One Night escrita por GMaiden


Capítulo 1
Apostas


Notas iniciais do capítulo

Passando essa fic pra cá!
Era pra ser só um capítulo mais vou dividí-la!
Ainda deve ter alguns erros, então desculpe XD

Enjoy it!



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Ensaiávamos mais uma música no estúdio, o que pedia minha total concentração, que naquele momento parecia fugir de mim e parar no guitarrista ao lado oposto ao meu.

 

Shiroyama Yuu. Aoi. Eu nunca tinha parado pra pensar na relação que tínhamos. Pra mim sempre foi de bons amigos, e queria continuar acreditando nisso. Mas de um tempo pra cá algo estava mudando, ele lançava olhares, jogava indiretas, e depois falava que era brincadeira, mas só um idiota iria acreditar nisso, ele fazia de propósito para poder saber minhas reações.

 

Para mim era estranho saber disso. Primeiro, porque ele é meu amigo. Segundo, porque até hoje eu nunca tinha cogitado a idéia de ficar com homens em toda minha vida, não que eu pegasse muitas mulheres, de vez em quando sim, mas nada que um dia me fizesse querer uma ao meu lado. Terceiro, e mais importante, eu queria negar, mas meu corpo parecia saber muito bem que gostaria de experimentar estar com ele. E mais uma vez eu errava outra nota.

 

- Uruha! – alertou o baixinho – Você poderia fazer o favor de se concentrar na sua guitarra e não no nosso outro guitarrista?! – ele falou e eu pude sentir certo cinismo em sua voz.

 

- Muito engraçado Ruki! – falei tentando esquivar da indireta.

 

Passei meu olhar por cada um deles até chegar onde meus olhos mais receiavam, Aoi continuava olhando pra sua guitarra, mas um sorriso pairou no canto dos seus lábios e eu tinha certeza que estava tão vermelho quanto um tomate.

 

- Ok! Ensaiamos bastante hoje, se pararmos agora não terá nenhum problema – disse Kai –, podemos ensaiar semana que vem – e abriu um lindo sorriso.

 

- Obrigado Kai. – falei agradecido – Acho que estou um pouco cansado.

 

- Não esqueçam que marcamos na boate amanhã à noite. – lembrou - Nos vemos amanhã – Kai pegou suas coisas em cima do balcão e saiu do estúdio.

 

Caminhei até a geladeira para pegar um pouco de água, realmente estava um pouco cansado. Virei e vi Aoi guardando suas coisas, Reita e Ruki conversavam enquanto guardavam as suas. Fui até o balcão guardar algumas coisas minhas na mochila.

 

- Tchau pessoal, até amanhã. – ouvi a voz de Reita – Vamos chibi, você ainda que uma carona?

 

- Claro que sim, vamos, tchau! – falou se despedindo.

 

Ouvi a porta ser fechada, enquanto colocava as últimas coisas na minha mochila, e cantarolava uma música qualquer na minha cabeça, então me lembrei de um detalhe, eu não estava sozinho na sala, e isso realmente me deixou nervoso.

 

- Oi Uru! – Escutei isso tão perto do meu ouvido que não teve como conter o arrepio que senti – Quer dizer que eu não deixo mais você se concentrar nos ensaios? – riu enquanto se afastava.

 

- Como se fosse – ri também e falei tentando parecer o mais natural possível.

 

- Então devia disfarçar melhor – não perdeu a chance de fazer mais uma piada.

 

- Hahaha, é melhor você parar de fazer esse tipo de brincadeira porque alguém pode ouvir e pensar que é verdade!

 

- Uruha você nunca ouviu um ditado que diz “É brincando que se fala a verdade”? Pois ele se aplica a essa situação – e apareceu em seus lábios o sorriso mais malicioso que já o vira dar.

 

Fiquei olhando pra ele por uns bons segundos, eu sabia que uma hora ele iria falar sem brincadeiras, mas não esperava que fosse àquela hora, e eu não estava preparado para isso.

 

- Aoi o que te faz pensar que eu me sinto tão atraído por você? – já que eu não podia fugir, iria direto ao assunto.

 

- Eu não sei se isso é verdade, mas eu sei como tirar minhas dúvidas.

 

- Sério? com- a frase não terminou.

 

E eu só senti a mão dele contra a minha nuca e em seguida a textura dos seus lábios contra os meus. Eu nem tinha visto o momento que ele chegara tão perto de mim, e eu continuava em choque. Senti a pressão de sua mão aumentar e a sua língua forçar o espaço entre meus lábios e o único impulso que eu tive foi o de afastá-lo com toda minha força.

 

- Pare! - falei em desespero.

 

- Urura, desculpe, eu passei dos limites – e a única coisa que vi em seu olhar foi desapontamento.

 

- Não! Eu sei que você não está arrependido! – peguei minhas coisas e sai de lá o mais rápido que pude e a última coisa que lembro foi de escutar Yuu chamando por mim.

 

-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_

 

Acordei e olhei pela varanda do apartamento e com certeza ainda era madrugada, sabia que não iria conseguir voltar a dormir, eu estava um pouco zonzo pelo calmante que havia tomado quando cheguei do ensaio, tudo para não ter que pensar no ocorrido.

 

Fui ao banheiro, lavei o rosto, e fui à cozinha pegar uma cerveja e me sentar em frente à TV e assistir algum filme. E era incrível como eu não conseguia me concentrar em nada. Peguei meu celular e havia mais de dez chamadas, que só podiam ser de uma pessoa.

 

E tudo que me veio à cabeça foi Yuu me beijando, e em como eu tinha saído desesperado, nem lembrava de como havia chegado ao apartamento. Mas em que ele estava pensando? beijando assim do nada? e o pior: por que eu estava me fazendo de ofendido?!

 

Eu sabia que no fundo eu queria saber como seria os toques dele, como seria estar com um homem, e que esse homem fosse ele, um moreno que exalava charme e tinha a boca mais sensual que eu já havia visto em toda a minha vida.

 

Mas eu colocaria tudo em risco por prazer? com uma banda a zelar eu me arriscaria em uma coisa que poderia desencadear em um escândalo? e eu realmente não deveria estar pensando nisso. Aquele beijo devia ter acabado com metade dos meus neurônios.

 

“Ding. Dong.”

 

Minha atenção foi toda voltada ao som da campainha. Quem diabos estaria a minha porta de madrugada? e quando eu levantei para abrir me arrependi amargamente da pergunta que havia feito.

 

- Gomen Kou, por aparecer agora, mas eu realmente preciso falar com você - me explicou com uma voz quase suplicante.

 

E eu devia estar parado na porta com a cara mais irritada que eu poderia fazer, eu nunca havia tido uma vontade tão forte de bater a porta na cara de alguém e sair correndo. Mas claro que eu não fiz isso.

 

- Entre! – falei o mais frio que eu pude.

 

Quando entrou,  notei que ele não parecia ter vindo sem mais nem menos da sua casa até aqui, porque enquanto eu estava só com uma calça larga, ele estava bem arrumado pra alguém que só precisava “falar” comigo. Fechei a porta e o direcionei ao sofá.

 

- Então, o que é tão importante ao ponto de você aparecer aqui a essa hora? – eu precisava acabar aquilo bem rápido.

 

- Vim pedir desculpas, nem consegui dormir por causa disso, e pelo visto você também não. – falou enquanto baixava a cabeça.

 

- Não se preocupe Aoi, eu vou fingir que nada aconteceu e podemos seguir como uma banda feliz! se for só isso que veio dizer então creio eu que você já vai embora, não?! – levantei e caminhei até a porta.

 

- Vim pedir desculpas pelo que eu fiz no ensaio, mas você não precisa me perdoar pelo que eu vou fazer agora! – e vi a distância que nos separava diminuir drasticamente.

 

Dessa vez não foi uma simples mão na nuca, ele passou o braço pela minha cintura e me puxou, senti a sua língua passear na linha do meu queixo e no meu pescoço, enquanto eu travava uma batalha interna entre afastá-lo e deixar acontecer.

 

- Você não devia me empurrar de novo nessa hora? – falou brincando.

 

E fez o que eu menos esperava: me afastou, me lançou um olhar que deixaria qualquer um sem fôlego e sussurrou ao meu ouvido:

 

- Só uma noite Uru, Ninguém irá saber! Você não tem nada a perder!

 

- E o que eu teria a ganhar, Yuu?

 

- Tudo! você conheceria o significado da palavra “Prazer”!

 

- Só uma noite! – falei sem tentar pensar em conseqüências.

 

Então ele me tomou em um beijo que ansiei sem nem mesmo saber, senti sua língua escorregar na minha boca e mapear com agilidade cada parte, ele mordia meu lábio inferior enquanto apertava a curva da minha cintura com força, me fazendo querer gritar. E então me afastou novamente, virou de costas e andou em direção a porta.

 

- Até a noite, Uru-chan!

 

- Ahm? – aquilo era uma pegadinha ou algo do tipo?

 

- São quase 4 horas, está quase amanhecendo, e eu quero uma noite... Inteira! – e saiu.

 

Eu realmente não acreditava no que havia acontecido ali.

 

- Droga! – foi a única coisa que consegui dizer.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até aqui!

Agora não seja malvada e por favor deixe um review, quero muito saber sua opinião! ^^



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