Sweet Nothings escrita por Uchiha Bibis


Capítulo 15
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Hey! Volteeeeei!
Flores! Perdão pela demora. Eu estava com uma barreira pra escrever esse capítulo, que eu achei que eu não fosse ter e tive. Mas vejam, o cap ficou meio grandinho, mas tinha que ser assim! Estou tramando algo pra essa história bem interessante!
Vejo vocês nas notas finais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379271/chapter/15

"Eu sabia que você era um problema..."

Eu... Conheço esse sentimento. Sentimento de ansiedade, nervosismo, culpa... Santo Deus, o que eu estou fazendo? Foram tantos anos sem... Essa imagem. E agora, as pessoas que fizeram diferença na minha vida, estão lá em baixo, esperando para me ver. Mas eles não esperam ver a eu verdadeira, isso seria, ou vai ser uma surpresa e tanto. Mas o que eu posso fazer? Alexy já fez o que pode, agora não adianta ficar lamentando pelo passado. O problema de fato é como eu vou encarar eles? Qual vai ser a reação deles? Isso me preocupa. Bem, o jeito é descobrir no momento em que eu aparecer na frente deles, loira novamente. Sei lá, vou ter que me acostumar de novo com isso. O que não vai ser fácil, já que foram oito longos anos de rosa, não verdade? Nossa, uma cor que eu vi muito esse ano.

– Então estamos entendidos? Entenderam bem o plano certo? – Alexy falou me tirando dos pensamentos, e que na realidade eu estava completamente inerte ao que eles diziam ao olhar pra porta aberta do quarto.

– Sim! – Rosa e Iris responderam empolgadas. Não, pera! Qual é mesmo o plano?

– Lu?... Você ta bem? – Alexy perguntou, mas eu não olhei pra ele, continuei encarando a porta, relembrando do dia em que fui pela segunda vez no hospital ver o meu pai. – Lu! Lu olha pra mim! – Alexy segurou o meu rosto e me fez encará-lo.

– Lu, o que aconteceu? Você ta pálida! – Disse Rosa visivelmente nervosa. Bem é que... Só é triste lembrar disso agora.

– Lucy! – Iris chamou.

– ... Que foi? – Perguntei num fio.

– O que foi? Eu é que pergunto! – Olhei bem nos olhos violetas de Alexy. Depois olhei pra Rosa e Iris que estavam me olhando preocupadas. Respirei fundo e disse:

– Nada. Eu só lembrei de algo que aconteceu há muito tempo. Só isso.

– Só isso. – Alexy repetiu nervoso. – Tá. – Ele disse revirando os olhos, suspirou e disse. – Vamos logo por o plano do projeto Alexy em ação!

– E suas obras, não se esqueça. – Iris advertiu o lembrando.

– É, nós somos a atração, lembra? – Rosa confirmou sorrindo de um jeito malandro. Ela piscou pra mim e disse. – Certo Lucy?

– C-Certo. Mas devo dizer que...

– Não diga nada! Não temos tempo. Vamos, vamos! – Alexy me interrompeu. Levantou da cama, me estendeu a mão piscando pra mim. Eu aceitei meio relutante e ele me puxou me fazendo levantar, puxei Iris que puxou Rosa e assim, fomos todos de mãos dadas até o corredor. Alexy se virou pra nós e disse:

– Bem, como havíamos planejado antes, Rosa é a primeira. Eu apresento você – Ele apontou pra Rosa. – E você logo me seguida aparece, ok? Você sabe o que fazer. – Ele completou e ela afirmou. – Muito bem. Estou indo, se preparem. – Dito isso, ele se foi, parando no inicio da escada, olhou pra gente e logo depois desceu as escadas. Olhei pras meninas de canto de lho nervosa admiti.

– Não sei o que fazer.

– Relaxa. Apenas faça o que o Alexy disse. – Rosa disse. Bem, se eu tivesse prestado atenção...

– O problema é esse. Eu não escutei nada do que ele disse.

– Você não escutou? – Iris pareceu surpresa. - BEM COMO EU IMAGINAVA! – Ela disse em alto e bom som, até de mais e eu a adverti falando para ela falar mais baixo.

– O que você imaginava? – Rosa perguntou. É mesmo o que ela imaginava?

– Você ta nervosa. Pensando em coisas triviais como: “O que será que os meninos vão achar?” “Estou bonita realmente?” e coisas do tipo. Não é? – Bingo.

– Bem...

– Sabia! – Rosa falou me encarando.

– Sabia é? – Iris perguntou arqueando uma sobrancelha. Rosa falou que sim, e que estava escrito na minha testa, eu cheguei a esfregar a testa pra ver se realmente tinha algo escrito e acredite, não tinha nada ali, apenas a cor da base na minha mão. Iris concordou e disse. – Pare com esses pensamentos e relaxe como Rosa disse.

– Ta. Bom eu...

– Sem essa. – Rosa me cortou. Tramontina corte rápido. Ai que idiota não acredito que pensei realmente isso. – Tira essa tensão dos ombros. – Fiz o que ela disse e tentei relaxar os ombros. – Agora descruza os braços. – Nem tinha percebido que estava com eles cruzados. Fiz de novo o que ela disse. – E quanto ao “plano” – Ela fez aspas com os dedos. – Apenas apareça quando escutar o seu nome. Depois aja normalmente. Nada de mais. – Nada de mais ela diz.

Minha primeira obra prima, ela com seus lindos cabelos prateados e olhos dourados de arrepiar, no bom sentido, senhora e senhores, aqui vem a Rosalya!

– Então, estou indo. – Ela se aproximou da escada, e agora eu tinha visto que Alexy estava no topo, esperando por ela. Escutei as palmas e assobios e depois disso, não escutei mais nada e olhei pra Iris.

– Você não está relaxada. – Ela observou.

– Tô sim.

– Não ta não.

– Tô.

– Tanto não tá, que como defesa tá falando que está relaxada.

Minha segunda obra prima, tem lisos cabelos ruivos, agora modificados. Seus lindos olhos azuis combinam com suas novas mexas senhora e senhores, apresento-lhes a Iris!

– É a minha vez. A próxima é você ein! Não vá amarelar agora. – Ela se distanciou um pouco e parou por um instante. – Apenas relaxe, a tia Meggy está, e ela vai tirar fotos eu acho. – E continuou a andar até o topo da escada.

– A vovó Meggy vai...? – Perguntei mais pra mim mesma.

Tudo bem. É só manter a calma e tudo vai acabar bem. Isso não é um treinamento Lucy. Respirei fundo. Por um momento não me preocupei tanto assim. Mas como eu imaginava, minha autoestima não está lá nos outdoors, mas de fato não é baixa! E que Deus me ajude. Eu estou à beira do precipício. Estou decidindo, que nessa festa eu vou me divertir, e que com certeza, vou encontrar alguém nela! E quanto aos meus amigos... Não poderia acontecer algo de fato ruim, não é mesmo? Não é como se eles fossem odiar... eu acho.

E a ultima obra, senhora e senhores. Preparem seus corações, soem os tambores. Por que ai vem, ela que antes muito usou o cabelo de uma cor diferente, está aqui agora. A verdadeira Lucy se aproxima!

– Sou eu! Caramba, caramba, caramba! Merda, o que eu faço agora? M-Me deu um branco nesse momento.

– Psiu. – Olhei pra escada. Alexy estava me encarando sorrindo forçado, ele apontou com o dedo pra mim, depois apontou pra onde estava, e repetiu o movimento umas duas vezes, até eu entender o que ele queria.

– Ah, ok. Já estou indo. – Olhei pra baixo. – Certo. – Respirei fundo e soltei o ar devagar. Comecei a andar relutante até a escada. Chegando ali perto, travei por um momento e Alexy vendo que eu travei me puxou pela mão, pra perto dele e me rodopiou. Queria dizer que aquilo foi uma entrada triunfante, mas não foi, já que eu quase saio rolando pela escada, por conta do salto alto. Foi uma entrada meio desajeitada, eu diria. Olhei pro Alexy o repreendendo e o estrangulando mentalmente. Mas então aplausos soaram nos meus ouvidos. Olhei pros meus amigos no andar de baixo e eles assobiaram empolgados gritando “Gata!”.

Senti meu rosto esquentar ao notar a reação deles, e não pude deixar de rir e sorrir de cada um deles. Nathaniel estava de queixo caído, tentando disfarçar com aplausos. Lysandre batia palmas sorrindo nervoso. Armin estava visivelmente surpreso e um tanto chocado. Castiel havia deixado uma parte do seu sanduíche cair no chão por conta da boca aberta e talvez do choque que é me ver assim depois de muito tempo. Olhei pro Alexy perplexa e ele apenas sorriu e disse “Você é a sensação do momento.” Acho que no momento eu estava sorrindo feito uma criança que acaba de ganhar seu bichinho de pelúcia que tanto queria. Alexy me estendeu o braço e eu aceitei, ele me conduziu pelas escadas e fomo pra perto dos rapazes chocados a nossa frente.

– Lucy você... Uau. – Nathaniel me olhou de cima a baixo ainda de queixo caído. – Está linda. – Corei com o comentário dele.

– Obrigada Nath. Você também está. – Nathaniel estava com uma bermuda bege, uma regata preta, com os cabelos loiros um pouco desajeitados do habitual o que o deixou muito charmoso e bonito. Nos pés ele estava de chinelo. Ele me agradeceu e ia falar mais algo, mas foi interrompido pelo Lysandre que se aproximou o empurrando.

– Você é a loira mais linda que eu já vi. E olha que eu já vi muitas loiras por ai. – Lys disse com seu sorriso galanteador e deu uma piscadela.

– Lysandre, assim você me deixa com vergonha! Pare com isso. – O repreendi rindo. Armin se aproximou e disse que eu estava mais linda do que já era, depois deu uma tapinha nas costas do Alexy dizendo “Ótimo trabalho irmão!” Leigh me elogiou e logo depois estava com Rosa. Vovó Meggy me abraçou me elogiando o máximo que pode até começar a chorar. Ela foi até a cozinha, dizendo que um cisco tinha caído no olho dela e que ela estava bem. Olhei pra um canto de relance e vi dois pares de olhos cinza me fitando. Engoli em seco e tentei não olhar. Ainda estou braba com ele pelo que disse. Iris veio conversar comigo, e não é que eu não tenha prestado atenção, mas não me dei conta, quando eu olhei de canto pra ele. Castiel estava escorado na parede, de braços cruzados, o sorriso malicioso de canto me fitando e me fazendo corar. Quando dei por mim, Iris tinha desistido de falar comigo. Encarei o Castiel, mordendo o lábio pra segurar o riso e perguntei:

– O que foi? – Pronto. Bastou isso pra que ele viesse na minha direção sem hesitar.

– Gente, vamos logo! A festa já começou muito tempo, sabiam? – Olhei pro lado e Rosa estava puxando Leigh pelo braço até a porta, ele foram seguidos por Iris, Lys, Armin e Nath logo atrás. Olhei pro Castiel que me observava atentamente. O cabelo bagunçado como sempre, trazendo seu ar de bad boy. Estava com uma blusa de manga curta, vermelha que ficava justa ao seu corpo, definindo os sues músculos. Com certeza, bonitos e garanto que não vai ser só eu que acho isso. Uma calça jeans, não justa e com uns rasgos desfiados. Nos pés, seu All Star preto que ele já havia me emprestado antes.

– Está esperando algo? – Seu sorriso de canto apareceu, finalmente.

– Não... Eu deveria? – Depois de ter conseguido de dizer isso séria, mordi a boca de novo pra evitar sorrir.

– Olha, já vou avisando que não vou falar coisas como “Está bonita”, ou “Você está muito linda”. – Murmurou ele desviando o olhar sério. Fitei os seus pés. Isso me magoou com certeza, não que eu esperasse algo vindo dele, mas machucou, querendo ou não. – Por que... – Ele suspirou e eu o fitei com a cabeça baixa. – Isso não bastaria para descrever o quanto você está perfeita. – Ele me olhou de canto, com o sorriso bobo que vi pela primeira vez. Olhei pra ele incrédula, sem saber se eu me beliscava por achar que eu estava sonhando, ou me batia por pensar em sonhar com ele. – Surpresa? Eu também. – Sabe o que é você ficar com uma expressão tão idiota no rosto, que você não consegue fazer outra além daquela? Pois é, estou assim no momento. – Ah, ah, não faça essa cara. Assim fica difícil de aguentar sabia? – Ele virou o rosto finalmente pra mim, sorrindo sem mostrar os dentes. Mas logo depois bufou. – Nem um “obrigada”? Onde está seu respeito aos mais velhos?

– Ah. – Parei de fazer a cara de idiota. – Obrigada. E quanto ao respeito aos mais velhos, a diferença de um ano, não muda os fatos de você mentalmente ser mais novo. Então tecnicamente eu sou a mais velha aqui. – Digo dando de ombros, sorrindo triunfante.

– Não é o que parece a meu ver. Bebê. – Ele sorriu se divertindo. Maldito. Vai começar de novo...

– Não começa... – O repreendi irritada e ele sorriu mais ainda. Ele ta realmente se divertindo!

– De qualquer forma vamos logo. – Castiel disse isso e começou a andar, pegou sua jaqueta de couro preta que estava jogada no sofá e foi até a porta, colocando a jaqueta. – Resolveu ficar? – Ele me olhou por sobre os ombros e eu comecei a ir na sua direção.

– Bem... Vou indo então. – Passei por ele e pela porta e vi nossos amigos nos esperando na rua, rindo e conversando. Fui até eles seguida por Castiel.

– Demoraram ein!

– Peguei a jaqueta. – Castiel explicou, chegando perto deles.

Então o grupo reunido, fomos em direção à festa. Mal tínhamos começado a andar e eu perguntei.

– Onde fica a festa?

– Ah, eu não disse? É um luau, então fica na praia, obviamente.

– Estou indo de salto por que então? Não acredito!

– Lu, até é na areia e tal, mas tem bares na rua, e calçada. E na areia você tira, ué! – Iris disse alegre.

Então caminhamos em direção à praia. Rosa de mãos dadas com Leigh um pouco na frente, Armin brigando com Alexy por algo bobo, Iris e Lysandre conversando e eu estava entre o Castiel e o Nathaniel. Fora Rosa e Leigh, estávamos caminhando um do lado do outro.

[...]

O que eu vejo da calçada. Praia. Muita. Gente. Música. Bares. Quiosques. Bêbados. Namorados de montão. Loucos. Dançando. Muita gente em um só lugar. Tenha dó Deus! Por que eu topei em vir pra cá? Céus!

– Agora tira o salto e se diverte! – Rosa falou com os saltos nas mãos e correndo até a praia com o Leigh. Iris já tinha se mandado pra praia com o Lys, Armin foi sugado por um grupo de gurias e Alexy se meteu num grupo de Boys magia. Bufei agarrando com uma mão o braço da pessoa do meu lado, e tirei o salto do pé direito.

– Folgada nem um pouco né?

– Não enche. – Falei e tirei o outro salto. – Pronto. – Larguei o braço dele. – Vamos agora? – Me virei de modo que olhasse pros dois e eles riram. – Que foi?

– Até agora pouco, você batia no meu queixo. – Castiel começou. – E agora – Ele se pôs do meu lado medindo os ombros com uma diferença considerável um pouco grande. – Sua cabeça bate na metade dos meus ombros. – Ele riu se divertindo e Nathaniel riu também, eu não acredito.

– Você é que é grande, já falei. Tu e o Nathaniel. – Dei de ombros indo até a praia. – 1, 87 aposto.

– Não. Eu tenho um e noventa. – Cruzes! Que cara alto!

– Eu também tenho um e noventa. – Mais um!

– Viu? Veja bem, a diferença entre um e noventa pra um e setenta! Acho até que estou diminuindo perto de vocês gigantes. O que vocês comem? Arroz e feijão?

– Eu luto Box nas horas vagas. – Nathaniel sorriu satisfeito consigo mesmo.

– Eu caminho – Castiel me lançou um sorriso malicioso. Garanto que ele se lembrou daquele único e imprestável dia em que eu me vesti de empregada na loja. – E bem, lutava Kung-Fu, artes marciais e essas coisas. – Ele sorriu também satisfeito consigo mesmo.

– Não é a toa que são altos e fortes. – Murmurei baixinho e continuei a andar. Olhei pra trás pra ver se eles vinham e vi os dois na frente de uma barraquinha comprando bebida. Andei mais um pouco entrando na praia, saindo da calçada. Um pouco mais distante, parei pra esperar eles voltarem.

Dois caras passaram por mim, me olhando de cima a baixo descaradamente sorrindo. Olhei pra eles e sorri nervosa. Merda. O que se faz numa situação dessas? Eles pararam de andar e começaram a vir na minha direção sorrindo maliciosamente. Um arrepio percorreu pelo meu corpo, uma sensação de medo e me senti com o coração saindo pela garganta.

– E ai gracinha? – Um deles falou e ajeitou a calça. Mas que merda...

Não falei nada, estava congelada no lugar. Então os dois estavam de frente pra mim, ainda me olhando de cima a baixo, me analisando devagar. Senti uma mão no meu ombro do lado esquerdo e outra mão no lado direito. Tremi com os dois toques fortes e rígidos. TEM MAIS DELES! CÉUS EU VOU MORRER POR QUE EU PENSEI EM ME DIVERTIR? Os dois caras da frente fecharam a cara no mesmo instante e deram um passo pra trás. Olhei pro lado esquerdo e vi o Castiel com cara de demônio. Olhei pro lado esquerdo e vi o Nathaniel com raiva.

– Querem algo com ela? – Nathaniel perguntou com a voz rígida.

– N-Naõ, nós achamos que ela estava sozinha... – Um deles falou tremendo.

– Pois veja. Ela não está sozinha. Agora deem o fora daqui. – Castiel falou num tom forte e incrivelmente grosso.

Os dois forma dando passos pra trás, e um deles caiu desajeitado. Sorri achando graça e mostrei a língua pra eles.

– Bem feito! – Gritei pra eles. – Obriga... – Me virei pra olhar os outros dois atrás de mim, que me fuzilaram no mesmo instante. – da... Bem, acho que já vou indo. – Me virei de costas pra eles e dei um passo, mas logo fui impedida pelos dois, me segurando pelo obro de novo.

– Lucy... O que eu já te falei de estranhos? – Castiel falou com a voz sombria. Ai que medo! Parem com isso!

– Você não gosta de ser tratada como uma criança, mas... VOCÊ É UMA! – Me surpreendi com o Nathaniel aumentando a voz impaciente e visivelmente irritado.

– P-Parem com isso! Ei! Me soltem vocês dois! – Eles me soltaram, mas cada um se pôs do meu lado, como se fossem meus cães de guarda. – Muito bem, agora fiquem quietos e sem rosnar. E sem latir também! – Brinquei, mas os dois não gostaram muito da brincadeira. – Superprotetores. – Bufei fazendo beiço e comecei a andar. Desse jeito quero ver eu encontrar alguém nessa festa. Ta louco, justo agora que eu tinha pensado em me divertir!

Então é isso. Estamos na praia. Num Luau. Perto de um Quiosque e os meus dois amigos viraram estátuas de preda do meu lado! Cada cara que olha pra mim, recebe um olhar mortal deles. E Deus me ajude a me livrar deles! Por que, já passaram três carinhas bonitos de morrer, sorrindo pra mim, mas foram mortos só de olhar pra mim pelos dois do meu lado. Causa da morte? Olhar sem permissão. Sério! Só faltou eles escreverem na minha testa “PROIBIDO OLHAR” ou “ É ESTREMAMENTE PROIBIDO PENSAR NELA!” . E olha que olhar não tira pedaço de ninguém! Imagina pensar... Nesse ritmo, minha noite foi pro brejo. Ah, mas... Eu tenho que dar um jeito neles...

– O que fazemos agora? Vamos ficar aqui olhando pra cara um do outro? – Perguntei grosseiramente. Não consigo disfarçar, ou é extremo ou não é.

– Aproveitamos a noite. – Disse Castiel relaxando um pouco a cara.

– Ok. – Falei e me afastei uns dois passos deles, indo pra trás.

– O que está fazendo? – Nath perguntou erguendo uma sobrancelha.

– Estou indo aproveitar a noite. – Falei indo pra trás. Dei uma olhada pra trás e vi a multidão dançando. Sorri e olhei pra eles indo cada vez mais pra trás. Vi que os dois deram um passo pra frente.

– Não pense... – Castiel começou, mas não terminou já que eu corri até a multidão. Oh, correr na areia, não é um tarefa fácil pensei quando me juntei com a multidão e feliz pela minha estratégia brilhante, gritei junto com eles.

Essa gente é muito doida! Gritam e pulam no ritmo da música eletrônica. Uma roda de garotos se formou e eles começaram a pular girando a roda deles, no meio da multidão! Imagina o que não é isso! A roda ia de um lado pro outro empurrando quem estava perto. Eles foram chegando perto, pulando e gritando que nem uns brutamontes e um deles me empurrando, forte o bastante pra me fazer bater num cara atrás de mim. Pedi desculpas ainda de costas e me virei pra olhá-lo.

– Dake? – É. Eu definitivamente encontrei alguém. Mas dentre tantas pessoas no mundo, foi justo ele que eu encontrei. Ele me olhou confuso por um instante e depois pareceu se lembrar de mim.

– Ei, pintou o cabelo? Ficou bonito. – Corei com o comentário repentino. – Ta fazendo o que aqui, Escarlet? – Ele lembrou o nome falso que eu dei pra ele! Ai que coisa constrangedora...

– É... Bem, estou aqui com meus amigos.

– Se perdeu deles de novo? – Ele perguntou e riu suavemente.

– Não! Eu me meti aqui no meio mesmo por que quis. – Dei de ombros. – É chato ter segurança...

– O que?

– Nada, esquece.

– Queria pedir desculpas pelo nosso ultimo encontro. – Ele me olhou sério. - Fui grosso com você e reconheço isso. É que... – Ele corou de leve e desviou o olhar. – Achei você bonita, e quis puxar assunto, mas ai você foi difícil e eu me agitei vendo você irritada. Te achei interessante desde o inicio da conversa.

Olhei pra ele nem acreditando no que eu acabei de escutar. Tentei falar algo, mas sinto um empurrão mais forte do que antes e vou de encontro com o Dake, que me segura. E nisso eu acabei torcendo o pé esquerdo.

– Você ta bem? – Ele perguntou preocupado. – Aquilo foi forte...

– Eu. To legal. – Falei pausadamente. – Talvez o meu pé não. – Fiz uma observação.

– Esses caras são muito sem noção. – Ele pareceu irritado. Dake ainda estava me segurando quase como se estivesse me abraçando. Contado perto de mais! PERTO DE MAIS! Pensei ficando mais vermelha. – Vou me divertir com eles. Agora eles vão ver o que é um empurra purra. – Ele me soltou e foi até a roda, entrou nela e os caras continuaram pulando que nem loucos. Dake começou a pular e a empurrar eles, ele ia de um lado pro outro empurrando eles. Então a zorra ficou maior ainda, eles gritavam “OHO” por que mais caras entravam na roda uns empurrando os outros. Dake dava uns empurrões fortes, e eu só via os caras saindo do meio da roda. Ria cada vez mais da situação. Não tinha mais o que fazer mesmo. Ele tinha um sorriso de criança no rosto, e eu achei aquilo legal e divertido. Pra ele, não pra mim. Ele olhou pra mim como se estivesse me desafiando alguma coisa e sorriu de forma sarcástica. Parei de rir na mesma hora e mostrei a língua pra ele. Opa, é melhor eu não me empolgar tanto.-Pensei enquanto via a roda se distanciar aos poucos. Afinal ele não é o Lys, ou o Castiel. Muito menos o Nathaniel, não é bom eu relaxar tanto. Deram um empurrão no Dake, ele caiu, me olhou e se levantou. Veio até mim ofegante e disse:

– Esses caras... São barra pesada mesmo. – Dake afirmou ofegante.

– Você que começou. Teve o que mereceu. – Brinquei rindo da cara dele ao escutar.

– É pode ser... Mas ele também começaram, antes até. – Dake disse se recompondo e me fitou sorrindo de canto. – Seu nome... Não é Escarlet, né?

Algo está me dizendo que vai dar merda. E só de pensar meu coração quase sai pela boca. Como ele sabe disso? Não pode ser um simples chute. Falo ou não falo? Dake me ajudou no aeroporto, querendo ou não. Ele é muito bonito. Talvez por ele ser um play boy nato ele saiba quando as garotas mentem sobre os nomes. Oh droga, o que eu faço? Não me sinto segura no momento. Não. É muito estranho ele adivinhar logo... Já que no aeroporto ele nem desconfiou... Por que agora? Alguma coisa ta errada. Tenho que sair daqui.

– Olha Dake... Eu tenho que ir. – Falei saindo dali o mais rápido possível. – E meu nome é ESCARLET! – gritei pra ele. Talvez assim ele acredita. Mas o engraçado, é que não tenho certeza se sabia que algo ia dar merda por causa dele... Talvez seja por outra coisa.-Pensei correndo e esbarrando nas pessoas enquanto dizia um sinto muito ou um desculpa. Meu pé doeu pra burro, mas tentei ignorar a dor. Sai da multidão, e vi o quiosque de antes. Aliviada, fui até lá e me sentei numa mesa, puxando a cadeira. Graças a Deus. Sem muitas pessoas.

– LUCYYYYY! – Falei cedo de mais. Olhei pro lado e vi Iris com um copo na mão. – Siiiimm! É A LUCYY! – Ela gritou feliz.

– Iris... Você ta bêbada?!

– SIIIIIIIMMMM! MUITO BÊBADA! SIIIMMM! – Oh, Deus. – Lucy leva Iris... pra casa. – Ele deu uma cambaleada e eu me levantei da cadeira pronta pra pegar ela no momento em que ela caísse podre de bêbada. – Lucy sóbria. Vez da Lucy.

– Iris, não viemos de carro. – Falei. Uma coisa inútil, mas tudo bem.

– AH! SIM É VERDADE! – Ela soluça e toma mais um gole da cerveja.

– Acho melhor para com a bebida por enquanto. – Falo, e tento pegar o copo dela, mas ela desvia e sai de perto de mim. Meu pé doeu, eu já tinha feito esforço de mais com ele.

– NadadetirarbebidadaIris! – Ela falou rápido e se atrapalhando com as palavras. Iris saiu de perto de mim e gritou mais uma vez, um “SIM” comprido e bastante alto.

– Nossa... – Suspirei. –Nunca vi uma pessoa falar tanto sim. – Me sentei de novo na cadeira, com cuidado com o meu pé.

Apoiei os cotovelos na mesa e meti a minha cara nas minhas mãos, fazendo uma cortina de cabelo loiro. Já estou até vendo que vou sentir muito cheiro de vômito hoje. Suspirei pesadamente lamentando por mim mesma. Senti meu pé pinicar com uma dor aguda e gemi de dor.

– Lucy? – Escutei, mas não olhei pra ver quem era, já sabia.

– Hum

– Você ta bem? – Ele perguntou.

– Tô legal. – Respondi e o fitei. Castiel estava bem na minha frente, sem a jaqueta de couro, fora isso, estava intacto.

– Onde você se meteu? – Lá vem à bomba. – Me deixou preocupado sabia? – BOM! – O Nathaniel quase teve um surto! – BOM! – E com o surto dele, ele me deixou uma pilha de nervos. – Ele pareceu irritado. – E ainda, de tanto pensar que algo poderia ter acontecido, se embebedou. Aquele desgraçado. Ai quem teve que ficar sóbrio? Eu é claro! Fala sério. Aquele cara me paga.

– Eu tinha ido dançar, mas aí me empurraram duas vezes naquela roda da morte e torci o pé esquerdo. Mas não é algo grave. – Eu acho... Que é melhor eu deixar de fora que eu encontrei o Dake. Se não a pilha de nervos aqui, vai te uma sobrecarga.

– Você ein! Falei pra não pensar. – Ele suspirou e se ajoelhou, pegou meu pé machucado e deu um aperto de leve. – Dói? – Ele perguntou e eu reclamei da dor. – Dói. – Ele concluiu rindo. – Que garota problemática você é. Fala sério. – Ele olhava atento pro meu pé. Depois a expressão em seu rosto se transformou como se ele estivesse vendo um absurdo absurdamente grande na sua frente. – Ai meu Deus Lucy! Ta saindo o teu osso pra fora!

– O QUE? – Olhei com desespero pro meu pé, que estava apenas com um roxo na parte lateral. – DESGRAÇADO! Nunca mais faça isso! – Falei dando tapas nele. Ele riu e me mostrou a língua. Se levantou e pegou a minha mão me puxando devagar.

– Não vou embora! – O alertei enquanto me levantava.

– Vamos dançar sua boba. – Ele disse e me levou pra perto da multidão dançante.

"Minha mente me dizia, corra o mais rápido que consegue..."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai pessoal? O q acharam? A foto da Lucy eu mando mais tarde. Hehehe
Eu tinha demorado pra postar pelo que eu falei antes e por que estou postando outra fic!
Deem uma olhadinha > http://fanfiction.com.br/historia/454804/Who_Are_You_Butler/
Apenas para quem aguentar! hehe e.e



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Nothings" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.