VINCENT

Saí do armazém realmente muito abalado, não fazia ideia de para onde iria ou o que faria, mas fui. Eu queria tanto, mas tanto ver Catherine de novo, mas para a segurança dela não o fiz, precisava saber se ela estava bem e também precisava conversar com ela sobre... bem sobre tudo isso... sobre tudo.

Não sei porque, mas fui para o telhado do prédio dela, lembrar de nossos momentos, se bem que eu não precisava de telhados ou escadas de incêndio, eu lembrava dela o tempo todo. Olhando lá de cima comecei a pensar em o que fazer para reatar nossa situação, já estava cansado de apenas vê-la dormindo, sem poder falar com ela, beijá-la. Ideias não surgiam em minha mente. Até que pensei: por que não um bilhete?!

Escrevi no bilhete ‘armazém’ e o levei até o hospital, lá o joguei discretamente pela janela do quarto de Catherine, ele parou em cima da bolsa de alguém, que para minha surpresa era Tess. Nossa!!! Há quanto tempo não a vejo!!! Mesmo assim, sai de lá, não queria que ninguém me visse ou coisa do tipo. Retornei ao armazém.

“JT...? JT...?!?!?!?!! CARA...?!?!??! mas cadê ele... a essa hora ele deveria estar em casa...”

Fui direto para a universidade, se o JT não tá em casa, ele tá na universidade com certeza.

“JT... você sabe quando mais ou menos que a Cat vai sair do hospital?”

“Vincent o que você tá fazendo aqui?!”

“não importa! Só me responde”

“bom, pelos meus cálculos, ela sai amanhã”

“que bom!”

E fui de volta para o armazém planejarque dizer para Catherine... não ia ser fácil explicar o porque eu a ‘abandonei’ certo?! Imagino que ela vai ficar furiosa, espero estar errado.

“hum... bem, Catherine... é... seu pai... quer dizer... bem... seu pai, ele fez um meio que acordo comigo e... bem... eu... eu não posso mais te visitar e... AH NÃO ASSIM NÃO TA BOM!!! Seu pai me obrigou a ficar longe de você... pela... bem, pela minha vida... NÃO!!! ELA VAI ACHAR QUE EU DOU MAIS VALOR A MINHA VIDA DO QUE A NÓS... bem, ele iria me matar, suponho, se eu não prometesse que... ahhhhhhhhhhhhhhh isso não ta dando certo”

“cara?!”

“ah oi JT eu não sabia que você viria tão cedo”

“pois é... mas cara por que você tava falado sozinho?!”

“ah... sim isso... eu tava treinando pra quando eu for falar... bem... falar co-”

“com a Catherine?”

“é...”

“mas... cara E O ACORDO!??!?!”

“olha, eu chamei ela aqui porque eu quero falar com ela sobre isso mesmo”

“como você acha que ela vai reagir?! Você acha mesmo que ela vai ficar bem com isso tudo?!”

“eu sei... suponho que ela vá ficar arrasada, mas é a única forma de esclarecer isso tudo pra ela”

“se você acha...” ele deu de ombros

JT parecia preocupado, continuei meu “treinamento” durante o resto do dia, quando Cat chegasse,queria ter certeza de que ela não iria pirar.