A Irmã De Renesmee escrita por Thatty


Capítulo 6
Uma visitá inesperada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Acho que vocês vão adorar esse capitulo.

Boa leitura



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—O que acharão desse aqui? – Alice saiu do provador com um vestido roxo.

 Aquele era o sexto vestido que ela provava da décima loja. Eu não preciso nem dizer como estava meu humor, não é.

Mas vou dizer mesmo assim, eu estou pirando, pedindo socorro, por que eu estou fazendo o que mais odeio na vida. Sair para comprar roupas com Alice Cullen.

—Esse ficou ótimo Alice - disse minha mãe distraída. – Prove esse aqui Liza – disse me estendendo um vestido longo todo rosa e cheio de pedrinhas.

Eu a encarei com ódio.

—Não gostei.

—Filha pelo seu bem, escolha um vestido. Ou você sabe o que vai acontecer... – ela disse e eu fiz careta,. Ela estava certa. Existiam duas possibilidades, ou tia Alice me matava ou ela mesma escolhia o vestido para mim, o que estava fora de cogitação.

Minha mãe e Renesmee vasculhavam a loja atrás de vestidos para elas. Tia Rose foi a primeira a comprar e foi embora pra casa.

Insisti tanto para ela me levar junto, mas Alice só disse que eu sairia do shopping depois de escolher um vestido. Nunca vi na vida, a família que comprou o vestido primeiro que a noiva.

 Deixei as doidas dentro daquela loja e fui andar pelo shopping para espairecer. Depois de algum tempo andando eu vi uma loja meio escondida entre lojas tão chiques que havia naquele shopping.

Na vitrine dela tinha um vestido que para mim parecia perfeito. Nunca tinha usado um vestido assim, mas eu cogitaria a possibilidade de usar aquele.

Ele era preto e longo, tinha um decote em V extravagante e as costas abertas. A barra dele era maravilhosa, tinha pedras pretas por toda a barra e ao seu lado um par de sapatos prata.

—É pode ser – escutei Alice atrás de mim. Me virei e ela estava olhando para o vestido como uma analista – Mas não tenho certeza...

—Cadê minha mãe e Nessie? – perguntei desconversando.

—Estão vendo alguns vestidos em outras lojas. E preciso pensar se você vai usar esse mesmo, precisa experimenta-lo.

—Por quê? Não tem certeza se vai ficar bom em mim? – perguntei e senti sua mão pequena e gelada pousar na minha cintura.

—Por que ele é muito sensual e escuro. Não sei o que seu pai ia achar de ver você vestida nele. Você tem muito a mostra ai mocinha – disse analisando meu corpo e eu suspirei.

—Gostei dele, quero ir com ele.

—Vamos olhar outras opções primeiro, não quero Edward brigando comigo depois – falou olhando os outros modelos na vitrine.

Eu revirei os olhos.

—Sem chance, quero esse vestido – falei decidida e ela me olhou cruzando os braços. – Me pediu para escolher um vestido. Eu escolhi.

—Elizabeth, está fazendo de propósito para irrita-lo, não é? – ela disse segurando um sorriso. – Vamos a um casamento e não a um enterro sexy...

 Quando ela ia terminar a frase ela fez aquele olhar e eu bem sabia o que era. Maravilha, maravilha mesmo, Alice estava tendo uma visão no meio do shopping.

Seu olhar era de confusão e desespero. E eu sentia que ela estava com medo, tanto que ficou paralisada e isso me preocupou.

—O que foi tia? O que está vendo? – perguntei me aproximando.

Seria possível ela estar mais pálida do que o normal?

 E antes que ela pudesse responder, eu senti em todas as células do meu corpo um instinto me avisar à presença de um vampiro, não... De dois.

Eu estava arrepiada, já que estou acostumada com a presença da minha família, qualquer vampiro que apareça sem ser convidado me deixava desconfortável.

Eles ainda estavam longe demais para eu identificar quem eram. Uns 100 km talvez. Mas eles não vinham com boas intenções, isso estava claro para mim.

 Ótimo agora eram duas doidas paradas no meio do shopping.

—Quem são eles? – Perguntei.

 Alice piscou os olhos rapidamente parecendo sair do transe, e percebeu ao olhar para mim que eu já tinha sentido o que ela tinha visto em sua visão.

—Volturi. – Sussurrou.

—Acha melhor irmos atrás deles? – perguntei – As intenções deles não são muito boas. Não sei se vai ser uma boa ideia atrai-los para perto dos humanos.

—Mas não sabemos se eles vieram aqui atrás de nos.

—E vieram atrás do que então? Somos o único clã em Forks. – falei e ela pareceu indecisa.

—Certo, então vamos sair daqui desse shopping – ela disse – Vou chamar sua mãe.

—Não dá tempo. Eles estão se aproximando rápido demais. – disse a puxando para a saída.

 Ela não protestou e me seguiu, minha mãe e Ness nem notaram a nossa falta.

 Depois de sair do shopping, eu esperei cerca de 2 minutos do lado de fora, para que eles se aproximassem o suficiente.

Perto do shopping havia um prédio abandonado, Alice sugeriu atrai-los para lá.

 Seguimos para o prédio, ele estava escuro, cheio de poeira e escombros. Alice estava imersa em suas visões pairando nas possibilidades e eu fiquei lá parada esperando.

Meu celular começou a tocar e era minha mãe. Ótimo, já notaram nosso sumiço.

—Já estão aqui – Avisei e Alice se preparou.

 Em alguns minutos, aparecem dois vampiros super esquisitos. Era a primeira vez que eu via alguém do clã dos Volturi, depois daquela épica quase batalha.

Eles estavam com capas vermelhas, andavam de um jeito sombrio e nem pareciam tocar o chão. Era sinistro, mas não me deixei intimidar pela aparência.

Os dois pararam na nossa frente, nos avaliaram até tia Alice se pronunciar.

—Félix, Caius. - ela forçou um sorriso dando um passo a frente. - Ah que devo a honra da presença de vocês?

—Alice Cullen. – Disse o cara loiro tirando seu capuz e exibindo um sorriso feroz. Ele falou o nome dela com um certo prazer. - É tão bom vê-la novamente. – de repente ele notou minha presença. Seus olhos percorrem por mim dos pés a cabeça, ele me encarou com certa curiosidade. – E quem seria a linda moça que te acompanha?

—Elizabeth, não se lembra dela? – perguntou minha tia. Ele me olhou surpreso como se lembrasse do meu nome, mas não imaginasse que fosse eu. – É umas das filhas de Edward e Bella.

—Ora, a última vez em que a vi, ela tinha o tamanho de uma criança de 6 anos. – falou ainda olhando para mim. – A doce mortalidade com a mistura do que nos somos. Uma bela mestiça. Isso lhe caiu muito bem Elizabeth Cullen. Você cresceu rápido, ainda está envelhecendo?

Eu ia responder, mas Alice me cortou.

—Eles já param de envelhecer a um tempo Caius. – respondeu ela – Vocês ainda não responderam minha pergunta.

—Viemos em nome de Aro. – O cara mais alto disse, acho que era Félix o nome dele. - Ele nos pediu para que viéssemos ver como estavam a família Cullen. E seus novos membros. - disse me encarando.

—Agora que já viram, podem ir embora – falei ríspida. Aquele cara loiro ainda me encarava e isso estava me incomodando. Suas emoções em relação a mim, estavam me deixando um pouco desconcertada.

—Nos não vimos Renesmee ainda. – disse Caius me lançando um sorriso. Era normal humanos ficarem encantados por nossa beleza, mas eu não estava acostumada com outros vampiros me cortejando. Era claro as emoções embaraçosas e olhares desse Caius para mim. – Não gosto de fazer o serviço incompleto.

—Renesmee é minha irmã gêmea, ou seja, ela é igual a mim, não tem o que ver nela. – Eita mentira deslavada. Mesmo Renesmee sendo minha irmã gêmea, nos não nos parecemos em nada.

Foi então que tudo piorou.

—O que fazem aqui? – minha mãe surgiu vindo até nós, com Renesmee atrás dela.

—Ah, Bella. – Caius em fim tirou seus olhos vermelhos de mim. – E creio eu, que você seja Renesmee. – falou a analisando. Bella olhava pra mim com um olhar de “o que esta acontecendo” e eu só dei de ombros como se dissesse ” Também não sei” – Vejo que estava errada sobre vocês se parecerem Elizabeth Cullen. – disse trocando olhares de mim para Ness. – Fascinante como podem ser gêmeas e tão diferentes.

— É Liza – falei o corrigindo.

—Liza. – Repetiu com um sorriso sombrio e um jeito malicioso, como se tivesse gostado do som do meu nome.

—Pronto. Já viram, podem da o fora daqui. – disse cruzando os braços e quebrando aquele clima estranho.

—Nós não temos pressa. – falou Felix.

—Mas eu tenho. – respondi.

—Elizabeth. – Bella me repreendeu com o olhar duro quase voando no meu pescoço.

—Tudo bem Bella. – Caius disse voltando a me olhar - Vejo que Liza tem uma personalidade fascinante. – disse se aproximando de mim devagar – Devo admitir, estão muito, muito bonitas. A doce mortalidade com a força brutal do que nos somos, lhes caiu perfeitamente bem.

Enquanto ele falava, se aproximava mais. Sua mão estava a centímetros do meu rosto, antes que pudesse me tocar o impedi.

—Não ouse tocar em mim. – falei e ele parou no lugar como uma estátua. E me olhou surpreso. – Eu me lembro do que vocês fizeram a minha família, então chega dessa ceninha. Desculpa, mas vou me retirar.

—Onde pensa que vai? - foi minha mãe que perguntou.

— Diferente de vocês eu sinto sono.

—Como é? – Félix exclamou surpreso. – Primeiro que para falar diretamente com os Volturi, você precisa de permissão.

 Eu o olhei de cima a baixo e ele parecia um armário, mas não me intimidei com aquilo.

—Para falar comigo também. E eu não ouvi ninguém pedir com jeitinho. Não vou me esquecer disso – falei apontando o dedo pra ele – Agora se me dão licença, vou pra casa descansar.

—Como ousa fazer pouco caso da presença dos Volturi? – Caius indignado perguntou. – Viemos da Itália pra ver vocês.

—Não estou fazendo pouco caso, eu só não me importo mesmo. Ninguém os convidou aqui para começo de conversa. Então não me sinto na obrigação de ficar onde não me convém. – falei indo para a saída do prédio – Não demora mãe, eu estou com fome também. Não só de sangue sobrevive uma mortal. E adeus para vocês, e vê se da próxima vez em que forem fazer uma visita a alguém, avisem. É deselegante aparecer sem ser convidado. – disse mandando beijinhos e todos me olharam incrédulo, principalmente Caius, e tia Alice se esforçava para não rir.

 Eu tenho cara de palhaço? Só pode para esse lunático olhar tanto para mim.

Eu estava enojada na verdade, eu senti exatamente o que ele estava sentindo quando me viu, e fiquei com nojo. Credo, ele me desejou, foi a pior sensação que eu já tive.

Queria chegar em casa e tomar um banho de tão enojada que eu estava.

Sai do prédio e fui direto para aquela loja do shopping, comprei o vestido e fui para casa.

Ao chegar lá, minha mãe e o resto da família já estavam reunidos. Bufei sabendo que teria que atura-los agora, sendo que o que eu mais queria era cair na minha cama e entrar em coma profundo.

—Chegou à garota que desprezou os Volturi – falou tio Emmett rindo.

—Esta louca? – meu pai se materializou na minha frente com um olhar que mataria se você encarasse demais. – Nunca mais faça isso. Eles poderiam ter matado você.

—Iriam me fazer um favor. – falei indo para cozinha e abrindo a geladeira.

Edward revirou os olhos revoltado com minha tranquilidade.

—Você é doida, sério. Os Volturi vieram da Itália pra ver você e Renesmee. E você saiu dizendo que... Estava com sono? – falou tio jazz.

Pera ai, tio jazz? Onde ele esteve todo esse tempo. Cruz credo a pessoa é tão quieta que nem noto a presença dele.

Fechei a geladeira e o encarei dando de ombros.

—Ué, mas eu estava com sono mesmo. – falei.

Peguei um sanduíche na geladeira e subi para o meu quarto ignorando os demais falatórios.

Eu escutei toda a conversa, escutei meu pai falar a minha mão que não gostou nada dos olhares de Caius para mim. E sobre a nova preocupação deles sobre o Caius querer vir atrás de mim. Ou Aro querer intervir de alguma maneira.

 Enfim eu não ligo. Não quero pensar nisso.

[...]

 Pov. Renesmee

Às vezes eu queria ter essa coragem que a Liza tem. Mas acho que isso não é possível, no útero da nossa mãe, a coragem e falta de noção foi toda para ela, enquanto eu fiquei com a covardia e a cautela.

 Depois da confusão com os Volturi fui me encontrar com Jake na floresta, estava meio apreensiva não sabia o que ia acontecer. Não falava com ele desde o dia do beijo.

Esperei-o encostada a uma árvore durante alguns minutos e ele logo apareceu. Mais lindo que nunca.

—Desculpe o atraso – disse se aproximando – Demorei muito?

—Um pouco. – disse fazendo careta e ele riu.

 Se encostou do meu lado na árvore e me encarou.

—Soube dos Volturi. Você está bem? – disse preocupado - O que eles queriam aqui?

—Queriam ver eu e a Liza.

—Só isso? E eles já foram embora?

—Sim. Mas, algo me diz que eles vão voltar. – falei apreensiva, apertando os dedos nervosa.

—Não se preocupe Ness. – falou vindo mais para perto de mim. Sua mão tocou meu rosto suavemente – Não vou deixar que eles façam nada com você.

—Eu sei, me sinto segura com você. – admiti e ele sorriu.

 Eu puxei Jake pela camisa para mais perto, fazendo com que que ele me beijasse. Nossos lábios se tocaram de leve, e logo em seguida ele me prensou contra a árvore, aprofundando nosso beijo.

 Oh, como eu senti falta daqueles lábios quentes.

Suas mãos logo escorregaram para minha cintura me puxando para mais perto e esquentando o beijo, na hora que estava ficando bom eu ouvi:

—RENESMEE CARLIE CULLEN! – soltei Jake na mesma hora com o susto que levei.

 Virei-me apreensiva e vi Edward me encarar com sua cara mais mortífera possível. 

Me ferrei!

[...]

Pov. Aro

Felix e Caius haviam acabado de chegar de viagem. Tinham voltado de Forks.

Meu irmão, Caius, estava mais absorto que o normal. Até Felix parecia meio fora de ordem.

Isso me deixou intrigado. O que encontraram lá que o deixaram assim?

—Ninguém vai me contar como foi? – perguntei enquanto olhava para os dois.

— Foi tudo muito breve. Não vimos todos os Cullens, mais foi o suficiente – respondeu Félix.

Mas não disse nada que pudesse explicar o estado deles. E principalmente de meu irmão.

—E como estão às garotas? - perguntei curioso por detalhes.

—Grandes e... Muito encantadoras devo confessar. – Félix continuou.

 Encarei Caius que estava sentado em sua poltrona, imerso em sua mente barulhenta.

—Por que está tão calado irmão? – perguntei apreensivo e lhe estendendo a mão para que me deixasse entender, vendo os seus pensamentos.

 Enquanto via os pensamentos de Caius pude entender o seu estado catatônico. Ele estava encantado pela filha de Edward e Bella.

Elizabeth.

Confesso-lhe que pelo que vi de seus pensamentos, eu também fiquei. Ela era simplesmente linda, como nunca vi antes em nossa espécie. Realmente a mortalidade misturada com o poder do que somos, fazia dela uma híbrida desejável a qualquer um.

Só que diferentemente de Caius, não era isso que me encantou na garota, e sim o que ela tinha. O que ela era. Uma sensitiva.

 Deuses, uma sensitiva. Eu nunca tive uma sensitiva em meu clã antes.

—Eu a quero para mim. – sussurrou Caius, perdido em pensamentos, em suas lembranças de imagens da garota.

—Você não é o único irmão. – Admiti.

Ele me olhou pela primeira vez, possesso.

—Como é? – perguntou perplexo e seus olhos já me encararam com ódio.

Eu gargalhei de sua reação estúpida.

—Não se preocupe – disse a ele - Eu a quero apenas pelo seu Don, nunca tivemos uma sensitiva em nosso clã antes, sabia?

—Mas e Renesmee?- perguntou Felix.

—Bom, ela tem um Don parecido com o meu. Ela não me interessa, não me é de grande valor. Mas se quiser se juntar a nos, a receberei de bom grado.

—E como pretende trazê-la para o nosso clã? Elizabeth nunca viria pra cá. – perguntou Caius ansioso.

—Eu ainda não sei, quero que a vigiem. – disse pensando em um plano.

—Impossível. Ela saberá. – Disse risonho – Estamos lidando com uma sensitiva, não há nada que a gente faça que ela não vá saber. E não esqueça, ela também é uma Cullen. Isso dificulta tudo.

—Droga. Nunca lidei com alguém assim antes – Disse pensativo. Essa garota vai me dar trabalho. – Ótimo. Vamos colocar alguém, que ela não conheça para vigiá-la de perto, no momento propício a trazemos pra nós.

—Não vai ser uma boa ideia - Felix resmungou.

—Mas é a única que tenho.

 Caius sorriu satisfeito do meu lado, eu já imaginava o que se passava na cabeça dele.

 Os Cullen têm algo que eu quero, e bom, vou lutar por isso nem que eu tenha que acabar com todos eles.

Um por um.

 


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Notas finais do capítulo

Mandem comentários! Beijos até o próximo capitulo.

Bjs da Thatty

(E)



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