Love Spell escrita por T Phoenix


Capítulo 8
Twins


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo da fic...postado direto da casa da minha mana Aleera!! S2

Boa leitura!



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Cora havia saído do quarto puxando a irmã pela mão. Elas andaram pela cidade, no que pareceu à Olivia, completamente sem rumo. Mas ela conseguia sentir que a irmã gêmea sabia exatamente para onde estava indo. Elas pararam em frente à biblioteca. Cora olhou o prédio a sua frente e abriu um sorriso sarcástico.


– Muito esperta mãe. – Ela riu, deixando a irmã totalmente confusa.


– Mas do que é que você está falando, Cora? – Olivia a encarou.


– Não entendeu ainda? Emma escondeu o livro da vovó na biblioteca. – Ela riu outra vez, era muita ironia a mãe ter escondido o livro exatamente no lugar em que Cora passara a maior parte de seu tempo, quando não estava em casa.


– Então como é que você nunca o achou antes? – A garota ergueu uma sobrancelha.


– Simplesmente porque nunca o procurei. – Cora deu de ombros. – Quando eu era criança, isso era mais forte do que eu. Depois que cresci, eu aprendi a controlar essa... Atração... Que essas coisas me causam. – Ela fez uma careta.


– Vai ver é por isso que desde cedo você desenvolveu tanto interesse por livros. Porque, no fundo, estava sendo atraída pelo livro da vovó. – Agora foi a vez dos olhos verdes se estreitarem em uma gargalhada. – Você é o orgulho da Belle nessa cidade. – Olivia continuou a rir e sentiu a mão da irmã agarrar a sua outra vez.


– Vamos, não podemos perder mais tempo. – Ela estava impaciente, não havia gostado nada da brincadeira da irmã.


As duas entraram na biblioteca. Os olhos de Belle brilharam ao ver as jovens gêmeas. Desde o dia do funeral que quase ninguém na cidade havia visto os herdeiros Swan-Mills. Ela deu a volta no balcão e se preparou para abraçá-las.


– Olha só quem reapareceu! Como vocês estão meninas? Preocupei-me com vocês. – O olhar dela foi em direção à Cora, de quem ela tinha uma lembrança mais forte sobre o funeral. Ela foi interrompida pela garota.


– Bell, corta o sentimentalismo. Precisamos da sua ajuda, estamos contra o tempo aqui. – Ela encarou os olhos azuis surpresos diante de si. – Eu preciso do livro da vovó.


– Como sabe...? – Ela foi interrompida outra vez.


– Por favor, Belle. Só confie na gente. Tem algo muito errado com a nossa mãe e Cora acha que esse livro pode ajudar. – Implorou Olivia.


A castanha as guiou até a parte de trás, em um pequeno cômodo nos fundos da biblioteca. Ali se encontrava um armário e, dentro dele, um pequeno cofre. As gêmeas se entreolharam, espantadas com a segurança, enquanto a mulher de cabelos castanhos digitava a senha e o abria. Ela retirou o livro dali de dentro e o entregou nas mãos de Cora.


– Obrigada Bell. – Cora sorriu e então deu um beijo no rosto da bibliotecária.


Com exceção da família, Belle era a pessoa com quem Cora era mais apegada. Ambas tinham o mesmo interesse por livros e aventuras, a menina passava horas no prédio com a mulher de cabelos castanhos, ouvindo suas histórias sobre o Reino Encantado e compartilhando leituras.


Olivia, por outro lado, tinha uma amizade e carinho especial com Ruby. A mulher-lobo era sua companhia preferida. Todos os dias depois da escola ela passava no Granny’s para “atrapalhar o serviço da amiga”, como sempre dizia. Ambas as garotas tinham histórias interessantes sobre como essa amizade surgiu.


Flashback – Amizade compartilhada.


As gêmeas tinham acabado de nascer quando Belle e Ruby as viram pela primeira vez, através do vidro da maternidade, ao lado de David e Mary. Emma havia acompanhado Regina e assistido o parto.


Elas também estavam presentes no quarto quando Regina foi amamentar pela primeira vez. Talvez aquele nascimento tenha sido o acontecimento mais espetacular daquela cidade nos últimos trinta e poucos anos, já que muita gente havia cercado o casal e faziam fila na sala de espera para entrar e conhecer as gêmeas. Com exceção da família, elas foram as primeiras pessoas de fora a visitá-las em casa também.


Quando as meninas estavam prestes a completar um ano, as duas amigas foram visitá-las e se ofereceram para ajudar com a festinha. Ruby pegou a menininha de macacão vermelho e Belle a de amarelo. Ambas as crianças choraram imediatamente no colo das duas. Em desespero, elas entregaram as crianças para Emma e Regina. Não foi o suficiente para parar o estridente berreiro que elas abriram.


– Não entendo, elas acabaram de mamar. Regina, você fez isso direito? – Emma encarou a esposa enquanto chacoalhava Cora nos braços.


– Ora, Miss Swan, como ousa? É claro que fiz direito. – Regina a fuzilou com os olhos.


– Espera Emma, me permite? – Belle notou que a agitação estava estressando a menina. Pegou a pequenina de macacão vermelho nos braços e sentou-se na poltrona de Regina. Tirou um livro da bolsa e deixou nas minúsculas mãos da criança de olhos cor de âmbar. Lentamente a criança se acalmou e sorriu, brincando com o objeto novo.


Regina ainda sofria com os gritos de Olivia em seu ouvido, tentou imitar o gesto de Belle, sem sucesso. A criança parecia não estar com vontade de ficar parada. Ruby começou a fazer gracinhas, a fingir que iria pegá-la, logo o berreiro tinha cessado e dado lugar a olhinhos curiosos e animados. Ela pegou a menina de macacão amarelo e olhou nos olhos verdes da criança. Ruby a ergueu e começou a movimentá-la de um lado para o outro. Logo a pequena Olivia estava gargalhando.


Muitas crianças podem dizer que já cavalgaram em um pônei bonitinho e fofinho. Apenas Olivia pode contar a proeza de ter cavalgado nas costas de uma loba. Era sua brincadeira preferida aos cinco anos de idade. Ela contava os dias para que a lua cheia chegasse e Ruby viesse uivar diante de sua casa e pudesse levá-la para um passeio. A família toda se preparava desde a manhã para a excursão que faziam até floresta. Emma levava o adolescente Henry para explorar o lugar, eles gostavam dessas caçadas noturnas, parecia sempre uma missão secreta. Regina buscava Rocinante no estábulo, tirava um tempo para se dedicar ao cavalo que havia ganhado da esposa e ia cavalgar. Belle ficava com Cora embaixo de alguma árvore lhe contando histórias até todos se reencontrarem ali para voltar para casa. Era assim em toda primeira e última lua cheia do mês.


Fim do flashback.


Com o livro em mãos, Cora saiu correndo da biblioteca, sendo seguida de perto pela irmã. Assim que as duas cruzaram a porta da frente do prédio e sumiram pela rua, foi a vez de Belle correr pela mesma porta em direção ao Granny’s.


Ela entrou ofegante na lanchonete e dirigiu-se imediatamente ao balcão onde Henry estava sentado ao lado da namorada. O rapaz olhou com estranhamento para a mulher de olhos azuis e Ruby correu para junto da mesma, em busca de ampará-la e saber o que tinha acontecido.


– Henry! Cora e Olivia estiveram na biblioteca. – Ela parou para respirar, enquanto os olhos atentos de Henry, Grace e Ruby estavam sobre ela. – Levaram o livro da sua avó.


– O livro da vovó estava esse tempo todo na biblioteca? Bem embaixo do nariz da Cora? – Henry se espantou. – O que é que a Emma tinha na cabeça?


Os cabelos cacheados de Belle se moveram de um lado ao outro em sinal de negativa. Ninguém sabia a motivação principal de Emma ao esconder o livro na biblioteca, sabiam apenas que por dez anos havia dado certo.


– Como você deixou que elas o pegassem, Bell? – Ele disse já se levantando. Não estava querendo ser grosso com a mulher, mas estava mesmo preocupado com as irmãs. – Sabe pra onde elas foram?


Belle contou a ele tudo o que aconteceu na biblioteca, de como demonstraram saber mais do que diziam e que haviam pedido o livro para ajudar Regina. Enquanto eles conversavam no Granny’s, as gêmeas haviam voltado para casa, se equiparam e foram em direção à praia.


Elas chegaram ao porto de StoryBrooke ainda durante o dia. Olivia abriu o mapa e olhou as linhas litorâneas ali desenhadas.


– Cora, são vários quilômetros daqui até a outra ponta da praia. Vamos levar horas para chegar andando.


– Então teremos que correr. – Elas se olharam e Olivia suspirou. Dobrou o mapa e guardou dentro do livro que a irmã carregava.


As horas foram passando, ambas estavam bem perto do local onde a pedra se encontrava. Tinham entrado em uma parte da cidade completamente desconhecida. As gêmeas Mills corriam pela areia em busca da mãe. Cora tinha nos braços o livro de magia da avó, sua xará, enquanto Olivia carregava uma lanterna para iluminar os locais em que a lua se ocultava.


Elas fizeram uma parada para descansar, os olhos âmbar de Cora esquadrinhavam o local enquanto Olivia alongava os músculos de suas pernas.


– O que te faz pensar que mamãe ainda está aqui há essa hora? Ela saiu de casa não era nem dez da manhã.


– Cale essa boca e ilumine aqui essa página do livro, não consigo ler. – A jovem abaixou o objeto enquanto a irmã colocava o feixe de luz sobre o papel. – Aqui, está vendo? – Ela apontou as letras ali escritas. – Vovó era a Rainha de Copas, ela controlava seus servos retirando o coração deles e dando ordens diretas aos órgãos.


– Como você entende essas coisas? – A garota fazia careta para a história contada pela irmã, olhando as letras estranhas em uma língua que ela não compreendia muito bem.


Cora balançou a cabeça negativamente, revirando os olhos de impaciência e fechou o livro. Nada tirava de sua cabeça que alguém estava controlando Regina e de que Emma não estava morta. Segurando na mão da irmã, tornou a puxá-la para que se apressassem e voltassem a correr.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?? Mereço reviews?