Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 30
Magnitude


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu vim atualizar a fic! Fiquem feliz, e por favor, comentem hein?? Aqui temos um capítulo pra quem quer pegação na história hahaha

Música ¹* : https://www.youtube.com/watch?v=1gtUHVj5E6c

Soundtrack ²* :https://www.youtube.com/watch?v=BhgEwcvGaoE



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¹* O corpo de Gina pulsava. Ela sentia labaredas de fogo queimando sua pele. Sua cabeça girava e latejava, seu olfato mais do que aguçado estava totalmente entorpecido pelo cheiro de Harry, sua audição conseguia captar os batimentos cardíacos dele. O som do coração batendo forte se misturava com o som da respiração acelerada escapando pelos lábios inchados do moreno. Harry ainda tinha o corpo colado no de Gina, prensava-a na parede e a encarava os olhos cor rubi dela.

– Agora você entende que eu não vou te deixar? - As palavras do garoto flutuaram rapidamente até os ouvidos de Gina, ela conseguia escutar tudo tão alto e tão profundo.

– Parte de mim quer arrancar a pele do seu pescoço agora. - Gina ofegou. Não era fácil ter seu corpo colado ao do mutante, e seus olhos vidrados no dele. Principalmente agora com seus novos instintos.

– E a outra parte? - Harry enfrentou-a com o olhar. Ambas as bocas estavam muito próximas. Tão próximas que os lábios se roçavam entre uma palavra e outra. O que aumentava ainda mais a tensão sexual entre eles naquele momento.

– Eu não sei. - Desabafou ela, enfiando uma mão entre os cabelos de Harry e agarrando-os. As mãos do moreno a apertou na cintura, os dedos quentes dele ousou entrar por dentro do tecido da blusa da vampira e tocou a pele desejável dela. - É como se eu quisesse te devorar.

– Aposto que não quer isso mais do que eu. - Harry sussurrou para a ruiva, deslizou suas mãos por dentro da blusa de Gina, tocando a pele das costas dela com precisão. Gina arfou em bom som.

Harry conseguiu perceber uma mudança radical na cor dos olhos dela, o tom de vermelho vivo migrou para o azul do mar circassiano, mas em fração de segundos, voltou para o mesmo rubi vampírico. Harry então percebeu que tinha controle sobre ela. A garota estava com todos os hormônios de seu corpo em ebulição naquele momento, podia atacá-lo em qualquer segundo, mas não conseguia. Não conseguia porque o desejo de tê-lo era maior do que o desejo de matá-lo.

Gina tentou decifrar o sorriso que Harry lhe deu, depois de vários segundos de silêncio, apenas interrompido pelo arfar intenso dela quando os dedos do moreno a arranhou as costas. Ela não conseguia entender seus próprios sentimentos naquele momento. Nunca se sentiu assim antes. Talvez, porque agora ela era uma vampira. Ou, talvez, porque era Harry Potter atiçando-lhe os pensamentos mais insanos. Ela só queria ser tocada por ele.

– Sou perigosa agora. - Alertou a garota, quando sentiu a boca de Harry abocanhá-la no pescoço, a língua dele tocou o pele branca dela. Gina conteu um gemido. Céus, ela estava queimando. Alguém conseguiria enxergar as chamas em volta de seu corpo? Harry podia enxergá-las?

– Mas você precisa saber que eu sou mais. - O sussurro do mutante arrepiou todo o corpo de Gina, que se entregou às carícias do garoto. A garota sentiu um gosto de ferro em sua boca quando suas presas feriram seus próprios lábios inchados. Puxou os cabelos de Harry com força enquanto jogava sua cabeça para trás e pousava-a sobre a parede, deixando a extensão da linha de seu pescoço livre para a boca de Potter conhecê-la. Por Deus, eles estavam lembrando que qualquer mutante poderia aparecer naquele corredor do laboratório?

– Potter! - Gina empurrou o corpo de Harry para longe do seu, mas rapidamente reiniciou o contato entre os dois, prensando o mutante contra a parede do outro lado do corredor. Ela tinha o controle agora.

– Vai me morder? - Harry provocou-a, e se satisfez com o olhar de desejo que recebeu dela.

– É o que eu quero. - Ela assentiu, agarrando os cabelos de Harry novamente, forçando a cabeça do mutante para o lado. Acima do ombro esquerdo do moreno, Gina podia traçar com o olhar as veias do pescoço dele, era como se ela pudesse ver o sangue correndo desesperado dentro dele.

– Então faça. - Harry mordeu os lábios. Ele não entendia como, mas não estava com medo dela. Ela não faria nada contra ele. - Pode ser devagar se quiser, eu quero ver você fazer.

– Dê o fora daqui. - Rugiu a ruiva, soltando o cabelo de Harry e voltando-o a encará-lo nos olhos.

– Vamos comigo? - Ofereceu ele. Não, Harry não iria sem ela. Na verdade, não importaria a resposta que ele iria receber ali naquele instante. Harry não iria embora sem Gina. Eles voltariam até os amigos, e juntos encontrariam um jeito de ajudá-la. A mutante conseguiu se controlar com ele, apesar de tudo o que viveram naqueles últimos minutos. Apesar de todo aquele contato, de todo aquele fogo. Então, se Gina não o atacou, ela poderia não atacar seus amigos.

– Eu sou outra coisa agora. - Gina soltou sua respiração pesada.

– Não. - Harry levou a mão até o rosto dela e alisou-o, calmamente. Sua respiração acelerada se estabilizava sem pressa. - Você ainda é a Gina.

– Eles não vão me querer no grupo. - A ruiva se afastou do corpo de Harry, desfazendo o contato. O moreno ainda estava encostado na parede. Gina correu os olhos pelo chão do corredor e viu o vampiro desmaiado no chão, o rosto completamente ensaguentado.

– Então formaremos uma dupla. - Harry argumentou. - Até eu encontrar minha irmã, eu sei que ela vai te aceitar.

– Não tem medo que eu a ataque? - Gina virou de costas para Harry, e enfiou as mãos entre seus cabelos ruivos. Correu com sua língua pelas presas afiadas em sua boca. Ainda não acreditava que havia se transformado.

– Você não vai atacar ninguém. - Harry garantiu, e desencostou-se da parede. Caminhou até Gina e tocou a mão da garota, logo ficando ao lado dela. - Eu vou te ajudar. - Enfrentou o olhar dela. Novamente, Harry tentou decifrá-la. Gina era totalmente surpreendente. E depois de tudo aquilo, ele não tinha mais dúvidas disso. - Então.. você vem comigo?

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Era completamente incrível a sensação da água gélida tocando seu corpo. Luna tinha essa certeza. Estar perdida ali junto à Draco, sozinhos naquela mata, correndo o risco de serem atacados de novo a qualquer momento, era um risco que estavam correndo, e era algo pelo qual eles deviam temer. Mas, não estavam com medo. Pelo menos, Luna não. Ela gostava da natureza, gostava daquela sensação de se sentir livre. E enquanto sua pele era molhada pela água que descia correndo pelas pedras da cachoeira, Luna tinha aquela sensação de liberdade. Ela não se sentia daquele jeito há tempos.

Talvez, estava ainda mais maravilhada com o momento, pelo fato de Draco estar ao seu lado. É, ele era incrível. Luna sentia seu corpo vibrar quando trocavam olhares intensos. Ou quando estavam perto demais um do outro. Ou quando se lembrava daquele beijo ardente.

Ela sentia vontade de ter Draco daquela maneira outra vez.

– Você não acha que devíamos parar de procurar por algo que nem sabemos se vamos encontrar, e ficarmos aqui? - A vagareza de comentário atravessou as gotas gélidas da água que caiam conta o corpo de Draco. O loiro observou a garota rodar dentro da água, as costas branca coberta apenas pelo sutiã da mutante ficou gravada na mente dele. Fazia minutos que Draco desenhava a garota apenas com o olhar.

– Não acha que vamos encontrar os outros? - Apesar de estar totalmente vidrado nos movimentos dela, como se estivesse em transe, Draco prestava total atenção no que a garota falava.

– Não estava falando disso. - Argumentou Luna, ficando de frente para o loiro novamente. A água cristalina em volta deles mostrava o cenário deslumbrante daquela cachoeira. - Eu estava falando sobre esse segredo todo. Sobre os mutantes. Sobre nós.

– Devíamos desistir de buscar a verdade? - Draco arqueou as sobrancelhas, tentou entendê-la melhor. Sentou-se sobre a pedra atrás de seu corpo e fitou Luna. A loira juntou suas mãos e encheu-as com água, jogando a água sobre seu cabelo em seguida. Mexeu nos longos fios loiros, ainda olhando Draco fixamente.

– Só estamos atrás disso porque não temos outra opção. - Luna rebateu. - Mas eu gosto daqui. Desse lugar. É tão bonito.

– Como pode gostar daqui? - O loiro quis saber, encucado. - Você foi atacada, aquele nojento tocou você..

– Eu não tô falando das pessoas. - Luna não quis lembrar daquele momento de desespero. - Eu tô falando do lugar. - Explicou ela. - Olhe em volta, Draco. É magnifíco. As árvores, a calmaria, a água batendo contra as pedras. Eu pertenço à isso. Pertenço à natureza.

– Eu não me importaria de ficar aqui com você. - Draco confessou, abrindo um sorriso de lado. Luna não sabia se era impressão, mas ela nunca na vida havia visto em alguma outra pessoa, os sorrisos que Draco lhe dava. Era um charme Malfoy.

– Então, senhor Malfoy, você se livraria de toda a vida na cidade pra ficar aqui comigo? - Luna arqueou as sobrancelhas, viu o corpo de Draco descer da pedra e se movimentar pela água cristalina, se aproximando dela. Ela sorria cúmplice dele agora.

– A vida na cidade é um caos. Sempre foi. - Draco desdenhou, seu sorriso sorrateiro de lado visivelmente cativando os instintos de Luna.

– Nós somos um caos. - Rebateu a loira, e agora ela estava frente a frente com ele. Os olhos azuis cintilantes da mutante podiam desenhar o peitoral dele.

– Somos um bom caos. - Draco deu mais um passo pelo areia e envolveu a cintura de Luna com os braços, trazendo o corpo da garota para colar no seu. Os seios fartos dela ficavam muito bem naquele sutiã, Draco não podia negar. Ele riu com aquele próprio pensamento. Mas era fato que Luna mexia com os hormônios dele. O coração dela batendo contra o dele, e a respiração dela misturando com a dele, o fazia se sentir quente. Era isso. Luna o deixava quente.

– Draco.. - Ela arfou, enquanto o loiro subia uma das mãos por suas costas, para em seguida segurar a garota pelo pescoço. A temperatura daquela água já não estava mais fria.

– Você não acha? - Draco sussurrou, tocou lentamente e provocante os lábios de Luna com os seus. A respiração pesada de Luna escapou por sua boca, denunciando o estado de seu corpo: também quente. - Não acha que.. - Falava Draco, enquanto mordiscava tentadoramente o lábio inferior da garota. Luna levou as mãos até o pescoço de Draco, arranhando a pele branca dele, e subindo os dedos até envolver os fios loiros com precisão. Draco sorriu quando a viu fechar os olhos. Ele pôde jurar que o coração dela estava batendo ainda mais forte. - Somos um bom caos juntos? - A boca de Draco beijou o queixo de Luna, chupando aquela região em seguida. A bochecha da garota também foi presenteada com os beijos, e depois o pescoço. Draco beijou. Sem pressa. Queria se entorpecer ainda mais com aquele cheiro. Era um cheiro natural dela, e era completamente viciante. Depois de umedecer aquela região sensível com os beijos carinhos, Draco mordeu. Ele não mordeu para machucar, mas teve a certeza de que o fez. Seus dentes ficariam cravados ali. O puxão em seus cabelos que recebeu foi uma entrega de desejo da parte dela. Luna tinha gostado.

– Tá sentindo o mesmo que eu? - Ela quis saber. Definitivamente, Luna nunca conseguia explicar seus próprios sentimentos para si mesma. Naquele momento, ela sentia vibrações por seu corpo, conseguia sentir sua própria pulsação acelerada. Era como se ela estivesse entorpecida por algo. Pelo desejo?

– Se eu tô sentindo meu coração bater bem forte? - Ele apertou a cintura da garota com sua mão ágil. Draco correu com sua boca pela extensão do ombro de Luna até o lóbulo da orelha da loira, que foi mordido. Luna desceu uma mão até o braço do mutante e apertou aquela região. Suas unhas não cortadas há tempos arranharam e irritaram a pele de Draco. O sorriso malicioso do loiro foi inevitável naquele momento. - E meu corpo bem quente? - Sussurrou novamente. Então Luna percebeu que a boca dele estava ali, pronta pra ser desvendada e saboreada. Os olhos azuis da loira foram se abrindo lentamente para encarar o garoto, e Luna viu o olhar rutilante dele contra ela. - É.. eu tô sentindo o mesmo que você.

Por que Luna havia demorado tanto pra sentir o que estava sentindo? Em toda a sua vida, seu corpo nunca vibrou daquela forma, seu coração nunca bateu não rápido, e o sangue em suas veias nunca correram com tanta pressa. Existia um nome para todos aqueles sentimentos se misturando e virando uma bola de fogo dentro dela? Luna não sabia. Só o que sabia era de que estava começando a se viciar naquele gosto que Draco tinha, naqueles toques de Draco davam-na, e naquele contato totalmente entorpecedor dos corpos um no outro.

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– Vocês voltaram! - Rose sentiu um alívio sem tamanho quando avistou Clove e Cato saindo do laboratório. Ao lado deles estavam um garoto de cabelo cor de fogo, muito parecido com Gina Whotsley, a garota que também esteve sequestrada ao lado de Rose. Além do garoto ruivo, uma menina com o rosto extremamente angelical, vestindo um vestido sujo de sangue também se aproximava dela e de Lilá. Alguém caminhava atrás dele. Enquanto Rose tirava Safira de seu colo e colocava a garota no chão, sem tirar os olhares dos amigos, Scorpius surgiu por entre o grupo.

Rose não soube descrever o sentimento que invadiu seu corpo. Ela estava aliviada por ver os amigos bem, mas não tinha pensado no que iria sentir quando reencontrasse algum deles que não via há tempos. E era por Scorpius que ela tinha uma ligação maior. Seu coração bateu mais forte quando acompanhou os passos do mutante se apressando até ela. Impulsivamente, Rose também caminhou de e direção ao loiro. O encontro dos corpos e o abraço forte que deram quando a distância entre os dois foi quebrada provocou desconhecidas sensações, tanto em Rose, quanto em Scorpius. A ruivinha metida a irritante estava de volta em sua vida, e ele se sentia estranhamente feliz por isso. Ele se sentia completamente aliviado por vê-la bem, em seus braços naquele momento.

– Você está bem? - Rose indagou, enfiando seus dedos entre os fios loiros do cabelo de Scorpius, sentindo seu corpo ser ainda mais apertado no abraço.

– Estou. - Ele assentiu, sugando o cheiro dela que a curva do pescoço da mutante exalavam. - E você?

– É. - Rose soltou sua respiração pesada, denunciando seu alívio. Um tempo depois, se separaram do abraço e se olharam nos olhos. Aquele troca de olhares fora como um raio batendo contra a água do mar. Totalmente eletrizante. - O que aconteceu lá? - Quis saber Rose, desviando seus olhos de Scorpius e respirando fundo, olhando Clove e Cato. Em seguida, olhou o garoto e a garota ao lado dos amigos.

– Encontramos eles. - Clove explicou, enquanto a morena ia até Safira que estava ao lado do corpo de Lilá, abraçando a bermuda rasgada que a mutante hidrocinética usava. - Você está bem? - Indagou a morena, ignorando a presença de Lilá, e segurando Safira pela cintura, trazendo a criança até seus braços. A menininha assentiu e abraçou o pescoço de Clove com as mãos.

– São Rony e Hermione. - Continuou Cato. - São mutantes também.

– Eles são do grupo agora? - Rose indagou, cumprimentando os dois com um aceno de cabeça.

– Eles são. - Scorpius rebateu. - Eu estava com eles.

– Harry também estava. - Clove colocou Safira no chão novamente e se aproximou de Rose, ficando ao lado da ruiva. - Procuramos por ele mas não achamos.

– Ele deve estar com Gina. - Rony deu seu melhor palpite. Viu Rose contrair as sobrancelhas.

– Parece que é a namoradinha dele. - Clove retrucou rapidamente, pois percebeu o desentendimento de Rose.

– Abre o olho hein, Rose. - Debochou Scorpius, relembrando os dias em que seu maior prazer era azucrinar os ouvidos de Rose. A ruiva rolou os olhos, mas não conteve um leve sorriso. Sentia falta daquilo. Sentia uma falta imensa de Scorpius, e só havia se dado conta disso naquele momento, enquanto se via novamente presa no olhar do mutante.

– Precisamos procurar o Harry. - Clove alertou-os.

– Talvez ele esteja lá dentro ainda, alguém pode ter aparecido e ele se metido em encrenca. - Rose sugeriu, sabendo que as palavras não eram lá as melhores para Clove ouvir naquele momento.

– Ele não tá lá, nós procuramos. - Rony retrucou, seriamente.

– Encontramos um vampiro por um corredor, alguém atirou nele. - Hermione continuou a falar.

– Não foi o Scorpius, então só pode ter sido o Harry. - Clove assentiu para si mesma.

– Mas o que aconteceu lá? - Rose novamente observou o vestido ensanguentado de Hermione. - Parece que foi feio.

– Nós encontramos Bellatrix Lestrange. - Explicou a mutante alada. - Eu vou explicar tudo pra você e pra..

– Lilá. - A loira falou rapidamente, quando percebeu o olhar de Hermione em si. Hermione contraiu as sobrancelhas. - E vocês são Rony e Hermione..

– É.. - Hermione encarou-a. - Somos.

– Quem é essa menina? - Scorpius indagou, olhando Safira. A menininha mexia nas pontas de seu cabelo, parecia totalmente inofensiva.

– É Safira. - Cato disse, observando as sobrancelhas de Scorpius se arquearem. - Ela estava presa em uma das celas. Achamos que ela também é uma mutante.

– Tá bom, tudo vai ser explicado depois, mas agora eu vou atrás do meu irmão. - Avisou-os Clove, indo até o bolso da calça de Rony e enfiando a mão sem permissão, retirando de lá de dentro cinco balas para sua pistola.

– Ei, ei, calma ai. - Rony segurou a garota pelo braço, e recebeu o olhar de reprovação dela em seguida. - Você não vai atrás dele sozinha.

– Olha só, nós prendemos a Bellatrix lá dentro, o policial Lewis também. E aquele vampiro filho da puta que lutou com você aprendeu bem a lição dele. Não tem mais perigo. - Retrucou Clove, seriamente, soltando seu braço da mão de Rony em um movimento brusco.

– Sempre tem perigo, Clove. - Cato imediatamente entrou na frente da garota, quando a viu tomar partida de volta ao laboratório.

²* – Sai da minha frente, Cato. - Bufou a morena, irritada.

– Não saio. - Cato foi firme, e enfrentou os olhos castanhos-esverdeado dela. - Você não vai.

– Você não manda em mim! - Clove rebateu, prontamente.

– Gente.. - A voz de Hermione atraiu a atenção de Cato e Clove, que seguiram o olhar da mutante de asas, direto à porta do laboratório.

A munição que havia pego caiu da mão de Clove e bateu contra a terra vermelha do chão. A arma que também segurava com precisão, afrouxou por entre seus dedos e foi ao chão. Clove não saberia dizer se seu coração havia parado, ou começara a bater com tanta força que a fez perder os sentidos. A imagem de Harry segurando a mão de uma garota ruiva, cruzando a porta do laboratório de Bellatrix, correu lentamente frente à seus olhos.

Clove amava tanto o irmão assim?

Sua pergunta não tinha resposta. Mas seus sentimentos podiam ser expressos em seu olhar. Harry não parecia ter um arranhão, e o alívio de ver o garoto bem foi tão grande, que a aura daquela mata pareceu se tranquilizar.

Harry abriu seu melhor sorriso quando viu a irmã. É, ele sentiu falta dela todo santo segundo desde que se separaram. Eram irmão e irmã, e o propósito da vida era que o laço entre eles nunca fosse quebrado. Agora Harry entendia o quanto Clove era importante para ele.

Os passos de Clove em encontro ao irmão começaram lentos, mas a ansiedade para abraçá-lo e se certificar de que os dois estavam bem, juntos, e totalmente vivos naquela batalha, essa ansiedade falou bem mais alto. Harry correu de volta em encontro à irmã. Ele conseguia ver os cabelos grandes, lisos e negros dela batendo contra as costas da morena, ele conseguia ver a lágrima correndo pelo rosto dela, lentamente. Ele não queria mais apenas ver, ele queria sentí-la. E então, Harry conseguiu sentir. Sentiu o choque do corpo de Clove contra o dele, e a agarrou pela cintura, abraçando-a fortemente.

– Oh, meu Deus. - Clove soluçou enquanto apertava Harry em seus braços. A dor e a ardência de seus ferimentos pareciam completamente vagas, comparadas à sensação de poder ter o irmão perto de novo. Ela teve tanto medo de não vê-lo mais.

– Clove. - Harry sorriu e deixou toda a sua emoção escapar por entre seus lábios. Clove estava ali com ele, ela estava viva!

– Você tá bem? Está machucado? Porra Harry, você sumiu! - A morena falava descompassadamente. Arrancou uma risada do garoto com seu palavrão desesperado e aliviado. Abraçados, Harry e Clove se olharam nos olhos.

– É, eu também senti sua falta. - O garota a fez rir, e Clove voltou a enterrar seu rosto na curva do pescoço do irmão. Ficaram ali, abraços por longos minutos.

– Cara, é bom te ver de novo. - Cato cumprimentou Harry com um aperto de mão, quando o moreno soltou o corpo de Clove e se viu próximo dos amigos, que vieram até ele e a irmã.

– É bom ver você de novo também Cato. - Confessou o moreno, sorrindo aliviado para o mutante. Soltaram as mãos e Harry foi de encontro a Rose, envolvendo a garota em um abraço cheio de aconchego. Rose abriu um enorme sorriso, enquanto apertava o corpo do amigo. Scorpius rodou os olhos e livrou seu olhar da cena, tratou de observar a garota ruiva que Potter havia trago, distante do grupo.

– É muito bom te ver. - Rose confessou, saindo do abraço e olhando Harry, carinhosamente.

– É muito bom ver você, ruivinha. - Harry tocou o rosto da garota com as duas mãos, e eles sorriram.

– Tava demorando.. - Clove retrucou, mas em um tom divertido. Viu Rose e Harry rir, mas o moreno rapidamente ficou sério ao encarar a irmã.

– Quê isso? - Ele indagou, seus olhos correram pelo corpo de Clove, aflitos, vendo vários ferimentos expostos pelo corpo dela. - Você tá toda machucada, o quê aconteceu?

– Calma, calma, Harry! - Clove rodou os olhos, vendo a preocupação do garota, e estendendo o braço a contra-gosto para Harry examinar com mais atenção os cortes feios. - Longa história. Mas eu to bem.

– Gina.. - Hermione não se aproximou de Gina. Observava a garota distante dos amigos, enquanto segurava Rony pelo braço, uma vez que o ruivo tentou se aproximar da garota encolhida próxima ao laboratório. Hermione sabia que sua sensibilidade sobre-humana não falhava. E ela estava recebendo má vibrações por todo seu corpo. E eram má vibrações vindo de Gina.

– Ela é sua namoradinha? - Clove indagou para Harry, o garoto encarava Gina com o coração apertado. Harry estendeu a mão no ar e chamou pela garota, mas Gina parecia totalmente incerta daquilo. Ver o grupo reunido devia ser completamente tranquilizador, mas para ela estava sendo um tormento. Sua cabeça latejava ainda mais, a ruiva conseguia sentir seu sangue correndo desesperado por suas veias, assim como conseguia sentir o sangue dos amigos correndo por todo o corpo deles. As batidas do coração, as respirações aceleradas.. ela conseguia ter a clareza de todos aqueles fenômenos corporais. E isso só lhe dava mais sede e fome. Precisava se alimentar.

Gina estava faminta.

– Temos um problema? - Rony indagou por sobre o ombro de Harry, e o moreno soltou o ar pesado de seus pulmões.

– Ela foi mordida. - Falou o mutante, e o olhar de espanto correu por entre os amigos. - Mordida por um vampiro.


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Notas finais do capítulo

Bom, sobre o nome do capítulo, "magnitude" significa o grau de luminosidade de um astro. Eu me referi a isso no capítulo como a cachoeira, e o reencontro da Clove e do Harry/ Rose e Scorpius.

Eu sei que eu não deveria dar spoilers sobre a história, mas no próximo capítulo teremos o beijo Clato, para a felicidade da leitora Cecilia Mason Odair (eu disse que iria sair haha)

Bom, é isso. Capítulo ainda não betado (a beta está com falta de tempo)

Xx, Jen