Spilled Blood escrita por Bella Croswell Mikaelson


Capítulo 13
Capítulo 12- Fights


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, estou de volta!
Estava desanimada com essa fic, mas ultimamente tenho recebido alguns comentários e resolvi voltar com ela... Então , recomendem e comentem , pois mesmo não respondendo, eu leio tudo e fico imensamente feliz com isso ;)



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PV BELLA 

Eu estava na viatura com Charlie a caminho da casa de Jacob, esperando impacientemente que meu velho amigo estivesse totalmente recuperado e pronto para me ver. Estava checando meu e-mails pelo celular esperando ver algum de Jacob quando meu pai iniciou uma conversa 

—Jacob mandou algum sinal de vida?

 

—Não desde a última vez que chequei meus e-mails – respondi mecanicamente, sem retirar os olhos do aparelho a minha frente

 

—Estranho isso - comentou

 

—Ahaamm

 

—Espero que saiba o que está fazendo – ele disse sem tirar os olhos da estrada

 

—Fazendo o que? Estou indo visitar um amigo que estava doente - disse desviando o olhar do celular pela primeira vez

 

—Depois de Billy ser super grosso com você – meu pai continuou ríspido

 

—Se tem alguma coisa os incomodando, eu quero saber o que foi – disse sincera e ouvi meu celular apitando. Bateria fraca. Arrrggg

 

—Então, eu te desejo sorte porque já chegamos – ele parou carro e eu encarei a casa a minha frente e reuni forças para sair da viatura, enquanto um Charlie observador não parava de me olhar

 

—Não vai entrar? – hesitei

 

—Não, vou só dar uma passada rápida na delegacia para ver como estão as coisas por lá e já volto. Quando terminar me ligue 

—Tudo bem, a bateria do meu celular está quase acabando, mas peço para Jake o telefone emprestado – expliquei

 

—Certo. Tchau, Bells

 

—Tchau

 

Subi os degraus que davam para porta da casa e suspirei antes de bater, esperei sentindo meu coração bater mais rápido e isso só aumentou quando ouvi o ranger da cadeira de rodas de Billy

 

—Oi, o Jacob está? – disparei assim que ele abriu a porta

 

—Não, ele não está agora. Volte mais tarde – e sem nem me dar a chance de responder, Billy foi se retirando da frente da porta para fechar a mesma e sem nem ao menos pensar coloquei meu pé direito na frente impedindo de fechá-la.

 

—Eu fiz algo errado? – perguntei séria e vi o mais velho subir seu olhar dos meus pés até meu rosto me fazendo gelar

 

—Não sei, me diga você. Ou talvez irá fingir que gosta de mim para conseguir algumas informações? – ele disse e fiquei de boca aberta sem entender do que ele falava e resolvi me pronunciar

 

—Do que está falando? – ele abriu a porta e me encarou como se observasse a minha alma e decidiu falar

 

—Estou falando do que você fez com o meu filho. Eu estava radiante em saber que a filha do meu melhor amigo finalmente havia rompido com o sugador de sangue – empalideci e mesmo assim ele não se importou e continuou – até o meu filho me dizer que você fingiu que gostava dele para saber mais sobre nossas lendas 

Aquele dia na praia, poucos dias depois de ter chegado a Forks, eu havia flertado com Jacob para conseguir algumas informações sobre os Cullens... então era por isso que Billy estava com raiva o linguarudo do Jake contou sobre isso? Ah por favor, eu só fingi estar flertando com ele e com certeza nem fui tão convincente desse jeito, aliás já havia sido a tanto tempo. Porque remexer nessa história agora? Ao que parecia, Jacob era extremamente inocente no quesito mulheres.

 

—Olha, eu entendo que esteja furioso comigo, mas tente me ent...

 

—Não tenho que entender nada e sim você, você arriscou a sua vida e a do seu pai namorando com o vampiro – ele disse com nojo e senti vontade de socar a cara dele – Você tem mentido para Charlie esse tempo todo

 

—E você não? – vociferei

 

—É claro que não, eu sempre deixei bem claro para ele o que os Cullens era, mas infelizmente seu pai me acha supersticioso demais

 

—Que direito você tem de se meter na minha vida? – falei raivosa e vi que ele ficou sem palavras – Edward foi embora e nunca mais vai voltar. Assunto encerrado. Não precisa mais se preocupar... Os monstros malvados já foram embora – disse irônica

 

Antes dele responder saí correndo dali sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, algumas pessoas da aldeia me viam e me olhavam assustadas e eu só torcia para não tropeçar em meus próprios pés. Continuei a correr sem rumo até que percebi estar indo em direção a uma árvore na qual eu sempre brincava com Jacob quando criança e me recostei lá soluçando baixinho e vendo a chuva que começava a cair, foi quando vi meu velho amigo ao longe, mas ele estava diferente...

 

Ele já não era mais o rapaz cabeludo do qual eu me lembrava, ele havia cortado curto seus longos cabelos, os músculos estavam mais fortes, fazia frio e mesmo assim ele só usava um shorts e tênis. Observei e vi que tinham mais alguns rapazes do mesmo jeito que ele e uma moça , seu nome era Leah e seu pai havia morrido de infarto a pouco tempo. 

Eles davam risada de alguma coisa e nem me viram , enxuguei as lágrimas e fui em direção deles, quando um deles me viu, seu nome era Sam, senão estava enganada, falou baixo com os outros e deu um toque de leve em Jake e depois apontou para mim, ele e os outros saíram e me deixaram só com seu amigo.

 

—Jake, você não sabe quanto me deixou preocupada – disparei – você mudou

 

—Porque você está aqui? Agora que seu sanguessuga foi embora você precisa de outro passatempo?

 

Ele me encarou e eu Fiquei abismada com sua atitude, esse não era o meu melhor amigo nem de longe, sua rispidez para comigo haviam me deixado embasbacada e sem ter o que responder

 

—Porque está me tratando desse jeito? Você estava doente e eu vim te ver já que não atendia meus telefonemas – expliquei num fio de voz

 

—Eu não estava doente – ele disse ríspido

 

—Então o que está acontecendo? – disse tentando entender porquê estava todo mundo me tratando mal

 

—Pense um pouco sobre as lendas que eu te contei aquela vez na praia, além dos Cullens tinha uma em especial

 

Forcei minha memória a voltar naquele dia e a única coisa que vinha na minha cabeça era sobre eu ter tido a primeira pista de que Edward era um vampiro.

 

As lendas, mas eu só me lembrava de Jacob ter falado sobre os sugadores de sangue e do tratado que fizeram com os indígenas que se transformavam em lob... Lobos, Jacob havia falado vagamente sobre isso por acreditar que tudo não se passasse de superstição e no entanto será que ele havia se transformado no ser que a vida toda tinha desacreditado? O entendimento deveria ter passado pelo meu rosto pois logo depois de ficar sem falar por alguns instantes, Jacob disparou

 

—Não sou seu tipo favorito de monstro?! – ele perguntou soando mais como uma afirmação do que uma pergunta e saiu à passos apressados

 

Minhas pernas estavam bambas e não consegui fazer com que elas andassem para segui-lo e fiquei ali remoendo a conversa de instantes, não por muito tempo já que logo depois a mulher, Leah apareceu furiosa

 

—Será que dá para você deixar Jacob em paz? – ela gritava comigo e vi um rapaz de no máximo 15 anos tentando conte-la, eu me lembrava dele , seu nome era Seth e era irmão de Leah

 

—O que? – perguntei desacreditando que existia alguém naquele vilarejo disposto a me tratar bem

 

—É isso mesmo que você ouviu, quando estava com seu sugador de sangue nem ligava para ele – ela gritava

 

—Chega, Leah, vamos embora – ele puxava a camiseta dela

 

—Para Seth, ela precisa ouvir umas verdades

 

— Que verdades? – gritei

 

—A verdade que você se acha tão boa e no final ninguém te aguenta – senti meu sangue ferver – Sua mãe te trocou por um macho e deu graças a Deus por você vir morar nesse  fim de mundo e seu vampirinho não te aguentou e te deu um pé na bunda – gritou  e no momento seguinte mão foi de encontro ao seu rosto 

e só ouvi o som do tapa e vi ela colocando a mão em seu rosto e Seth de boca aberta e falar

 

—Isso vai dar merda – falou e gritou – SAMMY

 

Vi Sam correndo em nossa direção com uma velocidade incrível e me lembrei de um fato, eu não era de machucar os outros, mas já estava farta de me machucarem e era hora de me proteger sozinha.

 

—Pelo menos eu nunca fui largada no altar e trocada pela minha própria prima , que aliás é bem mais bonita e talentosa – vi Sam abaixar o rosto magoado, me lembrei de Charlie ter comentado sobre isso por telefone comigo quando eu ainda morava na Flórida e o quão estranho era Sam ter entrado na igreja e visto Emily, a prima de Leah que morava em outro estado e que havia vindo especialmente para ser madrinha do casamento e ter ficado parado igual idiota olhando-a e quando Leah chegou, ele anunciou que não queria mais se casar e simplesmente foi embora com Emily deixando muitos falatórios e uma Leah chorosa para trás.

 

Senti o tapa vindo em minha direção e o arder na minha face esquerda

 

—Eu falei – disse Seth – Vamos Leah

 

—Eu não vou sair daqui – ela disse me encarando e seu corpo começou a tremer de raiva

 

—Vai, é uma ordem – disse Sam autoritário, se encararam e ela obedeceu dando passos pesados e Sam a seguiu mais calmo e Seth soltou um suspiro aliviado

 

—Desculpa por isso Bella – e pela primeira vez alguém da aldeia foi simpático comigo e eu dei um sorriso forçado para ele – Não precisa fingir que não está doendo, Leah tem uma mão pesada e vive me batendo também

 

Coloquei a mão no meu rosto e concordei com Seth, ainda doía e muito, o mesmo me encarou mais uma vez e virou-se gritando

 

—Esperem por mim – e saiu correndo – Tchau, Bella

 

Acenei para ele sem capacidade de responder alguma coisa e decidi que já era hora de ir embora antes que eu arrumasse briga com mais alguém. Peguei o celular e vi que ele já não ligava mais devido a falta de bateria e me xinguei mentalmente por não ter o carregado antes de sair, suspirei resignada e sai caminhando, eram mais ou menos 1 hora e meia a pé de La Push até minha casa e eu poderia ir andando mesmo que isso quase me matasse.

 

Eu não sabia quanto tempo se passara desde que saía da aldeia, só sabia que a chuva que caia tal fortemente a algum tempo já começava a dar sinais de trégua.

Eu estava encharcada e tremendo de frio e me amaldiçoando por ter vindo com uma botinha com saltos e que nessa altura meus pés além estarem extremamente doloridos, deveriam estar cheios de calos. Abracei meu próprio corpo em procura de em vão me aquecer e continuei andando em passos contidos, quase chorando de dor nos pés e cansaço, eu só pedia aos céus que alguém me ajudasse, continuei choramingando querendo que minha velha picape nunca estivesse estragado e foi quando eu vi um carro preto em minha direção e reconheci que era Klaus quem dirigia e momentaneamente fiquei feliz, porém depois me lembrei que não estava falando com ele devido ao stress dele na noite passada.

 

—Ei, ei - ele gritou e continuei andando

 

—Bella, Bella, o que você esta fazendo nessa chuva? – ele correu até mim e decidi não fugir mais e parar de drama, meus pés estavam doendo e eu com frio demais  para rejeitar ajuda.

 

Olhei para ele me sentindo exausta e tive a sensação poderia cair a qualquer minuto, vi Klaus me olhar abismado

 

—O que fizeram com você, love? – ele perguntou raivoso e constatei que devia ter uma marca bem grande da palma direita de Leah estampada em meu rosto – Quem foi que fez isso?

 

—Eu provoquei – tratei de deixar claro

 

—Não importa. Quem foi? – ele disse colocando a mão em meu rosto

 

—Uma garota da aldeia, mas não importa – choraminguei

 

—Por hora, vamos embora e eu irei cuidar de você – ele falava tentando se acalmar e retirou sua blusa e colocou em mim – Vamos para o carro

 

—Não. Eu estou toda molhada – falei o óbvio enquanto constatava que a chuva parara e só havia uma leve garoa

 

—Isso é que menos importa, Sweet. Venha – suspirei e deixei ele colocar seus braços por minhas costas e cintura acompanhando-me a passos lentos

 

—Estou tão cansada – falei num fio de voz

 

—Está doendo? – ele disse olhando para os meus pés e acenei – Vamos para minha casa e você vai tomar um banho bem quente e poderá dormir um pouco

 

Ele abriu a porta do carro e me sentei deixando finalmente meus pés terem um pouco de descanso e me senti aliviada  quando ele ligou o ar  condicionado e pude desfrutar do calor que emanava e pensei que só Klaus para poder salvar o meu dia.

 

PV KLAUS 

Decidi que era hora de ir até La Push e procurar esses lobos, queria saber como viviam e como se transformavam a luz do dia. Se eu fizesse eles me obedeceram teria uma arma contra Michael que ele jamais iria esperar e no mundo sobrenatural eu continuaria a ser o mais invencível e imponente de todos os vampiros.

 

Olhei a estrada a minha frente, choveu bastante toda a manhã e finalmente agora o tempo começava a dar sinais de melhora, caindo apenas uma garoa fina, continuei a dirigir e fui diminuindo a velocidade quando de longe vi alguém a pé vindo de encontro comigo e estranhei alguém estar na chuva  num dia como hoje.

 

Fui chegando mais perto e percebi que era uma garota e sua silhueta era conhecida, freiei o carro bruscamente quando vi que era Bella e fui em sua direção. Ela tremia e andava com cuidado, cambaleante.

 

—Bella, Bella, o que você está fazendo nessa chuva? - perguntei e a princípio ela não me respondeu e continuou a andar, provavelmente ainda magoada pela minha atitude de ontem, porém ela hesitou e olhou para mim e levei um leve susto - O que fizeram com você, love?

 

Cheguei mais perto dela e pude perceber que em sua face havia a marca de uma palma espalmada em seu rosto, estava vermelho e provavelmente doía e desejei saber quem era que havia feito aquilo com ela e certamente eu mataria.

 

—Quem foi que fez isso? - perguntei com raiva e a vi se encolher

 

—Eu provoquei - ela disse e percebi o qual nobre era ela, mesmo apanhando colocava a culpa somente em si mesma

 

—Não importa.Quem foi? - insisti colocando minha mão em seu rosto e fazendo um carinho de leve

 

—Uma garota da aldeia, mas não importa - ela falava num fio de voz, quase chorando

 

—Por hora, vamos embora e irei cuidar de você - continuei e tirei minha blusa colocando nela para aquece-la - Vamos para o carro

 

—Não. Estou toda molhada - ela estacou e tive vontade de rir, como ela ainda podia se preocupar em molhar meu carro ? A vida dela era muito mais importante do que qualquer coisa material

 

—Isso é o que menos importa, Sweet - garanti - Venha

 

A abracei de lado e fui a guiando até o banco do passageiro e percebi que ela gemia de dor baixinho. Por quanto tempo ela devia ter andado a base de chuva?

 

—Estou tão cansada

 

—Está doendo? - perguntei olhando para seus pés e vendo que ela estava com um calçado com salto e ela simplesmente acenou positivamente e por instinto a apertei mais forte entre meus braços antes de deposita-la no banco - Vamos para casa e você vai tomar um banho bem quente e poderá dormir um pouco


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Notas finais do capítulo

Gente, dez comentários e posto o próximo capitulo que já esta prontinho ;)



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