Pov. Angel.

Acordei com o barulho de um celular tocando, mas não era o meu, alcancei o aparelho e vi que era uma ligação da Clara, por que essa garota tem que vir atrapalhar meu dia antes das sete? Me enrolei no lençol e fui atrás dele com o celular em mãos.

– bom dia. - diz sorrindo. - ele estava preparando o café.

– seu celular estava tocando. - estendo o aparelho que volta a tocar.

– não é importante. - sorrio quando ele recusa a ligação e me dá um selinho. - temos que tomar café e nos arrumarmos para irmos. - avisa.

De repente a minha ficha cai com tudo, minha avó havia morrido essa seria a última vez que eu veria ela, meu momento felicidade pós Natan passa e me sinto triste, profundamente triste.

– você vai ficar bem, è difícil, vai doer, mas você vai seguir em frente, sempre com ela em seu coração, você mesma disse que ela era uma pessoa boa e pessoas boas querem a felicidade de quem ama. - Natan diz me abraçando.

– obrigada. - esboço um pequeno sorriso, ele sempre me faz sentir melhor em qualquer ocasião.

– eu realmente gosto de estar perto de você, por mais que não me lembre.

– talvez não precise se lembrar para sentir. - repito as palavras do Joshua.

– realmente acho que não. - concorda beijando minha testa.

– vou tomar meu banho antes do café. - aviso indo para o quarto.

Tomei meu banho típico de mim, quente e relaxante, sai e vesti um vestido preto e calcei minha sapatilha, penteei meu cabelo e estava pronta, voltei pra cozinha e tomamos café, logo em seguida ele foi se arrumar e então seguimos para o funeral.

Meu pai e minha mãe estavam muito abalados, soltei o Natan os abracei forte e chorei com eles, Juan se juntou a nós, nossa família havia sofrido uma grande perda.

Todos os colegas com quem minha avó trabalhou estavam presentes, ela teve uma despedida muito digna dela, depois do sepultamento fomos para casa dos meus pais, os amigos mais íntimos da família se reuniriam lá.

– que dia. - Ryan comenta se sentando ao nosso lado. - pelo menos vocês dois estão se entendendo pelo jeito. - diz de forma mais animada.

– posso não lembrar do nosso passado juntos, mas tenho certeza que quero meu presente e futuro ao lado dessa baixinha. - diz beijando minha testa.

– pelo menos uma coisa boa, fico feliz por vocês. - Ryan dá um sorrisinho se levantando e indo falar com meu pai.

– acho que temos que dar um tempo para o pai e mãe lidarem com a dor deles, se esta difícil para nós imagine para eles e você sabe como eles costumam lidar com a dor. - Juan comenta.

– juntos, eles lidam com o sofrimento entre eles, assim como foi quando a mamãe perdeu o bebê, vamos esperar o pessoal ir, pegar o vini e passar o fim de semana no meu apartamento? - sugiro.

– serio An e onde o Vini a Ali e eu vamos dormir? - questiona.

– tem o meu apartamento, a Angel e o Vini podem dormir lá. - Natan sugere.

– quer dizer que vocês voltaram? - Alice pergunta se juntando a nós.

– sim. - dizemos juntos.

– então vamos fazer isso. - Juan avisa. - vou arrumar algumas coisas para o Vini, me ajuda, Alie? - pede.

Os dois sobem e vejo Vini sentado em um canto sozinho e tristonho, aceno para que ele venha até nós e o deixo sentar em meu colo.

– você esta bem? - pergunto beijando sua bochecha.

– não muito, mesmo não conhecendo a muito tempo eu já amava a vó Helena. - diz de cabeça baixa.

– e eu tenho certeza de que ela amava muito você também. - garanto. - olha o pai e mãe estão sofrendo muito e eles costumam lidar melhor com o sofrimento entre eles, por isso o resto do dia de hoje e amanhã você vai ficar comigo na casa do Natan. - aviso e ele acena.

Esperamos as pessoas irem embora e avisamos eles de que daríamos esse tempo a eles, Juan precisava levar Alie para buscar algumas coisas então seguimos na frente com Vini.

– vocês estão namorando de novo? - Vini pergunta já no nosso prédio.

– estamos sim. - Natan garante me abraçando mais forte.

– que bom, não aguentava mais a Angel chorando por você. - diz me deixando envergonhada. - vê se não faz mais ela chorar. - adverte.

– prometo. - Natan diz me beijando.

Esperamos Natan tomar banho para subirmos para meu apartamento, antes de sairmos alguém bateu na porta, imaginei ser a sonsa da Clara, mas era apenas o Juan.

– posso falar com An um pouco a sós? - pede.

– nós vamos subindo. - Natan avisa saindo com Vini.

– você está bem?

– estou, é que á alguns dias eu fui conversar com a vovó, pedir conselhos. - diz meio nervoso.

– continua até fazer sentido. - peço.

– eu disse que quero pedir Alice em casamento, sabe todo aquele lance clichê, igreja, festa, vestido branco. - explica. - ela me deu a maior força e esse anel. - tira uma caixinha revelando um lindo anel. - ela disse que ganhou do Harpper quando oficializaram a união dele, você acha que ela vai gostar, que vai aceitar? - ual ele estava muito nervoso.

– é claro que ela vai aceitar ela é louca por você e todo esse clichê que você descreveu é a cara dela é coisa que ela diria. - argumento.

– obrigado, você sempre sabe o que dizer. - sorri me abraçando.

– então quando vai ser?

– estava pensando no dia do aniversario da vovó, mês que vem.

– acho ótimo, fico feliz por vocês e quero muitos pirralhos me chamando de tia. - brinco. – e como a vovó sempre dizia, mesmo em meio á dor existe espaço para o amor. – sorrio o abraçando de lado.