The Reason - Você é Meu Sentido escrita por Bruna Oliveira
Bella P.D.V
Acordei e encarei Edward que me olhava como se pedisse desculpas. Não entendi o porque daquele olhar, mas sorri em resposta.
-Bella, vai para o seu quarto. Carlisle está batendo na porta já faz uns cinco minutos. – falou sorrindo de volta. Levantei e caminhei para a porta do seu quarto que dava para o corredor, mas fui impedida por Edward que me segurava e tentava segurar uma gargalhada.
- O que foi? – perguntei curiosa.
- Eu acho que seu pai não aprovaria muito se você saísse do meu quarto com essa cara de sono e vestindo esses trajes. – falou sorrindo e apontando para meu short curto.
- Que besteira, ele não pensaria nada de mais e... – fui interrompida pelas batidas que estavam sendo desferidas na porta do quarto de Edward.
- Edward. – chamou uma voz feminina.
- Se seu pai não fizer nada com certeza minha mãe vai fazer. – falou segurando a respiração e me empurrando para a porta que dava acesso a varanda. – Bagunce a sua cama para parecer que dormiu lá e atende a porta como se tivesse acabado de acordar.
- Eu acabei de acordar. – falei o encarando curiosa devido ao pânico que ele estava.
- É mesmo! – falou sorrindo e ignorando meu olhar, fechou a porta na minha cara. Será que a mãe dele surtaria se me visse no quarto dele?
Entrei no meu quarto e arranquei a colcha que tinha e joguei no sofá, puxei o lençol que envolvia o colchão bem no meio e dando a impressão que eu havia acabado de levantar da cama. Fui até a porta e a abri bocejando, encarando meu pai que tinha um semblante preocupado.
- Oi pai, desculpa a demora, é que eu estava dormindo. – falei e sorri para ele. Ele suspirou aliviado como se tivesse adivinhado meus planos de não mais existir de ontem á noite e se não fosse pelo Edward eles provavelmente teriam se tornado realidade. Mas o que chamou atenção foi que se meu pai sabia das minhas intenções porque não veio me socorrer? Bem acho que a resposta é que se isso acontecesse, ele tiraria um peso de suas costas, um peso que não mais atrapalharia a sua felicidade.
- Vamos tomar café? – perguntou sorrindo. – Eu tenho uma novidade para te contar. – falou e ficou esperando por uma resposta minha, mas como eu odeio surpresas o encarei assustada. Será que ele esqueceu tudo o aconteceu ontem a noite ou apenas está fingindo? Eu não por que isso me magoou? Talvez porque ele realmente não se importe por ter enfiado a mão na minha cara sem dó nem piedade.
- Que novidade? – perguntei já sentindo espamos dolorosos em meu coração.
- Eu só posso dizer quando estiverem todos na mesa, mas eu posso lhe garantir que você vai gostar. – falou e sorriu –Então, você vai?
- Vou. – falei tentando sorrir. – Vou só escovar os dentes e desço. – mal terminei de falar e vi o Edward sair do quarto com a Esme. Abaixei meu rosto com vergonha pelo que havia acontecido no casamento, eu mal falei com a Esme e já havia estragado um momento importante da sua vida.
- Bom dia Bella, como você passou a noite? – perguntou Esme educadamente.
- Bem obrigada. – falei me perguntando se todos resolveram ignorar o que aconteceu ontem à noite.
- Então te esperamos lá embaixo. - falou meu pai caminhando de volta para o corredor, sendo seguido por Esme.
- Hum... mãe eu esqueci uma coisa, daqui a pouco eu desço, ok? – falou Edward voltando para seu quarto.
Entrei no meu quarto me perguntando se eu era tão irritante para apenas receber o desprezo deles. Caminhei para meu banheiro já desesperada pelo efeito da droga no meu corpo, mas fui interrompida por Edward que adentrou o meu quarto como se tivesse adivinhado que eu precisava da droga ou dele.
- Hey, guria como você está? – perguntou sorrindo e vindo em minha direção.
- Eu ... eu... vou ficar bem. – falei lembrando de ontem e engolindo o choro que ameaçava escapar de mim.
- Claro, claro! – falou e parou em minha frente. Abaixei meu rosto tentando esconder os meus sentimentos, mas parece ser inútil essa minha atitude por que de alguma forma ele consegue saber tudo o que acontece comigo.
- Guria não fica assim, sabe aquele ditado “depois da tempestade sempre vem a calmaria”? – apenas meneei a cabeça confirmando, pensando por que a calmaria demorava tanto para aparecer na minha vida. – Então, logo tudo vai se acalmar. – falou e me abraçou.
- Eu não sei de onde você veio e provavelmente deve ter sido do céu, não sei como e nem por que você se importa comigo, mas eu sei que agradeço muito a Deus por isso. – falei e retribui o abraço.
- Obrigado. – falou bagunçou ainda mais os meus cabelos revoltados.
- Quem agradece sou eu. – falei sorrindo e já me esquecendo e acalmando os sentimentos. Edward era como se fosse uma droga para mim. Me fazia esquecer de meus problemas e me viciava cada vez mais nele.
- Eu vou descer antes que alguém venha me procurar. – falou sorrindo e se afastando de mim. – Se você demorar muito,eu venho aqui te buscar. – falou sorrindo abertamente e caminhando até a porta.
- Sério? – perguntei arqueando a sobrancelha.
- Claro! Você acha mesmo que vou te perder de vista? – falou e saiu sorrindo abertamente, enquanto eu ficava encarando a porta com um sorriso bobo no rosto. É, parece que Edward é a minha calmaria.
Escovei meus dentes, troquei de roupa e peguei meu celular enfiando-o no bolso da minha calça jeans. Saí rápido do meu quarto a fim de evitar as lembranças que insistiam em me invadir quando olhava para o quadro de minha mãe. Desci as escadas e escutei as vozes altas vindas da sala de estar, onde todos me esperavam. Aquilo me intimidou já que ontem todos, com exceção de Edward, queriam me matar, por ter estragado a felicidade mutua da família-comercial-de-margarina.
Caminhei em direção a sala e quando cheguei na porta o meu celular começou a tocar, encarei todos na mesa que agora olhavam para mim. Olhei para meu pai como um claro olhar de quem estava pedindo permissão e este apenas assentiu com a cabeça. Peguei meu celular e vi que se tratava de Leah.
- Oi Leah! – atendi o celular e virei de costas para as pessoas que estavam na mesa.
- Oi! Como foi de viagem? – perguntou animada.
- Foi bem. Quais as novidades e como está o Jake? – perguntei já sentindo saudades dos únicos amigos que tive.
- Bem, as novidades é que eu e o Jake estamos namorando e ele está muito bem. –falou e sua voz parecia transbordar de felicidade.
- Eu sabia. – acusei rindo. – Foi por isso que vocês não me esperaram naquele dia em que fomos à boate não foi? – gargalhei já imaginando o porquê dela ter atendido ao telefone dele naquela noite.
- Foi sim e nós ficamos juntos naquela noite e eu sem querer atendi ao celular dele pensando ser o meu quando você ligou. – terminou rindo.
- Que bom Leah, eu fico muito feliz por vocês. – falei sorrindo bobamente.
- Obrigada Bella. Nós estamos muito felizes também e até iremos passar nossas férias juntos. Eu já estou programando os lugares que iremos e vai ter um show do Kings of Leon aqui em Londres daqui a duas semanas quando eles terminarem a Turner que estão fazendo aí nos Estados Unidos... –
- Espera, você falou que Kings of Leon está aqui nos Estados Unidos? – perguntei animada, pois eles são minha banda favorita.
- Está sim e se eu não me engano, eles farão um show aí em Seattle. – falou animada.
- OMG! OMG! OMG! – falei isso dando pulinhos e rodando no mesmo lugar como se fosse louca. – Eu tenho que ir nesse show. – falei animada, mas fui interrompida da minha momentânea alegria quando percebi que estava sendo observada por todos na mesa.
- Leah eu vou ter que desligar, depois nos falamos. – falei envergonhada e desliguei o celular caminhando em direção a uma cadeira vazia que tinha ao lado de Edward.
- Bom dia. – falei baixo, porém todos puderam me escutar.
- Bom dia! – responderam em uníssono. Sentei-me na cadeira e fiquei de cabeça baixa com vergonha de encarar todos, que provavelmente estariam pensando numa maneira de me tirar de suas vidas.
- Vocês gostariam de saber sobre a surpresa agora ou depois? – perguntou meu pai a todos na mesa.
- Agora! – falaram Emmett e Alice ao mesmo tempo animadamente, me fazendo levantar o rosto para olhá-los cheia de surpresa já que eles pareciam querer me trucidar ontem a noite.
- Tanto faz. – falou Edward passando as mãos pelos cabelos bagunçando os fios já desgrenhados. Como uma pessoa pode ser tão adorável com um simples gesto?
- E você Bella? – perguntou meu pai. Não respondi, apenas dei de ombros.
- Então vou falar. – falou sorrindo. – Um amigo meu, Jonathan Hale, tem uma casa na Itália e nos ofereceu para passarmos a lua-de-mel lá. – falou meu pai sorrindo e olhando em nossa direção, como se o que ele e a Esme fossem fazer na lua-de-mel nos interessasse. E parecia que eu não era a única que tinha esses pensamentos já que Emmett, Alice e Edward estavam com cara de interrogação encarando meu pai.
- O negócio é que eu estava pensando que como vocês já estão seguindo suas vidas adultas e não irão morar mais conosco, eu gostaria de levá-los conosco para que vocês criem esse laço de família comigo e com a Bella. – falou meu pai como se aquela idéia fosse a mais maravilhosa possível.
- Para que vocês passem a tratar a Bella como uma irmã e criem um laço mais paternal com o Carlisle. – falou Esme sorrindo e jogando a bomba nos meus ombros. Não seria muito agradável se eu tratasse Edward como irmão ao mesmo tempo em que penso em beijá-lo loucamente.
- Por mim tudo bem. – falou Emmett e Alice ao mesmo tempo. Os encarei ainda mais abismada. Será que estou no mundo de faz de conta onde todos resolveram esquecer o que aconteceu no casamento e me incluir na família-comercial-de-margarina?
- Hum. – falou Edward com uma cara nada boa. E eu apenas fiquei calada encarando os pombinhos doidos que parecem usar mais droga que eu por terem colocado em prática essa idéia louca.
- Então se vocês quiserem ir comigo e com a Esme hoje, comecem a arrumar a bagagem, pois partiremos a noite. – falou meu pai sorrindo.
- Eu ainda tenho que resolver algumas pendências da faculdade. – falou Edward rápido. Rápido demais. Poderia apostar que tinha inventado aquilo.
O que é que eu faço agora? Eu não quero ir nessa viagem sem Edward, eu com certeza morreria de tanta droga que eu usaria.
- E você Bella, quer ir agora ou depois? – perguntou meu pai olhando e sorrindo para mim, esperando que eu dissesse que iria e que seria filha perfeita para ele.
- Eu acho que quero ficar mais um pouco de tempo.... – tempo pra que Bella? – Decidir para qual faculdade eu vou e me matricular logo. – falei sorrindo vitoriosa por ter encontrado uma desculpa boa o suficiente. – E além do mais, eu acabei de chegar da Europa, se eu voltasse tão rápido o governo com certeza iria desconfiar, hehehe! – sorri que nem uma idiota tentando fazer minha desculpa melhor, mas acho que deveria ter ficado de boca fechada.
- Bem, então quanto tempo vocês irão precisar? – perguntou meu pai olhando para mim e para o Edward.
- Acho que uma semana eu acabo de resolver o que preciso. – falou Edward sério.
- Eu acho que uns três dias serão suficientes. – falei também séria, mas eu queria mesmo é dizer uma semana e ficar todo esse tempo ao lado de Edward.
- Então Bella, você espera para ir com o Edward e já vão se conhecendo e criando laços fraternais. – falou meu pai sorrindo, acho que ele deve está muito animado com esse casamento, pois nem percebeu minha mentira e minha súbita alegria por ela ter funcionado.
Carlisle olhou para Alice e Emmett como se perguntassem se eles iriam ou ficariam para ir depois.
- Eu vou com vocês hoje a noite. – falou Alice com olhos brilhando, como se estivesse planejando algo genial.
- Eu também! – falou Emmett com o mesmo brilho que Alice tinha nos olhos.
- Tudo bem então nós vamos hoje e vocês dois irão na semana que vem. – falou Carlisle.
Tomamos o café da manhã e conversamos algumas besteiras. Na verdade eles conversaram enquanto eu apenas respondia algumas coisas quando me eram perguntadas. Terminamos o café e eu me dirigi ao meu quarto correndo, esperando que o Edward me seguisse. E ele assim o fez, quando nos encontramos na varanda que ligava nossos quartos.
- Então parece que você está fugindo da viagem em família, hein! – falou sorrindo e vindo em minha direção.
- Pensei que você estivesse fazendo isso. – falei sorrindo.
- Parece que ficaremos uma semana sozinhos criando “laços fraternais”. – falou fazendo careta enquanto fazia aspas com as mãos.
- Bem, você não é e nunca será meu irmão. – falei para ele.
- Eu fico feliz por isso. – falou serenamente.
Toc ... toc... toc... – Escutei baterem em minha porta e fui abrir.
- Bella eu queria conversar com você sobre ontem. – falou meu pai me encarando, assim que abri a porta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
oi galerinha do mal!!! eu sei que vocês são malvados então não adianta reclamar. rsrs.
bem o que importa é que eu disse no capítulo anterior que postaria ontem porém eu não tive tempo, mas como recompensa eu postarei novamente segunda feira. bjs!!! e bom fim de semana.