intrometido.

— Foi mesmo. — abri um sorriso. — Mas muito obrigada, talvez eu estivesse me suicidando agora.

— Ainda bem que cheguei a tempo! — Jimi respirou fundo e comeu um pão de queijo.

— Então, me diga quem você é. Vamos parar de falar um pouco de mim e da minha desilusão amorosa.

— Tudo bem. — Jimi sorriu, o mesmo sorriso que Greg costumava me dar quando queria alguma coisa. Meu coração quase se rasgou em dois e engoli o nó formado em minha garganta. — Eu tenho 23 anos, estou no terceiro ano da faculdade de jornalismo e trabalho como vendedor em uma livraria aqui próximo. Gosto muito de ler e acho que escrever é a minha maior paixão... Droga! Falando em trabalho... — Jimi correu com as mãos para o bolso do casaco que usava e tirou o celular, olhou para a tela, deduzi que estava vendo as horas. — Estou dez minutos atrasado! Tenho que ir, Kate.

Jimi pegou uma caneta do bolso e anotou em um guardanapo alguma coisa. Me entregou e vi que era um número de celular. Abri um sorriso torto. Em seguida, chamou a garçonete e perguntou quanto tinha dado tudo, pagou a quantia que a moça havia lhe falado e se dirigiu a mim.

— Foi um prazer te conhecer, Kate. — ele sorriu, levantando da cadeira. — Desculpe, mas eu tenho que ir embora.

— Tudo bem, eu também já vou indo. — me levantei junto a ele e fomos andando para fora do café.

— Eu te peço desculpas novamente. Me ligue caso precise de alguma coisa, sabe... Conversar com alguém. Estarei à disposição. Não cometa nenhuma besteira. — estendeu a mão para mim e fiz o mesmo, quando terminou de me cumprimentar depositou um beijo nas costas de minha mão. Como um perfeito cavalheiro...

Jimi começou a andar em passos rápidos até virar a esquina e eu não conseguir mais vê-lo. Guardei o guardanapo na minha bolsa da escola e fui andando em direção ao ponto de ônibus mais próximo. Como tinha ido, voltei da mesma forma. Encostei minha cabeça no vidro. Eu estava sozinha de novo. De algum modo conversar com Jimi aquele tempo havia me confortado, mas agora eu acordava para a realidade novamente. Um mundo sem amor, sem Greg, sem ninguém.

Cheguei em casa e vi que era 11 horas e alguns quebrados. Minha mãe já tinha ido trabalhar, então eu estava sozinha em casa. Fui para o meu quarto e peguei uma garrafa de vodca do meu estoque embaixo da cama, deitei na cama e a abri. Bebi um gole, a bebida descia quente por minha garganta. Era bom beber, por um segundo eu podia me sentir livre de qualquer dor e sofrimento.

— Meu amor, quem diria... — respirei fundo. — Você faz uma falta pra caralho, Gregory.

Era uma saudade quase que insuportável. Eu poderia ficar ali no meu quarto o dia inteiro me perguntando o porquê dele ter ido embora. Mas na minha cabeça vinha aquela vadia da vizinha dele, que eu não sei nem o nome para poder jogar na macumba. Dei risada comigo mesma, porém a risada terminou em lágrimas. Tomei mais um grande gole da vodca e fiz uma cara feia, o gosto não era lá um dos melhores.

Eu não tinha o que fazer sem ele. Minha vida era vazia agora. O que eu tinha feito de errado? Será que dei atenção demais? Será que eu criei uma situação em minha cabeça e achei que aquilo fosse real quando na verdade não era? Mas eu lembro de todas as palavras que ele me disse. “Você é única.” “Eu te amo.”. Tudo tinha soado tão verdadeiro. 


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