A Irmã De Renesmee escrita por Thatty


Capítulo 15
Vamos protegê-la até o fim!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379038/chapter/15

Acordei com meu celular tocando em algum canto do quarto. Merda, minha cabeça doía tanto a ponto de explodir, e ah esse barulho ensurdecedor que não sei de onde vem...

Cai no chão feito uma fruta podre. Fui achar o celular debaixo da cama, na hora que atendi ele desligou.

Era tia Alice.

—Acho que a bebida ainda está fazendo efeito. - Ness disse entrando no quarto e me vendo de baixo da cama.

Sai dali rapidamente com o celular na mão. Sentei na cama enquanto ela me entregava um copo de café.

—Ta falando do que? - Perguntei.

—Não lembra de nada?- Perguntou rindo. Eu neguei com a cabeça. - Depois deu encontrar você e o Roller na floresta você bebeu demais ontem, demais mesmo. Ele teve que te carregar até o quarto.

—Ele o que? - falei deixando meu queixo cair. - Ele me trouxe até aqui?

—Sim, você estava muito bêbada e começou a dar trabalho. Jacob bebeu demais também, eu não estava dando conta de vocês dois, então ele se ofereceu para ajudar e eu aceitei.

—Meu Deus Renesme.

Não acreditava que isso tinha realmente acontecido. Parece que eu estava com aquela amnésia alcoólica, porque não lembro de nada.

—Que horas são?

—Umas 10 horas.

—Temos aula hoje?

—Foram canceladas, metade da faculdade está de ressaca na enfermaria.

—Maravilha. - disse dando um salto da cama e cambaleando até o banheiro.

Tomei um banho para tentar restaurar minha dignidade. Assim que sai coloquei uma roupa e dei um jeito na minha cara, que por sinal estava péssima.

Queria encontrar Nicolas, agradecer e me desculpar por ontem, eu fui rude com ele e mesmo assim ele ajudou Ness a cuidar de mim.

Estava disposta a invadir a propriedade dele outra vez, mas assim que cheguei no campus eu o vi sentado em um banco com Lucy.

Logo que eu entrei em seu campo de visão, ele me encarou de cima a baixo e meu coração perdeu o controle de novo.

Isso estava ficando vergonhoso...

Eu o chamei com o dedo, e ele surpreso veio ao meu encontro. Eu precisava dar um jeito do meu coração se controlar enquanto ele estivesse por perto.

—Cullen - se aproximou curioso, com o fato de eu o ter chamado - Tudo bem?

—Não faço a mínima idéia do que eu fiz ontem - Já fui dizendo sem responder sua pergunta. - Mas queria agradecer, não precisava ter se incomodado e ajudado Renesmee comigo.

—Ta tranquilo - deu de ombros.

Agora meu orgulho ia doer mais ainda, porque eu sabia que precisava me desculpar e fazer esse tipo de coisa vai contra todos os meus instintos.

—E me desculpe por ontem, na mata... - sussurrei sem graça. De repente ele ficou sem reação. - Tenho agido estranho desde que nos conhecemos, mesmo assim você foi gentil ajudando minha irmã ontem. Eu geralmente não sou essa pessoa, não vou mais interrogar você.

Seus olhos azuis brilharam, quando ele sorriu ao ouvir minhas palavras.

—Você é uma pessoa difícil Elizabeth.

—Liza - o corrigi - Gosto que me chamem de Liza.

—Eu sei.

—Como você sabe...

—Sua promessa sobre não me interrogar não durou nem 2 minutos - Jogou na minha cara com um sorriso torto.

—Desculpe. A promessa está valendo agora, juro.

Ele me olhou balançando a cabeça, parecendo rir de alguma piada interna.

—Como você está? - perguntou mudando de assunto.

—Bem obrigada. - quase saiu um "melhor agora com você"

Ele estava perguntando porque se importava comigo? Ou só por perguntar? Por que eu não consigo saber se ele esta mentindo ou não?

Quando ele está perto é tudo muito estranho, nunca sei quando ele chega, ou o que está sentindo.

Será que ele tem algum tipo de escudo também? Ok, estou encarando ele enquanto penso sobre isso.

—Estava pensando de irmos fazer compras. - Lucy apareceu de repente me tirando dos meus devaneios. - O que acha?

—Compras? Comigo? - Ela consentiu animada - Não é uma boa ideia, odeio fazer compras.

Lucy me olhou pasma como se eu tivesse dito: Sou filha da Madonna!

—Que tipo de mulher é você? - Ela quase gritou.

—O tipo contrário de você. Não vou ser uma boa companhia, vou ficar mal humorada o tempo todo. Chame a Renesmee, com certeza ela irá sem pensar duas vezes. Ela gosta dessas merdas. - Ela continuava me olhando como se eu fosse um E.T e Nicolas riu.

—Vou chama-lá então.

Lucy saiu dando uma piscadinha para seu irmão, depois me lançou um olhar de: Você é completamente estranha.

—Lucy raramente se surpreende com alguém. Ela vai tentar fazê-la mudar de ideia. - Nicolas a observava com carinho enquanto ela se distanciava.

Eu suspirei.

—Tenha pena dela então, porque não vai rolar - ele riu novamente - Ela me lembra minha tia... - falei me lembrando de Alice.

Nicolas me encarou de repente, mudando sua expressão.

—Cadê o colar que usava ontem? - Perguntou me fazendo olhar meu pescoço.

Toquei o mesmo sentindo o vazio e o pânico no mesmo segundo, mas me controlei na frente dele.

—Devo ter tirado quando estava bêbada...

—É melhor colocá-lo de novo. Ele fica lindo em você.

—Obrigada, vou procura-lo - Acho que fiquei vermelha de todos os tons possíveis.

É nessas horas que odeio ser meia humana.

No segundo seguinte meu celular começou a tocar. Era Alice novamente.

—Se não se importa, preciso atender - disse olhando o visor do celular.

—Sem problemas. Nos vemos depois, Liza. - disse enfatizando meu apelido. Piscou para mim e se foi.

Eu tive que respirar fundo depois de ouvi-lo me chamar pelo meu apelido e piscar daquele jeito pra mim para ter forças pra atender o telefone.

—Fala.

—Até que enfim. -Alice gritou do outro lado da linha. - Tem celular pra que? Estou ligando a horas e parece que você morreu, perdeu a noção? - Respirou fundo e continuou. - Então, me conta como estão as coisas, titia esta morrendo de saudades...

—Você deve sofrer de algum tipo de distúrbio de bipolaridade - Falei revirando os olhos.

Uma hora briga comigo e na outra fala que está com saudades. Não da para entender Alice Cullen.

—Eu sei que senti minha falta. Como são as lojas de Hanover?

—Pergunte a Renesmee, ela é quem deve saber essas coisas.

—A noite ontem foi animada não? Porque não contou sobre os novos amiguinhos? - Soltou um riso e pude sentir sua malícia de longe.

—O que sabe sobre ontem à noite?

—O suficiente para dizer que achei Nicolas um gato.

—Alice é sério, preciso saber o que houve.

Ela parou de rir e de repente ficou seria, em silêncio por alguns segundos.

—Sei algo sobre seu colar... E que precisa encontra-lo rapidamente, o quanto antes.

—Sabe onde ele está?

—Não, mas na minha visão, depois que Nicolas te levou para o quarto você estava meio sonolenta e...

—E o que?

—Um homem - ela arfou - Entrou no seu quarto e fez você tirar o colar e o levou.

—Como assim, eu entreguei o colar a ele?

—Entregou. Você estava bêbada Elizabeth!

—Não acredito que fiz isso - disse chutando o mato - Como ele era Alice?

—Era alto, moreno, tinha olhos claros, e uma tatuagem no braço esquerdo. Uma serpente.

—Só isso?

—Só, mas você deve ficar atenta, pois ele não esta sozinho, tem uma mulher por trás disso.

—Que mulher?

—Eu não consigo ver. - Soltou um murmúrio frustrada.

—O que eles querem com meu colar?

—Linda não faço a mínima idéia, mas quando encontra-lo, coloque-o em seu pescoço, é o lugar mais seguro para ele e pra você. Agora tenho que desligar, seu pai está chegando.

—Ele e minha mãe não sabem de nada, né?

—Por enquanto não, sua mãe colocou o escudo em mim.

—Tudo bem, não conte nada a eles e qualquer novidade me avise.

—Pode deixar - Alice desligou o celular.

Por que eu atraio esse tipo de coisa? Eu não poderia ser esse tipo de semi-humana normal? Se é que ser uma semi-humana é normal.

Voltei para o quarto ainda indignada com o que estava acontecendo.

Mesmo antes de abrir a porta, um cheiro estava vindo do corredor em direção ao meu quarto, quando entrei nele sabia que tinha algo errado.

Fechei a porta atrás de mim e o cheiro seguia até a minha cama. Na minha cabeceira havia um porta retrato onde devia ter uma foto minha, e ela não estava mais lá.

O cheiro ainda estava forte, então era provável da pessoa ainda estar por perto.

Notei que minha janela estava aberta e quando fui até ela não tinha como identificar o dono daquele cheiro. Já havia muitas pessoas circulando no campus.

—Era só o que faltava. - murmurei pra mim mesma com raiva.

Será que a visão da Alice estava certa, e esse cara ou a mulher estavam por aqui?

Por que ele queria uma foto minha? E pra quem iria mostra-la?

[...]

Pov. Desconhecido

Nicolas vai ficar uma fera quando descobrir o que o espera. Ele e a garotinha não perdem por esperar.

O lindo colar agora estava comigo, e a foto também. Não tem como dar errado.

Estava ansioso quando cheguei ao apartamento para encontra-la. Ela estava impaciente a minha espera, abriu um enorme sorriso quando me viu chegar.

—Conseguiu? - Perguntou colocando sua taça de vinho na mesa e correndo ao meu encontro.

—Aqui está ela. - entreguei a foto em suas mãos.

Ela analisou cada minimo detalhe da foto, com os olhos ardendo em raiva. Um sorriso sombrio se abriu em seu rosto.

—Elizabeth Cullen. - Disse com desgosto alisando a foto com a ponta dos dedos. - A humanazinha que meu irmão teve um Elo. Agora que já tenho o que é meu por direito, a única coisa que me falta para ele ser definitivamente meu, é ela morrer. - disse olhando para o colar que estava no pescoço da garota, na foto em suas mãos.

—Vai mesmo matá-la?

—Mataria se pudesse. Mas não posso por os pés em Dartmouth, ou tocar na pirralha sem Nicolas saber. Sabe que ele me mata. Você fará isso para mim amor, não vai? - Ela tocou meu rosto com um sorriso que eu adorava. - Agora me entregue o colar.

—Não. Ainda não - Ela me encarou sem acreditar e se afastou. - Não sei se você vai cumprir com a sua palavra. Eu mato a garota e só depois... Entrego o colar a você.

—Você está brincando comigo?

Gritou no meio da sala e a taça de vinho caiu no chão. Ele amava fazer um drama.

—Ou é do meu jeito ou é de jeito nenhum. O que você prefere, resolver diretamente com seu irmão ou deixar comigo? - Ela bufou alto.

—Eu a quero morta hoje ainda.

—Será mais rápido do que pensa. Não é difícil matar uma humana.

[...]

Pov. Liza

— Você está bem Liza? - Perguntou Jake.

Eu estava no meio do campus andando de um lado para o outro, inquieta com os pensamentos totalmente descordenados.

—Uhum.

—Não parece. - Me avaliou comendo um salgadinho - Qual o problema?

—Alguém roubou meu colar enquanto eu estava bêbada ontem a noite, e hoje levaram uma foto minha.

—Será um tarado? - Perguntou rindo.

—É sério Jacob Black. - Disse jogando o salgadinho dele no chão. - Alice me ligou, disse para ficar atenta. Tem alguma coisa acontecendo, invadiram o meu quarto e roubaram uma foto minha.

—Relaxa - disse entendendo que não era uma brincadeira. - Eu vim aqui exatamente para isso, pra proteger você e Ness. A gente resolve qualquer b.o que aparecer.

—Mas não protege a si mesmo. - Ele me olhou confuso. - Ela está chegando ai, cheia de sacolas de roupas. É melhor cair fora antes que ela queira te contar as aventuras nos shoppings de Hanover.

—É por isso que eu amo você e o seu don - Disse me dando um beijo estalado na bochecha, depois saiu correndo.

Minutos depois Renesmee e Lucy apareceram tão cheias de sacolas que nem me viram. Aproveitei que não fui notada e decidi comer alguma coisa.

A ressaca estava me dando dores de cabeça, comer alguma coisa iria ajudar.

Estava no caminho para o refeitório, o mesmo cheiro que estava em meu quarto surgiu novamente. Esse cheiro ficou preso na minha mente e eu já sabia da onde estava vindo.

Comecei a seguir o odor e fui parar no corredor das salas de aula, ele estava completamente vazio por não termos aula hoje. O cheiro me guiou até a última sala daquele corredor.

Abri a porta sem exitar sobre o que eu poderia encontrar. Dei de cara com um homem olhando pela janela distraído. Quando ouviu a porta, ele se virou com os olhos arregalados.

Ele ficou surpreso, então correu até mim me puxando para dentro da sala e a trancou.

É, era ele, percebi pela tatuagem no braço.

—Quem é você, e o que quer comigo?

—Por que acha que quero alguma coisa com você? - Perguntou rindo. Foi até uma mesa onde havia uma bolsa.

De lá tirou um facão com os olhos presos em mim. Ele parecia preocupado e com pressa, toda hora olhando pelas janelas e observando o relógio.

—Por que você esteve no meu quarto. - respondi a pergunta.

—Como sabe? - perguntou alisando o facão.

—O que pensa que vai fazer com isso? - Perguntei apontando para a arma em sua mão.

—Matar você - falou como fosse óbvio.

Eu ri e ele parou no lugar me encarando surpreso.

—Acho que não vai rolar. E a propósito, quero meu colar de volta.

—Ele não é seu. - respondeu com raiva - Vamos acabar logo com isso?

Ele correu na minha direção e me prensou na parede, segurando o facão contra meu pescoço.

Antes que meus instintos pudessem agir, eu não tive nem tempo. A porta da sala voou contra a parede de concreto. Nicolas já estava entre nos no segundo seguinte.

O grandalhão me largou e encarou Nicolas mais branco que um fantasma.

Os olhos de Nicolas queimavam de raiva ao olhar aquele homem.

Ele avançou até o cara que saiu correndo da sala sem se defender. Nicolas correu atrás dele, e eu? Eu os segui óbvio. Aquele cara queria me matar.

O grandalhão correu para a floresta tentando fugir, porém Nicolas o alcançou.

Eles começaram a brigar e quando o grandão começou a apanhar feio, vendo que ia perder. Ou acabaria morrendo ou muito machucado, ele começou a implorar pela vida.

—Por favor, Nicolas, por favor. - Pediu se encolhendo no chão.

—Foi ela? Lauren mandou você aqui?

—Ela só quer o que é dela por direito.

—Direito? Ela quer matar para ter o que nunca foi e nunca será dela. - Nicolas falava com uma raiva assustadora.

—Você a conhece melhor do que ninguém. Ela sempre consegue o que quer.

—Ah dessa vez não. Devolve, ou juro que acabo com você aqui e agora. - O cara jogou o colar no chão sem pensar duas vezes - Suma da minha frente e não apareça mais aqui. Avise a ela que se ela ou qualquer um que ela trouxer a Dartmouth se atrever a fazer o que você fez hoje, eu vou matar sem pensar duas vezes.

O cara saiu correndo deixando apenas nos dois na floresta. Minha cara deveria ter um enorme ponto de interrogação nela.

Mas o que foi que acabou de acontecer?

—O que foi isso? - Perguntei me aproximando. - O que esta acontecendo?

—Não aconteceu nada - Falou pegando o colar do chão. E caminhou até mim com pressa - Posso? - pediu fazendo menção em coloca-lo no meu pescoço. Eu consenti.

Puxei meus cabelos para o lado, e ele o colocou em meu pescoço.

Quando sua mão quente tocou minha pele, eu senti uma onda de arrepios que nunca senti na vida. Me virei para encara-lo, e vi que sua respiração ainda estava desregulada.

—Vai ter que me desculpar por quebrar minha promessa de não te interrogar, mas não da. O que aconteceu aqui? - Perguntei me afastando um pouco.

—Nada.

—Você o conhecia. Sabia que ele estava com o meu colar. Também disse algo como "ela". Quem é ela?

—Está fazendo muitas perguntas de novo. - Disse nervoso.

—E não estou recebendo nenhuma resposta novamente.

—É complicado. Não precisa se preocupar com isso.

—Acho que preciso quando estou no meio disso. Ou quando ele tentou me matar minutos atrás.

—Você não esta no meio de nada e acredite, ele não vai tentar de novo. Por favor estou te pedindo, esqueça isso.

—E se ele voltar? Ele roubou uma foto minha no meu quarto.

Ele engoliu em seco quando ouviu isso, mas respondeu calmo.

—Ele não vai voltar. E se vier eu não vou deixar nada acontecer. Confie em mim.

—Isso nem faz sentido - disse confusa. - Nem é obrigação sua... Até, porque não nos conhecemos, certo? Porque quer cuidar de mim?

Ele ficou me encarando por segundos, me olhando fixamente nos olhos.

Mesmo me sentindo envergonhada, eu sustentei seu olhar esperando a sua resposta. Ou esperando por qualquer coisa.

—Por que eu preciso proteger você. Estou aqui para isso, mesmo sabendo, que nem sempre você precisa.

Continuei olhando para ele, só que agora surpresa e mais confusa do que antes.

Eu estava começando a ficar frustrada e ele percebeu isso. Mas que inferno...

—Por que não sei se você está falando a verdade? Ou quando você aparece? Por quê? - O encarei com vontade de bater nele. - Você está me deixando louca.

—Estou? - Perguntou fazendo careta.

—Está. E todo esse mistério que você esta fazendo comigo, meus dons não funcionando em você. Você é algum tipo de escudo ou o que? Me diz, o que você é?

Ele sorriu caminhando até mim. Meu coração disparou no mesmo momento.

—Não, não sou um escudo. - disse se aproximando mais. - Não quero esconder as coisas de você.

—Isso é bom, porque eu não gosto de mentiras.

—Esconder não é mentir. - A essa altura eu estava encostada em uma árvore. Ele estava perto o suficiente para me causar um infarto ou ataque cardíaco.

—Para mim é como se fosse. - Aquela aproximação estava me deixando nervosa.

—Você é tão difícil...

—Escuto muito isso.

—Liza esquece o que aconteceu. Estou pedindo, por favor. - Falou ficando cara a cara comigo. A quase um centímetro de aproximação. Tão perto que eu sentia sua respiração no meu rosto. - Vai ficar tudo bem, não se preocupe.

Por mais abalada que eu estivesse pela situação, pelas palavras dele e por nossa aproximação, isso não mudava a raiva que eu estava agora.

—Eu quero respostas. Se não puder me dar respostas eu não quero nada vindo de você.

Seu olhar ficou vazio na mesma hora, mas eu estava irritada, meus instintos me diziam que eu corria perigo. E ele continuava mentindo para mim.

Eu só queria ficar sozinha. Então fui embora.

[...]

Pov. Nicolas

Eu estava um misto de confusão e ódio.

Ver Elizabeth ir embora assim me quebrou. Eu entendia o lado dela, eu não estava sendo justo.

Mas também não podia explicar a ela o meu lado. Não podia dizer a verdade.

—Esta tudo bem? - Lucinda apareceu na floresta minutos depois - Esbarrei com a Liza no caminho e... Aconteceu alguma coisa? - ela me encarou preocupada - Que cara é essa?

Eu respirei fundo e cerrei o punho.

—Preciso falar com Daniel. Com todos vocês, agora.

—Ele está em casa, mas...

Não esperei ela terminar e voei para a nossa casa. Eu estava transtornado e perdido, só queria conversar com meu pai.

Quando rompi a porta de casa, ele e minha mãe estavam na cozinha e vieram correndo com o barulho.

—Meu filho, o que houve? - Daniel perguntou. Lucy chegou logo em seguida.

—Ele também não me disse, só disse que quer conversar. - Passou pela porta dando de ombros.

Minha mãe saiu da cozinha e Tyler desceu as escadas se juntando a nos.

—O que ta rolando? - Perguntou ele.

Eu olhei para os 4 e reprimi a vontade absurda que eu estava de gritar.

Respirei fundo antes de falar.

—Lauren voltou - O olhar da minha família gelou e ouvi alguém soltar um suspiro. - E ela já sabe sobre a Liza. E sobre o colar. Ela tentou rouba-lo e mandou o cachorrinho dela aqui hoje para tentar matar minha Elizabeth. Ela tentou mata-la hoje!

—Nicolas se acalma! - Meu pai pós as mãos em meu ombro, mas eu me soltei com raiva.

—Ela fez o cachorrinho dela entrar no quarto da Elizabeth, roubar uma foto dela. Ele roubou uma foto e o colar.

—Roubou o colar? Oh não - Minha mãe disse sentando no sofá.

—Eu já o recuperei hoje, quando ele tentou mata-la na faculdade.

—Meu Deus - meu pai murmurou.

—Ela já sabe que Elizabeth não é totalmente humana? - Lucinda perguntou.

—Não sei, mas acredito que ainda não.

—Isso não é bom - Ela disse com as mãos na cabeça. - Agora que você espantou o faz tudo dela, ela mesma vai querer vir aqui e vai ver que Liza não é uma humana qualquer.

—Ótimo, se ela vier eu a mato - disse dando de ombros.

—Nicolas para - Meu pai me repreendeu - Ela é sua irmã.

—Ela tentou matar Elizabeth! - Disse num grito revoltado. Parecia que ninguém estava me ouvindo. - E ela não é mais minha irmã. Não depois do que fez, ela já tirou outra vida que eu amava. Não vou deixar ela por as mãos na Liza. Eu não vou permitir isso, sabem que eu não posso.

—Ok calma. - Minha mãe se levantou vindo até mim. - Vamos protege-la filho. Até o fim, não se preocupe nada vai acontecer, nenhum de nós vai permitir que Lauren se aproxime da menina Cullen.

—Pode contar comigo - Tyler disse cerrando os punhos.

—Com todos nós filho, vamos ficar atentos. - Meu pai pós a mão novamente eu meu ombro e eu não me afastei dessa vez. - Ela é nossa responsabilidade também, fique calmo, por favor. Não vai acontecer nada com ela, mas você precisa estar por perto, e não esqueça, quanto menos disser melhor será para a segurança dela.

Eu não me conformava que meu pesadelo estava se tornando realidade.

Era exatamente o que eu não queria que acontecesse, o que evitei por tantos anos agora estava aqui, acontecendo na minha cara.

Eu queria surtar, ir atrás da Lauren e acabar logo com isso, mas só pioraria. Sabia que podia contar com minha família para isso, eles sabem o quão importante ela é para mim. Pra eu viver, ela tem que viver, não existe Nicolas sem Elizabeth.

Eles estão tão preocupados quanto eu, a consideram como membro da família, sendo que ela nem os conhece.

Isso é uma tremenda loucura.

Mas eu preciso resolver as coisas com ela, não posso deixar que ela se afaste de mim assim, logo agora quando mais preciso dela por perto. Preciso concertar isso.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(E)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Irmã De Renesmee" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.