Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 44
Lute Comigo, Lute por Nós!


Notas iniciais do capítulo

"Outro capítulo, Jennifer? Mas já?"
Primeira notícia boa: sim!
Segunda notícia boa: o penúltimo capítulo já está praticamente pronto.
(Não sei se é uma notícia boa, mas vai ter post rápido!)

Soundtrack¹: https://www.youtube.com/watch?v=pg7hWmkScww
Soundtrack²: https://www.youtube.com/watch?v=8epNGb_HvIk



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Havia móveis quebrados e espalhados pela sala do laboratório. Havia sangue e gritaria também. Os mutantes que escaparam de suas celas estavam em um número muito maior, e pareciam decididos a colocar os invasores no chão, destruídos. A desvantagem entre eles era enorme, mas Rony, Hermione, Harry, Gina, Rose e Scorpius não estavam ali para perder. Eles nunca se renderiam naquela batalha decisiva.

¹ A blusa que Rose vestia tinha as costas completamente rasgadas, sua pele estava totalmente exposta, e várias queimaduras latejavam ali. Uma garota estava agarrada em seu pescoço, e tudo o que Rose conseguia fazer era procurar com todas as forças um pouco de ar, enquanto sofria uma forte asfixiação. Presa contra a parede atrás de seu corpo, Rose agarrava os braços da mutante de longos cabelos grisalhos e lutava para empurrar o corpo da menina para longe do seu.

Ela buscou Scorpius com um olhar desesperado, mas ele não podia ajudá-la, parecia em uma enrascada ainda maior. E foi ainda mais agonizante para Rose, vê-lo sem saída daquela forma. Inspirando profundamente com dificuldade, Rose enterrou as unhas de seus dedos na pele dos braços da mutante, e o grunhido que a menina deu foi suficiente para a sua distração. Rose chutou a garota por entre as pernas, e socou seu rosto no mesmo instante. A mutante do laboratório perdeu o equilíbrio e soltou o pescoço de Rose completamente; a ruiva então pôde sentir o ar invadir abruptamente seus pulmões, lhe trazendo de volta o equilíbrio de seu corpo.

– Tá achando que vai escapar dessa? - Furiosa, a garota voltou a atacar Rose, que desviou quando percebeu que levaria um soco no rosto.

– Acho bom calar a boca. - Rose rangiu os dentes e segurou os braços da mutante quando correu o segundo risco de ficar presa.

– Vocês vão morrer. - Proferiu a selvagem, tentando agarrar os cabelos cumpridos de Rose, mas tendo seus braços seguros pela mesma.

– Eu disse pra calar a boca. - Rose astutamente girou seu corpo em volta da mutante e agarrou os cabelos grisalhos e secos da garota, a forçou a caminhar alguns passos (voltando para onde há poucos Rose estava presa) e socou o rosto dela contra a parede sólida. A mutante gemeu em dor, e Rose repetiu o ato três vezes, percebendo o sangue logo começar a escorrer pelo rosto da garota.

– Rose! - Scorpius gritou, já que aquele som infernal de alarme disparado ainda atingia o laboratório e suas redondezas. Rose, ainda segurando a mutante que a atacou pelos cabelos, girou a cabeça subitamente e procurou pela voz do garoto. Quando o encontrou com o olhar, viu Scorpius de cabelo todo desgrenhado e ensaguentado no rosto, preso por um mutante de cabeça raspada que aparentava ter meia idade. - Uma ajudinha aqui, por favor.

A ruiva assentiu quando tinha seus olhos presos ao dele, mas a expressão de Scorpius se fechou em dor quando o homem que o prendia o socou no estômago e arregaçou as presas em sua boca. Rose, distraída, foi abruptamente acertada na boca com uma cotovelada da mutante que sangrava, e perdeu o controle da situação. A mutante se aproximou de Rose e em um solavanco, chutou o corpo da ruiva fortemente. Rose tropeçou e se desequilibrou, caindo no chão e sentindo um forte ardor quando os machucados de suas costas entraram em contato com o chão duro. Praguejando por sentir aquela dor latejante, Rose, com os olhos levemente semicerrados, percebeu que a garota se aproximava dela, e erguia um braço no ar, mirando-o exatamente em sua direção. Em meio aos lampejos que começaram a escapar da mão da mutante da ilha, a ruiva tentou se desvencilhar daquela corrente elétrica, mas soube que não tinha sido rápida o suficiente. Fechando os olhos, Rose esperou pela eletrocução, mas segundos se passaram e, quando voltou a olhar a mutante, viu a mesma indignada na tentativa frustada de atacar a ruiva invasora com seus poderes. Totalmente surpresa, Rose correu os olhos pela sala infestada do laboratório, e constatou que Harry, mesmo lutando com outro mutante, havia protegido-a com seu campo de força.

Rose soltou um imenso suspiro e fez o próximo movimento com rapidez, já que a mutante com poderes elétricos tentou pular sobre a ruiva, mas Rose ergueu as pernas no ar e empurrou para longe o corpo da garota, que caiu do outro lado do chão. Agilmente, Rose ficou de pé e, contendo um gemido pela dor de seus machucados, correu até a mutante ainda deitada ao chão, caiu de joelhos ao lado do corpo dela e emperrou sua mão na testa da garota, prendendo-a ao chão. A mão livre de Rose acertou cada parte do rosto da garota, ferindo-a o máximo que a ruiva conseguiu. Quando percebeu um sangramento ainda mais forte e maior no rosto da mutante, Rose ofegou fortemente e se ergueu, dando um último chute no corpo da mutante e deixando-a grogue sobre o chão.

Assim que conseguiu se livrar daquela luta, Rose correu a procura de Scorpius e encontrou o garoto jogado sobre o chão, com o rosto ferido e tendo os cabelos puxados, expondo seu pescoço para alvo das presas do vampiro sobre ele.

Quando se aproximou o suficiente, Rose enlaçou o pescoço do vampiro com as mãos e prendeu seus braços naquela área com o máximo de força que pôde. O vampiro tossiu várias vezes e tentou agarrar alguma parte do corpo da mutante com as mãos, mas perdeu o equilíbrio da captura de Scorpius e caiu para o lado, junto de Rose que ainda o enforcava. Scorpius abruptamente se levantou do chão e procurou com os olhos por sua arma que estava em algum lugar no chão daquele laboratório.

– Scorpius! - Rose, ainda asfixiando o vampiro que grunhia roucamente, apontou com o pé para onde a pistola estava, bem próxima ao corpo de Hermione, que tentava se livrar do felino que a atacava. Nesse segundo de descuido, o mutante vampiro agarrou os braços de Rose e se livrou do enforcamento; puxou a ruiva e a fez cair no chão, e no mesmo instante abocanhou o pulso esquerdo da garota.

Rose cerrou os olhos e soltou um grito quando sentiu as presas em sua pele, mas a mordida foi impedida de se realizar quando Scorpius apertou o gatilho da arma e disparou um tiro contra a cabeça do vampiro, que foi para trás e bateu o corpo contra o chão frio. Rose, desesperada, analisou seu próprio pulso no mesmo momento, mas só o que viu foi uma vermelhidão pela pele; ele não conseguiu mordê-la.

– Scorpius! - Ela se levantou do chão impulsivamente e foi de encontro ao dele; nunca sentiu uma necessidade tão forte de abraçar alguém como sentiu naquele momento em que foi salva. Se não fosse ele, ela se transformaria em uma vampira.

– Onde pensa que vai, lindinha? - Impedida de chegar até Scorpius, que também ia de encontro à ela, Rose foi agarrada pela cintura e teve os pés arrastados pelo chão, em direção a um dos corredores do laboratório. Rose esperneou arduamente e tentou se livrar do mutante que a agarrava; o cheiro exalado dele era parecido com o cheiro de enxofre. Scorpius correu para tentar ajudar a garota, mas teve os braços seguros subitamente por outro mutante que ele ainda não havia enfrentado.

– Solta ela agora! - Scorpius berrou, vendo Rose ser arrastada para próxima do corredor. Ela se debatia e isso dificultou o rapto, mas o mutante que a prendia era muito mais forte e muito maior.

– ROSE! - Hermione - que também estava presa, e no momento que Rose começou a ser levada para o corredor, também foi raptada pelo mutante leopardo e arrastada para perto de onde a amiga estava - começou a se debater contra o corpo do homem que a agarrava e se desesperou.

– Soltem elas agora! - Rony ordenou; estava totalmente sem defesa em decorrência ao ataque da maldita mutante aranha, mas sentia-se furioso com aquele novo ataque e aquela nova desvantagem que estavam enfrentando. O ruivo tentou se livrar das teias que ainda o prendiam, mas que pareciam ser extremamente resistentes.

– A Bellatrix só quer as garotas! - Avisou o mutante que prendia Scorpius e o impedia de ajudar Rose. O homem chutou as pernas do loiro quando sentiu uma cotovelada no rosto, e desequilibrou o mutante da hipnose, que caiu de joelhos no chão, deixando a arma cair e se perder pelo chão frio.

– NÃO TOQUEM NELAS, LARGA ELAS! - Gritou o loiro, completamente extasiado e desesperado.

– GINA, A MINHA MÃO! - Harry esticou o braço o máximo que conseguiu quando viu uma sombra puxando o corpo da ruiva, e ela o agarrou pela mão.

– HARRY! - Gritou ela, apertando os dedos de Harry, tentando não quebrar aquela conexão. Harry correu para ajudá-la, mas, como imaginava, foi impedido pela garota aranha, que expeliu sua teia pelas mãos e atingiu o moreno nas pernas. No mesmo instante, a mão de Gina perdeu o contato da de Harry, e o garoto caiu nos chão, praguejando xingamentos desesperados. - HARRY!

– LARGA ELAS AGORA! - Harry estava furioso, e a imagem das garotas sendo arrastadas por aqueles corredores traiçoeiros só aumentava seu ódio e sua revolta.

– Rose, se abaixa! - Scorpius então, o mais astuto que conseguiu, se arrastou pelo chão e capturou sua pistola novamente; quando viu que Rose o obedecera, disparou o gatilho e acertou o mutante que prendia a garota. Livre, Rose fugiu imediatamente para longe do corredor e esperou Scorpius terminar o serviço, para libertar Gina e Hermione; mas novamente o loiro foi atacado e perdeu o controle da situação.

– LEVEM AS DUAS! - Ordenou a mutante aranha, e em uma fração de segundos, os dois mutantes carregaram Gina e Hermione pelo corredor a dentro, e as luzes que lembravam sangue fizeram as garotas sumirem de vista rapidamente.

– PRA ONDE VOCÊS LEVARAM ELAS, SEUS FILHOS DA PUTA? - Rony, totalmente revoltado, se debateu para se livrar daquelas teias, e urrando para se soltar, descolou um braço do outro. Vendo que seria atacado pela mutante novamente, se arrastou pelo chão; um novo som de tiro cortou o som das sirenes ainda disparadas, e a arma na mão de Rose denunciou a morte da mulher aranha, que caiu no chão em um baque profundo.

– Larguem eles agora! - Rose mandou, cuspindo as palavras.

Apontou a arma para cada mutante do laboratório ainda presente ali e, levando o dedo ao gatilho para a ameaça ser mais forte, observou um por um deixar seus amigos libertos. Rony ofegou e ergueu-se do chão, e no mesmo instante se aproximou de Rose, protegendo-a de qualquer ataque surpresa. Scorpius, também livre, foi para perto da ruiva e tocou os dedos da garota, olhando-a nos olhos; Rose retribuiu o olhar intenso, mas não se deixou descuidar. Harry, com a perna machucada, arrastou seus passos e chegou até os amigos; os mutantes da ilha juntaram-se um do lado do outro; o vampiro que Scorpius tinha baleado continuava desacordado, e a garota elétrica que lutou com Rose estava ferida demais para se levantar do chão.

– O que vamos fazer com vocês, hein? - Rony, que viu Rose lhe entregar a arma, segurou-a com uma das mãos e apontou para os mutantes, que pareciam ariscos e infelizes. - Nos matariam se fosse o contrário, não é?

– Vamos matar eles? - Rose ainda repudiava a ideia, sabia que aquilo era o que precisavam fazer.

– É, vocês vão nos matar? - Um dos mutantes de cabelo loiro cacheado debochou. - Vão se transformar no que a Bella quer também?

– Cala a boca. - Rose ordenou, impaciente e irritadiça. Olhou Scorpius ao seu lado e fixou seu olhar no dele por alguns instantes, buscando a paz que, ironicamente, ele a proporcionava.

– Acho melhor trancarmos eles em uma das celas. - Harry limpou o sangue que escorria no canto de sua boca. - Nossa briga não é com eles, é a Bellatrix que a gente quer.

– É, é ela sim. - Rony torceu os lábios e levou o dedo ao gatilho, a arma ainda estava apontada para os mutantes do laboratório. - E vocês vão nos dizer onde ela está, e pra onde levaram as garotas.

– E por que faríamos isso? - O mutante loiro foi sínico.

– Porque se não fizerem, a gente mata vocês. - Scorpius ergueu o tom de voz, mostrou autoridade.

– Então.. - Rony deu um passo a frente. - Qual vai ser?

x x x x x x x

O fim do corredor onde Cato, Draco e Clove perseguiam Bellatrix mostrou uma espécie de passagem secreta no laboratório, onde não tinham mais celas, nem mesmo mutantes perigosos que provavelmente tentariam matá-los. Aquela passagem secreta apresentou o centro do laboratório. Era onde tinham salas especiais para a realização de pesquisas científicas, equipamentos para o auxílio dessas pesquisas, e tudo o que Bellatrix precisava para alterar a genética de seres humanos.

– Então, esse é o covil da bruxa? - Clove ironizou, enquanto caminhava por aquele lugar e analisava os objetos que as salas de pesquisa possuíam.

– Esse lugar não pode ficar mais sinistro. - Draco torceu os lábios.

– Ela deve estar por aqui. - Cato, cansado por estar carregando a mãe em seu colo a muito tempo, ajeitou-a em seus braços com dificuldade.

– Quer que eu a leve? - Draco entrou na frente do irmão, percebendo o esforço que ele fazia.

– Não precisa. Procure a Bellatrix, Clove pode te ajudar. - O loiro mais velho pediu, sério.

– Não vou te deixar sozinho. - A morena imediatamente negou, olhando Cato.

– Eu vou ficar bem, mas preciso da ajuda de vocês. - Olhando Clove nos olhos, ele continuou a explicar: - ela já está desacordada há algum tempo, e precisamos de ajuda. Temos que achar Luna, mas Bellatrix deve estar com ela. Então por favor, procure ela por mim. Tudo bem?

– Tudo bem. - Clove suspirou fundo, depois de alguns segundos de contra gosto. Cato balançou positivamente a cabeça, agradecendo, e foi presenteado com um selinho singelo. Era tudo que ele precisava naquele momento: saber que Clove estava ali com ele, pro que der e vier, e que ela era dele, que eles se pertenciam; e se saíssem vivos daquela guerra, tudo seria diferente, tudo seria melhor.

– Fique aqui onde está, pra te acharmos depois. - Mandou Draco, e o irmão assentiu. - Vamos começar procurando nessas salas sinistras e se não acharmos, a gente volta e arruma outro plano.

Cato concordou e assentiu pela última vez, então viu Clove e Draco lhe darem as costas e começarem a caminhar por entre as diversas salas de pesquisa de Bellatrix. Era tudo muito organizado, como nos filmes; mas, vendo de perto, chegava a ser horripilante. O que será que Bellatrix era capaz de fazer com suas cobaias? O que Bellatrix pôde ter feito com Narcisa Malfoy?

Ele se indignava só de pensar. O sangue em suas veias estava fervendo desde que pisou no laboratório, e a revoltada dentro de seu corpo tomava conta dele. Cato só queria que tudo aquilo acabasse logo. Vendo sua mãe desacordada em seus braços era doloroso, era assustador. Ele não queria que nada de ruim acontecesse com ela; ele ainda se lembrava da morte de Cho, quando tudo começou. Era completamente injusto a vida para os mutantes naqueles dias de guerra, e a escolha de lutar nunca fora deles. Isso era o mais injusto de tudo.

² Seria aquilo o grande final? O que aconteceria no fim daquele dia?

Todos estariam mortos ou eles sobreviveriam?

– O que acha que vai acontecer com a gente? - Clove, vasculhando a primeira sala que havia entrado junto à Draco, se pronunciou.

– Sinceramente? - Depois de analisar debaixo de uma maca, Draco olhou Clove do outro lado da sala e encolheu os ombros. - Eu não sei. Mas estou torcendo para que a gente consiga.

– É, eu também. - Clove confessou, suspirando. Estava tão cansada de tudo, ser durona em meio à tantas coisas ruins acontecendo era muito difícil pra ela.

– Preciso achar a Luna. - Draco escorou as mãos sobre o pano branco da maca e baixou a cabeça, soltando uma respiração pesada. - Preciso dela.

– Você gosta muito dela, né? - Serenamente, Clove o fitou quando Draco ergueu o olhar.

– Gosto. - O loiro também confessou, e torceu os lábios em um sorriso fraco. - E você gosta muito do meu irmão também.

– É. - Depois de vários segundos de silêncio, Clove assumiu, sem graça. - Ele é muito importante pra mim.

– Acha que se vencermos isso tudo, vamos ser bons cunhadinhos lá fora? - O loiro tentou brincar, e acabou arrancando um sorriso da morena. Ela baixou o olhar, um pouco envergonhada, para a surpresa de Draco. Clove era sempre tão durona e cheia de si, e vê-la daquele jeito, sensível, sentimental.. era novidade para Draco. Mas ele gostou do que viu.

Quando Clove ergueu o olhar para olhar Draco novamente, e continuar na procura por Bellatrix, arregalou os olhos, e com um aceno de mão, fez o loiro se agachar para sair do alcance da janela de vidro, e ela se agachou junto.

– O que foi? - Draco, de olhos arregalados, sussurrou.

– Mutantes, eu acho. - Clove proferiu, com o tom mais baixo de voz que conseguiu emitir.

– Temos que cair fora daqui, e avisar o Cato. - Draco se alarmou automaticamente. Clove, assentindo, ergueu o olhar cautelosamente e tentou ver algo na janela da sala, e um último homem sumia de vista entrando pelo centro do laboratório.

– Acho que eles estão entrando pelo outro lado. - Clove avisou, e junto à Draco, caminhou até a porta de vidro que os deixariam para fora da sala. Cautelosamente, os dois passaram pela porta, que estranhamente não tinha alarme ou senha, e saíram daquela área do laboratório.

A passos largos e cautelosos, voltaram para Cato, que não estava tão longe, e o encontraram sozinho, apenas com Narcisa no colo. Clove respirou aliviada ao ver que ele não tinha se metido em encrenca, e Draco continuou na cautela com o olhar para ver se nenhum dos mutantes estavam chegando.

– O que aconteceu? - Cato se alarmou, quando viu os dois se aproximando, estupefatos.

– Vários mutantes passaram pela sala. Se tivessem visto a gente, estaríamos ferrados. - Clove explicou, arfando.

– Não encontraram Bellatrix? - Indignado, Cato bufou, enquanto Draco e Clove negavam com um aceno de cabeça. - Filha da puta. Precisamos encontrá-la! - E então, Cato ergueu o tom de voz, em decorrência do seu nervosismo.

Quando Draco olhou para trás, a horda de mutantes da ilha os avistaram, e a correria para capturar Clove, Draco e Cato começou.

– Droga, vamo embora! - Gritou Draco, mas foram impedidos de fugir pelo corredor de onde surgiram, pois estavam encurralados.

– Temos um belo banquete, hein? - Um dos mutantes selvagens mordeu a boca, atiçado.

– Cato, foge pelo outro lado! - Draco foi agarrado pela camisa surrada, e implorou ao irmão que fugisse. - Você precisa achar Bellatrix e Luna.

– Foge, Cato! - Clove ordenou, no momento em que sentiu braços agarrando-a pela costela, prendendo seu corpo.

– Clove, não! - Cato, que se desvencilhava com passos para trás das criaturas que estavam prontas para atacá-lo, se viu sem saída. Ele não podia deixá-la, ela não o deixou quando pôde. E Draco, seu irmão, seu sangue. Ele não podia fugir. Mas sua mãe precisava desesperadamente de ajuda, e Luna precisava ser encontrada.

– FOGE, AGORA! - A garota berrou e partiu para lutar com o homem que machucava-a na cintura, e Cato, sem escolhas, usou sua super velocidade para escapar dali.

Agora era questão de honra encontrar Bellatrix Lestrange, e ela iria pagar por tudo o que estava fazendo.

x x x x x x x x x

– Me solta, me solta! - O mutante que raptou Hermione arrastou-a para o lugar mais escuro do laboratório, onde ela não conseguia descrever muito bem como era a entrada, mas, entrando pela porta de madeira camuflada, soube que era o porão. O homem que a agarrava pela cintura empurrou o corpo da morena pela escada, e ela segurou no corrimão quando desequilibrou, para não cair.

– Trouxe as meninas, conforme combinamos. - A voz de Bellatrix Lestrange fez Hermione se arrepiar, e então a mulher de cabelos negros apareceu: o sorriso impecável em seu rosto continuava o mesmo, os fios de cabelo desgrenhados permaneciam da mesma forma, e a feição psicopata amendrontrava ainda mais Hermione. Aquela mulher era assombrosa.

– Sim, mas não conseguimos pegar a ruivinha da clarividência, nem a irmã do Potter. - Avisou o mutante, segurando a porta do porão para Hermione não escapar.

– Elas não serão um problema. - Bellatrix garantiu, e se aproximou da escada, vendo Hermione no topo, abraçada com os próprios braços. - Hermione e Gina são tudo o que eu preciso.

– Coloquei aquela bruxinha na sela do corredor 4, como a senhora mandou. - O homem tentou impressionar Bellatrix pela eficiência, e a mulher se mostrou satisfeita.

– Muito bem. - Bellatrix deu uma piscada. - Agora volte para os outros, reúna todos os seus colegas, e acabem com eles.

– Você não pode fazer isso, sua desgraçada. - Hermione se revoltou, e girou seu corpo para tentar escapar daquele porão, mas o mutante segurou-a pelos braços e empurrou novamente a garota alada para a escada.

– Você não vai a lugar algum, meu bem. - Bellatrix sorriu, quando encontrou o olhar extasiado de Hermione. - Agora, vá. - A médica direcionou seu olhar para o mutante. - E não deixem Severo Snape fugir. Ele não pode fugir.

– Certo, Bella. Estamos com você. - O mutante a garantiu lealdade, e recebeu um sorriso misterioso em troca. Fechando a porta do porão, o homem desapareceu das vistas de Hermione, e o desespero da garota aumentou ainda mais, quando se viu sozinha com Bellatrix.

– O que vai fazer comigo? - A morena encolheu os ombros quando Bellatrix estendeu uma mão no ar e chamou a garota, para que ela descesse pela escada e conhecesse o famoso porão do laboratório, onde tudo de mais ruim acontecia com as cobaias de Bellatrix.

– Vou te fazer uma grande surpresa, minha menina de asas. - O olhar de Bellatrix fez Hermione arrepiar da cabeça aos pés. Céus, ela estava ferrada. Como fugiria dali?


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Notas finais do capítulo

Perdoem os erros, o capítulo ainda não foi revisado.

Não deixem de comentar, hein? Esses são os últimos capítulos da história!

XX, Jen.