Só visto blusas comuns, calças jeans e tênis com cores exageradas. Meu cabelo vive bagunçado, não tem jeito.

Nunca tive livros perfeitos, mas sei saborear cada palavra confusa das páginas amareladas de cada um.

Olho para as paredes, para o nada, em busca de algo que faça mais sentido que essa vida rodeada de coisas banais.

Até mesmo no comportamento dos outros eu consigo enxergar um defeito. Eu observo cada um e percebo detalhes que, para outros, são imperceptíveis.

Conviver ao meu lado é impossível.

Meus pensamentos são embaralhados, separados, unidos, alguns esquecidos... Dentro da minha cabeça mora a Dona Confusão.

E do coração prefiro nem falar! São tantas coisas, tantas pessoas maravilhosas e paixões platônicas...

E eu sou eu, sou comum. Sou comediante, cozinheira, professora, poeta, marginal e mais marginal, atriz, bipolar, psicótica, insana... Sou só mais uma, só mais “nenhuma”.

Vida patética e teorias poéticas.

Venho tendo muitas insônias e problemas. Venho armando certos esquemas.

E tudo é metáfora para mim, e tudo é confusão... Minha vida, meu coração, e essa poesia então... Dessa eu nem vou falar! Mas, com certeza, se você pensar como eu, entenderá.

Que seja. Tanto faz. Agora nada importa mais.

Viver é fácil, o difícil é fazer com que a vida faça sentido.

JULIANE B.