Aquele era um dia normal para mim, desde que me transformaram nisto. Desde pequena nunca tive escolhas, meus pais me abandonaram, fui criada por um casal que dormia enquanto eu trabalhava. Eles foram assassinados pelos meus atuais padrastos.

O que há de normal nisto? Vou te responder nada. Meus padrastos, digamos, não são humanos, são vampiros, como eu. Não, pode até parecer, mas eu não estou brincando. É verdade e somos a pior família de vampiros existente! Eu mesma já matei milhares de pessoas, chego a matar dezenas por dia. É uma necessidade, melhor, é uma diversão!

Podem me chamar de malvada, eu não estou nem aí, deixo pessoas vivas para me servirem de alimento depois, e as mato para não ter nenhum concorrente em busca de meu alimento!

Minha idade humana é 17 anos, a vampira, 217. Amanhã é o meu primeiro dia naquela escola chata! O ruim de ser vampira é isto, às vezes eu estou com fome, e um monte de lanchinhos andando ao meu redor, e eu não posso comer ao menos um! O pior de tudo é que eu tenho de estudar a mesma matéria, vários anos. Uns dez anos a gente engana bem, mas depois eles percebem que não envelhecemos, então vamos embora ou matamos as pessoas, ahahahaha, não infelizmente não podemos matá-los só por este motivo, por pior que seja também existem leis no mundo dos vampiros.

Bom vou tomar o meu lanchinho e amanhã conto para vocês como foi meu primeiro dia de aula. Tchau meus almoços!

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Eram 10h15min, o céu estava nublado, a claridade era meio difusa devido às nuvens a frente do sol. Uma garotinha estava olhando para fora nos seus únicos minutos de descanso, ela era muito novinha, porém não impedia que seus “pais” a colocassem para trabalhar. Desde pequena ela quem fazia tudo lá, era uma casa modesta, mas bonita, normal para ser sincera. Obvio que camponeses não poderiam ter casas muito bonitas e grandes, mesmo estes vivendo mais longe do vilarejo. Essa podre garota fazia todo o trabalho braçal e domestico da casa, enquanto isso seus “pais” dormiam ou cobiçavam dos lucros que ela trazia.

Numa fatídica noite, escondidos pelo véu negro que cobria a vegetação, um casal de extrema beleza e pele que cintilava ao brilho da lua, aproximou-se da casa. Em um primeiro momento o casal aparentava ser comum, apenas viajantes, mas algo em seus olhos causava um medo involuntário.

Aos poucos, aquele belo casal se transformou, adotando um comportamento bestial e matando sem dó o casal que ali morava, apenas deixando a garota. Ela já possuía dezessete anos naquela época, por aparentar ser bem forte, ela foi poupada e o casal a transformou, fazendo dela sua nova filha.