A Irmã Perdida De Caspian escrita por Shimizu


Capítulo 14
Capítulo 14 - Conversas sinceras


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, pois é voltei depois desse longo Hiatus, sinto muito por isso, masss prometo que agora voltou tudo ao normal. Esperam que curtam a volta do povs da Liah.
Beijos da tia Shimizu



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Acordei atordoada, aquele sonho continuava a me pertubar. Olhei para o lado e encontrei rose dormindo, ela deve ter cochilado enquando cuidava de mim. Ri baixinho e me levantei indo direto pro banho. Sai com a toalha enroscada no corpo já que não conseguia encontrar minhas roupas. Lilly não teria roubado elas de novo, teria? Encontrei Rose olhando pra mim com as bochechas vermelhas.

—- Oque foi Rose?

—- Sinto muito por ter dormido na sua cama noite passada. – Ela disse com a cabeça baixa. – Eu estava lendo um livro que poderia te ajudar a esconder algumas marcas e – A cortei

—- Está tudo bem Rose! – Ela olhou pra mim surpresa. – Espera escondar as marcas? Você achou alguma coisa?

—- Não, desculpa. – Ela me olhou triste. Sorri triste.

—- Tá tudo bem, alias, você viu as minhas roupas? – Perguntei me voltando pro guarda-roupa.

—- Hmm, eu achei que você ia querer algo que cobrisse mais as marcas, então custurei modelos parecidos com as suas antigas roupas. –Ela me entregou um muda de roupas muito parecidas com as minhas antigas. Sorri agradecida pra ela.

—- Ah Rose, você é a melhor, oque eu faria sem você? – Ah abraçei rapido, peguei minhas roupas e as vesti rapidamente, enquanto Rose saia do meu quarto. Olhei-me no espelho do banheiro, agora todas as tatuagens estavam escondida menos a do meu rosto, pelo menos eu não teria que explicar todas elas, só uma.  Sorri e tirei aquelas mechas ridiculas do meu cabelo que já estavam todas embaraçadas e emboladas. Pentei bem o cabelo e o deixei solto para esconder a tatuagem da nuca. Suspirei e abri a porta do quarto, dando de cara com um Pedro sentado encostado na parede oposta a minha porta, ele estava com a cabeça abaixada, espera, ele estava dormindo? Sorri incredula, e fui ate ele.  Dei um beijo em seus cabelos loiros e me pus a andar para a sala principal. Encontrei todos lá, menos Pedro que cochilava na frente da minha porta. Sorri, me sentei do lado de Caspian na mesa e começei a comer.

—- Oque ouve com o seu olho Liah? – Ouvi Suzana dizer me olhando com o rosto desconfiado. Parei a maça que eu ia comer no meio do caminho.

—- É um tipo de alergia. – Disse Lilly, no meu lugar. – É uma alergia que a Liah tem faz tempo. É coisa do nosso século. Relativamente novo. – Ela comia tranquilamente. August olhou interrogativo pra ela e pra mim.

—- Mas aquilo parece mais uma tatu.... – A fala de August foi interrompida pela sua expressão de dor.

—- É uma alergia August! – Lilly disse entre dentes, olhando feio pra ele. Ri baixinho ouvindo August reclamar do porque ela sempre tinha que usar botas com saltos.

Pedro finalmente apareceu e olhou pra mim. Levantei uma sobrancelha pra ele e ele sorriu se sentando ao lado de Lucia, quase na minha frente.

—- Bom, já que todos já chegaram eu acho que seria de extrema importancia marcar uma reunião. – Olhei pra Caspian interrogativamente. Reunião? – Estamos em guerra.  Temos que definir melhor estrategias de ataques e defesas entre nós.

—- Concordo, já estava mais do que na hora. Estava começando a ficar entediada. – Disse Lilly, tomando algo dentro de um cantil, eu acho que era agua, mas não tinha certeza.

—- Na biblioteca daqui a trinta minutos então. – Caspian se levantou e vi Lucia indo atrás dele. Eustaquio se levantou logo em seguida sem dizer uma palavra e entrou por um dos corredores. Sobramos só eu, Lilly, Pedro, August, Edmundo e Suzana. Nós olhamos no silencio desconfortavel.

—- Que tal uma partida de xadrez Liah? --  Ela me olhou desafiadora.

—- Contra você?—Apontei pra ela, e levantei sorrindo, ela me olhou empolgada. – Não mesmo. – Vi o olhar desapontado dela e vi August rindo alto.

—- Ninguem quer perder pra você sempre maninha. – August disse e Edmundo pigarreou, foi quando ele começou a rir mais ainda. – A não ser o Ed ali, que você ainda não conseguiu derrotar. – Olhei chocada pra Edmundo que estava com um sorriso convencido e vi Lilly fechar a cara e se levantar entrando em um corredor. Edmundo se levanta apressado e vai até ela.

—- Hmm August, posso falar com você? Em particular. – Inclinei a cabeça para a porta e vi August olhando pra Pedro com um sorriso convencido.

—- Com certeza, princesa. – Eu saio para um dos corredores e ouço os passos de August atrás de mim.

Entro em uma sala onde uma parte estava destruida, dando a vista para a floresta. O vento soprava forte. Não tinha nada na sala a não ser entulhos das partes destroçadas do teto que mais da metade não existia mais. Fui até a ponta sentindo o vento frio em mim. Era verão ainda, porque o tempo estava tão frio? Balançei a cabeça, tentando me concentrar e me virei para August.

—- Que merda você pensa que estava fazendo August? – Olhei irritada para ele, cruzando os braços. Ele deu um sorriso charmoso, e se encosotu na unica parede intacta do lugar, cruzando os braços como eu, mas bem mais relaxado.

—- Ah, qual é, L, você costumava ser mais divertida que isso. Eu estava só bagunçando com o seu novo namoradinha, qual é o grande problema com isso?

—- Qual é o problema com isso? – Olhei irritada pra ele.  – Estamos em guerra, August. Não precisamos de confusões entre nós, ou odiar uns aos outros. – Ele fechou a cara por um momento. – Nós dois sabemos que você não gosta mais de mim da forma que gostava. – Descruzei os braços e me aproximei dele botando minhas mãos nos seus musculos. – Você foi meu primeiro amor, August. Por favor não estrague essa memoria sendo um idiota. – Sorri de lado, vendo ele sorrir de volta.

—- Acredite ou não você foi a unica garota que eu já gostei. – Corei, ele parecia o meu velho August. – Mas você tem razão. Nós nos amamamos, mas o tempo já passou. – Ele sorriu pra mim. -- Você já superou sua fase por morenos, que venham os loiros então! – Ele levantou as mãos em forma de rendição. Dei um soco fraco no braço direito dele. – Ai!! Desde quando você ta tão forte? – Ele me puxou pra um abraço.

—- Eu estava fazendo aula de Muay Thay e Esgrima. Sua mãe me achava violenta demais. – Ele riu.

—- Está explicado porque você e a minha irmãzinha são tão parecidas nesse aspecto tambem. – Eu ri e me afastei. – Se ele magooar você pode voltar correndo pros meu braços, okay? – Ele disse bagunçando meus cabelos. Sorri debochada.

—- Só se você parar de cantar cada menina que você vê por ai. – Disse abrindo a porta. Ele veio atrás de mim fechando a porta. – Fechado? – Olho pra ele com uma sobrancelha erguida e estendendo a mão.

—- Tudo bem. – Ele pega a minha mão e a sacode fraco, sorrindo charmoso.

—- Vamos para a biblioteca. Deve estar quase na hora de estarmos lá.

—- Tenho que fazer uma coisa antes. Vá na frente.

Vi ele me dar as costas e andar do seu jeito relaxado de sempre. Dei de ombros e fui para a biblioteca. Demorei algum tempo até achar, até porque eu não tinha tido tempo de explorar aquele lugar até agora. Quando entrei me deparei com varias estantes de livros e empregadas terminando de tirar o pó de todas elas. Assim que me viram abaixaram a cabeça, fizeram uma reverencia e se retiraram rapidamente sem falar nada. Aquilo ainda era muito estranho pra mim. Comecei a olhar os livros, todos pareciam muito interessantes, mas um me chamou atenção, ele estava no topo da estante mais alta e muito no canto. Peguei uma dos bancos altos que tinha ali e posicionei na estante. Fiquei na ponta dos pés para peguar, quando consegui por as mãos nele ouvi a porta bater. Com o susto, meus pés se embolaram e eu cai. Esperava pelo baque do chão nas minhas costas, mas ao invês dele senti braços musculosos me pegarem. Abri os olhos e vi os olhos azuis, me olhando.  Ele me pôs de pé e eu corei, me afastando dele.

—- Deveria tomar mais cuidado.

—- Vocême assustou! – O acusei pegando o livro que eu tinha deixado cair da minha mão.

—- Oque você conversou com August? – Ele me olhou curioso.

—- Oque você estava fazendo dormindo na frente da minha porta? – Eu o olhei debochada e eu vi ele corar.

—- Eu perguntei primeiro.

—- Você sabia que domir naquela posição faz mal pra coluna? – Disse desviando do assunto, me sentando na cadeira do canto da grande mesa posicionada perto da janela colorida enorme. Nós nos encaramos por um tempo até os outros começarem a chegar. Caspian sentou a meu lado, na ponta da mesa, de costas para a grande janela. Por incrivel que pareça ele foi o ultimo a chegar.

—- Todos aqui? Então tomem seus lugares. Hora de tomar as redeas dessa guerra!


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Notas finais do capítulo

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