Once Again. escrita por Misty_love


Capítulo 1
Once Again.


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia/Boa Tarde/Boa noite leitores do NH!
Meus strawberries lindos! ♥
Neste momento trago-lhes uma fic que deveria ter sido atualizado no dia dos namorados, ou pelo menos ontem, mas internet troll é uma droga.
Essa fic é a vida do Fey depois de CS, infelizmente sem a fofa da Kinako! Ç_Ç
A inspiração bateu no exato momento em que os fenômenos estranhos de névoa que o Fey narra, ocorreram aqui em casa. Sei lá, vi isso e me inspirei. Talvez eu coloque no meu Kirino & Akane. ^^'
Enfim, boa leitura! :)
Melancias somente no final!



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Hoje aconteceu algo tão estranho.

Não é de se esperar, que a noite comece a ficar um clima mais gelado. Especialmente no Japão.

Embora as pessoas estivessem plenamente conscientizadas dos problemas que poderiam acontecer ao nosso planeta, fenômenos desconhecidos vem acontecendo em Inazuma.

Para o ensino médio, a Raimon colocou um turno a noite. É claro que eu estava acostumado com a claridade, a luz do sol queimando minha pele pela manhã. Mas estudar a noite não era de fato, ruim.

Eu gostava de ver as estrelas.

No intervalo de meros 15 minutos, onde nada dava para fazer, eu havia sentado com meu amigo Saru, para conversar sobre a prova de filosofia, de que eu nada entendia.

“O que vai cair? Como eu vou saber, Fey?” Saru tinha arqueado a sobrancelha.

“Esperava mais de você.” Fingi estar decepcionado com meu amigo, mas ele apenas me ignorou.

De repente, observou o céu. Foi ai que vi que não havia estrelas nenhuma.

“Sem estrelas.” Murmurei.

“Que estranho isso. Essa névoa acumulada no ar. Nunca vi isso antes.” Disse Saru puxando sua camisa de manga preta para que cobrisse a pele eriçada.

“Aonde?” Por incrível que pareca, não localizei nada. O clima só parecia normal.

Saru balançou a cabeça negativamente e vi Meia se aproximar com Gillis.

Só entendi o Saru quis dizer na hora de irmos embora. Enquanto andava lentamente ate o portão aberto, vi um garoto puxando briga com outro sobre alguma menina, quando cheguei na calçada fora da escola foi que eu percebi que a névoa se acumulava totalmente densa e sem cor, pelo ar. Olhei perplexo, não conseguia achar o carro do meu pai, Asurei.

Apertei os olhos um pouco e consegui enxergar o carro marrom claro, atravessei a rua e corri em direção ao automóvel, logo entrando e fechando a porta. Suspirei o gelado ar.

“Que coisa é essa acumulada no ar?” Perguntei ao meu pai.

“Um nevoeiro não muito denso... Mas... Nunca vi algo assim.” Ele respondeu enquanto dirigia o carro, fazendo uma manobra.

“Em casa está o mesmo clima?”

“É aí que está... Em casa não há nenhuma evidencia clara dessa nevoeira. Não consigo entender isso.”

“Que estranho, pai.”

“Sim, mas acredito que se o tempo será assim, é porque o sol aparecerá forte pela manhã.”

Ao caminho conversamos sobre a escola. O que havia acontecido de naquela noite.

Chegamos em casa. E a névoa, que antes não estava lá, agora se acumulava densamente sobre o céu, fazendo o clima ficar estranho. Saí do carro e abri o portão. Meu pai estacionou na garagem, enquanto eu abria a porta. Soltei um ar e uma pequenina névoa se soltou aos seus amigos em cima, minha garganta gelou.

“Vamos. Entre Fey. Vai pegar um resfriado.” Papai me puxou para dentro.

“H-hai.”

Coloquei minha mochila no sofá, e observei meu pai, que ultimamente parecia cansado ao chegar do trabalho.

“Você está com fome?” Perguntou-me ele, sorrindo levemente.

Balancei a cabeça, era onze horas e alguns minutos, não atrasaria mais o sono de meu pai.

“Não, tudo bem, pai. Vá dormir. Acho que vou fazer o mesmo depois do banho.”

Ele me olhou e se aproximou, dando um beijo na minha testa.

“Então, boa noite.” Disse ele se dirigindo ao seu quarto.

Meu pai era tão solitário, coitado.

Peguei minha mochila e a joguei na cadeira quando cheguei em meu quarto. Dei um suspiro me jogando na cama, assim como aquelas pessoas supercansadas fazem. Depois me virei de um jeito que pudesse enfim, admirar o teto, que nada tinha.

Por fim, levantei e olhei algumas fotos na minha escrivaninha. Os tempos de Chrono Stone. Não sabia que podia viajar no tempo, mas depois do acontecimento com a Raimon, jurei jamais fazê-lo novamente. Não ia arriscar perder meu pai de novo.

E eu também podia tentar achar o Tenma, aqui no meu presente, mas... Certas coisas devem acontecer por conta própria, pelo destino, como assim dizem.

Sinto falta deles, é claro. Joguei o futebol mais divertido de todos com eles. E minha mãe estava junto. Talvez eu nunca descobrisse, mas ela estava lá o tempo todo, me protegendo. O nome dela era Nanobana Kinako, e alguns dos meus amigos da Raimon se apaixonaram por ela, o que não de se espantar, minha mãe era maravilhosa a sua maneira. Mas só céus, deve imaginar o quanto aqueles que se apaixonaram por ela sofreram com sua partida.

Eu sofri mais.

Esse é o meu presente, e só posso ter meu pai aqui comigo. Eu o amo, é claro. Mas não tenho minha mãe, e eu sou levado a cada dia, a viver sem ela. Mais uma vez.

Balanço a cabeça, e me vou até o banheiro. Analiso-me um pouco no espelho.

Sempre me perguntei, porque não tenho nenhum traço de minha mãe. Eu sou totalmente parecido com meu pai. Cabelos verdes. Olhos verdes. Poderíamos ser gêmeos, se não fosse pela altura.

Mas gosto da cor laranja, o que mantém de alguma forma, uma lembrança da minha mãe jovem, lutando pelo futebol conosco.

“Ah.” Suspiro pesado. Tinha que parar de pensar nisso.

Fiquei uns trinta minutos naquela banheira, tentando não me afogar em pensamentos. Quase que me afogo.

Você já teve a sensação de querer ter uma coisa de volta e saber que não podia?

Enfim, depois do meu banho quase assassino e de me trocar, peguei meu ursinho azul. Ganhei do meu pai aos três anos. Sim, algumas memórias voltavam para mim, mesmo que raras fossem as vezes que isso acontecia. Apelidei ele de Wandaba.

Ei, qual é o problema de dar nomes para ursinhos? Eu tinha três anos!

Deitei em minha cama, agarrando Wandaba e meu coelhinho, que segundo meu pai, foi presente da minha mãe, antes de ela partir.

Só me lembro de ter fechado os olhos, e então dormir profundamente depois.

****

“Ah... Saí... Deixe-me dormir, só mais meia hora.” Disse enquanto recebia lambidas do meu cachorro na cara. “Tá bom. Tá Batata? Já acordei! Viu?”

Batata parou de me lamber, e eu levantei da cama. Cara, Batata não é um bom nome, devia ter pensado melhor.

Fui-me a minha higiene matinal, lavando o rosto, ajeitando meu cabelo e escovando os dentes. Em seguida, vesti minha roupa habitual laranja, e comecei a andar com Batata pela casa. Ele era gigante, fazia muito barulho.

“Shhh...” Me virei ao cachorro em sinal de silencio. “Faça menos barulho, vai acordar o papai.”

Assim, andamos até o quintal.

O sol não havia apareceu hoje.

Bem que aqueles fenômenos, aqueles que haviam acontecido ontem a noite, mudaram o clima. Meu pai tinha dito que isso significava Sol.

Há, bufei. Não havia tal estrela que estivesse brilhando, queimando minha pele, me fazendo despertar-me do clima de preguiça. Meu pai como sempre bancando o meteorologista.

Aqui, ao meu lado, Batata, meu labrador grande e amarelo me dá um bom dia novamente, mexendo e cheirando as coisas, balançado sua cauda. Apenas afago sua cabeça e ele logo se aquieta, enquanto eu observo o dia.

O nevoeiro agora denso se espalha no ar com sua corzinha branca, turvando minha visão, fazendo com que suas árvores balançam seus galinhos tentando expulsar o frio, ouço pássaros comunicando-se entre si e voando de árvore em árvore. Meus verdes claros se fixaram no jardim, eu quase não conseguia enxergar!

Oh! Sim, um pequeno ratinho preto encolhido na grama. Será que está morto? Não, não. Ele acabou de mexer suas orelhinhas.

Suspiro o ar gelado que aqui me cerca, criando coragem para seguir mais um dia sem ela.

Mais uma vez.

Entrei em casa novamente, papai me esperava para tomarmos café da manhã juntos.

“Bom dia.” Digo a ele.

“Bom dia. Dormiu bem?”

“Sim, pai. Viu o dia lá fora? Está muito frio!”

“O frio não impede um dia normal de trabalho, Fey.”

“Ah.” Tentei fingir que não me importava com o fato de que meu pai trabalhava demais, e que não tinha tempo para mim. Beberiquei meu café.

“Vamos fazer assim, vou tentar sair mais cedo do trabalho hoje.”

“Você sai na hora que vai me buscar na escola, pai. Eu não estou pedindo nada. Eu estou bem.”

“Olha a hora, preciso ir.”

“Tá.”

“Chame um dos seus amigos aqui. Eu te amo.”

“Eu também. Cuidado, pai.”

Ele sorriu antes de sair pela porta, e sumir com o carro.

Bom, era assim que minha vida se resumia. Meu pai trabalhava demais para nunca faltar sustento, e eu passava metade do tempo sozinho. As vezes, me dava uma baita vontade de matar esse tédio voltando para a época que detínhamos o Chrono Stone, mas se eu fizesse isso, poderia modificar muita coisa. E não era o ideal.

Então, eu chamava o chato do Saru, que chamava a turma toda para ficar em casa jogando videogame, e assistindo filme comigo.

Filmes de terror. Não sou fã desses filmes, e Saru sabe muito bem disso. E traz logo uns dez para assistirmos de uma vez e me irritar.

Qualquer dia desses dou um soco nele. Ele vai ver.

Uma vez eu chamei o El Dorado aqui. O Gamma fez a maior festa, ele é estranho.

Mas qualquer coisa era melhor que o tédio.

Então, chamei todo mundo. Era a única opção que eu tinha realmente.

Eles vieram depois das três da tarde, quando eu obviamente, estava caindo no sono de tanto tédio, com um livro de John Green na minha cara.

“E aí, Fey?” Saru abriu a porta, grita... BERRANDO, alias.

“O que..? Que diabos está fazendo aqui? Disse que não vinha!” Falei sentando na minha cama, coçando meus olhos.

“E você é um bobão e acreditou né?”

“O que você quer, Saru?”

“Ué, você não disse que tava morrendo de tédio? A gente veio aqui para te animar.”

Olhei para ele, esperando que o 'gente' aparecesse. Então, arqueei uma sobrancelha.

“Cadê o resto do povo?”

“Fey não seja burro. O Gamma ligou seu X-BOX 4618 e os chamou para jogar Just Dance 199!”

“Ele nem pediu para mim.” Disse irritado.

“Ô seu coelho, faz um favor e levanta? Eu não andei dez quarteirões por nada, tá?”

“Eu não pareço um coelho.”

“Tá, tá. E eu vou ganhar o Grammy qualquer dia. Sonhos, Fey. Agora, levanta.”

“Calma, que estresse Saru.” Disse levantando e deixando o livro na cama.

“A Culpa é Das Estrelas? Você não se cansa desse livro? Já sabe ele de cor.”

“Números infinitos para você. Agora, se me dá licença preciso mostrar ao Gamma, quem é que dança melhor.” Passei por ele, indo a sala.

Até que foi divertido. Todos dançaram ridiculamente mal. Perto das cinco e meia eles foram embora, pois as aulas começavam as sete da noite.

“Até mais!” Disse a todos, e fechei a porta.

Sentei no meu sofá, cansando e logo ouvi um barulho de um carro.

Pronto! Só o que me faltava, estava sendo assaltado, sequestrado. Céus, por que eu?

Abri a porta com meu taco de beisebol e meu pai me olhou incrédulo. Medo de morrer dá nisso.

“Quando você não conhece alguém, bate nele com um taco?” Disse ele entrando.

“Desculpe. Pensei que fosse um ladrão ou algo assim.”

“Pelo menos está esperto.” Asurei falou enquanto colocava as compras na bancada.

“Pai, o que faz aqui? Seu expediente acaba as dez e meia.”

“Eu sei. Mas um desconto no salário não faz mal. Preciso mostrar algo a você. Vamos?”

“Aonde? Agora? Como? Andando?”

“Apenas venha comigo, Fey.”

“Tudo bem, então...”

****

“Ah.” Deitei na grama. “Estou morto.”

“Vamos, não seja preguiçoso, Fey. Temos que chegar aquela árvore ali.”

“É muito longe, pai!!”

“Só mais um pouco. Vamos, dê-me sua mão.”

“Ah...” Peguei sua mão e andamos a uma bela árvore.

“Veja.” Asurei disse, enquanto eu recuperava meu folego.

“Pai... Isso é... Lindo.”

Tudo bem, não havia sol aquela tarde. Mas o simples jeito do qual eu observei a névoa caindo sobre o horizonte, era perfeito. As vezes a natureza nos presenteia com gestos tão pequenos, nobres e magníficos, que não temos tempo para ver.

“Esse era o lugar preferido de Kinako.” Papai sentou e eu disse, sentando com ele:

“É seu preferido também, pai?”

“É claro. Queria ter trago você aqui antes, mas o tempo, as vezes é nosso inimigo.”

“Sim...”

É claro que eu sabia disso. O tempo era nosso inimigo quando estávamos na Raimon.

“Sei que é difícil Fey. Sua mãe não está aqui. Mas eu quero que...”

“Pai, não. Eu estou bem. Sério. Mamãe não está aqui, mas você está. E tirando que eu gostaria que um monte de coisas voltassem, sei que não vão, pelo menos você aqui está.”

“Não vou abandonar você de novo.”

“Eu sei. E eu não vou mais precisar esquecer.”

Asurei me abraçou.

“Você me lembra sua mãe.”

“Não pareço com ela, pai.”

“Não é a sua aparência Fey, mas quem você é. A essência da sua alma. Você não jogou nada fora, porque sua mãe se foi. Você ainda está aqui, lutando cada dia. Assim como sua mãe.”

“Gosto daqui. Será que final de semana poderíamos fazer um piquenique?” Disse olhando as poucas estrelas que tentavam aparecer no céu.

“Claro. Isso seria ótimo. Parece que a névoa anuncia uma nova estação.”

“A estação mais gelado dos últimos duzentos anos.”

“Ainda quer fazer um piquenique?”

“Mas é claro! Você tem medo de friozinho, pai?” Levantei-me, encarando meu pai.

“Não. E você tem?”

“Obvio que não.” Sorri a ele.

Eu tinha tudo. Sei que não posso resumir isso comparado ao que teria se minha mãe tivesse junto.

Mas de fato eu tinha.

Um pai.

Amigos.

Uma família.

Sei que isso me daria forças.

Para seguir cada dia, cada minuto, e segundo sem ela.

Sem minha mãe.

Mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Ei, você aí! huahaha x)
Está lendo o que eu escrevo né? (annalevapedrada)
Então, primeiro peço perdão a coerência de tempo que o Fey narra, eu tentei modificar isso, MAS não deu. Pois é. Não saiu. xD
Segundo, peço desculpas a qualquer outro erro.
Terceiro, sim! O nome do meu cachorro é BATATA! BA-TA-TA!
huahahaha ><'

Ahhhh! Tão triste a Kinako não estar com o Fey lindo-fofo-cute! Todos eles formariam uma bela família!

Ah! E logo, o meu Kinako & Tenma virá para cá também, já que vai ocorrer festa final de semana em casa... Provavelmente será eu, minha cama e meu notebook. Então, talvez eu atualize! ^^
É só minna!
Espero que tenham gostado!
Comentários me deixariam feliz! :)
E feliz mês dos namorados para quem tem alguém!

Morangos ou Melancias?
Byee! o/



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