Quando House saiu do bar ele a viu já perto do carro
‘onde é que você pensa que vai?’
‘pra casa’
‘Você não tem condições nenhuma de dirigir’
‘eu não estou bêbada’
‘o suficiente pra eu não deixar você dirigir’
Ele disse e tomou as chaves da mão dela
‘ah, por favor’
Ela foi até ele tentar pegar as chaves de volta, ficou tonta e pra não cair se apoiou no carro.
‘talvez eu esteja um pouquinho tonta’
‘vem’ House a ajudou a levantar ‘ eu te levo pra casa’
‘naquela sua coisa, nem pensar’
‘então eu te levo no seu carro’
‘não, deixa, eu chamo um taxi’
‘num vai mesmo, de repente você dorme no taxi, eu levo você e volto de taxi’
‘nossa, você sendo gentil, acho que quem bebeu muito foi você’
House não pode deixar de rir. ‘ só que antes vamos ter que passar na minha casa pra pegar mais Vicodin o meu acabou’
‘você não pode passar meia hora sem Vicodin?’
‘não quando eu vou dirigir, eu uso mais a perna do que pilotando a moto’
‘certo então’
Eles entraram no carro, apesar da casa dele ser perto House tentou ligar o som do carro devido ao silêncio que pairava entre eles dois, não deve muita sorte pois a recepção no carro de Cameron era horrível.
‘Seu rádio tem uma recepção horrível’
‘Você quer um som legal? Dirija o seu próprio carro’.
Ele apertar os lábios pra não sorrir. ‘você sempre fica de mau humor quando bebe muito’
‘eu não estou bêbada, e você deveria ter me deixado ir pra casa dirigindo’
‘você está o suficiente para não dirigir, você poderia sofrer um acidente’
Cameron começou a rir: ‘você preocupado comigo, isso parece tão...eu’
‘ei, eu sempre me preocupei com você’
‘não tanto quanto eu me preocupo com você’
‘preocupava, você não se importa mais comigo’
‘por que você tá dizendo isso?’
‘depois da cirurgia no cérebro, eu acordei e quem tava do lado da minha cama era a Cuddy e não você’
‘se eu soubesse no que iria acarretar eu teria ido’

Ele a encarou e ela sorriu. Nesse momento chegaram perto da casa de House: ‘chegamos, ainda bem’
Cameron olhou para ele, fugindo dela, como sempre
‘ficou com medo de mim , foi?’
‘não de mim’
‘por que?’
‘eu posso acabar fazendo uma besteira’ ele disse isso e saiu do carro e foi em direção a casa e ela o acompanhou com olhos e o viu entrar.
Ela saiu do carro e disse para si mesma: ‘talvez eu queira que essa besteira aconteça’ e foi em direção a casa também.

Cameron entrou na casa silenciosamente e fechou a porta. House estava vindo do quarto, quando a viu e estranhou: ‘ o que você ta fazendo?’
Ela foi em direção a ele.Ela se aproximou mais, e encarou aqueles lindos olhos azuis, decidiu aproveitar a oportunidade, não queria mais esperar por ele, queria tê-lo mesmo que só por uma noite. Colocou as mãos no peito dele, ficou nas pontas dos pés se inclinou e encostou os lábios no pescoço dele fazendo House se arrepiar inteiro.
‘não faça isso, você não ta pensando direito, você ta bêbada’
‘não o suficiente’ ela sussurrou no ouvido dele.
‘Cameron o que você ta fazendo?’
‘nada que você não queria desde o momento q sentou naquela mesa comigo’
‘você não devia fazer isso, está errado’
‘aproveita a oportunidade e para de reclamação’
House olhou aqueles intensos olhos verde como se dando permissão pra ele avançar, e colocou as mãos na cintura dela, hesitando.
‘não seja frouxo’
‘eu não sou, só quero que você saiba...’
‘agora não House não fala nada’ ela disse tirando o sobretudo.
Mas ele queria...ele queria que ela soubesse que não era só uma noite, que estava cansado de evitá-la por isso sentou naquela mesa, que as coisas deveriam acontecer devagar: ‘só que..’
A voz dele foi calada pelos lábios dela encostados nos dele...quentes...doces..macios. ela se afastou da boca dele e foi até o ouvido e sussurrou ‘não fale...aja’
Depois daquela frase House esqueceu o que ia falar...esqueceu todo o resto do mundo. Derrubou a bengala e o pote de Vicodin na sua mão e a trouxe para mais perto de si...tocou o rosto dela e a beijou...um beijo intenso, poderoso, carregado de desejo...um desejo reprimido por anos.
Cameron estava nas nuvens, a boca dele na dela, o corpo dele grudado no dela. Ela estava decidida a aproveitar cada momento, e mesmo meio tonta no momento ela não se importou a única coisa que a importava eram as mãos daquele homem passeando por seu corpo.

House virou e encostou Cameron na parede, ele largou sua boca e passou para o pescoço e o colo dela. A respiração de ambos estava pesada, os corações acelerados. O paletó de House já jazia no chão e agora Cameron desabotoava a camisa dele. Eles começaram a caminhar juntos em direção ao quarto, devagar por causa da perna de House, mas deixava as coisas bem mais interessantes, entre beijos, na boca, no pescoço, no abdômen de House, variações infinitas de caricias, a blusa de House ficou pelo caminho assim como os sapatos dos dois.
Chegaram a porta do quarto quando House parou, mas não por muito tempo a visão de Cameron andando de costas para a cama, sem perder o contato visual com ele e tirando a blusa o tirou de todas as duvidas que ele tinha, ele sorriu entrou e fechou a porta atrás dele.
As únicas coisas que se ouviram a partir daquele momento na casa de House foram, gemidos, suspiros e o nome de ambos sendo ditos.

O silencio durou até as 2: 23 da madrugada quando House acordou devagar, antes de abrir os olhos ele a sentiu perto dele, respirando lentamente, calma, e extremamente linda. Ele sorriu mal conseguia acreditar no que tinha acontecido como havia sido maravilhoso. Ele levantou-se lentamente para não acordá-la vestiu a calça que estava no chão e foi até a cozinha e bebeu um copo de água enquanto pensava o que faria quando ela acordasse, passou o dialogo que teria com ela no dia seguinte, falaria do desejo que sentia por ela a muito guardado, ele não a deixaria escapar, não dessa vez, não depois daquela noite. Após tomar mais um Vicodin, achou o pote em cima do sofá, voltou para o quarto e sentou-se em uma poltrona que ficava em frente à cama. Sorriu novamente, ficou contemplando a beleza dela, e resistiu à vontade de tocá-la, acordá-la, quando adormeceu novamente.
Cameron acordou vagarosamente, com um gosta amargo na boca, ela abriu os olhos e tentou lembrar-se onde estava, quando as cenas da noite anterior passaram como flash na sua cabeça ‘oh minha nossa, o que foi que eu fiz’ ela sentou na cama e olhou dos lados tentando encontrá-lo quando viu uma silhueta na sua frente, na poltrona sentado e dormindo profundamente estava House, ela prendeu a respiração com medo de acordá-lo, quando sua mente voltou a trabalhar novamente, ela pensou no aconteceria a seguir, sabia o que ele diria que havia sido um erro, que aquilo não poderia voltar a acontecer. Ela resolveu ir embora dali antes que ele acordasse, o evitaria por uns dias, talvez até pedisse folga para Cuddy ele notaria o que ela estava fazendo e tudo voltaria ao normal, ao menos pra ele, assim ela poderia guardar aquela noite pra ela, sem nenhuma magoa, sem palavras que a machucassem. Ela começou a procurara suas roupas, calcinha, sutiã calça, blusa tudo espalhado pelo quarto, fez tudo isso num silencio tão grande q a surpreendeu, sorte que a porta do quarto estava aberta, achou os sapatos no corredor e na sala o sobretudo e sua bolsa.

Pegou as chaves do carro, mas decidiu chamar um taxi, ela decidiu quando olhou no relógio e viu que eram três horas da madrugada, abriu a porta com todo cuidado e saiu, mas antes olhou novamente pra dentro da casa e pensou ‘vai volta e pra ver o que acontece amanha’ não ela cortou aquela idéia da sua cabeça, fechou a porta e foi embora.