Aprendendo A Dizer Adeus... escrita por Anju Missu


Capítulo 1
Aprendendo a dizer adeus...


Notas iniciais do capítulo

Oi! Olha eu aqui escrevendo mais um Jarida! Eu gosto tá! Mas isso não vem ao caso, espero que se emocione lendo, porque eu chorei enquanto escrevia, molhei meu teclado todo, aff. Essa é uma fic especial da semana Jarida que vai de 17 a 23 de junho!
Boa Leitura e te vejo por ai...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379433/chapter/1

Jack estava olhando para uma janela no castelo das fadas, seu olhar era distante, mas o que ele tanto olhava? Será as nuvens cinzentas que passavam no céu? Ou talvez estive apenas pensando em algo, do seu passado como humano e no inicio de sua vida como o garoto invisível, da qual não se lembrava muito.

A Fada como sempre gritando com algumas fadinhas, nem notou o rapaz olhando através da janela de vidro, até que umas das fadinha apontou para ele.

–Jack! A quanto tempo está ai?- Pergunta ela se aproximando devagar.- Aconteceu alguma coisa?

–Parece que foi ontem que salvamos o mundo do Breu, mas não foi. Já se passaram 6 anos, e olha o tamanho do Jamie agora!- Diz ele cada vez mais triste e distante.- É nessas horas que eu penso que não posso criar laços duradouros com as crianças ou humanos, eles vão crescer e morrer, e EU Fada?! Vou sempre continuar aqui.

–Jack, esse é um fardo para todos nós guardiões, talvez seja por isso que fiquei 140 anos trancada aqui...- Ela agora está sentada ao lado dele e observando as nuvens também.- Mas não é nisso que está pensando inteiramente, não é?- Ela pousa delicadamente a sua mão sobre o ombro do garoto albino.

–Verdade, estou me lembrando dos primeiros anos que comecei essa vida, tinha me esquecido deles.

–Então me conta como foram.- Dizia ela animada.

–Eu conheci uma garota, e ela era a única que podia me ver, e falar que estou aqui, mas eu a esqueci, como sou burro!- Disse ele batendo o punho no vidro, fazendo partir e machucando a sua mão, um sangue frio e negro começou a sair, mas logo o ferimento fechou, nos seu olhos azuis caiam lagrimas, a Fada pensou se deveria abraça-lo e dizer que ela estava ali com ele, mas não disse.

–Você a amava não era?- Disse ela pegando no seu rosto, fazendo o olhar para seu rosto.- Me conte como ela era, talvez isso ajude você um pouco...

–Ela era como o sol na primeira manhã de verão, quando ela estava por perto, eu não me sentia frio, mas sim quente.- Agora o garoto havia voltado a olhar a paisagem, mas de uma maneira estranha, o sol havia saído de trás das nuvens cinzas.

–Como se conheceram?- Perguntou ela.

–Nos conhecemos numa tarde de inverno na Escócia, ela estava cavalgando num cavalo preto, o que realmente me chamou atenção foi os seus cabelos vermelhos ao vento.- Começou ele.

XX HISTORIA

Merida cavalgava pela floresta, como se o fosse o seu ultimo dia de vida, cabelos aos vento frio do inverno, sorria mais do que podia, atirava algumas flechas nos alvos novos que havia feito. Seu objetivo daquele dia: Nenhum.

Apenas queria curtir o dia da maneira mais prazerosa possível, ela foi até o castelo de Mor’du para ver a paisagem que havia ao seu redor, altos rochedos, uma breve camada de neve os cobria, o sol das 2 da tarde no céu dava um ar mágico naquela visão, mas para a sua surpresa, ela não estava sozinha, tinha um rapaz lá, mexendo em algumas pedras com um cajado.

Ela desceu do cavalo e esse saiu a correr assustado, Merida se virou para impedir que ele fosse embora, mas já era tarde, ele havia sumido. Ela tirou o arco das costas e apontou uma flecha para o garoto, mas quando ele se virou, seus olhos se encontraram.

“Mas o que é isso?” Pensou a ruiva, abaixando o arco e colocando a mão no peito, seu coração batia mais forte e pesava, ela queria desviar o olhar triste do garoto mas não conseguia, era como se eles a chamassem, sem perceber caminhava em direção a ele.

Ao ficarem a alguns centímetros um do outro, ela se virou e saiu correndo sem dizer nada. Ele a olhou partir, ele também havia sentido um peso no peito, não sabia o que era, mas quando ela havia se aproximado sentiu-se vivo, uma calor o havia invadido por dentro, precisa saber quem era ela e o que era aquilo.

Um mês se passou, ainda era inverno, ele a encontrou sentada perto de um riacho sem cavalo desta vez, desenhava na lama perto na borda.

–Boa tarde.- Disse ele devagar, ela se virou.- Me desculpe por aquele dia.-Dizia ele se apoiando no cajado.

–Quem é você?- Perguntou ela.

–Jack Frost! E você cabelo de fogo?- Ela sentiu uma pontinha de raiva e virou o rosto.

–Merida Dunbroch!

Ela se levantou e sai andando como se fosse embora, mas desta vez Jack não a deixou partir, segurou na sua mão. “É quente!” . Ela se virou para encara-lo.

–O que você quer?- Disse ela soltando a mão dele.

–Você pode me ver mesmo?

–Claro! Por que eu não o veria?-Ela olhou de cima a baixo e percebeu que ele estava voando.- Mas... Quando vc?! Como faz você faz isso?!

Antes que ela fizesse mais alguma pergunta tola, ao ver dele, eles sobrevoaram o reino todo.

Meses se passaram e quase todos os dias os dois se viam e ficavam conversando sobre tudo, menos sobre amor e o passado dele, pois ele lhe contou que não se lembrava de nada.

No ultimo dia da primavera, antes da Mérida completar 17 anos, eles estavam conversando debaixo de uma árvore grande, ela contava sobre a sua família e dizia que queria poder ter tido irmãos e irmãs, estava uma conversa animada, até um silencio mortal pairar sobre eles.

Merida ficava mexendo em uma de suas mechas de cabelos, ela ficava cada vez mais nervosa, queria falar algo para quebrar aquele clima tenso, mas nada vinha para fora. Eles estavam a uma boa distância, Jack veio se aproximando devagar, e ela se afastando, até que se deram conta estavam correndo.

Ele acabou tropeçando em uma raiz de uma árvore e caindo, ela voltou correndo, perguntou se Jack estava bem, mas o danado a puxou e ela caiu também, começou a fazer cócegas nela.

Tudo parecia perfeito, o sol brilhava, o vento batia nas arvores e elas fazem um barulho agradável, não estava quente de mais.

Eles param, ela estava sobre ele, sua respiração era pesada, suas mãos suavam, seu sangue parecia correr mais rápido por suas veias, ela o olhava nos olhos, azuis como um rio claro corrente, mas para ele os olhos dela eram da cor do céu.

Jack foi se sentando levemente, tirou uma mecha do rosto dela, Merida estava bem corada, ele a envolveu e lhe deu um beijo frio.

Era como se o fogo estivesse se fundindo com o gelo, era molhado, frio e quente, ele desceu da boca para o pescoço dela, podia sentir seus cabelos arrepiados, deu um riso, sentiu o cheiro de terra molhada nela, voltaram a se beijar, suas línguas travavam uma luta frenética.

A essa altura as mãos delas estavam dentro da sua camisa branca, ele podia sentir suas unhas o arranhando levemente, voltou a atacar o seu pescoço, ela abriu a camisa dele.

–Eu te amo Frost.- Disse ela ofegante na orelha dele, deu uma pequena mordida.

–Eu também te amo, princesa.- Falou a ultima palavra com ironia.

Ai só Deus e eles sabem o que aconteceu no final desse dia.

Os anos foram se passando, ela ia envelhecendo, e ele teve que dizer adeus, ela o implorou para que ficasse, não queria perde-lo, para ela a idade não importava, mas o tempo não parava ela, querendo ou não no fundo os dois sabiam que esse dia tinha que chegar.

Antes de ir embora ele deu um beijo na sua mão e sumiu.

Ela se casou, teve um casal de filhos, mas nunca amou o marido igual havia o amado, se casara para o reino não entrar em caos e acabar estindo. Algumas noites se pegava falando o nome Jack. Agora ela era uma mulher de quase 50 anos, odiava o tempo.

Uma dessas noites ela se levantou, foi ver os filhos, deu um beijo em cada um, desceu as escadas e foi de pijama para a entrada do castelo. A lua brilhava forte, havia começado a nevar, lembrou que o Frost havia dito que falará com a lua uma vez. Ela olhou para a lua.

–As vezes eu queria voltar no tempo...- Uma lagrima escorreu do seu rosto, se abaixou e sentou na neve, não havia vestido um casaco, estava muito frio.- Frost, eu ainda o amo.- Ela pegou um pouco neve nas mãos e jogou para o alto.

Então ele apareceu e a fitou, olhou para aqueles olhos e algo lhe dizia que era ela.

–Merida?- Ela concordou com a cabeça.- Você tem que entrar ou vai acabar morrendo congelada! Venha eu te ajudo.

–Não quero entrar.

–Mas você vai morre!-Ele tentou a levanta-la, mas ela o afastou.- Merida...

–Você não mudou nada.- Lagrimas corriam do seu rosto.-Não estou tão feia assim não é?

–Você nunca vai estar feia.- Ele sorriu e a abraçou.

“Jack, ela vai morrer em breve.” Ele ouviu uma voz interior dizer. Olhou para aquela senhora, seus olhos continuavam os mesmos.

–Eu te amo, filho de troll.-Disse ela com um sorriso fraco, seu corpo foi ficando mole, frio e até a sua respiração parou, ela havia partido.

–Eu te amo! Amo! Amo!- Disse ele inúmeras vezes, lagrimas desciam...

Após a morte da Merida, Jack implorou para a lua, o fazer esquecer, e assim foi feito...

XXX

–Eu não sabia, me desculpe.- Disse a fada.

–Não está tudo bem, pois toda vez que olho para o céu me lembro do seu sorriso torto.- Disse ele olhando para o céu azul.

–E o que diria a Merida se ela pudesse te ouvir?

–Não diria nada,

–Nada?!- Fada o olhou confusa.

–Eu faria! Pediria para a lua, me fazer mortal, para assim podermos viver juntos até a morte.

–Que lindo.

–Sabe Fada, eu ainda a amo muito, então vou indo.- Disse se levantando.

–Vai a onde?

–Visitar uma amiga.

Jack levantou voo e foi para a Escócia, chegou ao antigo local onde ficava o castelo da família Dunbroch, não havia mais nada ali, só um monte de ruínas.

Ele se abaixou perto de uma delas e colocou um arco e uma flecha em cima de uma pedra.

–Sinto a sua falta, cabelo de fogo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aprendendo A Dizer Adeus..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.