Stay Strong - HIATUS escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 26
Atrás dela


Notas iniciais do capítulo

Maldito Nyah, que acaba com as minhas programações! Eu recebi uma recomendação, eu ♥ recomendações, essa me fez chorar umas 300 vezes, é tão bom saber que as pessoas gostam do que eu faço, do jeito que eu escrevo, é tão bom *--* Obrigada Katherine Russo, saiba que eu realmente amei ♥ ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/380022/chapter/26

POV Armin

Coloquei a garota no banco de trás e me sentei ao lado dela, para evitar qualquer tentativa de fugir. Só agora me dei conta de como ela estava vestida, apenas com um mini pijama e o cabelo completamente desgrenhado. E mesmo assim, antes estava atrás do sofá. ATRÁS DO SOFÁ!

– Ei, coisinha! – a cutuquei. Ela estava quase dormindo outra vez. – Você estava mesmo dormindo naquele lugar?

– E queria que eu dormisse onde? Em pé? – qual era o problema dela?

– No quarto, onde pessoas normais dormem como pessoas normais, com travesseiros e lençóis, conhece? Que eu saiba você tem uma cama que serve para isso, não tem?

– Pare de fazer perguntas idiotas e me dê um casaco, estou ficando com frio.

– Não temos casacos aqui, garota estúpida – Dake respondeu, sem tirar os olhos da estrada. – Isso aqui é uma missão secreta, estamos indo atrás da Debrah e do significado disso tudo.

– Secreta? Por que secreta? Ninguém mais pode saber? Ninguém sabe que eu estou aqui? Então vocês me sequestraram, é isso? – jorrou as perguntas de uma vez só. Abriu a boca em um “O” perfeito e eu pensei que ela fosse gritar. – CARA, QUE MANEIRO!

Nós dois nos viramos para ela. Sério, qual o problema dela?

– Não, ninguém sabe que você está aqui, assim como ninguém sabe que NÓS estamos aqui – disse. – E de onde você tirou que te sequestramos? Nós só... – juntei as peças. – É, parece que nós te sequestramos, mas você fica quietinha se não nunca mais ninguém vai te ver – tentei a ameaçar como Dake fez, mas não, eu não sou muito assustador.

– Cala a boca e liga pros meus pais – ela colocou um celular na minha mão. – Eles vão pirar quando souberem!

– O quê? – perguntamos em uníssono.

– Olha, você liga para eles e pede um resgate! É um plano perfeito! Então eles nos dão toda a sua fortuna, dividimos em três e fugimos para a Finlândia!

– Por que a Finlândia?

Querem calar a porra da boca?! – é, ele era mesmo assustador quando queria. – Ninguém aqui vai pra Finlândia, mas vão calar a boca e me seguir, porque se eu vou fazer merda, eu faço direito, e não faço sozinho para o castigo ser menor. Andem, venham.

Só então percebi que já tínhamos parado. Estávamos em um lugar que não parecia nem um pouco ser a pacata e calma Sweet Village, ali tinha... Sei lá, parecia que para onde quer que você olhasse, tinha uma pessoa esperando para te atacar, como se fosse um daqueles filmes de terror que eu tanto gosto de assistir. Mas leiam direito, eu gosto de assistir, não estou nem um pouquinho afim de viver em um!

Já estava de noite, as ruas eram estreitas e escuras, com iluminação quase nenhuma e com cheiros estranhos saindo dos lugares. A maioria dos prédios estava interditado, e os que estavam abertos tinham pessoas... Estranhas, por assim dizer. Vestiam roupas escuras e tinham traços fortes, porém sofridos. Poderiam muito bem ser trabalhadores como assassinos. Eu não saberia dizer ao certo.

– Estão vendo aquela ali? – Dake apontou uma pessoa que se escondia nas sombras, andava com pressa subindo uma rua à nossa frente sem olhar para trás. – Estamos indo atrás dela, aquela é a Debrah.

– Como pode ter certeza? – perguntei. Poderia ser uma mulher, assim como poderia ser um homem. Usava calças largas (como nunca vi Debrah usar), tênis escuros e um casaco com capuz preto. Andava rápido.

– O celular dela tem GPS, a garota deve ter ervilhas no lugar do cérebro para esquecer de desligar aquela merda.

– É... Oi? – Bia chamou nossa atenção. – Eu não posso andar por aqui com essa roupa... – apontou o próprio corpo. É, também não acho que um mini pijama de ursinhos cor de rosa possa ser uma coisa adequada para se usar nesse lugar.

Dake abriu a mochila que carregava e começou a andar. Sem saída, o seguimos. Ele tirou dali um moletom enorme e entregou a ela. Aquela coisa chegava até seus joelhos, as mangas passando muito das mãos. Sem falar o fato de que ela estava descalça. Era, no mínimo, uma figura cômica.

É sério, eu já não gostava muito desse cara, mas a partir de agora posso dizer que estou começando a ter medo dele. Como ele conseguiu imitar a voz de Castiel perfeitamente quando falou no celular? Como consegue agir com tanta calma num lugar como esse, tendo essa miniatura de gente com peitos que chama a atenção de todos enquanto andamos? É quase como... Como se... Como se ele já estivesse acostumado com aquilo.

Como se fosse um profissional.

Espantei aquele pensamento, visto que chegávamos ainda mais perto de onde a possível garota estava. Dake mantinha os olhos ora no celular onde um pontinho vermelho minúsculo piscava, se movendo no mini mapa, ora na pessoa à nossa frente. Olhei para Bia, ela com certeza não queria estar ali. Não precisava e não merecia. Estava com frio e possivelmente com fome. Senti uma pontada de pena.

Mas não podia desviar os pensamentos do objetivo. A garota virou a outra rua e apressamos o passo. As luzes piscavam e a maioria já estava queimada de vez. Gostaria de saber como esse lugar veio parar aqui e eu nunca soube dele.

Virou outra vez, mas para dentro de algum lugar. Entre as tábuas que fechavam a entrada para o local.

– Cara, já viemos até mais do que podíamos e bem mais do que devíamos, vamos voltar – eu disse, já querendo desistir. Escuro demais.

– Deixa de ser viado e anda – ele respondeu.

POV Bê

Empurrei ele com força.

– O que você pensa que está fazendo? – perguntei, arfando. Como ele conseguia ter esse poder de me deixar sem folego com tão pouco?

– Eu achei que estava te beijando – deu um sorriso cafajeste.

– Deixa de ser idiota! Eu perguntei no geral! O quê... O que estamos fazendo? – me sentei na cama e olhei para ele. – Por favor Castiel, eu acho... Acho que não posso mais com isso. Só me diz... O que estamos fazendo? – ele sentou ao meu lado.

– Olha... Eu não faço a mínima ideia do que estamos fazendo, só sei que eu gosto muito – tentei me levantar, mas ele pegou na minha mão e me puxou de volta. Não a soltou. – Me deixa terminar de falar! Eu não sei o que estamos fazendo, mas eu gosto muito... De estar com você.

Perdi o folego com as palavras dele. Só com ele.

– De beijar você, de tocar em você, caralho, eu gosto até de brigar com você! – ele riu. Levantou os olhos para mim. Não estavam mais divertidos ou brincalhões, estavam apenas... Sinceros. – Não sei o que está acontecendo comigo, por que estou dizendo isso agora e muito menos de onde tirei coragem para falar com você agora, mas... Você não vai dizer nada?

Eu ri. O que ele queria que eu dissesse? Que estava confusa pra caralho com tudo que se passava na minha mente? Que eu não conseguia formar frases inteiras por que minha mente estava uma bagunça, e isso porque eu passava o dia inteiro pensando na boca dele? Que eu gostava do jeito que ele me olhava, do jeito como ele me tocava, e puta merda, eu adorava o jeito como ele beijava...

Como dizer tantas coisas que eu jurei que nunca sairiam de minha boca assim, de uma hora para a outra?

– Não preciso dizer nada – disse. Ele me fitou. – Só o fato de você ainda estar vivo mostra que você é... especial – ele abriu um sorriso. Mas não era mais o sorriso apaixonado, era o mesmo divertido de minutos atrás.

– E desde quando uma anã como você poderia fazer alguma coisa contra mim?

Me levantei, mas ele continuou sentado. O peso todo apoiado nos cotovelos, ele me olhava de cima a baixo, me analisando, sem tirar o pequeno sorriso dos lábios.

– Acha mesmo que não posso fazer alguma coisa contra você? – perguntei, chegando mais perto dele. Ouvir aquelas palavras pode não ter feito diferença alguma para Castiel, mas para mim... Eu sentia um fogo estranho dentro de mim. É, eu realmente gosto desse imbecil. Vê se pode?

– Não, você não pode – fiquei de quatro em cima dele, com uma perna de cada lado do corpo dele.

Acha mesmo que não posso? – repeti.

Não, você não pode – ele repetiu, abrindo ainda mais o sorriso.

– Vamos ver se não posso...

Ele fechou os olhos, mas eu mantive os meus abertos, o analisando. Colei nossas testas e toquei meu nariz no dele. Rocei de leve nossas bocas e me arrepiei apenas com esse pequeno toque. Selei nossos lábios lentamente, apenas um selinho, mas demorado. Não entreabrimos as bocas, apenas ficamos ali, nos conhecendo com aquele pequeno toque.

Mesmo depois que depois de dizer aquelas palavras, ele tenha fingido que não as disse, eu sabia que ele tinha dito. Eu sabia que ele sentia alguma coisa, que gostava de mim. É claro que não admitiria com todas as palavras, claro que não. Ele diria o que queria e depois deixaria pra lá. Mas nós dois sabíamos que alguma coisa tinha mudado.

Me separei dele e coloquei uma mecha de cabelo azul atrás da orelha. Abri levemente meus lábios e apenas respirei, ele fez o mesmo. Outra vez ficamos apenas naquilo. O hálito quente dele me deixava arrepiada e eu toquei em seu braço, vendo que ele também. Senti sua mão subir pelo meu corpo, passando por minhas coxas, dando um leve aperto em minha bunda e parando na minha cintura.

Ele também queria me torturar. Acha que pode me vencer nesse jogo? Vamos ver...

Me sentei no amiguinho dele, que mostrou estar vivo bem rápido. O beijei agora, um beijo de verdade, reprimindo um gemido rouco dele. Ele riu.

– Tudo bem, você realmente pode fazer alguma coisa – disse com a voz rouca, no meio do beijo. Nossas respirações se misturavam, os corações batiam acelerado. – Mas eu também posso te fazer enlouquecer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que vai acontecer com o Dake, o Armin e a Bia? Aquela é mesmo a Diabrah? Sei lá... E as coisas estão quentes com o Castiel... Quero só ver no que vai dar...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stay Strong - HIATUS" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.