2º Temporada†:Treze Noites De Terror† escrita por Vega Sage


Capítulo 18
Apenas Mais um Conto pra o Fim De Noite


Notas iniciais do capítulo

titulo grande,desculpem...Historia emocionante



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Parecia mais um dia comum. Eu e Rafael estávamos saindo de casa para irmos encontrar alguns amigos. Ele parecia diferente naquele dia, não havia dito nada. Não liguei muito, afinal, ele não era uma pessoa muito comunicativa.
Enquanto andávamos, ouvimos um barulho estranho vindo de uma casa, há muito tempo abandonada. Parecia que alguém estava brigando lá dentro. Incerto, decidi entrar e tentar ajudar quem estava lá dentro. Rafael, surpreso com minha atitude, me acompanhou, sem questionar o porquê.
Quando entramos, nada. A casa estava exatamente como sempre: devastada. Parte da destruição foi causada pelos amigos de Rafael, que usavam a casa enquanto ela ainda estava em estado considerável, para festas. E, para os mais “assanhados”, havia um quarto distante da casa. Para chegar nele, era necessário cruzar um estreito corredor, garantido a privacidade de quem fosse para lá. E, numa destas festas, um casal foi até lá, como de costume. Mas eles discutiram seriamente. Irritado, o garoto começou a bater nela. Mas ele não soube parar. Quando se deu conta, ela estava morta. Desesperado com o que fez, ele fugiu.
Os amigos deram falta de ambos. Pensaram que estavam naquele quarto, “se divertindo”. Mas o tempo passou. Duas, três horas. Ninguém passava tanto tempo assim lá. Resolveram investigar. Quando chegaram lá, se depararam com um corpo encostado na parede e estilhaços de vidro, resultado da janela que havia sido quebrada. Ninguém chamou a polícia, pois se chamassem, todos iriam presos. Decidiram então fechar aquele quarto e nunca mais usar a casa.
Agora, voltamos àquela casa. Lembranças daquele dia voltaram a povoar minha mente. Quando me lembrei daquela garota, um vulto cruzou um corredor à nossa esquerda, correndo de uma porta à outra. Olhei para Rafael, para ver se ele também tinha visto aquilo. Sua expressão demonstrou-me que sim. Tinha alguma coisa na casa, e ela estava querendo alguma coisa conosco. Decidido, segui-a. Rafael, assustado, apenas me acompanhava. Parecia que o medo havia-o emudecido mais ainda.
Toda vez que o vulto passava, eu ia à sua direção. Foi quando percebi para onde ele estava indo. Para o quarto. Aquele onde a jovem havia sido assassinada. Um calafrio percorreu minha espinha. Nunca mais havia voltado lá desde o dia em que encontramos seu corpo sem vida.
Ela virou-se e me encarou. Naquela hora, fiquei paralisado de medo. O vulto não tinha face. Era como se ela tivesse sido arrancada. Não conseguia me mexer e não queria mais continuar com aquilo. Mas não era hora de fraquejar. Já vim até aqui. Tomei coragem e decidi enfrentar meu medo, arrastando Rafael comigo, que continuava sem dizer uma palavra, tão amedrontado quanto eu.
O corredor permitia apenas a passagem de uma pessoa por vez, então, entrei primeiro, seguido por Rafael. O pequeno trajeto parecia estar maior do que me lembrava. Isso tornou aqueles segundos de ansiedade e medo infinitamente maiores. Quando conseguimos ver o quarto, ele não tinha mais uma porta, e sim uma janela em seu lugar.
Esperei Rafael ficar ao meu lado para poder olhar lá dentro. Quando me certifiquei disso, abri a janela. Aconteceu o que eu não queria. Havia marcas de sangue por todo o quarto, e o corpo da garota estava no mesmo lugar onde encontramos: encostado na parede. Mas, quando olhei para ela, percebi que agora ela estava com sua face, demonstrando um semblante triste. Assustado, fechei a janela rapidamente, mas alguma coisa abriu-a violentamente. Foi a garota, ou o que restou dela. Seus olhos tornaram-se negros, apontando para Rafael. Virei-me para vê-lo, mas ele estava completamente paralisado. Quando voltei minha atenção para o quarto, ela não estava mais lá, mas tinha deixado uma mensagem na parede, escrita em sangue: “foi ele que fez isso”.
Perdi o controle. Gritei com o novo susto e tentei dizer para irmos embora dali de uma vez antes que alguma coisa acontecesse. Porém, quando me virei para Rafael, seus olhos tornaram-se negros e ele soltou uma risada maléfica, avançando em minha direção logo em seguida.
Fechei os olhos e esperei pelo pior. Mas, quando abri novamente os olhos, eu estava na minha cama, com Rafael dormindo no chão, ao lado da cama. “Foi tudo um sonho?”, pensei. Ainda um pouco nervoso com o sonho, levantei-me e fui até a cozinha, tentando não fazer barulho para não acordá-lo. Tomei um copo d’água e me acalmei um pouco. Voltando para o quarto, observei-o um pouco. Ele parecia estar normal.
Então, voltei para minha cama e tentei dormir, virando-me de forma que pudesse vê-lo. Meus olhos começaram a pesar lentamente. Quando estava quase pegando no sono, ele acordou, encarando-me novamente com aqueles olhos negros expressivos. Percebi, naquele momento, que meu destino estava selado...


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Notas finais do capítulo

então gostaram...mandem reviws



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