Beautiful and Tragic escrita por Elizabeth Stark


Capítulo 1
The pain


Notas iniciais do capítulo

Para Quione Grey,por uma conversa ótima que inspirou esse capítulo. Que, a propósito é bem sentimental.
Espero que você e todos que lerem gostem.
Boa leitura :)



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— Vamos nos atrasar!

A voz de Draco saiu impaciente a medida que ouvia os saltos batendo contra os degraus da ecada, e pode ver Astoria descendo em uma pose sinuosa as escadas da Mansão Malfoy.

— Não estou em casa, Draco. Fica difícil me arrumar quando minhas coisas estão no meu apartamento. — a morena sorriu e Draco ficou tonto com tanto charme. Ela com certeza usaria aquele vestido mais vezes.

—Traga suas coisa para cá, então. A Mansão é grande o bastante. Você pode morar aqui — Ele envolveu as mãos na cintura dela e beijou seu pescoço de forma suave —, comigo.

Astoria preferiu não responder. Draco usaria tantos argumentos para conseguir isso, que ela não estava disposta a se atrasar ainda mais ao teatro.

— Discutimos isso depois. — quase não conseguiu falar com um suspiro querendo sair de seus lábios quando ele passou levemente a mão em suas coxas. — Vamos logo, Malfoy.

— Mandona. — resmungou e foi em direção a garagem buscar o conversível.

Quando estavam buscando seus assentos no grande teatro - que era repleto de vida com um decoração tão divina e tentadora - Astoria sorriu convencida. O pensamento de que Draco só lhe mostrava coisas belas, quando ela mesma não podia mostrar a si mesma, não deixou de lhe escapar.

Mesmo que seguir com ele para onde fosse, lhe causasse insegurança, era o caminho mais óbvio. Eram os trilhos que ela deveria seguir. Draco lhe dissera uma vez que os Malfoy e os Black tinham em si nome de estrelas, e imaginar que poderia haver uma estrela olhando por eles, era suficiente.

Por que acorrentar seus sentimentos se eles são, na maior das hipóteses, os únicos que saem com valor, afinal?

— Ela está demorando! — Draco cruzou a perna acima do joelho se referindo provavelmente a pessoa que faria a apresentação.

— Você que é bem apressadinho.

Draco não sabia por onde Astoria lhe dava mais vida. Em conversas tão compatíveis que surpreendia seu alto padrão, nas madrugadas em que passavam em sua cama, nos beijos violentos, ou quando ela olhava no fundo de seus olhos e ele tinha certeza que não tinha visão melhor. Em certos instantes, a pessoa que ele um dia fora parecia simplesmente fora da equação.

Esperaria por ela em qualquer universo. Sempre juntos. Isso estava virando sua filosofia quando a conhecera nos corredores do St. Mungus.

Estava tão certo em sua decisão que optou por arriscar.

As cortinas se levantaram e a bailarina entrou. Autêntica. Espetacular. Era tão linda. Os cabelos eram castanhos prendidos em um coque, a pele morena. Vestida de branco enquanto as sapatilhas de cetim rodopiavam. Ela girava e os olhos de Draco acompanhavam cada movimento com uma concentração que ele nunca dedicara na vida. Ela dançava tão lindamente, com amor aos passos, uma leveza incomparável. Não sorria, a coreografia dramática não permitia.

Era tão triste que parecia que o peito da bailarina iria explodir em milhões de fagulhas melancólicas.

Os rodopios que ela lançava contra o ar lhe lembrava de quando Astoria decidia pintar alguns quadros pincelando violentamente as telas. Se as duas coias eram arte, deveriam ser eternizadas igualmente. Parecia que aqueles passos entupiam suas veias, tornando impossível um movimento ser mais expressivo.

Ao seu lado - talvez sua futura noiva - se preocupava em conter as lágrimas.

Ela continuava dançando...

Astoria era a escolha certa?

Girava algumas piruetas no ar, enquanto a platéia soltava exclamações de surpresas.

Eu te amo, Greengrass. Preciso de você.

E a bailarina caiu. Como o fim de um espetáculo cruel e doloroso.

Não havia outro momento.

— Greengrass, casa comigo? - rezou para que seu tom não demonstrasse nenhum tipo de imploração.

Astoria estava prestes a aplaudir a dança quando foi pega de surpresa. As palavras disputavam na boca dela. Então, sorriu satisfeita, cheia de amor.

—Só se prometer me trazer aqui mais vezes, Malfoy.

A notícia de que a bailarina, Hermione Granger, morrera de sangramento durante uma apresentação, afetou o coração de Draco tão fortemente, que parecia que ele fora morto.

Fora "perfeito" como as últimas palavras da garota.

Sentiu que ela fora uma heroína por morrer fazendo o que mais amava. Isso o trouxe a uma realidade de que sempre deveria fazer exatamente o mesmo.

— Draco?

— Sim, amor?

— O que foi?

— Nada, eu estava...

— Lembrando do espetáculo. — A voz de Astoria era pesada.

— Sim.

— Também me deixou arrasada, amor.

Ela o abraçou de forma tenra, e ele desejou que a tal bailarina, fosse quem fosse, tivesse encontrado alguém tão perfeito como seu final no palco.


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