Stay Strong - HIATUS escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 11
O aluno novo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, esse cap era para ter saído ontem, mas eu tive que sair e descobri que vou viajaaaaaar, cara, eu adoro viajar *3*, talvez minhas duas best's também vão, imagina só, três doidas malucas retardadas aterrorizando São Paulo? Tá, vamos ficar só um dia, mas quem liga? Vai ser divooooooo , pena que ainda falta muito, só dia 25... AAAAAAH, mesmo assim to pirando demais aqui *3*3*



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POV Beatriz

Praguejei mentalmente a música horrível que estava tocando alta no despertador ao meu lado. Mas que merda, quase sete horas! Como consegui dormir de novo e não ouvir as primeiras vezes que ele tocou?

O desliguei - o jogando no chão com um tapa, óbvio, estava com raiva de mim mesma e acima disso, com raiva dele, que não me acordou, estou errada? - e corri para o banheiro, fazendo a higiene matinal e tomando um banho rápido, sem lavar o cabelo. Coloquei uma blusa e calça, com o típico moletom sem ziper por cima, all star nos pés e o cabelo preso em um coque solto.

Coloquei na bolsa mais pacotes de fini do que o normal e coloquei no celular daquele ruivo idiota - sim, continuava comigo, até estranhei não ter acordado dessa vez com as inúmeras mensagens mandadas pela Vaca Debrah - o número de meu pai, poderia precisar.

Desci as escadas correndo, ele me jogou uma maçã e abriu a porta, sem dizer palavra alguma. Tinha um sorriso maroto nos lábios, eu não conseguia decifrá-lo, e isso era a pior coisa que poderia acontecer. O carro já estava nos esperando ali, entrei e o esperei, enquanto ele fechava a porta de casa.

Ele vai aprontar, posso sentir que vai. Merda, eu já não posso abrir o meu armário por causa da ex dele - que colocou alguma coisa lá e eu não tenho coragem suficiente para abrí-lo - e ainda tenho que me preocupar com alguma coisa que ele possa fazer contra mim? Poxa, aí já é covardia, sociedade!

– Bom dia, Bê - disse, em tom dócil, entrando e sentando-se ao meu lado. Ele não era um bom mentiroso, só estava deixando ainda mais na cara o quão culpado era.

– Não me venha com "bom dia", fala logo o que está aprontando! - respondi, tocando o peito dele com um dedo e o encarando. O sorriso dele se abriu quando ele levantou as mãos, em sinal de rendição.

– Eu? Aprontando? Eu sou um santo, só falta a luvéola - ele fez um circulo sobre a cabeça, rindo.

– O nome é auréola, idiota - bati na mão dele, sem conseguir não rir. - E não, você não é santo, quero só saber que merda você fez dessa vez, anda, desembucha!

– Não vou dizer nada, quando chegar a hora, você mesma vai entender... - voltou a se sentar normalmente, o sorriso ainda estampado no rosto.

E ele está cada vez mais suspeito... Não consegui pensar em nada que ele possa estar fazendo, então deixei de lado. Ou pelo menos fingi deixar de lado, terminando minha maçã e pegando um pacote de ursinhos de gelatina.

Chegamos logo na escola, mas infelizmente, o logo ainda era atrasados. A fachada estava vazia e apenas algumas pessoas estavam sentadas nos bancos ali perto. Entre elas, estavam Alexy e Armin.

Sorri ao vê-los, mas eles não retribuíram - na verdade, tentaram, mas o máximo que conseguiram foi uma careta estranha -, não consegui entender direito, mas algo não estava certo. O moreno estava vidrado em jogar um PSP como se não houvesse amanhã e como se não tivesse dormido, apenas jogando aquilo, enquanto o azulado trazia consigo um livro, revista, ou sei lá, estava lendo qualquer coisa.

Me sentei no meio deles e ofereci o pacotinho, que já estava no final, mas surpreendentemente eles negaram.

– Ah não, negando doce, quem são e o que fizeram com meus amigos? - brinquei, mas não surtiu efeito algum, Armin continuou vidrado no jogo, como se eu nem ao menos estivesse ali.

– Você... - Alexy falou, sua voz falhando um pouco, como se ele não a usasse há tempos. - Você sabe de algum lugar onde possamos ficar? - juntei as sobrancelhas, sem entender.

– Como assim? O que houve, afinal? - ele abaixou os olhos e o irmão finalmente mostrou estar ouvindo a conversa, desviando os olhos do jogo por alguns segundos, mas logo depois voltando. Suspirou.

– Não temos mais onde morar, nosso pai nos expulsou de casa hoje mesmo e na volta desse inferno que chamamos de escola, vamos buscar as últimas coisas que temos em um esconderijo, onde as deixamos guardadas, para poder ir para lugar algum.

– O-o quê? - o ruivo se intrometeu. Era demais até para ele ouvir coisas assim, que estavam simplesmente jogadas no ar, quase sem nexo.

– É exatamente isso, estamos vivendo o sonho de todo adolescente, jogados no mundo, sem futuro, sem destino e sem onde viver - respondeu, a voz carregada de ironia.

– Acho que sei onde vocês podem viver... - eu disse, e todos os três voltaram seus olhares para mim. Nesse momento, o sinal tocou. - Mas antes, vamos entrar, o.k.?

Deram um meio sorriso e se levantaram. Sei que é o máximo que vou conseguir, por agora, então aceitei - coisa que eu não faria normalmente. Entramos na escola e fomos direto para a sala, que estava sem professor.

A conversa da sala toda parou no instante em que passamos pela porta e eu pude sentir minhas bochechas ficarem quentes, com os olhares de todos sobre mim. Abaixei a cabeça um pouco e caminhei até o meu lugar, me sentando ali e abaixando a cabeça sobre a mochila.

Senti alguém me cutucando e levantei o olhar para aquele idiota. Ele não olhava para mim, tinha o olhar fixo em algum ponto perto da porta, me virei para lá, encontrando na porta uma pessoa que eu, pessoalmente, nunca tinha visto.

Ele tinha os cabelos brancos, mas a aparência não era de alguém muito velho, pelo contrário, ele aparentava ter a nossa idade, ou até pouco mais. Um olho de cada cor, dando um charme especial a ele, além de um sorriso debochado, que eu conhecia bem, era igual ao de Castiel.

Olhei para o ruivo, que sorria de mesmo modo, e só então percebi que eles se conheciam. Pedi mentalmente: que ele não seja gay, que ele não seja gay... Repetia como um mantra, seria um imenso desperdício se ele fosse, era simplesmente... Delicioso.

Um sorriso bobo se formou nos meus lábios e eu peguei o celular e comecei a mexer, ainda dentro da mochila. Sentia que estava corada, porque eu sempre fico assim quando vejo alguém que é simplesmente um deus grego? Ah tá, sei, está na cara.

Mandei uma mensagem para o meu pai, escondendo o que estava escrito do garoto ao meu lado, que tentava, a todo custo, ler.

– Não tenho um mínimo direito de ter privacidade? - perguntei, em um sussurro ameaçador, mandando a mensagem.

– Se você for pagar a conta no final do mês... - respondeu, com desdém. Revirei os olhos, recebendo a resposta no mesmo instante. Meu pai é quase mais viciado nessas coisas todas de tecnologia do que eu, chega a ser impressionante.

Comecei a suar frio com sua resposta e pensei um pouco, escolhendo as melhores palavras para colocar o que eu queria dizer e mandei outra mensagem, vendo a diretora entrando na sala com uma expressão de poucos amigos.

– Esse é o Lysandre, aluno novo dessa sala e vocês já sabem o resto do blábláblá... - ela disse, suspirando pesadamente, como se estivesse cansada. Mas ela poderia estar cansada do quê? Qual era o trabalho que uma velha gorda tinha que fazer, o suficiente para se cansar? Acho que não. - O resto do dia vai ser livre, cada um vai para eu devido clube, fazer atividades especiais e no final do dia tenho uma surpresa nem um pouco agradável para vocês.

Cri, cri, cri... Ninguém se atreveu a dizer nada, apenas o grisalho ao lado da butijão de gás, ele deu um sorriso que tirou suspiros da maioria das garotas da sala, mas eu apenas revirei os olhos, se era amigo do Castiel, com certeza não era um cara do bem.

– Estão esperando o quê? - a diretora voltou a falar. - FORA PIRRALHOS, CADA UM PARA SEU CLUBE, FORA!

A maioria se levantou em um salto e saiu correndo, eu apenas suspirei e fechei a bolsa, continuando com o celular em mãos, pois esperava uma resposta por mensagem. Coloquei a a mochila nas costas e caminhei pesadamente para fora dali, com certo medo da resposta de papai.

Olhei em volta e todos já tinham saído, estando apenas eu e o garoto novo na sala. Levantei os olhos em tempo de ver uma troca de olhares significativa entre ele e Castiel, que sorriu e saiu dali, fechando a porta atrás de si.

– Prazer, Lysandre - ele veio se apresentar, ainda com aquele sorriso que eu não gostava nem um pouco. Mentira, eu gostava, mas não exatamente nele... Cala a boca idiota, você não gostava e pronto!

– Sei exatamente quem você é - respondi, deixando a mão dele no ar e andando até a porta. Girei a maçaneta e tentei abrir a porta.

Como já disse, eu tentei. Apenas tentei porque não consegui.

Girei-a com mais força. Nada. Bati na porta, olhei pelo vidro e o corredor estava vazio. Chutei-a com raiva e me joguei em uma cadeira, mais uma vez suspirando.

O garoto deu uma risada, se aproximando e sentando perto de mim. Perto demais...

– Vou te dar mais uma chance - disse, levantando a mão mais uma vez. - Prazer, Lysandre.

– Me deixa em paz, garoto... - respondi, virando o rosto e cruzando os braços, deixando-o novamente em um vácuo idiota.

Ele moveu os lábios, em óbvia demonstração de desgosto. Se levantou e me segurou pelo braço com força, me obrigando a levantar e segurou meu rosto com delicadeza - bipolar? - e me beijou.

Quando se separou de mim, lá estava o sorriso maroto que eu tanto odiava - odiava? Quero dizer, sim, eu odiava! -, mas não consegui dizer nada, apenas continuando em silencio. Por que palavra nenhuma saía de minha boca? Qual é o meu problema?

Corei. Quase pude sentir quando o sorriso dele se abrindo. Idiota.

– Agora, como não podemos sair mesmo, o que acha de se divertir um pouco? - ele deu um sorriso malicioso...


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Notas finais do capítulo

huashuahua' esse Lysandre é um pouco - um muito - diferente do Lys original, o.k.?
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