Won't Let You Go. escrita por Bee


Capítulo 1
Capitulo único.


Notas iniciais do capítulo

Hey, mais uma one postada por minha pessoa - a segunda em um mês que orgulho - Bom, eu ouvi essa musica e me surgiu a ideia, talvez tenha ficado uma merda, mas ok opaskapoks. Bom se alguém veio ler - o que duvido - acompanhe a musica, ela me irritou para diacho, porque eu ouvi 3000 vezes, só hoje. Enjoy it...

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Os românticos franceses defendiam o sonho como uma segunda vida. Mas essa historia não foi escrita por um romântico francês. Para Alice e Frank Longbottom, o sonho não era a segunda vida, a vida com a qual vivem agora era a segunda vida, o sonho era a verdadeira vida deles, só naquela penumbra de claridade eles realmente se encontravam com a verdadeira vida que haviam, contra suas vontades, abandonado.

Alice viajava na penumbra clara, guiada por aquele anjo moreno que era seu marido. Guiada até o passado, guiada para a vida verdadeira. Ao chegar a primeira parada, ela via aquela pessoa pequena garota, franzina e tímida, aquela que ela costumou ser. Ela via aquela garota a observar o moreno de olhos baixos, Frank desde que a garota o conheceu tinha aquela aura de paz que a atraia.

_ Alice, você tem que ir falar com ele. – Alice ouviu Doe falar, ela nunca admitiu sua atração, sua paixão pelo garoto era segredo, exceto para Dorcas, a loira tinha aquela facilidade de encontrar as verdades mais intrínsecas das pessoas – Frank gosta de você, eu vejo pelo modo como ele te olha e fica fofamente rubro.

_ Doe, você está... – Alice perdeu a voz ao notar que Frank a encarava, e ele sorria. Ah! Aquele sorriso, por que ele tinha esse poder sobre ela? Por que ele insistia em lançar aquele olhar que, combinado com aquele sorriso, fazia com que a garota tremesse sobre seus joelhos magros? - ... Está... Está louca. Ele nunca gostaria de mim, olhe para mim, eu sou apenas... – Alice nunca completou aquela frase, não naquele momento, ela não sabia o que era ela, até aquele momento –

[...]

_ Você é apenas estranha. – Frank sorria docemente, mas Alice não, ele havia a chamado de estranha na cara dura? – Assim como eu. Entenda, eu gosto do estranho.

_ Você não é estranho. – Foi somente isso que Alice conseguiu produzir. Sua boa estava estranhamente seca, e as palavras fugiam. Por que mesmo eles estavam sozinhos? Por que Dorcas havia a abandonado ali? –

_ Vou te contar um segredo, que como é de praxe, todos em Hogwarts sabem. Eu sou estranho. Minha família é estranha. – ele sorria –

_ Para mim você é normal. – E lindo. –

_ Normal de um bom jeito? – ele sorriu –

_ Existe outro?

_ Claro, o normal pode ser chato. – ele disse com o cenho franzido esperando pela resposta –

_ Normal de um bom jeito. – ela sorriu, e aquele havia sido o ponto alto de seu quinto ano –

[...]

Se Frank e Alice eram amigos agora, por que ela ainda sentia vergonha de conversar com ele? Afinal ele não era um ser extraterrestre completamente diferente dela. Ele era normal. Ele era maravilhosamente normal, e lindo. Como podia ele ter aqueles olhos castanhos profundos daquela maneira?

Como podia Alice sentir o coração acelerado cada vez que ele sorria para ela? Como podia ela ser perpassada por aqueles arrepios que subiam por todo o seu corpo cada vez que ele encostava nela? Como podia ela querer abraça-lo nesse momento em que ele estava devastado, e não conseguir mover um músculo sequer?

_ Eles o assassinaram. – Frank dizia, com os olhos embargados pelas lágrimas de desespero – Como puderam assassina-lo?

Os comensais haviam assassinado aquele que era o sogro de Alice. Não, ele não era o sogro oficial, mas nos sonhos daquela garota tímida e pequena, ela já havia casado com o garoto de olhos castanhos profundos. A guerra havia estourado, e eles não estavam nem no fim do sexto ano. O Sr. Longbottom era um auror, e lutava contra as forças do mal, aquela foi a primeira morte da guerra que acabaria com o mundo deles.

Os amigos tentaram consolar o moreno. Mas em certo momento ele apenas saiu correndo castelo a fora. Os marotos tentaram, ou três deles ao menos, já que ninguém sabia onde Rabicho havia ido naquela noite, como acontecia com frequência, mas Lily parou os três com sua voz doce e mandona, ela disse que ele precisava de um tempo sozinho. Lily tinha esse poder de entender as pessoas em seus momentos mais delicados.

_ Eu preciso de ar. – Alice suspirou para as amigas, se levantando e saindo do salão comunal da Grifinória. Seguiu em direção a torre de Astronomia. E sua surpresa não foi outra a não ser de que ele estava lá. Ele havia pulado para o outro lado das barras de proteção, e estava quase caindo do beiral da torre para a morte certa. – Frank. – ela gritou assustando o garoto – Venha para esse lado neste exato momento. – Alice ordenou, e por incrível que pareça ela não gaguejou –

_ Alice. – ele gaguejou o nome dela – Eu estava pensando, será que se eu saltar daqui, Merlin entregaria a minha vida ao meu pai? – sua voz embargada – Minha mãe não vive sem ele.

_ Ela não vai viver sem os dois. – a morena tinha a voz firme como nunca ocorria quando falava com ele – Vamos, pule para esse lado. Agora.

_ Alice, me deixa em paz. – ele pediu, mas a garota apenas ignorou o pedido, se aproximou mais, e com toda sua pouca força, tentou puxá-lo – Alice, me solta. – ele gritou –

_ Ok. – ela soltou – Mas se você pular, eu pulo junto. – ela ameaçou escalando a barra de proteção –

_ Alice, não seja idiota. – Frank disse decidido –

_ Você pode ser idiota, mas eu não? – ela o confrontou – Frank, eu estou do seu lado, de você cair, eu vou pular para te segurar, não vou te abandonar.

_ Ok. – ele gritou – Eu não pulo, você não pula. Ok? – ele disse – Venha, vamos voltar.

_ Só vou depois que você for. – ela disse observando o garoto pular a cerca de proteção, então ela também foi, e ele a ajudou a ir – Obrigada. – ela sorriu enquanto ele a segurava perto mesmo que ela já estivesse segura na torre –

_ Você é linda. – Frank comentou docemente encarando os grandes olhos azuis da morena – E fica mais linda ainda quando está com vergonha. – ele sorriu ao ver a menina encarar o chão rubra –

_ Você é um mentiroso. – ela sorriu envergonhada –

Ele nada respondeu, nem ao menos precisava, ele ergueu suas mãos percorrendo todo o braço dela em direção ao pescoço. O percurso daquelas mãos assustou Alice, e ela o olhou assustada. As mãos do garoto subiram até as bochechas rubras da garota, estas que ele afagou delicadamente antes de aproximar os rostos.

A respiração acelerada de Alice batia contra o rosto frio de Frank, e os olhos dele seguiram até a boca da garota, os segundos seguintes então passaram em um flash e a boca do garoto encontrou a dela com tamanha fúria e delicadeza embutidas em um beijo desejado por ambos os lados.

Um elefante, dois elefantes, três elefantes, quatro elefantes, cinco elefantes – Oh Merlin ele está me beijando – Dez elefantes, onze elefantes, doze elefantes – Este está sendo meu melhor beijo. – a cabeça da garota agora era apenas um turbilhão de pensamentos sem coesão. Ela contava o tempo de seu beijo, mas sinceramente ao final, ela havia perdido a conta e se entregado.

O beijo durou alguns minutos, eles não queriam parar o beijo, e porque iriam querer isso? O beijo estava tão bom, ela esperou tanto por aquilo, e ela nunca soube, mas ele também esperava.

A cena se apagou lentamente sobre a penumbra de uma noite tempestuosa. O seu guia, e seu marido, continuava tão lindo quanto na noite daquele beijo. Ele encarou-a com cuidado, e então naquela penumbra seus olhos e seu sorriso se destacavam.

_ Foi o primeiro dos três melhores dias da minha vida. – Alice ouviu aquela voz doce e calma, que a deixava em êxtase –

_ Quais foram os outros dois? – ela perguntou sorrindo –

_ Você verá, acha que não demora muito.

E não demorou. A cena que se seguiu ela conhecia muito bem. Aquela igreja em estilo gótico, aquele tapete vermelho que demarcava todo o caminho até o altar, as pétalas de rosa que jaziam no chão, e o aquele moreno que ficava maravilhoso em um terno a sua espera no altar. Ela não conteve aquele sorriso de felicidade, em nenhuma de suas versões, aquele era o momento mais feliz das suas duas vidas, poder viver e reviver aquilo.

Ela havia escrito seus votos em um pergaminho, mas nunca chegou a lê-los, na hora em que o sacerdote a perguntou sobre seus votos, ela apenas sorriu e no momento tudo surgiu em sua mente. Alice, a dos sonhos, aquela que jazia viva num passado não tão distante mas ainda sim esquecido, olhou nos olhos do Frank, aquele do passado, e sorriu.

_ Frank Longbottom, houve uma vez, talvez se lembre em que eu lhe disse que se você pulasse, eu pulava atrás, que eu estava do seu lado e sempre estaria, te segurando. E quero que saiba que continua sendo assim. Quando você estiver caído, quando estiver triste, quando seu fogo for cinzas, eu não vou te deixar ir, eu estarei ao seu lado, eu irei segurar sua mão. Quando você estiver quebrado, como naquele dia, eu estarei do seu lado, quando você acreditar que perdeu a razão, eu ainda estarei aqui, e se eu disse isso, é porque será para sempre. Eu te amo, sempre te amei, e sempre te amarei, e essa é uma das únicas razões da minha vida. Agora, você é meu, e eu sou sua. – Ambas as Alices sorriam, e em ambas uma lágrima escorria pela bochecha –

Ela se lembrava de como um Frank desajeitado lia seus votos, que estavam em um pergaminho amassado, ele gaguejava e se atrapalhava, mas nem por isso Alice achou menos perfeito. Ele havia prometido que ele sempre estaria ali para a garota, até que o mundo se extinguisse em fim.

Quando ambos se beijaram, a penumbra voltou a envolve-los. E então eles pararam em um quarto, onde Alice estava na cama, com um menino de cabelo cor de areia e olhos castanhos esverdeados, e um Frank todo babão a observa-los.

_ Frank, pegue-o. – Alice estendeu os braços com a pequena criança aninhada em um cobertor azul –

_ Não, ele é tão... Pequeno... Parece que vai quebrar. – ele disse se afastando do filho fazendo a mulher rir docemente –

_ Você vai conseguir. Pegue nosso menino. – ela sorriu e ele pegou aquele embrulho tão cuidadosamente que parecia estar segurando algo tão sensível que quebraria ao simples toque - Ele vai ser um grande bruxo ainda, Frank. – ela sorriu – Nosso Neville será um bruxo poderoso.

_ Como a mãe. – Frank sorriu, mas ele não podia esconder a temeridade por trás de seu sorriso, o casal havia enfrentado Lord Voldemort duas vezes, e ele nem ao menos sabiam se viveriam para ver seu filho crescer – Eu já o amo tanto. Eu te amo. – ele sorriu para o filho – E eu te amo ainda mais. – ele sorriu para a mulher aproximando-se para beija-la –

A penumbra que os envolvia agora não se dissipou quando a nova cena lhes apareceu. A noite era tempestuosa, Frank e Alice haviam saído em missão, e deixado seu pequeno com a avó. Comensais estavam atacando com tanta força que os aurores estavam temerosos quanto à perda naquela guerra. Eles tentaram acabar logo com toda aquela luta, quando foram surpreendidos por uma risada estridente e cortante, como a de uma bruxa má de contos de fadas.

_ Ora, ora, ora, se não são os Bundas Longas. – eles viram Bellatrix Black Lestrange saindo de trás de um dos prédios que rodeavam a luta – Que enorme desprazer e que grande chance tê-los aqui, com tantos de nós. – ela gargalhou novamente fazendo com que o cabelo enrolado dela se eriçasse mais –

(Bottom tem a tradução de traseiro, bunda também, apesar da etimologia ser Longbottom de Vale Longo, era uma piadinha da amada Bella)

_ Black! – Alice exclamou numa mescla de espanto e medo, ela sabia que a Black havia se tornado uma comensal, mas também sabia que ela nunca foi das mais certas, algo que sempre deu repulsa no próprio primo, Sirius –

_ Lestrange, agora. – Bella sorriu e empunhando a varinha, ela ameaçou lutar com Alice, enquanto Alice se defendia, outro comensal conseguiu atingi-la com um Incarcerous –

_ ALICE! – Frank gritou ao ver que a mulher foi capturada –

Com a precipitação dele em correr na direção da mulher, ele acabou sendo atingido por uma maldição imperdoável, ele se contorceu no chão, com a dor de mil ossos se quebrando. Logo que o feitiço cessou, ele foi preso próximo a sua esposa.

_ Soube que tiveram uma criança. – Bella disse brincando com sua varinha, eles haviam arrastado o casal até um casebre velho e abandonado em meio a uma floresta, onde encontravam-se os dois presos, Bellatrix, Rodolfus e Barto Jr. – Tem quanto tempo? Um ano?

_ Você não vai fazer nada com Neville. – Alice gritou – Não se atreva, ou eu te mato.

_ Não precisa se preocupar com ele, ainda. – Bella sorriu maldosa – Mas vocês vão nos dar informações, e depois nós os matamos.

_ Não temos informações para te dar, sua maluca. – Frank gritou –

_ Cala a boca, seu medrosinho, medrosinho, medrosinho. – Bella o provocava – Ou te faremos sentir mais um pouco de dor.

Alice e Frank viram Bella apontar a varinha para eles. Ele segurou a mão da esposa, e tudo que sentiu depois, foi a dor invadindo seu corpo como se um animal raivoso tivesse o pisoteado. Mas ele não conseguia preocupar-se consigo mesmo, apenas com a esposa que gritava de dor ao seu lado.

Alice acordou. A lembrança daquela dor fez com que seu corpo todo doesse, como se todas as noites a dor daquela vida que havia abandonado-a voltasse para assombra-la. Ela se levantou, vestiu o roupão que sempre ficava ao lado de sua cama e o vestiu. Olhou a cama do lado, e com um sorriso se dirigiu até ele.

_ Eu prometi que nunca te deixaria. – ela sussurrou o acordando – Dorme, meu amor. – ela acalentou-o – Quando eu te disse que sempre estaria do seu lado, seria nos bons e maus momentos, nos momentos de felicidade e nos de dor. – ela ainda lembrava, sempre que acordava durante a noite, de como ele havia lutado para defende-la. Por vezes ele recebeu toda a potencia dos feitiços por ela – Eu te amo, e nunca vou deixar de te amar.

_ Eu pulo e você pula, não é? – ele sorriu, e o seu rosto se enrugou um pouco mais. – Eu te amo. – a mulher, deitou-se ao lado dele e como em uma das memorias, ela se sentiu viva novamente e assim eles dormiram –

[...]

Neville entrou naquele quarto branco e costumeiro do hospital. Fazia anos que vinha visita-los sempre que podia. Já fazia 31 anos que os pais estavam naquele hospital, 31 anos de tortura diária para o garoto, ao notar a baixa evolução que os pais faziam, por vezes, eles nem o reconheciam.

_ Oi mamãe... – ele beijou a testa da mãe – Oi papai. – ele beijou a testa do pai e sorriu ao notar que eles haviam dormidos juntos novamente – Senti saudades, mas vocês devem saber que a escola me tira muito tempo, me desculpem se não posso estar sempre aqui. As gêmeas queriam vir, mas acabaram ficando doentes. Hannah também queria vir vê-los, mas ela não confia muito em deixar as meninas com a vovó. – ele contou tudo para os pais sobre a vida dele e o que acontecia –

Uma hora depois, os pais haviam acordado, e ele continuou conversando da forma que se falava como uma criança, estava acostumado com aquilo, mas então notou que já estava na hora de voltar para casa. Então se despediu. – Eu te amo, mamãe.

_ Eu te amo, filho. – ela disse, quase que como inconscientemente – Você parece ser um grande homem. – ela disse absorta em pensamentos – Seus pais devem ter orgulho.

_ Eu sei que eles tem. – Neville sorriu – Mesmo que eles não digam. Eu te amo papai. – ele se despediu do pai e sai do quarto –

Naquela noite, Alice entrou novamente em seu verdadeiro mundo, e junto com Frank, eles viram aquele homem que havia estado ali mais cedo. Ele era um homem, e assim como seus pais ele era uma pessoa boa e de grandeza admirável.

"Porque nos sonhos entramos num mundo inteiramente nosso." - Dumbledore, A.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Hein, hein? Gostaram? Odiaram? Bom, qualquer resposta deixe em um review. Bom é difícil escrever sobre a Alice e o Frank, afinal, temos poucas informações sobre.
Aproveite e leiam: http://fanfiction.com.br/historia/376064/And_I_Love_Her - Sirius e Lene :)
Beijinhos, não esqueçam o review na saída e faça alguém feliz :)



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