The Bucket List escrita por Miss Potterhead


Capítulo 2
1º Conhecer pessoalmente a minha melhor amiga


Notas iniciais do capítulo

Olhem quem voltou u.u né, nem 24 horas desde que postei o prólogo e já estou aqui de novo.
Estou tão animada com esta fic, é algo totalmente diferente e estou cheia de ideias.
Aqui vai o primeiro capitulo
PS: eu sou portuguesa, então é normal que encontrem palavras típicas do nosso vocabulário. Se não perceberem algo, é só perguntarem.



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Os primeiros raios de sol entraram pela janela do avião e acordaram-me. Abri os olhos cansada, tinha dormido muito mal naquela noite. Nunca tentem dormir num avião, é super desconfortável.

A minha cabeça estava encostada á janelinha e eu podia ver as nuvens e o sol ao longe, um novo dia estava a nascer…

Mas não ia ser um dia como os outros, ia ser um dia muito especial. Depois de 3 anos, eu finalmente ia poder conhecer Vanessa, a minha melhor amiga virtual.

Podem achar uma idiotice, mas Vanessa é das melhores pessoas que eu já conheci na minha vida. Ela é simpática, engraçada, doida, amiga, querida e está sempre comigo quando preciso.

Quando eu lhe contei que estava doente e que ia morrer, ficamos pelo menos 1 hora a chorar na web cam, mas eu depois contei-lhe da minha ideia e ela disse que ia comigo nesta aventura louca.

Olhei de novo pela janela, já não devíamos estar muito longe…

Senti um frio na barriga ao imaginar que dentro de cerca de 1 hora eu estaria a abraçar a Vanessa. É uma sensação estranha, desejar tanto algo e ao fim de tanto tempo, isso finalmente acontecer.

Peguei no meu ursinho de peluche e no meu cobertor, deitei a cabeça para o lado e tentei dormir mais um pouco.

Parecia ter-se passado só 5 segundos, quando oiço a minha mãe a chamar-me.

- Mel, chegamos – ouvi-a dizer.

- Já? – sorri e espreguicei-me, guardei o meu ursinho dentro da minha mochila e pus-me na fila para sair do avião.

Lá fora fazia muito frio, isso é algo já normal, o Canadá é um país bastante frio. Coloquei um gorro na cabeça e fomos encaminhados para o local onde estavam as nossas malas.

Demoramos um pouco a encontrar as nossas malas, a minha mãe já estava louca comigo, porque eu não para de reclamar. Eu não tenho culpa, eu estou muito ansiosa.

Quando já tínhamos tudo, fomos andando até á porta de saída de desembarque onde eu sabia que a Vanessa estaria á minha espera.

O local estava completamente apinhado de gente, o meu coração batia descontroladamente e eu só conseguia pensar: “Onde ela está? Onde ela está?”. Percorri a zona toda com o olhar, vendo pessoas se abraçando, beijando, chorando e outros simplesmente á espera.

Foi então que a vi e eu senti o meu coração falhar um batimento. O seu olhar cruzou-se com o meu e eu vi os seus olhos brilharem.

- MELANIE! – ouvi-a gritar e começou a correr até mim, larguei as minhas malas no chão e corri na sua direção, estávamos a poucos metros de distância e quando cheguei junto dela, abraçamo-nos como se não houvesse amanhã.

Não consigo explicar tudo o que senti naquele abraço, foi uma mistura explosiva de sentimentos. Eu estava a abraçar a minha melhor amiga, depois de tanto tempo, finalmente estava a acontecer. Não parecia real, parecia um sonho, pois era bom demais para ser real.

Quando nos afastamos, estávamos as duas a chorar de felicidade.

- Eu não consigo acreditar … - falei limpando as lágrimas – Estás mesmo aqui…

- Parece bom demais para ser verdade – ela disse e abraçou-me de novo – AHHHHHHH FINALMENTE CONHECI-TE. – ela gritou e rimos juntas.

Depois de mais alguns abraços, fomos para casa dela. Os meus pais e os pais da Vanessa pareciam estar a dar-se lindamente, o que era ótimo.

Logo que chegamos a casa dela, a Vanessa levou-me para o quarto dela, tiramos montes de fotos juntas, conversamos tanto, abraçamo-nos (ok, na verdade eu começava a chorar de 5 em 5 minutos a dizer que eu ainda não acreditava que aquilo estava a acontecer e depois ela abraçava-me e eu sentia-me muito melhor).

Ficamos no computador, dançamos um pouco, cantamos, fizemos alguns vídeos e conversamos até ser muito tarde.

Acabamos por dormir as duas na cama dela e nessa noite, o último pensamento que tive antes de adormecer foi: “Obrigada Deus”.

(…)

- ACORDA!!! – ouvi alguém gritar nos meus ouvidos, peguei numa almofada e joguei nela.

- Desgraçada, é assim que tratas a tua melhor amiga? – ela fingiu indignação.

- É assim que trato as pessoas que não me deixam dormir… - virei-me para o outro lado da cama e voltei a adormecer.

- MELANIE MARIE ROSIER, LEVANTA-TE JÁ! – ela ordenou – Não me faças ir buscar um copo de água..

- Não, não é preciso – levantei-me num salto e olhei-a – Bom dia – sorri e abracei-a.

- Sério, pára de me abraçar a cada 5 segundos, mulher – ela riu.

- É so que… - eu baixei o rosto e lágrimas começaram a cair – Eu quero aproveitar este momento, já que não me falta muito tempo…

- Não digas isso – ela levantou o meu rosto e vi lágrimas nos olhos dela – Tu vais ficar bem, nós vamos ficar bem e bora aproveitar o dia! – ela pulou em cima da cama. Eu levantei-me e começamos as duas a pular felizes.

- VANESSA, ESTÁS A TENTAR QUEBRAR A TUA CAMA? – ouvi a senhora Jones gritar da cozinha.

- Ups – nós rimos e saímos de cima da cama.

- Vou tomar banho… - Van afirmou saindo do quarto.

- Nem pensar, eu é que sou a visita, eu é que tomo primeiro – empurrei-a e sai correndo pelo corredor. – Ér… Vanessa, onde fica mesmo o banheiro?

Ela começou a gargalhar muito e eu comecei a rir junto.

Resultado? Ficamos as duas a rir como umas loucas durante mais de 5 minutos e a desgraçada empurrou-me e entrou no banheiro primeiro que eu -.-

(…)

Eram 11:30 da manhã e eu, a Vanessa e os nossos pais caminhávamos por uma das ruas principais de Toronto. O dia estava particularmente frio, mas não importava, estávamos juntas a aproveitar aquele momento e a conhecer a cidade.

Primeiro fomos ao Royal Ontario Museum, um grande museu com muitas peças de Paleontologia, Minerologia, Zoologia, Geologia, antiguidades, etc. Posteriormente fomos à Galeria de Arte de Ontario e ao Queen’s Park.

Estávamos a divertir-nos tanto, tínhamos tirado muitas fotos aos monumentos e as nós mesmas.

- Mel, bora ao Shopping? – ela perguntou.

- O que queres comprar? – perguntei enquanto fotografava uma loja.

- Uma coisa – ela sorriu misteriosa – Vais adorar, eu sei que sim. Vamos?

- Ok – sorri e lá fomos nós.

O Toronto Eaton Centre era um grande shopping super movimentado, passeávamos pelas lojas enquanto víamos roupas lindas.

A Vanessa puxou-me até a uma loja e eu segui-a, era uma loja cheia de pulseiras, colares, brincos e coisas do tipo. Ficamos a ver, peguei nuns brincos que eu queria levar e ela estava entretida com umas pulseiras. Pagamos tudo e saímos da loja.

- Mel, tenho uma coisa para ti – ela disse tirando duas pulseiras de dentro do saco. Eram duas lindas pulseiras prateadas com o símbolo do infinito – Esta é para ti – ela sorriu e colocou-a no meu pulso – E esta para mim – ela colocou no seu braço. – Porque eu quero que nunca te esqueças de mim, nunca mesmo.

Sorrimos e abraçamo-nos enquanto lágrimas começavam a cair pelos meus olhos.

- Já estás a chorar de novo, mulher? És mesmo criança – ela fez um sorriso zombeteiro.

 - Eu? Até parece né… - rimos e ficamos a passear juntas pelo shopping.

Os dias passaram muito rápido, passamos momentos inesquecíveis em Toronto. Fizemos tantas coisas que vocês nem imaginam… Fizemos uma festa de pijama, pintamos o quarto da Vanessa e enchemos de fotos nossas (aí depois quando acabamos, estávamos as duas azuis e amarelas da cabeça aos pés, pois é, digamos que não pintamos só as paredes…), tiramos fotos super vergonhosas, vimos montes de filmes de terror (bom, na verdade, a Vanessa viu, porque eu passei o filme todo com os olhos fechados e aos gritos), pregamos peças às pessoas na rua, compramos coisas uma para a outra, fomos ao cabeleireiro, ela pintou o cabelo de vermelho e eu de rosa (mas depois ao vermos como tinha ficado horrível, voltamos a pintar os nossos cabelos das cores naturais), andamos de patins no gelo (na verdade, passamos mais tempo no chão do que em cima dos patins) e tantas outras coisas.

Foi talvez a melhor semana da minha vida, mas tudo o que é bom, acaba depressa.

Agora estávamos a acabar de fazer as nossas malas, quando a Vanessa olhou para mim e disse:

- Melanie, sabes que eu não vou puder fazer todas estas 50 coisas contigo, não sabes? Quer dizer… eu estou de férias, mas as minhas aulas vão recomeçar… - ela disse triste.

- Eu sei, mas vamos aproveitar o tempo que podermos juntas… - eu abracei-a e peguei na minha lista e risquei o meu primeiro desejo que já se tinha concretizado.

- Mal posso esperar para amanhã, será que Londres é legal? – ela perguntou-me.

- Oh, com certeza é uma cidade linda, mas isso só iremos saber amanhã, né?


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Notas finais do capítulo

Este capítulo foi um pouco difícil de escrever, já que, como disse a história tem algumas coisas inspiradas em mim, então, acabei por me emocionar em alguns momentos.
O capítulo é muito cor-de-rosa e arco-íris, mas isso não significa que tudo corra bem ao longo da viagem dela!
Espero que gostem e comentem!



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