POV Angel.

Abri meus olhos querendo jogar o despertador no chão, por que tocar tão cedo? Vi as horas já se aproximavam das seis e meia da manhã, infelizmente teria de ir pra escola tratei logo de levantar e ir para o banheiro quem sabe um banho não me ajude a acordar, entrei em baixo da água gelada e deixei que aos poucos me despertasse, tentei lembrar dos acontecimentos da noite passada sem sucesso, mas pelo visto teria de aguentar os sermões do Juan mais tarde, terminei de me vestir e desci tomar uma bela xícara de café antes de ir para o inferno, digo escola.

– bom dia princesa. - disse meu pai com seu sorriso mais encantador, fico de cara como meu pai pode ser tão lindo assim, e também revoltada por não ter os olhos azuis como os ele.

– bom dia papai, mamãe já foi trabalhar?

– foi sim e seu irmão foi levar a Alice embora, quer carona para escola? - neguei veemente se tinha uma coisa que gostava era ir pra escola andando. - bom então vou indo também, até mais tarde. - despediu-se saindo da cozinha.

Terminei meu café, peguei minhas coisas e sai de casa, o ar gelado da manhã era muito bom, bom para ficar em casa dormindo, fiz meu percurso com a mesma calma de todos os dias, e chegando em cima da hora como sempre, porém, não atrasada, cumprimentei algumas poucas pessoas pelo caminho até minha sala de aula.

– o vadia ninguém manda ficar dançando como uma puta na boate, depois passa as o primeiro período todo dormindo. - ouvi ao longe uma voz extremamente irritante que só podia ser da vadia de cabelos vermelhos, Melina.

Abri os olhos a professora de matemática me cutucava para que eu acordasse, todos da sala já haviam saido pra o intervalo, estava meio confusa com o que Melina havia dito, claro que podia ser apenas uma forma de me irritar, mas também podia ser muito bem verdade, cara que vergonha eu precisava falar com alguém que estava na boate também, sai feito louca para cantina, pra minha surpresa Pietro estava lá, incrivel como ele entrava e saia dessa escola quando queria, o puxei pelo braço sem me importar com o grupinho de meninas que o cercava.

– que isso por que tanta revolta, tem Pietro para todas, a não ser que você queira exclusividade. - começou com suas piadinhas banais.

– fica quieto Pietro, sera que pode me ouvir? - antes que respondesse algo continuei. - qual foi a merda que fiz ontem? - a gargalhada que ele deu só fez meu medo pela resposta aumentar.

– serio mesmo que não lembra? - neguei já envergonhada. - puta merda o que a bebida não é capaz de fazer, bom vamos aos fatos, você ficou bêbada acho que isso a ressaca já te contou, mas a pior parte foi você ter subido em uma mesa e começado a dançar feito doida, Juan te tirou de lá e te levou carregada para o carro e fim. - é eu estava ferrada dessa vez tinha passado de todos os limites.

– eu não acredito que fui capaz disso. - choraminguei.

– calma garanto que os caras que estavam lá gostaram bastante do que viram.

– não esta ajudando. - me sentei em um banco próximo apoiando minha cabeça nas minhas mãos.

– eu sei que não, não é pra ajudar é pra ver se você cria juízo. - disse serio passando o braço em vontade dos meus ombros.

– o Juan vai me matar tenho certeza disso.

– teve sorte dele não ter acordado seu país. - ficamos algum tempo quietos.

Logo as consequências da minha estupidez começaram a aparecer, um garoto moreno que nem ao menos conheço passou sussurrando "vadia".

– o que disse? por que não volta aqui e fala auto na minha cara. - Puxei Pietro de lá na mesma hora que começou a querer arrumar briga.

– você esta doido, além de não estudar aqui é maior de idade quer arrumar problemas?

– só não gosto de gente idiota, quando vai entender que por você perco a cabeça? - disse beliscando minha bochecha.

– vai embora de uma vez antes que arrume confusão de verdade e não se preocupe eu sei me defender sozinha não preciso de você. - disse orgulhosa.

– você não muda, continua com seu jeito superior e esse orgulho arrogante, quer saber você esta certa você não precisa de mim, desisto de você. - disse me dando as costas e saindo apressado.

Era só o que me faltava, por mais que Pietro vivesse me irritando ainda sim era um bom amigo, gostava de falar com ele era um dos poucos que consegui entender minha mente excêntrica, mas depois procuro falar com ele,nem ao menos esperei o sinal tocar voltei de vez para minha sala e deitei na mesa para dormir mais um pouco, quer dizer até o fim das aulas.

....

– Ei tem alguém em casa? - gritei assim que abri a porta de casa e para variar não tinha ninguém todos trabalhando menos eu para varia um pouco, subi trocar de roupa, tinha decidido ir até a casa do Pietro sabia que ele folgava nas segundas e ia para faculdade apenas a noite.

Andei os poucos quarteirões até a casa dele e logo parei em frente a porta me decidindo entre deixar meu orgulho de lado e pedir desculpa, ou dar meia volta e deixar pra lá, antes de terminar de me decidir a porta foi aberta revelando um Pietro pronto para sair.

– o que quer? - perguntou ríspido.

– eu, é eu queria, é pedir desculpa, sério você sabe o quanto sou orgulhosa, mas fui muito chata. - disse de uma vez.

– é tenho que admitir que não esperava por isso, ainda mais de você.- disse divertido.

– mas então me desculpa? - perguntei o cutucando.

– fazer o que né.

– sabia que não resistiria a mim. - brinquei o fazendo revirar os olhos.

– bom agora tenho que sair, a ida até sua escola rendeu bons frutos. - neguei com a cabeça não entendendo. - uma garota meio louquinha me chamou para sair. - deu de ombros. - Melina conhece?

– você não pode sair com ela. - disse praticamente gritando.

– e por que não?

– porque não ué. - respondi sem saber o que dizer, mas aquela vadia não ia ter o Pietro de jeito nenhum.

– me dê apenas um bom motivo para eu não sair com ela. - me desafiou, sabia que me arrependeria disso, me arrependeria de usa-ló por uma briguinha infantil, mas não pensei duas vezes e o beijei.