Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 6
Começando a União


Notas iniciais do capítulo

Cês estão curtindo? Quero saber hein.. Bora pra mais um capítulo..
Bom, não sei se é o Nyah ou a filha da pura dessa minha internet que não me permitiu colocar link no capítulo, então tá aqui a foto do pai da nossa Ginevra: http://postimg.org/image/hgk83hf9l/

Antes que me perguntem, peguei essa foto do google e não faço ideia de quem seja.



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Fazia dias que Gina mal pregava os olhos. A preocupação era, ultimamente, a maior prioridade em sua vida. Se bem que, pra falar a verdade, sempre foi. Droga. Já tinha 18 anos e ainda sim não conseguia controlar seus poderes. E malditos sejam esses, que lhe afastaram das pessoas, da família, da escola, do mundo. Ás vezes a ruiva simplesmente desejava não ter nascido. Ou então ter nascido normal. Mas sabemos que querer não é poder. E ela também sabe.

A cerca de um mês mais ou menos, seu pai Jefferson, havia lhe prometido que conseguiria todas as informações sobre o porquê de a poltergeist ter nascido assim. Ele quase nunca saía da Clínica Delart, sendo lá o sua principal fonte de procura. Fora lá que a mãe da ruiva havia feito tratamento para engravidar, e as chances para que a doutora que cuidara desse processo ter modificado algo na mulher eram grandes.

Embora Gina confiasse plenamente na competência do pai, ela sabia muito bem o perigo que o homem corria. Talvez até mais do que ela. Sabe-se lá o que a polícia estaria agora fazendo com os pais que interrogassem e julgassem culpados pelos filhos que diferentes tinham nascido. Tá aí outra coisa que estava atordoando a ruiva. Será que existem tantos mais? Iguais a ela? Talvez não com os mesmos poderes.. quais seriam as outras habilidades especiais que poderiam existir? Essas curiosidades banais pareciam perto de tirar de vez a sanidade restante de Gina. Mas ela precisava ser forte. Sempre.

– Gina, você vai queimar a luz desse jeito. - Claire reclamou, enquanto observava o abaixar constante da corrente de luz.

– Desculpa mãe, eu tô preocupada com meu pai. - Desabafou a ruiva.

– Eu já disse tantas vezes que nada vai acontecer com seu pai.. - A mulher tentou confortá-la. - Ele logo aparece e vamos torcer para que ele tenha conseguido alguma informação importante sobre você filha.

– É isso que me intriga. - Gina falou tensa. - Aquela clínica pode ser revistada pela polícia à qualquer momento sabia? E se pegarem o papai procurando por informações de uma mutante..

– Nem pensa isso tá bem? - Claire a encarou. - Pensa que tá tudo bem com seu pai, que ele vai voltar sã e salvo e com tudo que a gente precisa saber.

– Eu não consigo. - Lamentou Gina. - Eu juro que eu não consigo. Ai mãe.. eu tô tão preocupada com tudo isso.Eu, você, o papai.A gente mora em um lugar público. Tenho tanto medo de sermos descobertos.

– Calma tá bom? - Pediu a mulher, se agachando em frente a filha sentada no sofá e lhe segurando as mãos. - Vai dar tudo certo.

– Não, eu sinto que não. Eu tô sentindo um aperto aqui sabe.. - A ruiva falou angustiada, enquanto soltava uma das mãos que a poucos era segurada pela da mãe, e levou rumo ao peito.

– Você tem que ficar tranquila. Lembra que não pode se estressar? - Indagou a mãe, e Gina assentiu, meio que a contra gosto. Ouviram uma súbita tocada de campainha e o som foi abafado pelos estilhaços de um vaso que a poucos se encontrava inteiro sobre a mesa.

– Gina! - Claire exclamou assustada.

– Ah mãe, me desculpa. - A ruiva disse assustada, percebendo a branca pele das costas da mão da mãe suja de sangue. - Me desculpa, desculpa.

– Tá tudo bem. - A mulher falou enquanto se acalmava. Não foi nada. - Ela completou, se levantando do chão e caminhou lentamente até a porta.

– Toma cuidado. - Gina pediu com receio, enquanto se levantava do sofá.

– Quem é? - Claire perguntou com o rosto bem próximo à porta. O alívio lhe invadiu ao ouvir a voz do marido.

– Sou eu.

– Ah, Patrick! - Ela disse o abraçando fortemente assim que abriu a porta. O marido retribuiu, soltou um suspiro, e quanto soltou a mulher, percebeu de imediato a mão machucada, por estar escorrendo sangue levemente.

– Que aconteceu? - Patrick perguntou se preocupando.

– Não foi nada. Gina ficou nervosa e quebrou um vaso. Acabou me acertando. - A mulher explicou um tano displicentemente, e o homem olhou Gina, sem ao menos parecer zangado.

– Oh filha! - Ele sorriu enquanto se aproximava da ruiva para abraçá-la. O abraço foi apertado.

– Tava tão preocupada papai. - Confessou Gina.

– Tá tudo bem agora. - Patrick a tranquilizou, enquanto a soltava.

– Então, você descobriu alguma coisa? - Claire perguntou estupefata, se aproximando dos dois depois de fechar a porta.

– Eu sei quem pode ter todas as informações sobre os mutantes. - Falou o homem demontrando entusiasmo.

– Sabe? - Gina questionou,pasma.

– Sei, é um homem. Trabalhou na clínica na época que sua mãe fez tratamento lá. - Explicou Patrick.

– E quem é ele? - Perguntou Claire.

– O nome dele é Severo Snape.

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– Pai, porque você tá fazendo isso? - Luna perguntou assustada, enquanto via o pai pegar suas peças de roupa e as jogar dentro de uma mochila.

– Essa casa não é mais segura pra você minha filha, eu já expliquei. - Repetiu o homem, ignorando o atordoamento da loira á sua frente.

– Mas por quê? - Ela perguntou entredentes.

– Quer mesmo que eu diga? - Lúcio parou finalmente de jogar as roupas da filha na mochila entre aberta sobre a cama e a encarou.

– É claro. - Ela falou com evidência.

– Aquela pantera Luna. - Ele começou, se aproximando. - Aquela mutante pantera que foi encontrada na saída de Manchester.. - O homem a encarou, os olhos com uma pitada de terror.

– O quê que tem ela? - A loira perguntou com impaciência.

– Ela foi encontrada à dois quilômetros daqui de casa! - Lúcio esbravejou e viu a expressão de espanto se formar sobre o rosto da filha.

– Como é?

– É, eu juntei todas as informações que eles deram e cheguei a essa conclusão. - Explicou o loiro. - Entende agora porque você não pode mais ficar aqui?

– Mas pai.. é.. - Luna tentou encontrar palavras para argumentar. - Eu não posso ir embora e deixar o senhor aqui, é muito perigoso.

– Eu sei me defender, você não. - Contrapôs Lúcio, sério.

– Não pai, eu não vou ir. - Ela disse com firmeza.

– Olha Luna, você não imagina a dor que passa aqui dentro de mim sabendo que vou ter que soltar a minha filha no mundo. Mas o que tem de mutantes por aqui, e com a possibilidade da polícia invadindo aqui a qualquer momento, eu não vou, em hipótese alguma, te deixar dentro dessa casa. - Falou o homem com autoridade. - Já tá sendo difícil demais pra mim, então por favor não dificulta tá bom filha? - Luna se viu sem ter como argumentar dessa vez. - Agora você entende o quê eu tô fazendo?

– Entendo. - Ela respondeu, por fim, com um nó na garganta. Depois de alguns segundos torturantes dentro de seu próprio quarto, a loira se via a ajudar o pai a arrumar sua mochila.

~~~~~~~~~~~~~~~~~

– Estamos andando há quanto tempo? - Rose indagou com a respiração descompassada, e parando finalmente no meio do matagal que se encontravam. Ela escorou as próprias mãos nos joelhos.

– Não faço ideia. - Respondeu Harry com cansaso. - Mas não podemos parar.

– Pra onde a gente vai afinal? - Clove indagou atordoada, olhando em volta. - Tudo que a gente vê por aqui é grama, mato..

– Mas se tivermos sorte a gente encontra uma casa abandonada por aqui. - Falou Harry esperançoso, olhando também em volta com a respiração um tanto falha.

– É, e se tivermos sortes encontramos uma mutante pantera também. - Debochou a morena.

– Já estamos andando há horas, vocês tem noção de quantas horas são? - Rose os olhou.

– Não, deixamos nossos celulares em casa. - Respondeu Harry.

– Também acharam que poderiam ser rastreados? - A ruiva questionou enquanto Clove assentia.

– Mas pelo que parece, já é quase de manhã. - Harry contatou enquanto olhava o tom escuro do céu que já começava a perder a cor.

– Nem acredito que sobrevivemos uma noite inteira.- Confessou a ruiva e Clove riu.

– Somos um bom trio. - Disse a morena gabando-os e viu Rose rir junto.

– É, e esse bom trio não pode parar agora. - O moreno comentou, as apressando.

– Tudo bem, vamos torcer para que a gente encontre algum lugar e logo. - Rose disse enquanto se punha a andar, logo seguida por Harry e Clove.

Os três caminharam mais um bom tempo, estavam quase sendo vencidos pelo cansaço, mas se negavam a esquecer que podiam encontrar um bicho mutante qualquer se parassem, e assim estariam numa enrrascada. O céu que os cobria já não estava mais escuro, pelo contrário, estava tão limpo que era possível decifrar todos os enigmas que as nuvens escondiam pelos rasvicos que as contornavam.

– Ahhhh Harry, vamo parar. - Reclamava Clove, andando à passos estremamente lentos.

– Não podemos Clove. - Repetiu o moreno, caminhando à sua frente.

– Ah, qual é. - Ela bufou. - Já tá de manhã, nenhum mutante ia ser maluco de aparecer aqui á essa hora pra atacar qualquer um que fosse. - A morena argumentou, e Harry parou, sendo imitado por Rose. Os dois a olharam.

– Acontece Clove, que o perigo não é só uma mutante como a pantera. Tem a polícia, lembra? - O moreno ergueu uma das sobrancelhas e Clove revirou os olhos.

– Harry tem razão Clove, eles disseram que estão revirando toda a cidade. - Rose completou.

– Olha, tem uma defensora agora Harry. - Clove disse com sarcasmo. - Vão acabar se pegando daqui a pouco em..

– Ah Clove, dá um tempo. - Harry falou com irritação enquanto Rose não se abalava com a indireta. Péssima indireta.

– Maninho, por favor. - Clove suplicou, enquanto juntava as mãos como se estivesse prestes a rezar. - Vamos parar só um pouquinho. Uns minutinhos.

– Ah garota, tá bom! - O moreno se deu por vencido, e olhou em volta. - Vamos, tem uma árvore alí, a gente fica em baixo dela um pouquinho e aproveitamos pra comer e beber água.

– É pra glorificar de pé! - Clove falou enquanto apressava os passos rapidamente rumo à tal árvore que ela logo encontrou com o olhar. Rose riu.

– Ela é sempre assim? - A ruiva perguntou, acompanhando Harry andando ao seu lado.

– Você se acostuma. - O moreno disse a olhando e rindo junto.

~~~~~~~~~~~~~~~~

Hermione se sentia perdida. Mas era de um modo bom. Manchester parecia não ter fim aos olhos dela e a morena se perguntava mentalmente até quando conseguiria ficar sobrevoando a cidade assim, sem correr um visível perigo, atraindo apenas olhares abismados de quem se encontrava lá em baixo. Achou que estariam imaginando ser um pássaro, uma garça gigante, mas no entando, estava devidamente enganada.

Sem saber como, e se era realmente verdade, Hermione teve a sensação da brisa do vento ir ficando mais e mais fria a medida que as asas batiam compassadamente. Iria chover, constatou ela. Teria que encontrar, e rápido um lugar para ficar. Mas onde? Ela poderia estar agora em qualquer lugar.. no centro, no subúrbio.. mas definitivamente, agora não era hora para pensar na reação das pessoas que a vissem entrar subitamente pela janela do próprio apartamento.

Torceu, torceu e torceu para que encontrassem pessoas boas, onde quer que fosse parar. Não pôde saber se, até então, elas eram. Agradeceu mentalmente ao pousar sobre a janela aberta de um apartamento aparentemente vazio. Pensou que poderiam ainda estarem dormindo, pois de fato, ainda era de manhã. Ainda equilibrada sobre a janela, encheu os pulmões de ar e fechou as asas, logo enlaçando o fio que as prenderia por dentro do vestido. Pulou, sem fazer barulho, para dentro do apartamento finalmente. Era bem espaçoso, constatou ela, olhando em volta. Ouviu um súbito trovão, e mesmo estranhando a conta toda sobre a hora de que começara um chuva em plena cidade, fechou a janela com cuidado.

Andou um pouco, conhecendo e analisando atentamente os detalhes daquele lugar. Pareciam ser boas pessoas, ela pensou enquanto olhava um porta retrato sobre a estante. Nele se encontravam três pessoas. Um homem, até bonito demais,u ma mulher com uma beleza por igual, e uma garota, poderia ser uma garota mulher por suas expressões já demonstrar ser mais do quê uma adolescente. Talvez não. Não sabia a idade dela, mas também não se preocupou com isso. A garota parecia ser legal, e era muito bonita também.

Deixou a sala, assim Hermione já nomeando, e tratou de olhar os outros cômodos. Não que ela fosse xereta. Mas precisava encontrar a cozinha. Olhou aqui, acolá, e se incomodou por ter que concordar que aquele apartamento era realmente grande. Grande até demais. Mas não demorou muito para encontrar o tão esperado cômodo que mataria o que já estava a matando. Só não esperava encontrar outra pessoa alí, pessoa essa que a morena pôde de cara distinguir como a mais nova que ela viu no porta retrato.

– Quem é você? - Perguntou Gina com espanto ao se virar e encarar a garota à sua frente. Se Hermione não estava ainda apavorada,pôde ficar por completo ao ver a lâmpada logo acima de sua cabeça explodir e os estilhaços caíram com pressão entre as duas garotas que estavam a poucos centímetros de distância.


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