Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 24
Armados Para o Confronto


Notas iniciais do capítulo

Eu devo confessar que, particularmente, esse é um dos únicos capítulos que eu achei que ficou bem legal!

Eu queria muito agradecer a leitora Minerva Gatosa que deixou mais uma recomendação pra fic! Eu fico muito feliz em receber recomendações, porque é sinal de que a fanfic está realmente agradando vocês e pode agradar novos leitores. Obrigada!

Soundtrack quando aparecer o asterisco *:
https://www.youtube.com/watch?v=ozEUTql9NZA



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– Assim que a gente encontrar o laboratório, vamos nos esconder e vigiar um pouco. Podem aparecer policiais, e apesar de estarmos em bom número, nossos poderes podem falhar. – Alertava Rony, em meio à roda que os mutantes haviam feito para elaborar um plano de invasão no laboratório de Bellatrix.

– Se não aparecer ninguém, a gente entra. – Continuou Gina, vendo Rony assentir.

O ruivo, que havia voltado até seu esconderijo com Hermione na mata para buscar sua mochila, pegou-­a do chão e a abriu. Olhou os amigos, que o observavam.

– Aqui tem comida e água, caso a gente tenha que esperar por muito tempo. – Explicou o garoto, correndo os olhos por Harry, Scorpius, Gina e Hermione. Os cabelos da morena voavam.

Rony fechou a mochila e ficou de pé novamente. O ruivo juntou suas mãos e as olhou, os outros mutantes fizeram o mesmo. Instantes depois, com o olhar fixo nas palmas das mãos, duas pistolas PX­107 surgiram para Rony. Hermione e Gina se surpreenderam; Harry e Scorpius se entreolharam.

– Harry, seus poderes só podem ser usados para sua própria defesa. Então, você vai precisar disso. – O ruivo disse, entregando a pistola para o moreno, que a pegou enquanto encarava Rony, assentindo. – Scorpius, você também pode precisar, nunca se sabe se seus poderes vão falhar. ­ Continuou o mutante, entregando a segunda pistola para o loiro, que a pegou e observou os detalhes da arma.

– E a gente? – Hermione indagou, depois de alguns segundos sem ter recebido arma alguma. Olhou Gina de relance, a ruiva tinha as sobrancelhas arqueadas.

– Não, vocês não vão usar uma arma. – Argumentou o ruivo, não aprovando a ideia.

– Rony, não nos trate feito duas crianças. – Retrucou Gina, rolando os olhos. – Eu posso usar meus poderes, mas a Hermione não consegue se defender. Sem querer ofender, amiga. – A ruiva disse rapidamente, vendo a testa franzida no rosto da morena, e o ar de indignação em seu rosto.

– Então ela voa se alguma coisa der errado. – Rebateu o ruivo, seriamente. Hermione continuou indignada, cruzando os braços e enfrentando o olhar dele.

– Rony, eu sou uma mutante. Eu tenho capacidade suficiente pra isso. E a gente precisa se defender. Agora para de besteira! – Mandou a morena, firmemente.

– Eu me preocupo com vocês. E não quero que se machuquem. – O ruivo falou, olhava-­a fixamente nos olhos.

– Então é por isso que você vai nos dar armas. – Continuou ela, com sensatez. Viu Rony morder o próprio lábio, observou-o atentamente. O ruivo levou uma mão até os cabelos e os bagunçou. Não, ele não gostava da ideia de dar uma arma de fogo para Hermione. Nem para Gina, mas a garota era mais imprevisível, e tinha personalidade o suficiente para isso. Mas Hermione era delicada. Era sensitiva e não devia se submeter a usar uma arma de fogo, nem ao menos a se aventurar por perigos naquela ilha para ir atrás de respostas. Mas era preciso.

– Se você se meter em perigo, vai fugir voando. – Rony pediu, fitando os olhos castanho-mel da mutante. – Tá bom? – Insistiu, com firmeza. Hermione assentiu, vendo em seguida o ruivo se concentrar em seus poderes, materializando mais armas de fogo. Gina foi a primeira a pegar uma das pistolas, já que eram três nas mãos do ruivo e estavam desequilibradas, quase caindo ao chão. Rony pegou a segunda pistola e entregou nas mãos de Hermione, não sem antes fixá­-la por mais alguns segundos. A morena pegou a arma e observou o ruivo pegar a dele, sendo a última pistola. – Só atirem se estiverem em perigo e não conseguirem usar seus poderes. – O ruivo mandou, enquanto Harry tirava o cartucho da pistola para conferir se estava carregado.

– Esse seu poder é bem foda, cara. – Scorpius comentou, sem olhar Rony, destravando e travando novamente a arma.

– É. – O ruivo foi displicente. Internamente, estava bem tenso. – Não se esqueçam de destravar a arma antes de atirar. –Falou, olhando Gina e Hermione, que prestavam atenção. As garotas observaram a demonstração de Rony. – Aqui destrava, e aqui trava de novo. – Explicou, vendo Hermione assentir. ­ Se a munição acabar tirem o carregador para recarregar. Eu vou materializar mais balas.

– Onde você aprendeu tudo isso? – Hermione quis saber, demonstrando curiosidade.

– A gente aprende muita coisa quando se é mutante. – Disse o ruivo, misteriosamente. Hermione sorriu de leve, olhando-­o nos olhos. – Se encontrarmos um vampiro, temos que cortar a cabeça. Eles só morrem assim.

– Então, vamos ter que matar mutantes? – Gina pareceu surpresa, ao mesmo tempo em que demonstrou certa repulsa.

– Estamos em uma guerra, minha pantera. ­ Harry começou, atraindo os olhos azuis da garota para os seus. – E na guerra a gente mata ou morre.

– Você até que é bad­boy para um sabe-tudo, sabia? – Retrucou a ruiva, sorrindo cúmplice a Harry, com malícia. – E cala a boca, eu não sou sua pantera.

– Educada. – Rebateu Harry, rodando os olhos. Internamente, corrigiu aquela frase da garota misteriosa. "Não é minha pantera ainda."

– Chega dessa tensão sexual. – Reclamou Scorpius, segurando a pistola com as duas mãos. – Vamos. É hora de encontrar esse laboratório e termos uma conversinha com Bellatrix Lestrange.

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– Rose, você tá bem? – Clove ainda segurava Rose pelos braços, a ruiva parecia ainda estar fora de si, quase paralisada. Tinha tido uma visão, Clove tinha certeza. E ela precisava de alguns minutos para se recuperar.

– Eu vi... – A ruiva começou, sentindo sua cabeça ainda latejar.

– O que você viu? – Indagou a morena, enquanto Rose recompunha o equilíbrio de suas pernas e avisava Clove que já poderia ser solta, em um aceno de cabeça. Clove assentiu e, com cautela, soltou os braços da amiga.

– Eu vi Harry e Scorpius. – Rose contou, vendo o olhar surpreso e ao mesmo tempo aflito que Clove lhe lançou.

– Você viu o Harry? – Clove se alarmou. – Como ele está? Ele tá bem? Ele tá machucado?

– Calma. – Pediu a ruiva, e Clove respirou descompassadamente por ter falado a frase com rapidez. – Ele tá bem, ele não tá machucado. E o Scorpius também está bem, respondendo a sua não pergunta. – Rebateu ela, percebendo Clove ser displicente em relação ao garoto loiro.

– Onde eles estão? Onde o Harry tá? – A morena continuou aflita.

– Eu não sei direito. – Rose mexeu nos cabelos e semicerrou os olhos, tentando se lembrar das imagens levemente embaçadas em sua cabeça. Antes, enxergava tudo completamente embaçado quando sua clarividência a atingia. Mas agora, já estava vendo as imagens quase totalmente nítidas. Será que seus poderes estavam evoluindo? – Mas é aqui, nessa ilha. Eu tenho certeza. E eles não estavam sozinhos.

– Como não estavam sozinhos? – Clove ficou tensa. – Eles estavam enfrentando algum mutante, ou algum policial?

– Não. Eles pareciam ter encontrado outros mutantes. – Rose a olhou nos olhos. – Pareciam estar aliados.

– Aliados? – Clove contraiu as sobrancelhas. – Me explica tudo o que você viu.

– Eu só pude ouvir a voz do Scorpius, só a voz dele. E ele falou que estavam indo atrás do laboratório, atrás de Bellatrix Lestrange. – Explicou, forçando a se lembrar das palavras do loiro.

– Então isso ainda vai acontecer, não é? – Clove indagou estupefata. – Quero dizer, você vê o futuro. Então eles ainda vão atrás do laboratório.

– Eles devem estar indo, nesse exato momento. – A ruiva supôs, em sua melhor hipótese. – O quê que você tá fazendo? – Indagou Rose, vendo Clove voltar até a árvore onde estava repousada há algum tempo, pegando sua jaqueta rasgada do chão e vestindo­-a, apressadamente. A morena sentiu fisgadas por seus machucados, enquanto o couro da jaqueta arranhava os ferimentos. Mas nem ao menos se importou. Iria atrás dos seus amigos. Iria atrás daquela verdade.

– Vamos atrás deles. – Avisou, voltando até Rose e encarando os olhos azuis da garota, que faiscaram em indignação.

– Você não pode, você tá toda machucada! – Rebateu a ruiva, sensatamente, desaprovando totalmente aquela ideia.

– Foda-­se a droga dos meus machucados, Rose. – Clove aumentou o tom de voz. – Eu vou atrás do meu irmão, e você devia fazer o mesmo. Afinal, são seus dois namoradinhos, ele e o loiro platinado, não é?

– Você é maluca ou o quê? – A ruiva franziu a testa, rebatendo de imediato. – Tá toda fodida e ainda quer bancar a heroína.

– Se você quer ficar aqui no meio desse mato, que fique. Eu vou atrás deles. – Avisou a morena, seriamente.

– Eu não quero que ninguém se machuque. – Rose também aumentou a voz, no momento em que Clove virou as costas. – Só isso.

– Então vamos atrás deles e vamos sair logo desse inferno. – A morena falou, girando sua cabeça para trás, observando Rose. A ruiva soltou sua respiração presa, sabia que seria muito mais perigoso andar por aquela ilha do que ficarem escondidas. Mas Clove estava certa. Precisavam ir atrás dos amigos. Do jeito que Scorpius era babaca, poderia estragar tudo e colocar todos em perigo. E Rose precisava ir atrás dele.

– Se a gente morrer, a culpa é toda sua. Saiba disso. – Alertou, apontado o dedo em direção à Clove, que voltou a lhe dar as costas.

– Vamos morrer de qualquer jeito. Só temos que escolher qual o jeito de morrer. E se for pra morrer, que seja indo atrás de quem eu amo. – Rebateu Clove, sentindo o vento bater contra seus ferimentos expostos e os fazer arder ainda mais. Seus cabelos morenos voavam. Rose entreabriu os lábios, por alguns segundos, se surpreendeu totalmente com o que Clove havia dito. Como podia, a sem sentimentos falando de amor?

– Você é totalmente imprevisível. – Comentou Rose, caminhando até ela.

– Sou uma mutante. – Argumentou a morena, prontamente. Olhou Rose por sobre o ombro, a ruiva assentiu sem nada mais responder. – Nós vamos pelo caminho da praia, certo?

– Não é mais perigoso? – Indagou a ruiva, receosa.

– Vamos ter uma visibilidade melhor. Assim, se avistamos algum mutante de longe, a gente tem tempo pra fazer alguma coisa. – Explicou a morena, vendo Rose assentir normalmente.

Era fato que a ruiva estava exalando tensão. Apesar de ser mutante, seus poderes só a beneficiavam com a clarividência dos fatos, não a ajudavam em nada a lutar. Fora que não sabia lutar. Precisava aprender. E com Clove ferida ao seu lado, as duas poderiam ser alvos fáceis para mutantes. Mas agora que tinham uma pista sobre seus amigos, precisavam ir até eles. Precisavam se reunir, e juntos, descobrirem tudo o que precisavam pra finalmente poderem desvendar todo aquele mistério.

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­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­

– Uau! – Os olhos de Lilá faiscaram em felicidade ao avistarem o extenso mar que banhava a ilha. – Continua do mesmo jeito. Faz tanto tempo que eu não vejo essa parte da ilha. Uma das melhores partes, inclusive. – A loira comentou, olhando Cato por sobre o ombro. O loiro assentiu, seu olhar vagava distante. Seus passos estavam calmos pela areia. Por sorte, ainda não tinham avistado a presença de ninguém, não havia sinal de perigo.

– Essa ilha é cheia de mistérios mesmo. – Comentou o loiro, seus fios loiros voando contra o vento.

– Seria um lugar mágico, se não fosse tão traiçoeiro. – Lamentou a garota. – Acontecem muitas coisas ruins nesse lugar. – Ela disse, seriamente, parando de caminhar e vendo o garoto ao seu lado fazer o mesmo. Cato encarou os olhos dela. – As pessoas que aparecem aqui não voltam mais.

– E os mutantes? – Cato perguntou, seus olhos não piscaram.

– Eles ficam presos. Ninguém sai daqui. – Explicou Lilá, tirando alguns fios de seu cabelo do rosto.

– Só que dessa vez... – Cato desfez a troca de olhares e observou a praia extensa. – Essa doutora aí se deu mal. Porque a gente vai sair daqui. E é ela quem vai pagar pelo que fez.

– Você não gosta de ser mutante? – Indagou a garota, demonstrando estranheza.

– Você gosta de viver presa aqui? – Ele rebateu, vendo Lilá negar com um aceno de cabeça. – Se você não tivesse nascido mutante, não estaria presa nesse lugar. – Continuou Cato, sensatamente. Semicerrou seus olhos, enquanto olhava distante pela praia. – Eu até gosto dos meus poderes. Mas eu nunca pedi nada disso.

– Eu gosto dos meus poderes também. – Lilá comentou, serenamente. Desviou o olhar de Cato e fixou a direção em que o garoto olhava. Contraiu as sobrancelhas, percebendo algum tipo de aproximação pela areia da praia. – Você tá vendo alguma coisa também?

* – São pessoas. – O loiro comentou, não podia descrever a aparência delas, já que ainda estavam bem distantes. Mas podia perceber que os passos eram apressados.

– São mutantes. – Lilá se alarmou e começou a andar pela areia, seus pés afundando contra os grãos quentes.

– Lilá, vamos nos esconder. – Cato alertou-­a, mas a garota nem ao menos pareceu ouvi-lo. O loiro seguiu-­a em seus passos apressados, enquanto Lilá começava a correr em direção às duas garotas. Sim, eram duas garotas. – Lilá, volta! – Ordenou o garoto, apressando seus passos tentando alcançar a loira, que corria apressadamente em direção às duas garotas. As garotas pareciam agora ter parado de andar pela praia, estavam em retaguarda prontamente para dar meia volta e fugir dali.

– Não, temos que lutar! – Retrucou Lilá, ofegante. Se aproximavam cada vez mais das duas garotas. Cato poderia usar sua supervelocidade, mas não conseguiria correr de volta com a mutante. O loiro afundou os pés na areia quente e se desequilibrou quando teve a certeza de que quem seus olhos estavam vendo eram Clove e Rose. Eram elas, Cato teve a certeza. E Lilá estava pronta para atacá-­las.

– LILÁ, NÃO! – O loiro gritou, enquanto se levantava apressadamente do chão e voltava a correr atrás da garota.

– EI, VOCÊS! – Gritou a loira, ao se aproximar o suficiente de Clove e Rose. As duas tinham recuado apressadamente, mas ouvindo a voz da garota, se viraram bruscamente e encararam o olhar dela.

Mutante, provavelmente era uma mutante.

– Onde pensam que vão com tanta pressa? – A voz maliciosa da loira só foi percebida por Clove, Rose estava tensa demais para ser sensitiva a alguma coisa. A ruiva também olhava distante, e soube que quem corria até elas era Cato Malfoy.

– É O CATO! – Gritou a ruiva, estupefata. Clove nem ao menos teve oportunidades de reagir em surpresa, foi atingida junto à Rose subitamente por choque de água contra seu corpo. As duas caíram contra a areia quente, levaram imediatamente as mãos até os pescoços, buscando ar. Estavam sufocadas. Estavam se afogando. Começaram a tossir descompassadamente, completamente sem respiração, enquanto cuspiam água que não parava de escapar por suas gargantas.

– LILÁ, PARA! – Gritou Cato, dando seus últimos passos em sua corrida desesperada.

– NÃO, CATO! – Rebateu a garota, ainda olhava as garotas se afogando nos poderes aquáticos da loira, as mãos de Lilá miradas em direção à Clove e Rose no chão. – São perigosas.

– SÃO MINHAS AMIGAS, PARA AGORA! – Ele gritou, agarrando Lilá pelos ombros e tirando a concentração da garota em seus poderes.

– ME SOLTA! – Ela ordenou, se debatendo contra o corpo do loiro. Cato soltou o corpo de Lilá, a jogando sobre o chão da praia, a garota se descabelando ao cair na areia. O loiro correu até Clove no chão, que ainda tossia desesperadamente recuperando aos poucos o ar de seus pulmões. A garota cuspiu as últimas gotas de água de sua boca. Ofegou em um som alto, quando recuperou totalmente o ar. Rose já parecia ter se recuperado primeiro, tossia com as mãos ainda segurando seu pescoço, enquanto seu peito subia e descia com rapidez.

– Você tá bem? – Cato indagou, tocando o pulso de Clove.

A morena o olhou nos olhos, ofegante. Se sentiu extremamente confusa por estar feliz de ter o encontrado, mas estar completamente irritada de ter o encontrado com aquela mutante vagabunda. A garota empurrou o corpo de Cato, que caiu na areia, e se levantou do chão, subitamente, correndo até a garota loira e puxando a garota do chão, pelos cabelos.

– CLOVE! – Cato gritou, tentando se levantar do chão, mas sendo impedido por Rose, que o agarrou pelos braços e o impediu de parar Clove.

A morena concentrou seus olhos nos olhos azuis da garota e viu, um segundo depois, a expressão de dor no rosto da mutante.

– Escuta aqui sua vadia. – Praguejou Clove, puxando os cabelos da garota, que gemeu em dor. – Quem você acha que é pra atacar a gente desse jeito?

– AI! – Lilá sentia sua cabeça latejar e pulsar, enquanto sentia os fios de seus cabelos serem puxados pelas mãos da morena. Era uma dor descomunal que a invadia naquele momento. – ME SOLTA!

– Eu vou acabar com você. – Clove rangeu os dentes e forçou seus poderes contra a garota, soltando os cabelos da loira e vendo o corpo da mutante se desequilibrar e cair no chão.

– CLOVE, PARA! – Ordenou Cato, se livrando das mãos de Rose em um solavanco, levantando-­se rapidamente do chão e segurando Clove pelos braços, girando o corpo da garota e trazendo o olhar dela para si. O loiro gritou em dor no momento em que os poderes da garota entraram em contato com sua mente. Mas, instantes depois, o loiro sentiu os latejos em sua cabeça cessarem. Lilá soltou um grito de alívio caída no chão da areia.

– Seu filho da puta! – A morena tentou se soltar dos braços do loiro, se debatendo e chutando o ar, em vão, mas na tentativa de acertá­-lo. – Que merda você tá fazendo andando com essa vadia?

– Vadia? – Lilá se indignou, respirava descompassadamente.

– Cala a boca, vadia. – Rebateu Rose, se levantando do chão e lançando um olhar mortal à Lila.

– Clove, ela apareceu... – Cato tentou se explicar, mas foi cortado.

– Você é um imbecil, Cato! – A morena cuspiu as palavras, puxando seus braços e sendo solta por ele. Olharam-­se fixamente. Os olhos castanho­-esverdeados de Clove faiscavam em raiva. – Eu queria te encontrar, mas agora que encontrei tô arrependida dessa minha vontade idiota.

– Para com isso, deixe eu te explicar... – O loiro tentou, mas recebeu um soco de Clove em seu peito.

– Essa vadia quase matou a mim e a Rose, e você quer que eu te deixe explicar? – Rebateu a morena, furiosa. ­–Eu devia espancar você e ela, isso sim.

– Eu salvei vocês! – Retrucou Cato, indignado.

– Nossa, muito obrigada mestre salvador. Me salvou de algo que foi SUA culpa. – Gritou, apontando o dedo no rosto do loiro. – Olha, fique aí com sua amiguinha que eu e Rose vamos dar o fora daqui.

– Pra onde vocês vão? – O loiro quis saber, enquanto Clove chamava Rose com a mão.

– Não é da sua conta. – Retrucou a morena. Cato mordeu o lábio inferior, não estava sabendo o que sentir naquele momento: alívio por ter a encontrado junto a Rose ou raiva, por Lilá as ter atacado. O loiro olhou Rose, que tinha as sobrancelhas contraídas e ainda respirava sem compasso.

– Vamos encontrar os outros. Sabemos onde eles estão. – Explicou a ruiva, caminhando até chegar ao lado de Clove.

– Então eu vou. – O loiro disse, prontamente.

– Não vai não. – Clove negou, com raiva.

– Clove! – Rose repreendeu­-a, atraindo o olhar da morena. – Ele é do grupo.

– Ele é um idiota. – Rebateu a morena, passando por Lilá que havia se levantado e trocando olhares furiosos com a garota, dando às costas para Cato e Rose.

– Você pode ir. – Rose apontou para Cato.

– Ela também? – Cato se referiu à Lilá.

– Não, essa vadia não vai! – Clove se virou bruscamente e os olhou, irritada.

– Ela pode ser útil. – Cato olhava Rose, que, segundo ele e suas conclusões sobre os integrantes do grupo de mutantes, era a mais sensata. – Você sabe disso.

– Ela quase matou a gente. – A ruiva retrucou, não concordando com a ideia.

– Eu me defendi. – Rebateu Lilá, se pronunciando.

– Ninguém te atacou, vagabunda! – Clove cuspiu as palavras, percebendo Lilá teimar em avançar até ela.

– Lilá! – Cato repreendeu­-a, e a garota paralisou. – Você vai se comportar, ou vai ficar sozinha aqui.

– Tudo bem. – A garota respirou fundo.

– Que ótimo pra você Cato, arrumou um cachorrinho. – Ironizou a morena, dando as costas aos amigos novamente.

– Vamos logo antes que alguém daqui se mate. – Mandou Rose

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­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­­ ­

– Policial Andrew. – Uma moça loira, alta e de olhos azuis adentrou o escritório pertencente ao chefe da delegacia, Lewis. Escritório agora que estava pertencendo a Andrew Hart, policial cuja lealdade a Lewis era extremamente grande. O aparente sumiço de Lewis na delegacia estava causando alvoroços por ali, já que grande parte da população queria uma explicação digna sobre toda a história dos mutantes, e por que eles estavam invadindo a sociedade.

– Policial Delacour. – Andrew cumprimentou-­a, girando a cadeira e ficando frente a frente com a mulher. – O que houve?

– Estamos cada vez mais encurralados pela população. – Explicou a policial, preocupada, se sentando na cadeira frente a Andrew, e repousando os cotovelos sobre a mesa do escritório. – As pessoas não param de perguntar sobre os mutantes. Fazem queixas, estão muito amedrontados. Alguns até mesmo querem sair de Manchester.

– É claro. A aparição dessas aberrações junto às contaminações está fazendo o número de mutantes aumentar. – Andrew coçou o próprio queixo, sua linha de raciocínio deixou Fleur Delacour confusa.

– Como é? – A mulher indagou. – Contaminações? O que quer dizer com isso?

– Nada. – O homem tratou de mudar de assunto. – Pensei alto. Mas e então... Onde você quer chegar?

– Todos na delegacia não sabem o que dizer para os moradores da cidade. – A loira comentou. – Estamos totalmente desinformados, já que apenas você e Lewis estão comandando a operação. É algo muito complexo para apenas vocês dois comandarem.

– Esse assunto de novo? – Andrew se indignou, a policial já havia enchido seus ouvidos com aquele assunto duas vezes.

– Eu estou decidida, Andrew. – Fleur se levantou da cadeira, evitando mais delongas. Repousou suas mãos na mesa e aproximou seu rosto do policial. – Vou juntar mais policiais e vamos investigar o outro lado dessa história. Já prendemos tantas mães e nem ao menos temos nenhuma informação concreta sobre a criação desses mutantes. Aliás, não sei ao menos o que você e Lewis fazem com essas mães.

– O que está insinuando com isso, Delacour? – O loiro também se levantou da cadeira e enfrentou o olhar da policial. ­ Está questionando as nossas ordens?

– Estou. Porque eu também sou uma policial e eu também quero desvendar esse caso. Podem existir mutantes inocentes nessa história, você já parou pra pensar nisso? – A mulher viu Andrew abrir um sorriso debochado.

– Não existem inocentes nessa história. Eles só precisam ser detidos dessa sociedade. Só isso. – Rebateu o homem, ficando sério em seguida.

– Ache o que quiser. Eu vou investigar essa história. – Fleur retrucou, dando as costas para Andrew.

– Está por conta própria, sabe disso, não é Delacour? –­ Andrew falou, prontamente. – Sabe que os outros policiais não vão desacatar as ordens de Lewis.

– Não me importo. – Argumentou a loira, abrindo a porta e saindo do escritório.

– Bom, Delacour. Vamos torcer para você não se machucar nessa história. – Falou, sozinho, abrindo um sorriso sombrio e malicioso. – Vamos torcer por isso.


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Notas finais do capítulo

N/A: Então pessoal, espero que tenham gostado do capítulo! Não esqueçam de deixar opiniões. Xoxo, Jen.

N/B: Hello! Pra quem não leu o último capítulo atualizado, prazer sou a Laís (Laís Weasley) e agora sou a beta da Jenn. Logo, reclamem de mim se houverem quaisquer erros de português e grafia hahaha. Bom, eu amei demais esse capítulo (Rony superprotetor com a Mione gente, que fofo) e vou deixar um reviewzão pra Jennifer porque ela merece. Façam o mesmo hein, porque o capítulo ficou incrível! xx