Love Spell escrita por T Phoenix


Capítulo 6
Gift


Notas iniciais do capítulo

Gente, quero agradecer imensamente a todos vocês que estão acompanhando essa fic, mesmo os leitores fantasmas, obrigada!

Fico muito feliz com os coments que me deixam, a opinião e a força que me dão.

Hoje mais um capítulo, como programado. ^-^ Neste capítulo, veremos um pouco do que aconteceu na casa dos Swan-Mills enquanto Regina estava fora.



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Após ver a mãe agir de forma tão desrespeitosa com sua dor, as gêmeas recolheram-se ao quarto. Dean havia passado a manhã toda chorando, como se aquela pequena almofadada que havia levado de Regina equivalesse a uma tijolada no peito. Cora passou parte do tempo com ele, mas foi Olivia quem conseguiu acalmá-lo. Agora ele dormia, finalmente.

No quarto de Olivia, Cora estava sentada em um pufe roxo, o vestido básico preto subia-lhe um pouco pela coxa, exibindo a pele clara e a sapatilha preta nos pés. Ela mantinha os olhos fixos em um livro antigo do Harry Potter que tinha em mãos, presente do irmão Henry que tinha a coleção desde a infância.

A irmã estava sentada na cama de um jeito bem largado. O short curto por cima da meia calça, ambos pretos, lhe permitia essa liberdade, assim como a baby look, de mesma cor, que ela usava. No colo dela havia um notebook aberto, ao qual Olivia olhava com certo tédio. Retirou os fones de ouvido e observou o interesse da irmã naquele livro velho que ela não conseguia entender que fascínio poderia exercer. 

– Não sei que tanta graça você vê nesse livro. Sabe que nada disso é verdade. – Ela provocou a irmã em busca de diversão.

– Pode não ser verdade da forma como está aqui, mas você, melhor do que ninguém, deveria saber que é possível. – Os olhos âmbar de Cora a fuzilaram.

– Ok, ok. Eu estava brincando. Mas não consigo ver como essa história pode ser real.

– Já tentou falar para algum desses seus amigos virtuais que você é a neta da Snow White? – Ela apontou com desdém para o notebook. – Nenhum deles acreditaria; o que não significa que não seja verdade.

– Isso seria loucura. Nem mesmo nossa mãe acreditou nisso tudo logo de cara. Só o Henry mesmo. – Ela revirou os olhos.

– Sim, mas muitas pessoas não gostam nem mesmo que se mude o rumo de uma história que, sem saber, elas mesmas já haviam alterado há muito tempo. – Foi a vez de Cora revirar os olhos.

Aquelas palavras calaram Olivia, deixando a irmã com um orgulho e superioridade estampados no rosto. Aquele momento de vitória só não durou mais porque Henry apareceu, entrando no quarto. Ele estava transtornado e foi logo se dirigindo à garota no pufe.

– Cora! Eu falei com Ruby e com Belle, ambas me disseram que você estava estranha no funeral. O que é que aconteceu?

Cora ajeitou-se no pufe onde estava, visivelmente surpresa, e pode ver o olhar confuso e surpreso de Olivia encarando-a. Henry mantinha-se parado em frente a ela.

– Anda, Cora. Eu preciso saber. O que foi que você viu?

– Eu não vi nada. – Ela encolheu-se com o tom de voz duro do irmão, fixou os olhos na parede oposta do quarto e continuou. – Eu apenas senti algo muito forte me atraindo para aquela parte da floresta. Eu senti que tinha algo nos observando, mas não vi nada.

O rapaz se desculpou pelo modo como falou com a irmã e agradeceu a ajuda que havia dado. Henry estava intrigado com tudo o que estava acontecendo e daria um jeito de descobrir. Estava na hora de por em prática as suas antigas operações secretas. Assim que ele se retirou, os olhos verdes de Olivia encararam as orbes castanhas da irmã gêmea.

– Eu te conheço, você não disse para ele tudo que sabia, não é?

– Se for o que eu estou pensando, o Henry não vai poder ajudar. – Ela suspirou e levantou-se, deixando no chão o livro que lia e saindo correndo pela porta do quarto.

Flashback – O dom de Cora.

Regina começou a notar, desde muito cedo, que suas gêmeas eram muito parecidas com ela e com Emma. A menina que ganhou o nome de Olivia tinha os mesmos olhos esverdeados da loira, assim como demonstrou, desde cedo, ter a mesma personalidade forte, sentimental e bagunceira da mãe. A menina de olhos castanhos, escolhida para homenagear a avó com o nome de Cora, tinha a personalidade refinada e as mesmas manias de demonstrar força de Regina.

A rainha notou que, aos cinco anos de idade, Cora parecia farejar a magia. Ela não conseguia executar nenhum tipo de feitiço, nem mesmo parecia ter algum tipo de poder ou conhecimento sobre isso. Ela só parecia ser instantaneamente atraída pela magia.

Diversas vezes Regina flagrou Cora com o livro da avó aberto em mãos. Ela não sabia como a menina achava e conseguia pegar o objeto, mesmo depois de ser escondido nos mais variados locais. Emma se aterrorizava com a possibilidade da menina ser dominada por alguma magia negra que a fizesse ter fome de poder.

Ela também parecia ficar hipnotizada ao entrar na loja de Gold. Varinhas, poções, o próprio homem, tudo deixava Cora no que parecia um transe temporário. Ou talvez fosse mais fácil descrever como uma fascinação. Ela não entendia do que tudo aquilo se tratava, mas reconhecia objetos mágicos e seus usuários com uma facilidade assustadora.

Foi nessa época que ambas decidiram abdicar da magia, pelo bem da família. Tornou-se responsabilidade de Emma esconder o livro da Rainha de Copas e a de Regina explicar para as garotas toda a herança mágica que a cidade carregava.  

E, a partir daquele dia, a prática da magia foi extinta da família Swan-Mills.

Fim do flashback.

Horas depois, Cora irrompeu correndo pela porta do quarto da gêmea outra vez. Olivia ainda estava deitada na cama, mas agora ostentava nas mãos o livro que a irmã deixara para trás.

– O que foi? – A jovem disse abaixando o livro.

– Nossa mãe, ela está enfeitiçada! – Ela soltou a bomba, fazendo com que a irmã rapidamente se ajeitasse na cama para vê-la melhor. Cora sentou-se na outra ponta da cama e a encarou. – O modo como ela tem agido ultimamente, acha que condiz com o de uma pessoa que há uma semana perdeu a esposa? Com a de uma mulher que tem quatro filhos e toda uma cidade de luto por perto?

– Enfeitiçada? Cora, essas coisas não existem mais. – A morena revirou os olhos verdes, fazendo os castanhos à sua frente a fuzilarem.

– Como é que eu posso ser sua irmã gêmea? – Foi a vez dos olhos castanhos revirarem e depois se fixarem nos verdes. Cora colocou uma mexa dos cabelos pretos atrás da orelha e respirou fundo, buscando calma para explicar o acontecido para a irmã. – Seguinte: Nossa mãe está sem o coração. Não tem outra explicação. Alguém a está controlando.

– Sem o coração? Olha o que você está me falando. – Olivia balançou a cabeça, quase indignada com o que julgou ser a imaginação de Cora. – Por que acha justamente isso?

– Não tem outra explicação. Pode ser o motivo para que ela esteja tão distante de nós. Distante de todos. Alguém poderia perceber. – Cora se corrigiu em um sussurro. – Eu poderia perceber.

Olivia imediatamente soube sobre o que a irmã falava. Ela sabia o dom que Cora tinha, desde pequena, para identificar a magia, muito antes de saberem o que era aquilo e para que servia. O tom de voz da jovem mudou de descrença para preocupação.

– Como acha que pode ter acontecido? – Ela encarou os olhos castanhos à frente.

– Eu ainda não sei, mas vou descobrir. E preciso de sua ajuda. – Ao ter o aceno de confirmação da irmã, Cora segurou Olivia pela mão e a puxou para fora do quarto.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam desde capítulo? Digam, mais alguém aí está tão encantado com a pequena Cora quanto eu? *_*