– Meu aniversário!- exclamei como se tivesse feito uma descoberta- É no dia do feriado.

– Eu sei disso, você é louca sabia? Como esquece seu aniversário?

– Odeio meu aniversário, a propósito, como você sabe que é meu aniversario? Faço de tudo para ninguém saber.

– Vi no calendário do celular de Brant.

– Obrigada, mas não posso aceitar- falei colocando o colar de volta na caixinha.

– Por que não?- ele perguntou assim que negou quando eu lhe estendi a caixinha.

– Isso foi caro.

– Conquistar você também

Ele tirou o colar da caixinha e o colocou em mim. Eu sorri para ele e o beijei.

– Sim- falei do nada.

– Como sabia que eu ia te chamar para almoçar.

– Eu não sabia- comecei a rir.

– Então por que disse sim?

– Porque aceito namorar com você.

– Sério? Tipo de verdade?

– Sério -eu beijei ele- Mas não quero que você me persiga, quero que confie em mim.

– Eu já confio - Ele me puxou pela cintura e beijou minha testa.

– Então você vai me chamar para almoçar aonde?

– Surpresa

– Odeio surpresas

– Por isso que eu vou fazer uma

– Você é um namorado muito legal.

– Você ainda não viu nada.

Ele pegou minha mão e levou a gente até o carro, abriu minha porta e depois entrou no lado do motorista.

– Quero que seja especial.

– Eu estou vestida apropriadamente?

– Meu Deus, só você fala apropriadamente.

– Cala a boca e responde

– Acho que sim, garota eu não entendo de roupa, se você estivesse de pijama iria estar legal...

– Poxa, mal posso esperar pra chegar nesse lugar que se pode usar pijama- falei irônica

– Sei disso.

– Estou ansiosa mô - brinquei com ele.

– Não me chama assim nunca mais, credo Gen - advertiu ele e eu comecei a rir.

– Desculpa docinho- tentei segurar um riso

– Acho que vou te jogar do carro, to falando sério.

– Desculpa.

Passou um tempo e nada da gente chegar, eu já comecei a achar que ele estava me sequestrando, Andrew entrou no meio do nada e dobrou entrando loucamente em uma... floresta?

– Aonde quer me levar? Quer me apresentar ao irmão urso?

– Vai gostar.

Eu fiquei calda, confiava nele. Andrew parou na frente de uma árvores e depois olhou para mim empolgado, dei um sorriso falso e ele riu. Meu telefone tocou, era Michael:

– Oi filha - ele disse com um voz doce.

– Oi...- ainda não conseguia chamar ele de pai.

– Feliz aniversário!!- ele gritou.

– Valeu, mas você sabe que eu odeio meu aniversário.

– Não, tudo bem, eu te liguei pra outra coisa então aproveitei pra te desejar feliz aniversário.

– Então por que você ligou?

– Queria pedir para você, Brant e Edmundo passarem o final de semana na minha casa.

– Sério? - não pude deixar de sorrir - Quer dizer, tem certeza?

– Absoluta, quero companhia de vocês - silêncio total - Alguma novidade?

– Nada de mais - falei indiferente - O de sempre, meu ex voltou, fui pedida em namoro e agora estou no meio de uma floresta.

– Devo me preocupar? -

Uma das coisas que mais gostava em Michael era a privacidade que ele dava. Fiz uma careta para a floresta.

– Ainda não.

Confirmei que iria para casa no fim de semana.

– Quem era?

– Michael

Ele saiu do carro e foi em direção as árvores.

– Aonde você vai?- perguntei gritando de dentro do carro.

Ele se virou, abriu o porta malas, tirou uma cesta gigante de lá e abriu a minha porta sorrindo de lado.

– Isso é sério? - levantei uma sobrancelha - Isso é a cara de chapeuzinho vermelho.

– Quer calar a boca e me seguir?

Levantei as mãos em tom de rendição e sai do carro seguindo ele. Tinha muitas árvores ao longo do caminho, depois de algumas árvores tinha um campo aberto com um lago no meio dele. Era lindo!

– Andrew? Que lugar é esse?- falei de boca aberta.

– Sabia que ia gostar.

– Como você achou esse lugar?

– Meus pais me traziam aqui quando eu e Jeremy éramos pequenos- ele olhou para baixo- Depois que eles morreram foi bem difícil achar, mas eu consegui.

Eu roubei a cesta dele e coloquei na minha frente. Andrew se sentou na minha frente, sorriu e mordei o lábio inferior.

– Tudo bem - eu olhei ao redor - Talvez aqui seja bem legal.

Ele pulou por cima da cesta e caiu em cima de mim rindo.

– Para Andrew!- falei já começando a gargalhar.

Ele me olhou com carinho e me beijou, eu estava em baixo de e o abracei por debaixo dos braços dele. Ele parou e caiu para o lado.

– Nunca trouxe ninguém aqui- admitiu- Nem Jeremy

Minha vez de subir nele.

– Isso é importante para mim - sorri - De verdade.

– Claro que é, estar comigo é importante.

– Claro senhor convencido.

– Deve se declarar muito sortuda por me ter como namorado, sério mesmo.

– Ah é? Joey acha a mesmo coisa de mim- admito que provoquei demais.

– Sem graça- ele ficou sério.

– Vamos comer?

– Aqui? Agora? - ele me olhou malicioso.

– A. Comida. - falei lentamente.

– Ah, eu sabia disso - ele falou atrapalhado e eu ri.

Comemos tudo, Andrew trouxa de tudo para a gente comer, conversamos sobre tudo possível.

– Sabia que eu adoro te ver com raiva?- ele falou do nada.

– Pena para você- mordi uma uva.

– Se eu fizer uma coisa você vai ficar com puta comigo?

– Depende - falei alerta

– Espero que sim.

Ele se levantou rapidamente e me pegou no colo. Começou a correr em direção do lago, foi ai que eu entendi.

– Andrew não! Para, por favor.

Ele apenas riu e correu mais rápido ainda e depois de um tempo me atirou no lago com tudo.