Nothing Else Matters escrita por Lady Park Bom
-Milo—o grego o “soltou” e ficou o olhando—quer namorar comigo?
O grego abriu um sorriso de orelha a orelha. Aquilo era tudo o que mais queria.
-Hum-hun—respondeu olhando para p francês.
-Isso não conta Milo—o grego ficou com um sorriso jocoso nos lábios—vou ter que tirar um sim de você?
O grego sorriu novamente, Camus teria que se esforçar para conseguir a resposta.
-Milo—falou distribuindo beijos no pescoço do grego—eu te amo, comecei a gostar de você desde que nos conhecemos que foi a três anos. J'ai besoin de vous¹.
O grego ainda meio zonzo com a caricia disse:
-Embora você seja extremamente perfeito eu acho que deva ralar mais um pouquinho Camus.
Pode-se ouvir um grito de Máscara da Morte que escutava tudo atrás da porta:
-Bate nele Camus! Maltrate-o até ele dizer a droga do sim.
O francês ignorou completamente a presença de Mascar da Morte atrás da porta, mas podia-se aproveitar um pouco dela.
-Vou acabar concordando com a ideia dele.
-Não faria isso Camus—provocou.
Claro para Milo o francês não devia nem saber dar um murro direito. Grande erro porque embora fosse calmo Camus sabia muito bem como lutar wushu, o próprio nome da arte marcial já dizia tudo, wushu significa “arte da guerra” e muita gente conhece algo sobre o wushu, o ator Jackie Chan faz wushu.
Camus puxou Milo com força e o prensou na parede, o grego soltou um gemido, quilo havia doído afinal de contas.
-Então você quer ou não Milo?—perguntou olhando-o nos olhos.
O grego colocou uma mão nos pescoço de Camus e a outra na cintura e o puxou para um beijo. Foi correspondido, logo o beijo que começou calmo de uma maneira romântica passou a ser selvagem, pareciam dois lobos disputando que seria o macho alfa, após um tempo ainda batalhando pelo poder eles se separaram ofegantes.
-Isso serviu para você?—perguntou Milo sorrindo.
-Ainda não foi o sim—Camus sorriu—como eu não sabia eu acho que devia ganhar outro pra ter certeza, d'accord²?
Camus aproximou os lábios aos de Milo novamente. Logo pediu passagem para a sua língua, que foi concebida. Nesse momento era como se só existisse ele e o grego no mundo, não havia obrigações, não havia faculdade, não havia pessoas atrás da porta tentando ouvir a conversa dos outros... Havia apenas os dois. Ainda sendo prensado fortemente na parede, Milo conseguiu ter fôlego o suficiente para continuar o beijo, o mesmo se perguntava onde Camus aprendera a beijar assim, achava tão bom sentir a língua do francês tocando a sua e principalmente quando Camus conseguia mordê-lo de uma maneira tão sexy.
Ao separar Camus disse:
--Agora sim eu tenho certeza.
O grego sorriu.
--Vai ficar aqui?—perguntou.
--Daqui à um tempinho eu vou voltar pra...—foi interrompido por Milo.
--Ainda vai ficar lá Camus?!—perguntou incrédulo.
--Vou. Nessa república não tem vaga.
--Como não Camus, você saiu e não entrou mais ninguém.
--Meu irmão vem pra cá—falou.
--Irmão?—o grego não fazia ideia que Camus tinha um irmão.
--Quando meus pais se separaram eu fiquei na França com meu pai e minha mãe foi ainda grávida para a Espanha, claro que ela não sabia que estava grávida e quando soube avisou o meu pai que foi correndo pra lá junto comigo. Ficamos na casa da minha mãe até ela ter a criança, como ela era espanhola foi tudo bem e então eles ficaram revezando, eu fiquei com ele e meu irmão coma minha mãe. Então quando crescemos houve um acordo, nos mandariam para um acampamento de verão todas as férias, uma das férias na França e outra na Espanha, pois assim ficaríamos juntos e nossos pais poderiam nos visitar quando estivéssemos no mesmo país—resumiu Camus.
--Por quê você nunca me falou dele?
--Porque ninguém me pergunta se eu tenho irmão.
--Qual o nome dele?
--Shura.
--Outra pergunta—disse Milo—eu achei que você tinha saído daqui por causa da brincadeira idiota que Kanon e Saga fizeram, quer dizer que não foi por isso?
--Esse foi o motivo—falou—eu ia continuar aqui e meu irmão ficaria com o Shaka e o Mu, mas depois disso eu fui pra lá e prometi ao meu irmão que ficaria lá.
--Ah—finalmente tinha entendido.
--Mudando de assunto, será que o Máscara ainda está escutando atrás da porta?
Ouviram novamente a voz de Martino:
--Estou!—gritou.
--Acho que você devia sair daí.
--Ok—gritou—adoro ser enchotado dos lugares que eu nem estou dentro!
Milo teve um taque de riso e Camus apenas sorriu. Máscara saiu detrás da porta.
--A gente se vê amanhã?—perguntou Camus.
--Você não pode ficar nem um pouquinho mais?—perguntou fazendo o sinal com a mão e um biquinho.
--Não posso Milo, vou estudar.
--Tchau.
--Tchau--falou dando um selo rápido no loiro e indo em direção as escadas.
Quando chegou no final da escada Milo gritou:
--Por que está com isso no cabelo?—apontou para o gorrinho que o francês usava, acabara de perceber que já se fazia um mês e meio que o mesmo usava algo cobrindo a parte de cima do cabelo.
--Porque já que meu irmão vem eu vou ter que deixar o cabelo da cor original, pois se meu irmão me ver com o cabelo da mesma cor que o dele enfarta.
Assim que o francês correu até a porta Milo fez gritou da escada outra pergunta:
--Qual é a cor original?
Mas Camus já tinha ido embora, não é preciso dizer que Milo ficou com muita raiva dele ter saído tão rápido e nem ter-lhe respondido.
--O francês lhe abandonou—falou Máscara saindo do quarto que pertencia a ele.
--Vai ver se eu tô na esquina.
Ao falar isso entro no quarto e bateu a porta o mais forte que podia.
--Boa noite pessoa que se dá na esquina—brincou Máscara.
Mesmo estando um pouco chateado com Camus o grego não pode deixar de dormir bem, aconteceu tudo que ele queria em um único dia. Para Camus foi a mesma coisa, a diferença é que ele teve que estudar quando chegou na república e que antes disso passou no cabeleireiro. Milo ia te uma grande surpresa quando visse o que ele fez.
¹- eu preciso de você
²-de acordo
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Esse capítulo ia ser bem maior porque eu ia continuar falando o que aconteceu no outro dia, mas eu queria saber e tem algum pedido especial para o cabelo do Camus em relação a cor porque se eu for criar pode fica um pouco chocante.
Estou aberta a qualquer crítica ou sugestão.
Beijo!