Di Immortales escrita por Daughter of Poseidon


Capítulo 1
Primeiro - Era uma vez, uma criança problemática.




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Eu estava sentada sobre uma das árvores que habitavam o grande bosque do Acampamento Meio-Sangue. Estava olhando para meu anel de prata que estava em meu dedo indicador da mão esquerda. Um bronze celestial que pode se transformar em espada se eu pressionar bem meu polegar sobre o anel, como um botão e um presente do chalé de Hefesto enquanto eu estava em um momento desesperador nos meus 13 anos. Monstros. Nunca havia percebido quando me perseguiam, só quando eu fiz 10 anos de idade e percebi que era esse o motivo o qual mamãe fazia com que nos mudássemos de cada local dos Estados Unidos, eu creio que já devo ter morado em todos os 50 estados que o país possui só para fugir das criaturas.
- Pra onde vamos mamãe? - Eu perguntava sempre que a via arrumar as malas.
- Um lugar bem mais legal, Roy. - Ela dizia com um sorriso largo no rosto e gostas de suor na testa. Sempre falava essa mesma resposta e sempre estava soada quando aprontava as malas. 
Foi quando me dei conta que seu sorriso era apenas uma distração para eu não ver o que realmente estava acontecendo. Me dei conta depois de um terrível pesadelo com a invasão de cavalos no terraço do nosso apartamento em Nova Jersey, mas não eram só cavalos… Eram pégasos, e o mais engraçado é que me sentia dentro de um desenho animado, pois eles estavam falando comigo. Uma criança de dez ano acharia isso lindo, pelo menos eu achava, agora o pesadelo piorou quando se tornou realidade.
- Roy! - Gritava minha mãe.
- Mamãe? - murmurei em baixo dos cobertores. Quando me levantei da cama, pude ouvir barulhos de vidros se quebrando, corri em direção ao quarto de minha mãe e me assustei ao ver a cena: Ela arremessava os vidros de seus perfumes caros em um homem-cavalo.
- O que é isso? - Gritei e então minha mãe correu até mim para poder me segurar em seus braços.
- Ela não está segura, Candace. - O homem-cavalo disse enquanto trotava seus cascos para se virar em nossa direção. - Você sabe disso e não quer parar de fugir.
- Eu posso protege-la, não ligo se Benevolentes, Minotauros e Serpentes…
- Não acho bom continuar falando esses nomes altos. - Ele insistiu.
- Então saia daqui, Quíron. 
Com a visita desse tal de Quíron, andei passando noites e noites sonhando com monstros, com os gritos de mamãe e até mesmo passei a rezar para que meu pai nos tirasse desse lugar. Como eu sabia que não havia chance, eu mesma sai de casa. Deixei um bilhete na geladeira de minha mãe. Minhas letras estavam tortas e até hoje escrevo assim devido ao dislexia. Mamãe dizia que minha letra era tão linda quanto a dela, quem dera isso fosse verdade. Passei três anos me escondendo nos becos de Nova York, a cidade a qual eu demorei um ano para chegar a pé e a mesma que eu roubava comida de restaurantes para me satisfazer. Fiz amizade com garotos de bairros perigosos, mas a amizade acabou devido não aturar mais o maldito cheiro de drogas. 
- Que linda… - Disse uma velha senhora chamada Quinn. - Você está sozinha?
- Eu sou sozinha, moça. - Respondi melancólica. 
Eu havia morado com Quinn durante meus 13 anos. Uma senhora normal, mas morávamos em um apartamento de luxo que sabe se lá como ela convencia o gerente de que é hospede. Controlar a Névoa. Realmente é uma coisa difícil. Uma semana depois, Quinn disse que não havia comida no apartamento. O que era muito estranho porque não faltava comida em lugares chiques, até que um terremoto atingiu o lugar. O terraço havia sido atingido por vários corpos pesados, nessa hora Quinn murmurou uma palavra em grego, entendi que ela havia dito “miseráveis”. 
“Corra, semideusa.” Ouvi alguém dizer, mas não havia ninguém no quarto.
A velha senhora saltou sobre mim e de repente pelos cresciam em sua pele, seus olhos negros haviam consumido toda a parte branca e seus dentes cresceram. Não crianças, esta não é a história da chapeuzinho vermelho e sim a história de uma garota maluca chamada Royal Tyree que aos 13 anos vai falar com estranhos sem saber que um dia acabariam se transformando em quimera. Desviei do ataque do monstro e corri pelo corredor do apartamento até sair, quando cheguei no elevador, tomei impulso até jogar meu corpo em direção a porta que estava se fechando e então consegui entrar a tempo que a porta se fechasse. As pessoas me olhavam como se eu fosse uma baderneira. Não me importei e apertei no botão que levava ao andar de saída daquele lugar. 
“Venha ao terraço, semideusa” A voz voltou a dizer.
“Quem é?” Eu pensei mais comigo mesma do que em resposta a voz.
“Ei, como você está me entendendo?” A voz perguntou.
Dessa vez eu estava mais confusa do que nunca. As portas se abriram e caminhei lentamente para fora do elevador com o coração disparado. Minha respiração estava ofegante e minha cabeça doía de tão confusa. Andei pelo estacionamento e pude ver a luz da saída. O estacionamento era fechado por portões que se abriam automaticamente e então como não haviam carros passando pelos portões, eu subi por eles. 
- Ai! - Gritei de dor e abaixei o olhar enquanto segurava no ferro.
- Não pode fugir, lindinha. - Disse a quimera que estava agarrando minha perna esquerda.
- Será? - Eu disse impulsivamente. Ergui minha perna direita e pisei sobre o rosto da criatura que caiu do alto do portão. 
Meus pés se soltaram do portão e eu agora estava com apenas uma mão segurando o ferro. Meu corpo estava suado e meu coração não parava de bater devido ao susto. Pude ouvir uma risada abaixo do meu corpo e a quimera estava se erguendo do chão. Ela era grande demais e devido ao peso, ela se levantava devagar.
- Uma refeição rápida. - A quimera disse e então segurou nos portões e começou a sacudir. - Desista e tenha uma morte sem dor, pequena semideusa. - Gritou.
Meu corpo balançava pra frente e pra trás, meus dedos afrouxavam a cada balançada que o monstro forçava naquele maldito portão. Quando caí, eu pude vê-la abrir a boca lentamente, cada segundo que a abria, mais a sua boca aumentava para ter espaço o bastante de eu ser facilmente engolida sem esforço. 
BUM! Foi o som que meu corpo ao cair de barriga sobre algo que possuía uma pele lisa. Passei minhas mãos sobre aquela pele e me ergui para certificar do que era.
“Até que fim.” Disse a voz e então pude ver a minha frente havia uma crina loira de um cavalo branco.
- Como você veio parar aqui? - Perguntei e passei as mãos pelo seu pescoço. - Ou melhor, como eu fui parar em você… - Minha voz vacilou após eu olhar para baixo. Eu estava… sobre o céu.
“Nossa, suas mãos estão geladas, espero que não tenha medo de altura”
- Mas eu tenho. - Murmurei. - Quem está falando?
“Acho que nem será preciso você ser reclamada no acampamento pra você me entender.”
- Você está falando, cavalo? - Gritei. 
“Não sou um cavalo, sou um pégasos. Longa história” Relinchou.
- Aonde está me levando? Pode voar um pouco mais baixo? - Me agarrei em seu pescoço e então ele balançou a cabeça nervoso.
“Menos força, confie em mim que não vou te jogar. Estamos indo ao Acampamento Meio-Sangue, novata.”\"\"


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Notas finais do capítulo

Dependendo do rendimento da estória, postarei mais. Espero que tenham gostado.