A New Perspective escrita por booklover


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Fiquei sem tempo de digitar a fic e depois fiquei sem computador... mas enfim, Ta ai o 3º cap.
Boa leitura! .-.



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[...]


– Mas eu não quero ser um lobo! Eu só quero ser uma menina normal! – disse andando de um lado para o outro

Já fazia algum tempo que estávamos todos sentados na sala e meus pais estavam me explicando, ou melhor tentado me explicar que eu sou um lobo. Ah! E que eu tenho poderes.

– Mas eu posso desistir não posso? Você acabou de dizer que o Tio Hazel fez isso. Eu tenho escolha não tenho?

– Não sei Nessie. São casos diferentes. Seu tio era um lobo comum quando decidiu fazer isso. Você... não é comum. Se os espíritos lhe concederam esse poder, que nem sabemos se vai mesmo se manifestar, então deve ter um propósito. – disse meu pai me abraçando



7 DIAS DEPOIS

Meu Pai estava me ensinando a controlar os meus tremores para que eu não me transformasse mais sem querer. Desde o dia em que me contaram o que eu era os tremores só têm piorado por que eu sinto raiva cada vez que eu alguém toca no assunto. Então, ele tenta me ensinar algumas coisas para que eu não me transforme dentro de casa nem nada do tipo. É, pode acreditar, eu já me transformei em casa. Se foi ruim? Imagina! Ah, eu mencionei que foi a primeira vez que eu me transformei?


Flashback

Eu estava discutindo com a minha mãe na cozinha quando eu comecei a sentir meu corpo tremer como se eu estivesse convulsionando e senti minha temperatura subir. Senti meus ossos doerem como se estivessem mudando de forma, crescendo.

A dor era tanta que eu não conseguia nem pensar direito. Comecei a cambalear até chegar à sala. A dor passou para um nível diferente que não dá para explicar, até que... eu comecei a me sentir estranha. A dor continuava presente. Porém minha atenção estava voltada para outras coisas. Tipo, como minha cabeça pesava ou como as coisas ao meu redor pareciam menores.

Tive a sensação estranha de algo se movendo de pra lá e pra cá e... pera ai! Isso sou eu? Olhei para trás e vi um... rabo? Eu tinha um rabo? Tentei me mover, mas quando tentei dar o primeiro passo minha mão, ou braço, ou melhor, “pata” se moveu junto com o meu “pé”. Bom, se eu tinha um rabo, uma pata não deve ser tão estranha assim.

Olhei para os lados e vi uma pessoa que até então não tinha reconhecido, minha mãe, que estava encolhida em um canto da sala. Eu ainda não estava acostumada com esse novo corpo, mas mesmo assim tentei ir até ela. É, tentei porque não deu muito certo.

Meu corpo não obedecia direito aos meus comandos. Eu queria mover a “perna” direita, mas acabava movendo “mão” esquerda e movia a “perna” esquerda e assim por diante. Até que uma hora eu parei e depois tentei de novo e... Ops deu certo! Então vamos lá direita, esquerda, direita, esquerda...

Assim, eu comecei a me mover, mesmo de que de forma lenta. A dor começou a me incomodar novamente e eu acabei perdendo a concentração e comecei a me confundir... esquerda, direita, esquerda, esquerda...

Comecei a trançar as pernas/patas e me vi indo de encontro ao chão derrubando alguma coisa antes (provavelmente a estante) ouvindo coisas caindo no chão e quebrando. Mesmo desengonçada me levanto e tento ir novamente em direção à minha mãe. O que não deu muito certo porque numa hora eu estava caindo e na outra eu estava enrolada na cortina sem conseguir me mover direito.

Fiquei um tempo parada sem fazer nenhum movimento e ouvi o barulho de um carro na estrada (o que era estranho pois a estrada não era assim tão perto da minha casa) Meu pai. Eu sei que é eu conheço esse cheiro. Estranho... como eu consigo sentir o cheiro dele daqui? Ouvi-o estacionar, mas não o ouvi chegar perto da casa.

– Filha, se acalma eu vou te ajudar a se transformar de volta.

– Pai? Como eu posso te ouvir?

– Depois eu explico. Agora você tem que respirar fundo e pensar no momento mais tranquilo da sua vida

Ah ta, falar é fácil!

– Pai, eu to nervosa, não sei se eu consigo.

– Consegue sim. Sente o fogo dentro de você?

– Acho que sim

– Ótimo, agora respira fundo como se você fosse meditar, deixe o fogo sair do seu corpo.

– Sair do meu corpo? E como é que eu vou fazer isso?

– Tente! Respire fundo.

Na terceira tentativa eu consegui. Quando abri os olhos ainda estava enrolada na cortina. Porém nua. Vi meu pai entrando apressado na sala e também vi minha mãe se levantando do outro lado.

–Mãe, me desculpe, eu... – Comecei a pedir desculpas me levantando enrolada na cortina.

– Calma filha, não aconteceu nada. Eu estou bem. – disse ela me abraçando

– Vá para o seu quarto colocar uma roupa e depois conversamos sobre o que aconteceu aqui. – disse meu pai visivelmente mais calmo.

Fui correndo para o meu quarto e logo depois já estava de volta à sala onde meu pai ajudava minha mãe a arrumar a bagunça.

Pronto. Agora dá pra me explicar que porra aconteceu comigo? – comecei falando um ‘pouco’ irritada.

– Primeiro você se acalma. Depois conversamos.

Respirei algumas vezes, contei até dez e comecei novamente.

– Pai o senhor poderia me explicar o que aconteceu comigo? – perguntei com tom de ironia

– É simples, você se transformou.




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