Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 55
"A Intensidade do Seu Olhar"


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a primeira parte do epílogo, e como eu disse, estou começando com Scorose.
O capítulo acabou ficando enoooorme (essa Jennifer não sabe escrever capítulos pequenos não?), mas acho que vocês vão gostar. Espero que gostem, escrevi com muito carinho.

Música ao aparecer o asterisco *
https://www.youtube.com/watch?v=o1J2VXeyAEY



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15 de Janeiro de 2004.

5 meses depois.

— Mãe, você não acha que eu tô muito exagerada não? - Rose se olhava em frente ao espelho do quarto de sua mãe.

Era uma noite de sábado.

Depois de longos meses tentando reconstruir a vida, deixando de lado as lembranças assustadoras e traumatizantes que tiveram de enfrentar na ilha (e fora dela também), a família Listey e todas as outras estavam finalmente conseguindo. As coisas estavam voltando ao seu devido lugar.

Deborah, mãe de Rose, ganhou certa fama depois de ser inocentada das acusações de participação das experiências genéticas realizadas, na verdade, por Bellatrix Lestrange, quem tivera um fim mais trágico do que ficar atrás das grades de uma prisão. Deborah conseguira voltar a trabalhar como estilista e inclusive havia criado uma nova grife de roupas femininas, que seria lançamento em uma festa num hotel da cidade de Manchester, na noite do dia 15.

A história dos mutantes ainda repercutia pela população; ninguém se cansava do assunto. Era chocante demais e sempre seria. Entretanto, os mutantes do bem estavam vivendo em harmonia com os humanos, para a tranquilidade da polícia de Manchester.

Rose completara 16 anos no fim do ano de 2003. Ela continuava surpreendentemente madura para sua fase adolescente, e continuava adorável; e, para Scorpius, linda. Aliás, ela estava ainda mais linda. Os cabelos alaranjados tinham crescido uns quatro centímetros, e agora batiam na altura do bumbum da garota. O corpo dela tinha se desenvolvido um pouco mais, ela agora tinha ainda mais curvas.

Naquela noite de festa do lançamento da grife de sua mãe, Rose estava impecável. Deborah contemplava a beleza da filha, orgulhosa. Rose era o orgulho da mulher.

Rose usava um vestido longo, de cor azul-marinho, personalizado com desenhos de estrelas brilhantes por todo o tecido. A barra era dividida do busto por meio de um elástico interno localizado na cintura do vestido, e as mangas eram fofadas e delicadas. O cabelo de Rose estava solto sobre suas costas; as pontas haviam sido enroladas e parte da franja fora jogada para trás, em duas trancinhas, presas no topo da nuca da mutante. O sapato que Rose usava era branco e fechado, possuindo um pequeno salto que deixava a garota desconfortável. Aliás, aquela super-produção estava deixando Rose desconfortável, mas ela estava realmente impecável.

— Você está linda! - Deborah parecia super feliz. A mulher também usava um vestido, na cor rosa, e o cabelo dela estava preso em um coque.

— Mãe, a festa é sua. - Rose torceu os lábios e saiu da frente do espelho; então observou a mãe alisando sua barriga. A gravidez de Deborah chegava ao sétimo mês. - É você quem tem que estar bonita, não eu. Inclusive, você está linda. - A ruiva elogiou a mãe, e Deborah abriu um sorriso ainda maior.

— Obrigada, filhota. Mas você também tem que estar linda. É a minha filha, oras! - Retrucou Deborah, indo até a cama e pegando sua carteira de mão.

— Só não vou discutir porque você está sensível. - Rose brincou e riu.

— Engraçadinha. - A mulher também riu. - Bom, está na hora. A festa já deve estar começando, e eu não posso me atrasar muito. - Deborah olhou para o relógio de parede em seu quarto. - Pedi o nosso vizinho para nos levar no nosso carro. Ele é um cara legal.

— É, ele é sim. - Rose assentiu, concordando. A ruiva segurou na barra de seu vestido e puxou um pouco para cima, observando seus pés que doiam um pouco naquele sapato. Em meio a vida selvagem na qual ela foi protagonista e enfrentou seus próprios medos, Rose tinha se acostumado um pouco com a mordomia que rodeava sua real vida. Ela já não ligava mais pra tanta coisa material, tanta coisa com tão pouco valor; Rose agora dava valor para os pequenos detalhes da vida. - Eu tenho mesmo que ir com esses sapatos?

— Tem. - Deborah assegurou, com um sorriso nos lábios. Rose rodou os olhos e suspirou, mas não se opôs. - O Scorpius vai estar lá, não vai?

— Vai. - Rose deixou de olhar para os próprios pés e focou seus olhos no sorriso da mãe. Involuntariamente, a ruiva mutante sorriu de volta.

— Então. Você tem que estar linda pra ele. - Deborah fez Rose sorrir mais. A ruiva balançou a cabeça e rodou os olhos mais uma vez; naquele instante, Rose sentiu vontade de chegar logo naquela festa para ver o namorado.

— Para de bobagem. - A ruiva desdenhou daquele comentário da mãe, mas Deborah continuou a sorrir. Deborah sabia o quanto sua filha era apaixonada pelo loiro mutante.

— Sabe... - Deborah subitamente ficou pensativa. - queria que seu pai estivesse aqui pra ver isso tudo.

— Eu também. - Confessou Rose, soltando um suspiro. Era cruel como as coisas tinham se resolvido no fim; acontecera tantas perdas... A única coisa que vinha a se opor às coisas ruins que aconteceram, era o novo sentimento que surgiu dentro de Rose, e que ela sabia que não se sentia assim antes de enfrentar tantos obstáculos: Rose agora conhecia o amor. E era o amor que sustentava tudo.

Mas o que importava de verdade era o poder do recomeço. O recomeço de tudo, com uma nova perspectiva do mundo e da vida.

Depois de alguns minutos de abraço e palavras doces, mãe e filha sairam de casa e foram levadas pelo vizinho, Richard, para a festa de lançamento da coleção de Deborah Listey.

A festa aconteceria em um hotel sofisticado de Manchester. Estava confirmada a presença de estilistas bem sucedidos e de sócios de empresa das quais Deborah possuía contratos antigos. Também alguns amigos de negócios de Patrick Listey, o marido de Deborah e pai de Rose, que havia sido morto em meio às lutas dos mutantes contra os policiais e Bellatrix Lestrange.

Deborah e Rose chegaram até o hotel e foram recepcionadas excepcionalmente bem, e também foram constantemente elogiadas por sua beleza em especial naquela noite.

— Você está deslumbrante, Deb. - Comentava uma sócia da grife. - Quando você ganha? - Alicia alisou a barriga de Deborah.

— Em dois meses. - Respondeu Deborah, sorrindo. A grávida escorava sua mão direita em suas costas.

— Será que vai ser tão linda quanto Rose? - Alicia elogiu a mutante, quando parou de alisar a barriga de Deborah e olhou para Rose. - Você está muito linda, Rose.

— Obrigada. - Rose sorriu, um pouco sem jeito. Ela não sabia lidar com elogios; nunca soube, na verdade. Mas pelo menos sabia agradecer.

Rose não estava prestando muita atenção no que acontecia em sua volta. Fotógrafos rondavam freneticamente a recepção do hotel para conseguir as melhores fotos; empresários famosos da cidade conversavam, riam e aproveitavam o cardápio de aperitivos que o hotel oferecia, e diversas pessoas chegavam em sua mãe o tempo todo, para saberem novidades da grife, e claro, querendo detalhes sobre a gravidez da estilista. Rose agradecia sua capacidade de ignorar comentários importunos que constantemente surgiam pelo hotel, como por exemplo: "Vai ser diferente também?" "É uma menina mutante, igual Rose?".

Rose definitivamente não gostava daquela invasão de privacidade. Desde o escândalo dos mutantes, tudo se tornou público na cidade. Qualquer fenômeno desconhecido que acontecesse se tornava destaque nos jornais e noticiários, e segundo as colunas de depoimento e os repórteres, eram fenômenos paranormais sempre causados pelos mutantes, e que ainda assustavam a população.

Aquilo tudo ainda era muito estranho para Rose. Ela só não se sentia assim, estranha, quando estava com seus amigos. É claro que eles não tinham se afastado; pelo contrário, estavam mais unidos do que nunca. Sempre que podiam, os amigos saíam juntos. Era risada para cá, risada pra lá... Eles estavam felizes. Eles estavam juntos. A amizade deles tinha se fortalecido muito e eles deviam muita coisa a isso; e uma dessas coisas era o tormento que tiveram de vivenciar. No final de tanta coisa ruim, a união valeu por tudo e o amor passou por cima de qualquer dor.

Rose agora conhecia o amor. Aquele amor de desejar tudo de bom para o outro; aquele sentimento leve que sempre faz os lábios se abrirem em um sorriso sem motivo. E isso já não era mais o amor de amizade, não. Esse amor, Rose devia a Scorpius. Ela conhecia o amor porque, quando pensava em alguém, esse alguém era ele, e ele fazia um bem inexplicável à ela. Quando ela pensava em algo bom, o que vinha em sua mente era seus momentos com Scorpius.

A ruiva se lembrava bem de como tudo começou, ao lado dele. Os dois se implicavam tanto, e Rose não imaginava que Scorpius fosse capaz de sentir algo verdadeiro por alguém. Quando a garota começou a se apaixonar por ele, teve medo, e se restringiu a continuar sentindo o que estava sentindo. Ela internamente se negava a aceitar, porque ela sabia que não tinha nada a ver com ele. Scorpius era totalmente impulsivo e racional, ele às vezes nem parecia ser capaz de sentir nada, além de revolta. E Rose, apesar de sempre ser considerada madura e sensata, sentia demais; é, ela sempre sentia demais pelas pessoas. A implicância entre os dois era constante, Rose recordava sempre das discussões entre eles. Eles não se entendiam, mas ao mesmo tempo, pareciam completar as frases um do outro; eles brigavam em sincronia.
E o tempo foi passando e Rose foi percebendo que Scorpius era muito mais do que ela imaginava que ele pudesse ser, ele na verdade era alguém que precisava de outra pessoa para entendê-lo. Rose e Scorpius acabaram se completando. As diferenças entre os dois não fazia mais diferença no relacionamento, e as brigas, no fim, se transformavam em reconciliações maravilhosas.

Ela pensava nele em meio à festa. Rose sabia que Scorpius estaria ali, ele já devia estar para chegar, mas estava demorando. A garota riu de si mesma quando percebeu estar sentindo uma saudade descomunal do loiro. Como era possível, se eles haviam se encontrado há dois dias?

"O amor e seus mistérios."

Os pensamentos de Rose subitamente se esvaíram de sua cabeça, enquanto ela observava, desatenta, sua mãe sentar-se em uma cadeira; e a figura de Harry Potter, ao lado da irmã, Clove, e da namorada, Gina Whotsley, surgiu em meio ao hotel. Quando Rose os viu, começou a rir, e ela soube que eles começaram a rir também. Bom, pelo menos Harry e Gina riram, já Clove fingiu não entender o motivo das risadas.

— Sempre tão delicada, né Clove? - Rose ria e observava os amigos se aproximarem. O motivo da risada era Clove, mais especificamente as roupas que ela usava. Não que estivesse feia, muito pelo contrário: o estilo de Clove a tornava extremamente chamativa e atraente (mas somente Cato podia dizer isso e desfrutar de tais conclusões). A morena usava uma calça de couro apertada, uma blusa cinza de manga comprida e uma jaqueta jeans rasgada por cima. Calçava uma bota preta de cano baixo e seu cabelo estava preso em coque mal-feito, que valorizava seu rosto e seus olhos verdes.

— O que foi? - Clove cruzou os braços e segurou o riso. - Não tô entendendo a risadinha.

— A gente até falou pra ela que era uma festa de lançamento de grife. - Gina debochou, em brincadeira. Rose riu mais alto, acompanhada de Harry. - Mas você sabe como ela é...

— Cala a boca, senhora Potter. - Clove rodou os olhos e descruzou os braços, e então segurou na barra de sua jaqueta. - Pode falar ruiva, eu tô ótima. - Ela se gabou e cumprimentou Rose com um abraço, e em seguida Rose abraçou Gina e Harry. Deborah se aproximava deles.

— Se não fosse diferente não seria você. - Rose comentou e Clove assentiu, orgulhosa das palavras da ruiva.

— Ei, pessoal. - Deborah chegou ao lado de Rose e sorriu para os outros mutantes.

— Deborah! - Harry foi o primeiro a cumprimentar a mulher. - Desculpe pelo transtorno, mas você sabe como a Clove é. - O moreno cochichou no ouvido de Deborah, fazendo a mulher rir. Clove percebeu e torceu os lábios; Gina e Rose voltaram a rir.

— Eu gosto da personalidade dela. - Deborah comentou de volta para o garoto Potter, em um cochicho. Quando saíram do abraço, a mãe de Rose se aproximou de Clove. - Você está sensacional, Clove.

— Eu disse pra eles. - Clove se gabou mais uma vez. - É que eles não tem um gosto muito bom. - Debochou a morena, e Deborah riu ainda mais. A mulher cumprimentou Clove e em seguida Gina, com um abraço frouxo, por causa de sua enorme barriga.

— Por que o Cato não está com você? - Rose estranhou o fato de Clove estar sozinha na festa, acompanhando Harry e Gina.

— Ele teve que sair essa tarde. - Clove torceu os lábios. - Tá procurando um emprego e foi fazer umas entrevistas.

— Não acha que vai ser difícil ele encontrar algum emprego? Eu digo porque ele é um mutante. - Rose mostrou seu ponto de vista. - Você sabe que metade da cidade finge que nos aceita, mas qualquer coisinha eles ficam desesperados. Os outros que estão interessados no assunto só são futriqueiros mesmo.

— Não tô nem ai. - A morena deu de ombros e o alguns fios de cabelo se soltaram de seu coque. - De um jeito ou de outro o povo tem que aceitar a gente. Não somos os vilões. E outra, qualquer coisa temos os poderes de hipnose do Scorpius. - Rose cutucou a costela de Clove indiscretamente; a morena deu um riso disfarçado.

— Ainda bem que a Fleur e o Bill estão sempre do nosso lado. - Gina comentou entre eles, enquanto puxava um pouco a barra de sua saia branca que havia sumido em sua cintura. - Imaginem se aqueles outros policiais tivessem o controle da delegacia ainda.

— Prefiro não imaginar pra não sentir enjoo. Eles eram uns desgraçados. Tiveram o fim que mereciam. - Clove observou Deborah balançar a cabeça e suspirar; em seguida, a mulher abriu um sorriso.

— Não vamos pensar em nada disso. Não temos que pensar em nada de ruim. Vida nova, certo? - Deborah os animou, e os mutantes sorriram.

— Vida nova! - Harry abraçou Gina por trás e se embriagou no perfume que escapava da cabelo da garota.

— Mas e os outros, por que não vieram? - Deborah trocou um olhar com Rose, demonstrando um leve desapontamento. - Luna, Draco? Narcisa? E a mãe de vocês?

— A nossa mãe não se sente muito confortável em festa chique, sabe? - Clove fez Deborah rir. - Ela ficou em casa decorando uns quadros.

— Lily tem um talento lindo para pintar mesmo. - A mãe de Rose admirou.

— Os outros não puderam vir, mas é claro que eles mandaram um abraço. - Harry completou a frase da irmã, terminando de explicar o questionamento de Deborah. - E a Hermione mandou agradecer por poder ajudar na festa com algumas flores da floricultura dos Granger.

— Eu que tenho que agradecê-la. - Deborah sorriu, enquanto observava a decoração do hotel, que estava encantadora com o toque floral pitoresco que Hermione mesmo havia escolhido para decorar. - As flores são lindas demais. Bom, fiquem à vontade porque agora eu preciso ir cumprimentar os outros sócios. Daqui a pouco eu já vou mostrar a coleção da minha grife. - Empolgada, Deborah se despediu deles.

— Boa sorte. - Gina desejou e a mulher sorriu; logo em seguida se afastou do grupo de mutantes.

— Tá calada por que, cabelo de fogo? - Clove cutucou Rose, percebendo que a amiga estava notoriamente distraída e o olhar dela corria vago pelo hotel. Mas é claro que Clove sabia por quem Rose estava procurando.

— Hãm? - Rose balançou a cabeça e focou sua atenção em Clove, que ria. - Não tô calada não.

— Tá sim. - A morena rebateu. - O Scorpius não vai vir?

— Vai sim. - A ruiva disse prontamente; Clove riu ainda mais. - Ele disse que viria, né.

— Calma, ele deve vir. Você sabe como o Scorpius é metido. Deve estar em uma super produção pra ser o centro de atenções. - Clove debochou e Rose estapeou o braço da amiga.

— Não fala assim dele. - Mandou a ruiva.

— Que fofos, já chegaram na parte do relacionamento onde um defende o outro? - A mutante continuou debochando, entre risadas. Rose revirou os olhos e riu junto. - Acho que vou ali vomitar depois de saber disso.

— Cala a boca que você com o Cato não é nada diferente. - Rose retrucou e foi a vez de Clove revirar os olhos. - Não conseguem ficar longe um do outro. E quando você não tá com ele fica implicando com a vida alheia.

— Cala a boca, Rose. - Clove estapeou de volta o braço da ruiva, e elas riram.

— Garotas, eu e minha ruivinha vamos procurar por um drink. Vocês vão querer? - Harry se aproximou das meninas, ao lado de Gina.

— Não, agora não. - Rose negou, sorrindo para os dois.

— Minha ruivinha? - Clove foi sarcástica. - Potter, melhore.

— Cala a boca, Clove. - Gina riu com a implicância.

— Vocês só sabem me mandar calar a boca? - A morena fingiu indignação, e os três amigos responderam "sim" em uníssono. Clove bufou e cruzou os braços. - Chatos.

— Boa festa pra vocês. - Rose desejou. - E Gina, tenta não quebrar nada. - A ruiva implicou para a outra, que mostrou a língua. Claro que Rose estava brincando; Gina agora conseguia controlar seus poderes maravilhosamente bem, ela só explodia alguma coisa quando ficava intensamente irritada e aflita; fora isso, não existia mais problemas com lâmpadas, televisores e espelhos.

— Estranho, né? - Depois de alguns segundos sozinha ao lado de Rose, Clove pronunciou. As duas estavam lado a lado e observavam o fluir da festa.

— O quê? - Rose olhou estreitamente a amiga.

— A gente aqui, numa festa, comemorando. - Clove coçou sua sobrancelha. – E vivendo em paz. É estranho tudo isso... mesmo que o tempo tenha passado.

— Não faz tanto tempo assim. - A ruiva argumentou, torcendo os lábios. - Você não consegue esquecer, né?

— Você consegue? - Clove arqueou a sobrancelha e Rose negou. - É estranho, mas é bom. É bom saber que voltamos para nossas casas, que agora podemos dormir em camas confortáveis, podemos comer e viver bem.

— Depois da tempestade sempre vem a calmaria, não é? - Rose fez Clove sorrir.

— Nossa, quanta inspiração. - A morena debochou e riu. - Essa inspiração por acaso tem nome?

— Tem nome de um garoto que eu quero socar porque ele tá demorando demais pra chegar. - A ruiva fechou o punho e fez Clove rir ainda mais.

— Mas é esquentadinha essa ruivinha, hein? - Scorpius chegou por trás do corpo de Rose e envolveu a cintura da garoto com um abraço caloroso. Rose abriu um sorriso e Clove revirou os olhos, mas não deixou de sorrir.

— Não precisa mais ficar estressada. - Clove brincou, e Rose se virou de frente a Scorpius, para abraçá-lo.

— Achei que você não fosse vir. - Ela confessou, em meio ao abraço. Scorpius sorriu e alisou a cintura de Rose.

— Eu disse que viria. - O loiro relembrou-a. Os dois saíram do abraço e Rose sorriu de canto, enquanto estudava o visual do namorado.

— Scorpius de terno. - Clove aplaudiu e fez Rose rir, enquanto Scorpius bufava e olhava para o próprio corpo. - Pensei que nunca veria isso.

— Cala a boca, Clove. - Scorpius mandou, e Clove ficou indignada. Ela já havia ouvido aquela frase umas três vezes naquela mesma noite. - Minha mãe me fez vestir isso. Disse que eu tinha que estar elegante.

— Tá tão bonitinho. - Rose brincou, e Scorpius rodou os olhos. - Todo homenzinho.

— Se você ficar implicando eu vou embora. - Scorpius ameaçou.

— Não posso nem te elogiar? - A ruiva se fez de vítima.

— Ele sabe que é deboche. - Clove analisou o figurino do garoto. - Scorpius você tá ridículo com esse terno e esse cabelo pra trás.

— E você acha que tá maravilhosa, né? - O loiro revidou o ataque.

— Mas eu não tô? - A morena segurou na barra de sua jaqueta e fez carão. Rose riu daquela cena.

— Aqui só tem uma pessoa maravilhosa. - O loiro começou, e olhou Rose. - E é a minha namorada.

— Você acha? - Rose sorriu para Scorpius. Pra ele, ela era maravilhosa sempre, mas estava deslumbrante naquela noite.

— Tenho certeza. - O loiro sorriu de volta, intensamente; então se aproximou da ruiva e colou seus lábios nos dela. Clove rodou os olhos.

— Vão pra um quarto, por favor. - A morena disse, implicante.

— Você quer sair daqui? - Rose ofereceu para o loiro, quando eles se olharam nos olhos. Scorpius arqueou as sobrancelhas.

— Mas e a festa da sua mãe? - Ele estranhou.

— Ela sabe que eu não tô confortável nessa festa. E também sabe que eu vou estar feliz com você. - A ruiva jogou seus braços no ombro do loiro. Ele voltou a sorrir. Clove bocejava. - Sua mãe veio?

— Veio, ela encontrou sua mãe primeiro. - Scorpius assentiu.

— Acha que ela vai se importar se você sumir? - Rose deu um sorriso maroto.

— Acho que não. - Scorpius mexeu as sobrancelhas e fez a ruiva rir. - Nem um pouco. Pra onde a gente vai?

— Vem comigo. - Rose segurou na mão do garoto e começou a puxá-lo.

— Ei, onde vocês vão? - Clove arregalou os olhos quando os amigos passaram por ela.

— Vamos aproveitar. - Scorpius respondeu, já de costas, sendo puxado por Rose e passando rapidamente por entre as pessoas da festa.

— Vão me deixar aqui? - A morena ergueu o tom de voz para que eles escutassem, mas foi ignorada. - Ah, que merda. - Clove bateu o pé no chão e torceu os lábios. - Quando eu mandei irem pra um quarto não era pra valer. Agora me deixam plantada aqui e sozinha. - Clove reclamava consigo mesma, e alguns olhares se voltaram sobre ela, estranhando a garota estar conversando sozinha. - É pra isso que servem os amigos, né? - Ela debochou e rodou os olhos. - Quê que foi? -A morena franziu a testa quando percebeu uma mulher olhando-a fixamente. - Não posso mais falar sozinha? - Retrucou, dando as costas para as pessoas que a olhavam. Clove se esbarrou em dos garçons e foi logo levando a mão na bandeja de canapés que ele segurava. - Me dá um negócio desses. - A morena pegou três dos canapés e jogou um dentro da boca. - Se eu tô sozinha aqui, sem meus amigos e sem meu namorado, eu vou é comer.

xx xx xx

Rose levava Scorpius para o jardim do hotel. Era um hotel sofisticado, tinha dos mais variados meios de lazer para as pessoas que ali se hospedavam, e o jardim em especial era deslumbrante. Dos arbustos esverdeados saíam luzes brilhantes que iluminavam aquela noite. Dezenas de flores de variadas espécies rodeavam a área do jardim, e davam um toque romântico ao local. A piscina no centro da área de lazer era grande e a luz da lua refletia contra a água pacífica. O céu estava estrelado naquela noite.

— Bonito, né? - Rose parou de caminhar com Scorpius quando eles se aproximaram da piscina; continuaram de mãos dadas e Scorpius contemplou o jardim. - Ninguém da festa vai vir aqui provavelmente.

— Então vamos poder ficar sozinhos? - Scorpius deixou de observar a piscina e olhou Rose, que agora estava de frente para ele. Ela sorriu e assentiu. - Achei que você fosse me levar pra algum quarto. - Ele brincou, maroto.

— Não, seu safado. - A ruiva riu e deu um tapa no braço do garoto.

— Você gosta de mim assim. - Scorpius enlaçou suas mãos na cintura de Rose e puxou o corpo dela para ir de encontro ao seu. Os corpos se colaram e os tão parecidos olhos azuis se vidraram.

— Convencido. - Ela retrucou, arqueando as sobrancelhas.

— Realista. - Ele contrapôs, cheio de si.

— Cala a boca. - A ruiva ordenou, e foi a vez do loiro erguer as sobrancelhas.

— Vem calar. - Scorpius a desafiou e Rose sorriu.

As mãos de Rose agarraram a nuca do loiro e ela o beijou intensamente. Scorpius agarrou o corpo da ruiva e retribuiu o beijo com tamanha intensidade. Eles eram fogo e gasolina. Os lábios de Scorpius capturava a boca de Rose com precisão, e ela se entregava completamente ao beijo. Era sempre assim, ela sempre se entregava às seduções de Scorpius; talvez fosse um dom dele, já que era um mutante hipinótico. Ele subiu uma mão pelas costas dela e segurou-a pelo pescoço, para ter mais direção do beijo. Os dedos de Rose começaram a desfiar os fios de cabelo do garoto, enquanto ela sentia a mão dele que ainda estava sobre a cintura dela, acariciando-a.

Scorpius era um tanto viciado nos beijos de Rose. Na verdade, ele era viciado nela. Não podia ficar muito tempo longe que sentia falta, uma falta que Scorpius não conhecia e não sabia ser capaz de sentir, antes de conhecer a garota. Ele agradecia muito por ter conhecido Rose. Mesmo sendo tão diferentes, Scorpius sabia que "aquilo" era pra ser. E "aquilo" seria a referência dele para todos os sentimentos dentro de seu corpo: o amor, a paixão, o desejo, a saudade, e tudo mais que ele podia sentir ao lado dela. Rose colocara o mundo de Scorpius de cabeça para baixo desde que ela apareceu, e ele nunca mais queria voltar para cima.

Quando os dois precisaram respirar, se separaram do beijo com dificuldade, mas não afastaram seus corpos. O loiro continuou segurando a cintura de Rose com a mão direita e a nuca dela com a mão esquerda, e os dedos da ruiva continuaram despenteando os fios de cabelo dele. Eles sorriram quando os olhares se encontraram novamente.

— O que foi? - Scorpius sorria de lado, enquanto Rose o fitava com intensidade no olhar.

— Nada. - Rose sorriu e tirou as mãos do cabelo do loiro. Ela então alisou o queixo dele lentamente. - Só tô feliz de estar aqui com você.

— Achou mesmo que eu não fosse vir? - O loiro alisou a nuca dela. Rose suspirou com o carinho.

— Eu não sei. A gente tinha discutido há dois dias, achei que você pudesse estar com raiva... algo assim. - Ela confessou, fazendo Scorpius sorrir mais.

— A gente discutiu, e a gente se beijou muito, e a gente se acertou. - Ele a fez sorrir também. Scorpius colou sua boca na boca dela novamente, e mordiscou o lábio inferior de Rose. A ruiva chupou os lábios do loiro em contrapartida. - E é claro que eu ia vir. Não ia deixar de ver a minha ruiva toda maravilhosa desse jeito. - As bocas se separaram e os dois voltaram a se olhar. Rose era capaz de sorrir com os olhos. - Apesar de que eu tô bem ridículo assim, né.

— Não tá não. - Rose riu, mas foi sincera. - Mas eu acho que você fica melhor ao natural. - Ela disse, e tratou de despentear ainda mais o cabelo do loiro. Scorpius permitiu, enquanto sorria. Ele largou a cintura dela e começou a desabotoar os botões da parte de cima do seu terno.

— Astoria é meio maluca, ela disse que queria me ver elegante. - Ele comentou, tirando o casaco do terno e jogando sobre o chão ao lado de seu corpo.

— Tadinha dela. Ela sabe que isso é uma tarefa difícil, não sabe? - Rose implicou, e Scorpius segurou os braços da garota, deixando-a presa. A ruiva sorriu e encarou o olhar desafiante dele.

— Tá dizendo que eu não tenho capacidade de ser elegante, senhorita Rose? - Scorpius caminhou junto de Rose, empurrando o corpo dela para trás, até chegar na grama do jardim. Quando a ruiva pisou na grama, o loiro agarrou a cintura dela e fez o corpo da garota se desequilibrar. Os dois corpos perderem gravidade e caíram no chão. Rose deu uma gargalhada em meio ao ato proposital do loiro.

— Você é maluco? - Ela riu, embaixo do corpo dele. Scorpius ainda segurava os braços dela e a prendia entre suas pernas; o loiro também ria.

— Você não me respondeu. - Ele continuou desafiante.

— Eu não disse que você não tem capacidade de ser elegante. - Rose fingiu ficar séria e enfrentou o olhar dele. Mas ela não controlava os leves risos que escapavam involuntariamente. - Eu só disse que era uma tarefa difícil pra sua mãe.

— Não fuja do real sentido de suas palavras, Rose Listey. - Scorpius aproximou seu rosto do dela. As bocas quase se tocaram. - Eu sei que você quis dizer que eu não tenho capacidade.

* - Você tem capacidade de muitas coisas. - A ruiva instantaneamente mudou de assunto quando foi inebriada pelo desejo de beijá-lo. Scorpius sorriu de lado; e porra, ela o achava extremamente sedutor com aquele sorriso.

— É mesmo? - A voz dele também se tornou sedutora. - Como o quê, por exemplo?

— Me deixar dessa forma. - Rose respirou fundo e Scorpius deslizou seus lábios nos dela. A ruiva tentou soltar um de seus braços para segurá-lo e beijá-lo, mas o loiro a impediu. Ele tinha o controle.

— Que forma? - Ele sussurrou, próximo ao ouvido dela.

— Scorpius, você é um desgraçado. - Rose mordeu os lábios e ouviu a risada dele em seu ouvido.

— Você se sente bem quando me xinga? - Ele indagou e voltou a olhá-la nos olhos. Claro que a feição de Scorpius continuava sedutora.

— E você? Se sente bem quando fica no controle? - Rose arqueou as sobrancelhas e Scorpius sorriu. O loiro soltou calmamente os braços dela, mas permaneceu sobre o corpo da garota. Eles agora se olhavam intensamente, e a luz da lua iluminava aquele momento.

— Na verdade, eu me sinto bem quando tô com você. - Ele confessou, olhando os olhos azuis dela, que rutilavam. - Me sinto bem quando tô perto. - Rose suspirou com a nova confissão. - Quando eu posso te olhar nos olhos... e tocar sua pele. - Ele demonstrou, subindo lentamente um dedo pela pele do braço dela. - E quando implico com você.

— Principalmente essa parte, né? - Ela o fez sorrir; o corpo de Rose havia se arrepiado.

— Vai dizer que você não gosta das nossas implicâncias? - Ele arqueou as sobrancelhas.

— São as melhores. - Foi a vez dela confessar. Rose levou sua mão até a boca de Scorpius e alisou os lábios dele com o polegar.

— Ah, são? - O loiro sorriu sedutor, aproveitando a carícia dela. - Por quê?

— Porque elas terminam assim... - Rose direcionou sua mão para o pescoço de Scorpius e puxou o rosto dele para próximo do seu, quebrando a distância entre as bocas. Eles se beijaram intensamente.

Scorpius e Rose definitivamente precisavam um do outro, e era fato de que suas implicâncias tornava único o relacionamento dos dois. Até porque, eles se implicavam porque não conseguiam viver um sem o outro. Simplesmente não conseguiam e não podiam.

— Será que um dia isso vai acabar? - Rose suspirou no instante em que eles se separaram do beijo. Os rostos continuaram muito próximos; as respirações quentes e aceleradas se misturavam.

— Isso o quê? - Scorpius fixou-se nos olhos dela. Eram tão brilhantes... - Nós dois?

— Nós dois... o que a gente sente... - A ruiva sentiu uma massagem na cintura proporcionada pela mão dele.

— Não vai acabar. - Ele não precisou pensar para responder; foi preciso e verdadeiro.

— Como você sabe? - Scorpius depositou um selinho nos lábios dela, ainda olhando-a nos olhos. Rose sorriu de lado, mas continuou concentrada no que ele dizia.

— Porque é forte demais. E aconteceu de uma forma forte demais. - Scorpius estava sendo completamente sincero; os olhos dele rutilavam. - Quando eu achava que iria morrer naquela ilha, pensava em você, e lutava pra ter chances. Eu lutava pra ter chances de sobreviver e escapar de lá. Eu queria ter uma vida contigo aqui fora.

— Quando estávamos presos lá, eu pensava em você na maior parte do tempo. - Rose confessou, alisando o rosto dele. Scorpius sorriu. - No começo eu tinha medo de você querer brincar comigo, eu tinha medo de sentir algo que eu sabia que você poderia não sentir por mim. Éramos tão diferentes...

— Ainda somos. - Scorpius completou. - E é isso que faz eu ser completamente louco por você. O seu jeito de ser é totalmente diferente do meu, e você é a garota mais incrível que eu já conheci. - Ele a fez sorrir imensamente.

— Eu amo você. - Rose sussurrou, e foi ele quem sorriu imensamente dessa vez.

— Eu também amo você. - O loiro sussurrou de volta, bem próximo dos lábios dela. - E você é a melhor, Rose.

As bocas se uniram mais uma vez, com intensidade e extremo desejo. Rose era realmente apaixonada por aquele garoto, e ela estava entregue àquele sentimento, assim como ele. Scorpius estava entregue àquele sentimento de uma forma que nunca se entregara antes, para nada. Ele não sabia se aquilo era destino, se eram os planos de Deus, mas ele não queria que chegasse ao fim. Na verdade, os dois lutariam sempre para que não houvesse um fim entre eles. O único fim libertador para os dois fora o fim dos tormentos na ilha, das dificuldades que tiveram de enfrentar, e do medo de não saírem vivos de lá para recomeçarem a vida em Manchester. Destino ou planos de Deus; o que quer que fosse, estava do lado daqueles mutantes.

— O que foi? - O beijo chegou ao fim e Scorpius subitamente saiu de cima do corpo de Rose e se levantou do chão. O loiro esticou a mão para ela, e a ruiva foi puxada para cima. Então Scorpius começou a tirar seu sapato e Rose arqueou as sobrancelhas, estranhando. - O que tá fazendo?

— Tira o seu. - Scorpius apontou para os pés da ruiva, que estavam cobertos pela barra do vestido. Rose continuou estranhando, mas o loiro a incentivou com um sorriso. - Vai, tira.

— O que vamos fazer? - Mesmo sem resposta, Rose desabotoou a cordinha do seu sapato e tirou-o de seu pé esquerdo; em seguida fez o mesmo com o direito. Já descalços, os dois se olharam e Scorpius possuía um sorriso maroto no rosto.

— Scorpius, o q... - Rose começou a falar, mas Scorpius correu até ela e habilidosamente pegou a ruiva em seus braços. Com Rose nos braços, o loiro começou a caminhar até a área da piscina. Rose arregalou os olhos e começou a espernear, mas sem deixar de sorrir. - Você tá maluco? Estamos na festa da minha mãe.

— Ela não vai se importar se você se molhar um pouquinho. - O loiro sorriu de volta e se aproximou da borda da piscina. Rose não esperneou mais, ela na verdade queria aquele momento com o loiro. A ruiva fechou os olhos quando percebeu que ele se preparava para pular, e com mais alguns segundos Scorpius se jogou dentro da piscina junto à Rose. Eles mergulharam e se encontraram lá dentro.

— Você é um maluco. - Quando a ruiva terminou o mergulho e tirou sua cabeça de debaixo d'água, ela começou a rir. Scorpius se aproximou dela, bagunçando os fios de cabelo, que agora estava bem mais charmosos.

— Você não achou que a gente ia voltar pra festa sem dar um mergulho, achou? - O loiro se aproximou dela na água. Os fios avermelhados do cabelo dela estavam agora molhados e bagunçados, mas era um charme; Scorpius achava.

— A sua mãe vai te matar, você estragou a produção dela. - Rose implicou e ele bagunçou ainda mais o cabelo. A ruiva sorriu de canto a canto. Os corpos agora estavam bem próximos dentro da piscina.

— Eu continuo um gato, ela nem vai perceber. - Ele se gabou e Rose rodou os olhos.

— Você se acha, Scorpius. - Ela retrucou e o loiro nem ligou, apenas agarrou a cintura dela e fez os corpos se colarem.

— E você é linda demais. - O loiro a fez rir.

— Idiota. - A ruiva viu ele arquear as sobrancelhas. - Vem cá. - Sem mais delongas, Rose o beijou desejavelmente.

O beijo durou longos minutos. Os olhares seguiram intensos durante todo aquele momento entre os dois. O sentimento de paz reinou por horas e os corações permaneceram acelerados pelo resto da noite.

A única coisa que foi capaz de quebrar um dos intermináveis beijos entre Rose e Scorpius naquele jardim, foi a aparição de um dos sócios de Deborah, que procurava por Rose, já que a mãe da mutante estaria para apresentar sua coleção quando o relógio marcasse 10 da noite. Mas Scorpius usou sua hipnose para se livrar da presença daquele homem que queria atrapalhar os beijos do loiro com Rose.

É claro que Scorpius deixaria Rose voltar para a festa para prestigiar sua mãe; mas ele precisava beijá-la por mais alguns minutos antes disso. Ele precisava dela por mais algum tempo.

Talvez, pro resto da vida.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Eu particularmente me apeguei nessa última cena dos dois... tão lindos ♥
Ah, gente, o nome do capítulo é ligado às características dos mutantes. Como esse capítulo foi dedicado a Scorose, e já que o Scorpius é o mutante da hipnose, ficou sendo esse o nome do capítulo. O epílogo de Romione, por exemplo, terá um nome relacionado à mutação dela... enfim, só queria detalhar isso.
Não esqueçam de comentar. Fãs de Scorose, apareçam, por favor! Hahaha!
Vejo vocês no próximo!
XX, Jen



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