– EU NÃO ACREDITO – Pra Eduardo, Monica parecia estressada- VOCE ESQUECEU?

–Monica – Edu sempre fora calmo – eu não esqueci. Eu só...

–SÓ O QUE? NÃO QUIS ALMOÇAR COM MINHA FAMILIA E POR ISSO FICOU A TARDE INTEIRA JOGANDO VIDEOGAME?

–Bom, eu... – Não dava nem pra tentar discordar. Porque na verdade, Edu ficara a tarde interia jogando videogame, e esquecera do almoço com a família de Monica – Sim, na verdade

– EDUARDO, voce precisa aprender a ter responsabilidade. RES-PON-AS-BI-LI-DA-DE

Ok. Já deu. Eduardo odiava quando falavam de sua responsabilidade. Ele admitia: nuca fora inteligente, não era romântico, nem organizado. Mas uma coisa que sabia, era ser responsável. Pelo menos era assim que ele pensava...

–OK MONICA. ENTAO PARA DE GRITAR, PORQUE PRA COMEÇAR, EU NÃO SOU SEU EMPREGADO.

Era a primeira vez que ele gritava assim com ela. Viu de relance, os olhos de Monica marejarem. Merda

–Droga Monica – procurou acalma-la. Mas ele estava, certamente, mais nervoso. – desculpa.

E antes que ele terminasse, Monica já tinha decido as escadas e corrido em direção a porta. E Eduardo não foi atrás. Não.

Não dessa vez.

E também brigaram juntos, muitas vezes depois

Um dia inteiro tinha se passado desde que Eduardo perdera o controle. Monica tinha pensado sobre o assunto, e decidiu que o melhor, era se desculpar. Se Edu tinha chegado aquele ponto, então ela tinha passado dos limites.

*ding dong*

Um Eduardo sonolento abriu a porta. Monica decidiu que pararia com a estranha mania e resolver problemas logo pela manhã. Normalmente, ela acordava as pessoas, e isso não as deixava num humor lá muito bom para conversar.

–Ah, oi Monica – ele sabia que ela viria – Que ta fazendo aqui tão cedo?

Ele coçou os olhos por um longo tempo.

–Preciso me desculpar.

–Por? – o cérebro dele com certeza não estava funcionando muito bem.

–Por ontem Eduardo... – Monica começou a se sentir meio sem paciência. Mas era preciso.

– Monica, eu te perdoo. Na verdade, eu nem fiquei bravo com voce. Me senti meio chateado, sei lá

– Eu te amo Edu. Eu não sei como, nem porque. Eu não sei quando e eu acho que não tem razão. Mas eu te amo, você é diferente do “resto”. E eu não quero te perder.

– Monica, você não vai me perder. Eu te amo, e a gente vai ficar juntos pra sempre. E olha, eu também não sei como, mas você é uma parte de mim Mô. Eu preciso de você, a gente se completa.

E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz