The Elevator Hypothesis escrita por Leticia Parsons Jackson


Capítulo 1
The Elevator Hypothesis (capítulo único)


Notas iniciais do capítulo

é só um capítulo mais espero que gostem *w*



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Era um dia relativamente normal na cidade de Pasadena, mas para os maiores nerds da cidade e suas namoradas, esse dia era muito especial. Finalmente o grupo teve coragem de consertar o elevador, que estivera quebrado durante tantos anos que muitos dos vizinhos se mudaram para lá e foram embora sem sequer usar o velho elevador quebrado por um “erro de cálculo” do físico experimental Leonard Hofstadter.

Mesmo com as insistências de Sheldon de que deviam contratar alguém mais qualificado para consertar o mecanismo, os amigos resolveram que Howard devia fazer o trabalho, já que ele era o engenheiro do grupo.

Em questão de horas, Howard terminou de consertar o elevador. Todos estavam lá para ajudá-lo no caso de alguma coisa dar errado, com exceção de Sheldon e Amy, que estavam na “noite de encontro” deles.  Os amigos deram mais uma checada no elevador e Leonard perguntou:

– Você tem certeza que isso está consertado? Amanhã eu e Sheldon vamos usá-lo quando voltarmos da universidade e eu não quero ficar preso aí dentro.

– Leonard, por que você duvida do meu trabalho? Esqueceu que faço objetos apara a NASA? – Howard respondeu

– Não, mas eu também não consigo me esquecer daquela privada que você projetou para eles... – Leonard ergueu as sobrancelhas e olhou para o amigo como se isso fosse algum segredo deles

Howard revirou os olhos e disse que todos já poderiam voltar para o apartamento. Os amigos foram, mas o judeu ficou ali fora. Ele tirou algo estranho de sua maleta, que ocupava mais ou menos a metade de sua mão. Ficou olhando durante um tempo, até que fez um som de desprezo e colocou a peça de volta na maleta.

– Ah, isso aqui não deve ser nada! Não é à toa que não encaixou em lugar nenhum!

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Sheldon e Amy estavam voltando do encontro. Amy ficaria um pouco no apartamento do namorado para jogar algumas partidas de Counterfactuals com ele. Sheldon já estava subindo o primeiro degrau da escada quando Amy o chamou:

– Sheldon, vamos pelo elevador! Howard já terminou de consertá-lo

Assim que o elevador abriu, Sheldon entrou em disparada. Ele não queria admitir (ou talvez nem soubesse), mas assim que entrou no elevador, teve uma sensação de nostalgia. Lembrou-se de quando chegou pela primeira vez no prédio e de muitos outros momentos. O físico teórico poderia jurar que o cheiro daquele combustível de foguete que quebrou o velho mecanismo do elevador ainda estava lá.

Ele e Amy estavam se entreolhando, envolvidos no frequente e discreto “coito visual” deles, quando ouviram um estrondo vindo do lado de fora. Isso foi o suficiente para fazer o elevador parar.

Na mesma hora, Sheldon procurou por um botão de emergência, mas lembrou-se de que o prédio era tão antigo que não foi colocado isso no elevador. Amy tentou ligar para Penny e avisá-la para mandar Howard tirar os dois dali, mas o celular estava sem sinal. Os dois então resolveram gritar para chamar os amigos, mas como os meninos estavam jogando videogame e Penny estava se embebedando com Bernadette, ninguém escutou.

Amy sentou no chão e colocou a mão no rosto. Já Sheldon, começou a reclamar:

– Eu sabia que isso ia acontecer! Como eles puderam aceitar que uma pessoa que só tem mestrado consertasse algo tão complexo como este? Eu sabia que não deviam ter deixado Howard fazer isso! Agora nós...

– Sheldon! Você não percebe que nós estamos presos aqui? Reclamar não vai mudar nada. – Amy o interrompeu

Com isso, Sheldon abaixou a cabeça e ficou olhando para o chão. Depois de perceber que, para descansar, não tinha alternativa a não ser sentar no chão, ele cautelosamente sentou-se ao lado da namorada. Eles ficaram calados durante muito tempo, na esperança de que alguém os tirasse de lá, mas ninguém apareceu. Sheldon começou a se abanar com a mão e quebrou o silêncio:

– Como está quente aqui! Eu quero ir para o meu apartamento e exterminar esses germes malditos que devem estar por todo o meu corpo agora.

– Você sabe o que as pessoas fazem quando está calor? – Amy perguntou, mordendo os lábios de forma provocante.

– É claro que eu sei! Você sabe que eu sei de tudo Amy. Nem sei por quê... Oh! – Ele se dá conta do que Amy quis dizer com aquilo e olha perplexo para a namorada – Nem pensar! Você sabe muito bem o que acontece se nós dois tirarmos a nossa roupa. Sem contar que isso é repugnante.

– Desculpe Sheldon… É que ficar sozinha com você, depois da nossa conversa... fica um pouco difícil de resistir à tentação depois que você fala que não descarta a possibilidade de um contato físico maior.

– Eu entendo que você é escrava de suas necessidades básicas, mas eu acho que nós já temos uma relação íntima demais.

E com isso, os dois se calaram de novo. Não demorou muito para que Amy falasse:

– Se eu te beijasse agora, você ficaria chateado comigo?

– Bem... Eu achei os nossos dois beijos fascinantes, mas... – Sheldon provavelmente falaria mais alguma coisa, mas a língua de Amy o impediu de se pronunciar.

Assim que Amy separou os seus lábios dos de seu namorado, Sheldon parecia surpreso, mas, para a felicidade dela, ele estava com um sorriso no rosto.

– Uau! Isso foi incrível! O que é isso exatamente? – Sheldon estava maravilhado

– É um beijo, Sheldon. – Ela falou como se fosse óbvio

– Mas esse foi diferente, ele foi bem mais... – Ele pensava na palavra certa – Excitante.

Quando Sheldon falou isso, Amy se virou para ele e o fitou espantada, como se não acreditasse que ele tinha falado aquilo. Até ele mesmo ficou espantado com o que disse, e ficou olhando para o outro lado, fingindo que Amy não estava ali. Mas não conseguiu resistir por muito tempo e logo começou a falar com a namorada:

– Só por curiosidade, aonde você aprendeu a fazer isso?

– Penny me ensinou. Falou que seria bom eu fazer isso quando você, de acordo com ela, “atingisse a puberdade”.

– Ela fez isso com você? – Sheldon perguntou espantado

– Claro que não, Sheldon. Ela me mostrou como fazer com um boneco.

– Ela te ensinou mais alguma coisa? – Sheldon estava com os olhos arregalados

– Alguns truques... – Amy falou, mas ao ver a expressão do namorado, logo acrescentou – Mas nada que exija muito contato físico, se é isso que te preocupa.

Assim que ela terminou de falar, lentamente começou a se mover na direção do namorado, que olhava para ela com uma expressão desconfiada, como se ela fosse uma criança travessa prestes a fazer algo errado. E assim os dois ficaram. Fizeram alguns coitos visuais, mas nada tão exagerado.

Depois de bastante tempo, Amy bufou e comentou:

– Será que ninguém percebe a nossa falta?

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Enquanto isso, no apartamento de Sheldon e Leonard, os meninos estavam terminando a partida e as meninas estavam agora na cozinha do apartamento deles, para conversar um pouco com os meninos enquanto bebiam. Penny foi a primeira a perguntar do casal favorito de Pasadena:

– Nossa! Já são quase 23h e Sheldon ainda não chegou!

– Acho que ele e Amy estão tornando aquele momento no Dungeons & Dragons mais realista... – Howard falou em um tom sugestivo

– Eu vou ficar aqui de vigia, para saber que horas que ele vai chegar. – Leonard brincou

– Oh, me passe um SMS quando ele chegar! –  Raj, que agora conseguia falar com as meninas do grupo sem estar bêbado, disse

E então os meninos voltaram a jogar. Ninguém tinha ideia do que Sheldon e Amy estavam passando.

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– Amy – Sheldon falava, com uma expressão envergonhada, como se estivesse fazendo algo errado – Será que... Eu posso tentar repetir o que aconteceu aqui nesse elevador?

– Sheldon, você está pedindo para me beijar? – Ela tentava parecer séria, mas não conseguia esconder o entusiasmo com o que namorado disse

– Só por... Curiosidade científica – Ele gaguejou

– Claro. Curiosidade científica. – Ela não acreditou no que o namorado falava – Você poderia ter isso mais vezes

Ele aproximou o seu rosto ao dela lentamente. Amy fechou os olhos, ainda não conseguindo acreditar que aquilo era real. Seu namorado finalmente tomara a iniciativa de beijá-la. Antes que alguns dos dois pudessem falar alguma coisa, os seus lábios se tocaram. E então, cuidadosamente, eles cada vez mais tocavam um no outro. Quando Sheldon notou, Amy estava com as mãos em seu peitoral e a deslizou até o fim de uma de suas camisas, que agora ela estava carinhosamente removendo.

A mente de Sheldon estava tão confusa. Ele queria e não queria continuar aquele momento. Não queria pelos clássicos motivos: germes, toques e troca desnecessária de saliva. Mas ele queria porque precisava tocá-la, sentir o sabor da boca da namorada e necessitava ficar perto dela. Ela era viciante e perigosa para ele. E o que ele não sabia era que um Homo Novus como ele amava esse tipo de perigo.

Então ele levantou os braços, permitindo que Amy tirasse uma de suas camisas. Ela cautelosamente avançava mais e mais, até que a cabeça estava encostada na parede. O casal ficou assim por mais alguns minutos, até que o “velho Sheldon” falou mais alto. Ele rapidamente parou o beijo e se afastou, demonstrando em seu rosto com uma expressão que parecia que alguém tinha lhe dado um soco de estômago.

– O que houve? Você não gostou? – Amy ficou um pouco nervosa com a atitude do namorado

– Não é isso Amy. Eu gostei, mas é só que... Eu não posso. – Ele falava

– Como assim? – Amy ficou confusa – Me fale o que se passa dentro desse seu incrível cérebro.

– É tão... confuso. Eu preciso de você. Eu te amo, mas ao mesmo tempo odeio o que você faz comigo. Você me torna tão dependente de uma pessoa, me mostra que nem mesmo Homo Novus podem viver sem amor. Você me faz sorrir só quando escuto seu nome, me faz ter um motivo para ficar feliz em momentos difíceis, me faz pensar em você até mesmo quando estou trabalhando! Amy Farrah Fowler, por mais que eu tente impedir isso, eu sou viciado em você.

Quando ela ouviu aquilo, seus olhos começaram a lacrimejar de emoção.

– Eu também te amo Sheldon – Ela abraçou o namorado, que respondeu o gesto colocando os seus braços em volta dela.  – Eu também sinto tudo isso que você disse. Parece que estamos descobrindo o amor...

Ela inocentemente virou o seu rosto em direção ao dele, e ambos começaram a mover seus lábios na direção um do outro. Foi um beijo doce e simples, mas que os dois desejaram que nunca acabasse.

Depois disso, Amy adormeceu no colo de Sheldon e ele carinhosamente colocou sua cabeça em cima da dela. Não demorou muito para que ele caísse no sono também.

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Os meninos tinham terminado a partida. Estava tarde e Raj, Howard e Bernadette resolveram voltar para as suas casas.

– Foi uma noite ótima gente. Fico feliz de ter aproveitado um tempo com vocês aqui. – Penny se despediu dos amigos

– Sem contar que o Sheldon não estava aqui para nos irritar. – Leonard acrescentou

– Isso é porque ele está aproveitando a noite mais do que todos nós aqui... – Howard falou

Todos riram e os três saíram do apartamento. Howard resolveu chamar o elevador, só para se gabar do trabalho que tinha feito com ele. Mas assim que apertou o botão, não obteve resposta do mecanismo.

– Uh-oh... – Howard disse – Gente, eu acho que temos um probleminha aqui.

– O que houve? – Penny perguntou

– O elevador...

– Como assim? Você não acabou de consertar isso?

– Eu avisei. E agora eu finalmente achei uma semelhança entre elevadores e privadas espaciais! – Leonard zombou

– Leonard, pare com isso! O problema é que eu acho que o elevador pode ter parado com alguém dentro! – Howard avisou

– Ah meu deus! – Penny desesperou-se

– Rápido! Peguem as minhas ferramentas que eu vou abrir isso aqui e ver se tem alguém lá dentro!

– Tem certeza? Você pode quebrar essa porta também... – Leonard não se cansava de zombar do erro do amigo

– Cala a boca e vai logo!

Os amigos levaram a caixa até Howard, que demorou uns 20 minutos para abrir a porta do elevador. Assim que a abriu, balbuciou alguns palavrões, pois reparou que o elevador tinha parado no andar de baixo. E então todos foram correndo pelas escadas.

Mais 20 minutos depois e Howard conseguiu abrir e, na mesma hora, ele balbuciou mais alguns palavrões, mas o motivo agora era bem diferente: dentro do elevador estavam Sheldon e Amy, abraçando e segurando a mão um do outro. O casal estava dormindo e uma das camisas do físico teórico estava jogada no chão.

– Parece que a noite deles não foi tão divertida assim... – Falou o indiano

Penny sorriu ao ver a cena e logo fez questão de acordar os dois:

– Pombinhos, já podem acordar! O elevador não está mais trancado!

Essas palavras foram suficientes para despertar o casal. Os dois coraram ao perceberem que os seus amigos estavam rindo com a cena. E então os dois saíram juntos rapidamente e foram até o apartamento de Sheldon, sem falar uma palavra com os amigos sequer.

Os dois, que estavam extremamente cansados, logo foram para o quarto de Sheldon. Até ignoraram as brincadeiras que o grupo fez sobre os dormindo na mesma cama depois do que provavelmente teria acontecido. Sheldon e Amy deitaram na cama e ela deu um rápido beijo de boa noite no namorado, que até respondeu a ação dela beijando-a de volta.

– Boa noite Amy.

– Boa noite Sheldon.

Eles ficaram calados um tempo, perdidos nos olhos um do outro, até que Sheldon quebrou o silêncio.

– Amy, você ainda está acordada? Quero te falar algo.

– Pode falar.

Eu... – Ele corou quando começou a dizer aquilo – Eu te amo Amy Farrah Fowler.

– Eu também te amo Sheldon.

E com isso o casal trocou mais um beijo e logo adormeceu. Estavam dormindo abraçados e em nenhum momento desde o elevador Sheldon havia largado a mão de Amy, pois agora ele nunca mais queria soltar sua amada.

Quem diria que um erro de um simples engenheiro com mestrado mudaria tanto a vida do casal preferido da Pasadena...


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Notas finais do capítulo

Adorei escrever essa fic, então torço para que vocês tenham adorado lê-la ^-^
Se puderem, expressem suas opiniões mandando reviews :3