Filha da Lua escrita por Bia Kishi


Capítulo 16
Capítulo 16 - Seu Veneno em Meu Corpo


Notas iniciais do capítulo

O ar estava quente e uma brisa batia em meu rosto, fazendo meu cabelo balançar. Respirei fundo – Você precisa ser forte! Eu disse para mim mesma. E precisava mesmo, por eles, por minha família. Eu sentia Demetri tão próximo. Era como se ele estivesse mais em mim do que nunca, eu não podia acreditar que algo que viesse dele, pudesse me fazer mal. Fechei os olhos e suspirei, desejando seus braços em volta de mim.



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Mãos conhecidas e frias tocaram meu ombro, fazendo-me tremer.

-           Edward!

Antes que meu irmão pudesse dizer, ou fazer algo, eu me joguei em seus braços soluçando. Rapidamente sua camisa caqui, estava ensopada e escura.

-           Acalme-se irmãzinha, eu estou aqui, nunca vou deixá-la só.

-           Ed...

-           Shhhhhh...  Não diga nada, eu sei o que está sentindo, é doloroso.

           Ele aninhou minha cabeça em seu peito e me conduziu até o carro. Pegou as chaves em minha mão e dirigiu o tempo todo, segurando meu rosto contra seu peito. Naquele momento, nada poderia ser melhor que sentir a doçura de meu irmão. Edward era como meu pai. Nem eu – que era a filha legitima – me parecia tanto com ele. Edward tinha a essência de meu pai, sua doçura e gentileza.

           Quando chegamos em casa, ele levou-me direto para o quarto, proibindo qualquer um, até mesmo Esme, de entrar.

           Ele se sentou em minha cama, fazendo de seu colo, meu travesseiro, enquanto afagava meus cabelos. Não dissemos nenhuma palavra, não era necessário, ele podia ver dentro de minha alma, e eu, a dele.

           A manhã que se seguiu foi triste, porém, eu estava mais calma e conseguia parar de chorar. Descemos as escadas de mãos dadas. Alice nos esperava na sala, sentada no braço do sofá e balançando as pernas de um lado para o outro.

-           Não é justo você monopolizar Satine!

Confesso que quase sorri com o comentário.

-           Tudo bem, eu estou aqui agora.

           Abri meus braços, segurando Alice junto de mim. Eu estava feliz por em tê-los por perto.

           Como era dia de aula e, infelizmente, ainda teríamos uma longa semana antes da dispensa formal por nossas excelentes notas, fomos para o colégio.

           Eu passei a semana toda indo de casa para a escola, da escola para La Push e de La Push para casa novamente. Com exceção dos dias em que Alice me bombardeava com preparativos para o casamento de Edward. Todos estavam felizes e eu não queria estragar nada com meu mau-humor e lamentações. Então, ia dormir cedo e acordava tarde.

           No sábado, quando acordei, andei pela casa feito um zumbi, a manhã toda. No meio da tarde, decidi que iria a La Push novamente. Estar longe dos vampiros talvez me fizesse esquecer um, em especial.

           Estacionei o nissan perto da garagem – Rosalie pegara meu BMW para consertar alguma coisa, que eu nem sabia que quebrara.

           Entrei pela varanda da cozinha, onde sabia que encontraria Billy. Ele estava lá, cozinhando algo cujo cheiro revirou meu estômago.

-           O que está cozinhando, Billy?

-           Feijão.

-           Feijão? Quer dizer, apenas feijão?

-           Sim, apenas feijão. Por que?

-           Não, por nada.

           Apesar de feijão não ser uma de minhas comidas preferidas, eu nunca tivera problema com cheiros de comidas humanas. Talvez fosse algum tempero diferente, desses indígenas que ninguém conhecia. Tudo bem, tantas coisas haviam mudado em tão pouco tempo, talvez essa fosse só mais uma.

           Jacob entrou quase correndo e me pegou em um abraço de urso.

-           Oi gatinha ou devia dizer, oi lobinha!     

-           Jacob me virou para beijar meu rosto.

-           Nossa, o que aconteceu? Você está meio, sei lá, verde!

-           Só não estou com o estômago muito bom, hoje, nada demais.

-           Quer sair e dar uma volta?

-           Adoraria.

Jacob segurou minha mão e saiu correndo. Eu geralmente corria bastante, tanto quanto ele, mas naquele dia eu senti um cansaço imenso e quase tropecei.

-           Você está bem?

-           Mais ou menos, Jake. Acho que, acho que...

Antes que eu pudesse dizer, ou fazer algo, tudo que eu não tinha no estômago foi parar no chão e se Jacob não tivesse dado um passo para trás, estaria em seus pés. 

-           Eca, que nojo!

-           Também não estou feliz, Jacob Black! Acha que eu gosto de ficar vomitando no pé dos outros? 

-           Tudo bem, tudo bem, não tem problema. Você nem acertou mesmo! Agora falando sério, doutora, acho que precisa medicar a si mesma.

-           Tudo bem Jake, acho que é só estress, ultimamente andam acontecendo coisas demais na minha vida.

           Justifiquei mais para mim mesma do que para Jacob Black. Afinal, eu era uma vampira e patologias humanas não me afetavam, bem, ao menos até agora.

            Voltamos para a casa de Jacob em seguida. Segundo ele, eu estava mais branca que o de costume. Para evitar que ele se preocupasse comigo, eu prometi que falaria com meu pai, em casa.

           Entrei em casa e me sentei na varanda. Alguma coisa não estava certa, mas eu não conseguia saber o que? Ou até conseguia, mas, não. Afastei os pensamentos bobos que vieram à minha cabeça, afinal, eu era uma vampira!

-           Está tudo bem, querida?

Esme chegou enquanto eu estava tomada por pensamentos. Acho que demorei um pouco para responder, porque ela insistiu.

-           Satine, está tudo bem?

-           Ahn... está. Desculpe, eu estava longe.

-           Eu percebi.

-           Não se preocupe, eu só estava pensando na vida. Na verdade não estou me sentindo muito bem, mas não deve ser nada.

-           Quer que eu te faça um café?

Quando pensei no cheiro do café, meu estomago automaticamente se revoltou. Coloquei a mão na boca e entrei correndo para o banheiro. Esme veio atrás de mim.

-           Acho melhor chamarmos seu pai.

-           Não! Quer dizer, não precisa, pode deixar. Eu vou tomar alguma coisa.

-           Tem certeza?

-           Tenho, é só um mal-estar, devo ter comido algo estragado. E Esme, por favor, não diga nada ao meu pai, por enquanto.

-           Claro, querida, como você quiser. Prometa que se precisar, vai falar com ele.

-           Eu prometo.

-           Deite-se um pouco, talvez seja só cansaço.

Eu sorri para ela. Queria mesmo acreditar que era apenas cansaço, então me deitei. Dormi logo em seguida e só acordei na manhã seguinte, com as mãos frias de meu pai em meu rosto.

-           Está melhor, querida. Jacob me disse que você sentiu-se mal ontem.

           Eu quis matar Jacob naquele momento. É claro que eu não estava bem. Eu estava triste, sozinha, chata e com cólica. Não uma cólica menstrual comum, mas uma dor insuportável no baixo-ventre. Para piorar tudo isso, eu estava faminta e não conseguia pensar em nada de comer que não me enjoasse, até o cheiro adorável de meu pai, estava me enjoando. Eu me sentia fraca, cansada e com sono. Dá para piorar? Claro que dá, agora meu pai – e todo o resto da família – ficaria me perguntando se eu estou melhor, e eu teria que mentir.

-           Tudo bem, pai. Eu estou melhor.

-           Não me parece muito melhor, amor, seu rosto está frio e pálido.

-           Bem, eu sou uma vampira, certo?

Meu pai sorriu, embora o comentário não o tivesse convencido.

-           Se precisar de algo, prometa que vai me procurar.

-           Claro pai, sempre. 

           Meu pai me abraçou e sorriu.

-           Faz tempo que você não caça. O que acha de sairmos hoje? Só eu e você.

Era sem duvida, um convite tentador. Além disso, pensar em caçar não me enjoou – o que, para os últimos acontecimentos, já era ótimo – então, eu aceitei.

           Acho que o que ele queria, na verdade, era me vigiar – ele sabia que como ele, eu não diria que estava mal, nem que estivesse morrendo – mesmo assim, foi bom.

           Eu estava mesmo faminta, e acho que me empanturrei tanto que tive que soltar o botão da calça, na volta para casa.

           Na tarde daquele mesmo dia, depois da caçada e da minha soneca – que aliás, estava virando hábito – Rosalie entrou no quarto, torcendo o nariz.

-           O cachorro está lá embaixo.

-           Então peça para ele subir, por favor.

-           Aí a casa toda vai ficar fedendo cachorro!

-           Rosalie!

-           Ok, peço.

Rosalie deu meia volta e saiu, fazendo a mesma cara de nojo. Alguns minutos depois, Jacob entrou em meu quarto.

-           Caramba! Esse é só o seu quarto?

Eu sorri e estendi os braços.

-           Jake!

-           Vim ver se melhorou, você estava parecendo uma azeitona ontem.

-           Credo Jake!

-           Sério. Eu nem sabia que vampiros passavam mal.

-           Na verdade, nem eu.

-           Então, o que era?

-           Sei lá. Melhorou um pouco, depois que eu cacei com meu pai.

-           Então, por favor, saia com seu pai sempre!

           Jacob abraçou-me, quase pegando meu corpo em seu colo. Eu enterrei meu nariz em seu peito.

-           Jake, você tem um cheiro tão bom.

-           Eu sei!

-           Não, seu bobo! É serio, você tem um cheiro delicioso.

-           Bem, eu estou aqui. Cheire o quanto quiser.

-           Isso é ótimo porque ultimamente, ando tendo problema com cheiros. Tudo me enjoa.

-           Ainda bem que eu não te dou enjôo!

Eu o abracei ainda mais.

Depois daquela tarde, Jacob me visitou quase todos os dias, e quando ele não vinha, eu ia.

Eu estava preocupada com Demetri. Ele estava demorando a voltar e já fazia duas semanas, desde a última ligação.

Eu não estava melhor, mas fingia. Acho que o único que eu não conseguia enganar, era meu pai. Ele estava sempre perto, sempre de olho em mim. Meu pai sempre foi um homem discreto, e por isso, eu não me preocupava muito. Ele sabia que se eu realmente precisasse, falaria com ele.

Algo sem dúvida estava errado com meu corpo. Algo que eu não conseguia definir, embora tenha passado longas noites, enterrada em meus livros e nos do meu pai.

Os preparativos do casamento ocupavam, praticamente a família toda. O que me dava mais tempo sozinha. Isso tinha seu lado positivo – assim eu não precisava explicar coisas como: acordar tarde todos os dias, não poder sentir o cheiro de ninguém além de Edward e Jacob, ter que caçar praticamente todos os dias e vomitar todos os dias pela manhã – e o lado negativo: ficar sozinha me deixava ainda mais preocupada com Demetri e eu não estava em condições físicas de ir a Volterra.

Em uma das tardes de solidão, eu sentei-me no jardim que eu e Esme havíamos plantado e deixei que o sol esquentasse a minha pele – ultimamente eu andava com mais frio que o de costume. Senti que alguém se aproximava, mas não abri os olhos.

-           Posso me sentar ao seu lado?

Eu não precisava abrir os olhos para saber quem era. O cheiro que eu mais amava no mundo, e que agora, revirava meu estomago.

-           Claro pai.

-           Andei pensando, Satine.

-           Em que?

-           Talvez você esteja sofrendo de envenenamento.

Dei um pulo e abri meus olhos. Eu estava meio mal, mas envenenada? Eu não me sentia envenenada.

-           Como assim, pai?

-           Você foi mordida, querida. Lembra-se de como foi difícil curar seu ferimentos?

Era estranho, mas fazia sentido. Meu corpo rejeitava o veneno dos vampiros, talvez fosse mesmo isso. Eu estava envenenada!

-           Acha mesmo?

-           Não encontrei outra explicação, amor. Acho melhor fazermos alguns exames, só para afastar a dúvida.

-           Bem, se você acha, por mim tudo bem. Onde vamos fazer?

-           Você já fez exame de sangue alguma vez?

-           Já, quando estava no internato.

-           Não encontraram nada estranho?

-           Só anemia. Eu estava sem caçar á algum tempo.

-           Então acho que podemos mandar para um laboratório comum, em Seatle. O máximo que encontrarão, será o veneno. Podemos dizer que foi algum animal.

Meu pai me conduziu até seu escritório e retirou uma amostra do meu sangue.

-           Vou pedir que faça um exame completo querida. Só assim saberemos se existe algum nível de intoxicação.

-           Tudo bem, pai. Assim você fica mais tranqüilo.

           Meu pai se encarregou de mandar o exame e eu não pensei mais naquilo. Por mais que fizesse sentido, eu não sentia nenhum sintoma de intoxicação e eu sabia bem os efeitos do veneno em meu corpo.

Acordei um pouco mais cedo na sexta-feira e decidi ir a La Push. Tomei um banho longo e quente. Entrei em meu BMW e segui para a reserva.

Jacob estava em sua oficina. Eu cheguei e tapei seus olhos.

-           Adivinha quem é?

-           Satine, não seja boba! Eu senti seu cheiro do outro lado da rodovia.

-           Quer dizer que estou cheirando mal?

-           Claro que não! Quer dizer que eu sei quando está vindo me ver e que adoro seu cheiro.

Jacob me puxou para seus braços e me apertou, tanto que quase me tirou o fôlego.

-           Jake!

-           Que foi? Sabe que sempre te abraço. Por falar em abraço, precisa parar de caçar tanto.

-           Porque?

-           Está engordando!

-           Jacob Black, vampiros não engordam!

-           Isso eu não sei, mas que você está engordando, está sim!

-           Não me irrite, garoto! Meus nervos andam á flor da pele!

-           Mas você continua linda.

-           Ok, está perdoado!

           Ficamos conversando até a hora do jantar, quando eu fui embora.

           Na volta para casa, comecei a pensar melhor no assunto. E se meu pai tivesse razão? Então eu estaria morrendo. Talvez fosse mesmo isso! Por isso eu estava tão cansada, eu estava morrendo!

           Quando entrei em casa, abracei Esme longamente. Eu não queria morrer! Pelo menos não agora, justo agora que tudo estava perfeito. Eu tinha uma família, tinha Billy e Jacob, e principalmente agora eu tinha Demetri, nós finalmente estávamos juntos.

-           Aconteceu alguma coisa, meu bem?

-           Não. Só não esqueça que eu te amo.

Esme sorriu, seu sorriso era caloroso e doce. Tive que conter as lágrimas. Eu a amava, ela era realmente como uma mãe. A única mãe que eu conheci.

Subi as escadas e me tranquei no quarto, chorando feito uma criança.

            Ouvi batidas em minha janela e levantei-me para ver. Edward estava empoleirado no galho do carvalho.

-           Posso entrar?

Abri a janela e deixei que ele entrasse, ou melhor, me joguei em seus braços chorando.

-           Tem certeza que não aconteceu nada.

-           Tenho.

-           Porque está chorando então?

-           Eu... eu... estou com medo – essa foi a única palavra possível de entender que saiu de minha voz chorosa.

-           Medo de que?

-           De morrer.

Edward sorriu e me arrastou até a poltrona, sentando-se ao meu lado.

-           Você não vai morrer. Você é uma vampira, lembra? Satine, não sei o que está acontecendo com você, mas quero que conte comigo, sempre. Promete?

-           Prometo.

           As conversas daquela noite encerraram-se ali. Não me lembro de nada além de chorar, novamente, nos braços de meu irmão. E de acordar na cama, na manhã seguinte.

           Quando abri os olhos, fiquei pensando em minha família. Eu os amava tanto que não queria que eles sofressem. Se eu estava mesmo morrendo, não deixaria que eles sofressem comigo, eu os protegeria.

           Decidi que a melhor maneira era pegar os resultados do exame, antes de meu pai, assim, eu só contaria o que achasse melhor.

           Dirigi feito uma louca, até Seatle. Acho que não vi nenhuma placa de transito, de tão rápido que dirigi. Eu precisava ver os resultados.

           Entrei no laboratório com meu sorriso mais profundo e agradeci por terem um recepcionista homem – isso nunca falhava com os homens.

-           Gostaria de pegar os resultados de um exame.

-           Em nome de quem senhorita?

-           Marie Black.

            Meu pai havia dado outro nome, obviamente para me proteger, caso o exame acusasse algum tipo de veneno estranho.

-           Desculpe senhorita, mas o Dr Carlisle pediu que só entregássemos para ele mesmo.

-           Eu sou filha dele, alem disso, sou médica também.

Por sorte minha carteirinha do conselho estava na bolsa.

-           Pode conferir. Sou a Dra Satine Cullen.

            O rapaz ficou por um tempo, olhando minha carteirinha. Acho que á princípio, não acreditou muito. Eu insisti mais.

-           Por favor, meu pai me pediu que buscasse. Ele ficara decepcionado se eu não levar.

-           Ok, acho que não tem problema.

Ele me entregou o envelope e eu senti o peso dele. Ali naquele envelope, estava a verdade sobre minha doença misteriosa. Eu nem conseguia saber se queria ou não, abrir.

Saí do laboratório e sentei-me em uma praça. O ar estava quente e uma brisa batia em meu rosto, fazendo meu cabelo balançar. Respirei fundo – Você precisa ser forte! Eu disse para mim mesma. E precisava mesmo, por eles, por minha família. Eu sentia Demetri tão próximo. Era como se ele estivesse mais em mim do que nunca, eu não podia acreditar que algo que viesse dele, pudesse me fazer mal. Fechei os olhos e suspirei, desejando seus braços em volta de mim. Então, abri o envelope, e senti o golpe em meu estômago.

           Era como se mil abelhas pequeninas estivessem picando meu corpo. Eu não sabia o que fazer, nem o que pensar, e menos ainda o que dizer.

           De todas as duvidas que eu tinha naquele momento, existia uma certeza latente. Eu precisava do meu pai. Eu o queria como nunca!

           Entrei em meu carro e dirigi – se é que era possível – ainda mais rápido de volta. Estacionei no hospital e desci, por sorte não havia ninguém no local – seria impossível explicar a manobra que fiz com o BMW para colocá-lo na vaga.

           Acho que o desespero estava visível, porque a recepcionista nem me perguntou nada, apenas me disse:

         O Dr. Carlisle está em seu consultório.

           Eu disse um “obrigado” por sobre o ombro, sem nem me virar e corri para o consultório.

           Antes de bater, meu pai disse:

-          Entre amor, eu a estava esperando.

           Quando olhei em seu rosto não consegui conter as lágrimas, e uma avalanche passou por meus olhos. Eu só queria o seu colo.

-          Pai!

 


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